domingo, 15 de fevereiro de 2015

OS TÚMULOS ESTÃO VAZIOS

OS TÚMULOS ESTÃO VAZIOS
(Irmão Saulo)

A última lição de Jesus, através do seu corpo carnal, foi a do túmulo vazio. Até hoje os homens se aturdem ante esse mistério. Muitos chegam mesmo a entregar-se a verdadeiros delírios da imaginação para explicá-lo, e outros o tomam como fundamento de teorias absurdas sobre a natureza de Jesus. Mas Ele, que se igualara aos homens para auxiliá-los nos caminhos do mundo, não quis deixar a Terra sem esgotar até a última possibilidade de ensinar por meio do corpo.
Esse, apenas esse o sentido daquele vazio que as mulheres encontraram na manhã de domingo, quando o foram procurar no túmulo. Seu último gesto físico foi total e sua última lição através do corpo foi absoluta: os túmulos estão vazios.
No soneto de Figueiredo Silva, “Morte e reencontro”, temos a confirmação mediúnica desse princípio evangélico. O filho angustiado pela morte rompe as trevas do velório ao receber o afago da mãe que o vem buscar para a vida espiritual. O cadáver rígido irá sozinho para o túmulo, que permanecerá vazio. A morte do corpo não é a destruição do ser. É preciso afastar essa barreira para que a verdade se restabeleça e o pensamento dos vivos da Terra se dirija, liberto, ao coração dos vivos do Além.
O soneto de Antero de Quental, “Além da morte”, serve de complemento à mensagem de Figueiredo Silva, anunciando a Divina Primavera que nos espera a todos, como herança do espírito após a passagem pela vida terrena. Esses dois sonetos figuram em livros diferentes de Chico Xavier, publicados em datas diversas. Reunimo-los aqui e estamos certos de que esse duplo testemunho de dois espíritos elevados, na expressão poética que os caracterizou em vida, valerá por uma mensagem da vida triunfante, no momento em que a lembrança da morte obscurecer e amargurar a mente das criaturas.

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