MUNDOS
PARALELOS
Irmão Saulo
Irmão Saulo
As criaturas que se aturdem com a
situação atual do mundo geralmente não sabem que ela repercute de
maneira profunda no mundo espiritual, nesse universo paralelo que nos
cerca e com o qual estamos em permanente comunicação.
Em nossas reuniões mediúnicas,
temos recebido a visita de hippies do além, alguns ainda
presos à sua desorientação terrena, outros já refeitos e que se
portam como hippies no bom sentido, convertendo ao bem os
seus hábitos e as suas expressões. A juventude transviada é o
produto da desorientação dos pais, da maldade dos adultos, do
egoísmo que corrói o coração das velhas gerações. Por isso, a
revolta dessa juventude é um desafio à nossa falta de compreensão
e à nossa falta de amor.
No episódio que hoje divulgamos
temos a retratação de um pai que volta ao meio terreno, através da
mediunidade de Chico Xavier, para pedir perdão ao filho que não
soube compreender em vida. O resultado, como vimos, foi satisfatório,
pois o coração do filho, sedento de amor, encontrou na mensagem
paterna o bálsamo que lhe faltava. Graças a isso conseguiu vencer o
seu desespero e reintegrar-se na vida e nos estudos que havia
abandonado. Se os pais de hoje pudessem compreender o sentido e o
objetivo da vida terrena que a mensagem espírita esclarece, esta
fase de transição do nosso mundo seria menos trágica.
A civilização do conforto, do
gozo, da ganância sem limites, apagou o espírito e lançou a
criatura humana nas trevas. “Achávamo-nos como que anestesiados
pela obsessão de ganho para excessivo conforto – escreve o pai nas
garras do remorso –, incapazes de oferecer-te cobertura nos
domínios do coração.” É essa a situação da maioria das
criaturas nesta fase final de uma civilização que se devora a si
mesma. Mas Deus não se esqueceu dos homens e os leva, pelo despertar
mediúnico, à civilização do espírito, reacendendo na carne as
luzes espirituais que espantarão as trevas.
Somos “bichos”, segundo a
expressão hippie, preferindo a vida animal à espiritual.
Buscamos “paz e amor”, mas a paz do conforto ilusório e o amor
carnal. Mas os espíritos ressuscitam a mensagem do Evangelho e
provam, como o Cristo provou no seu tempo, com os dramas da obsessão
e da possessão, que o nosso destino é espiritual e não material,
que o nosso rumo é a transcendência e não a acomodação às
condições animais do corpo.
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