CASAR-SE
Emmanuel
Não basta
casar-se. Imperioso saber para quê.
Dirás
provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o
matrimônio por amor.
O amor,
porém, reclama cultivo. E a felicidade na comunhão afetiva não é
prato feito e sim construção do dia a dia.
As leis
humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as leis
divinas.
Se
desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos, e se
encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é
chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação
dos planos que ideaste de início.
Ergueste o lar por amor e tão-só
pelo amor conseguirás conservá-lo.
Não será exigindo tiranicamente
isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a existência, que te
desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.
Unicamente doando a ti mesmo em
apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da
união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a
bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a
fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia
doméstica.
Inegavelmente, não se te nega o
direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao
resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a
criminalidade em nome do amor. Entretanto, nos dias difíceis do lar
recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida
articulada em última instância. E nem te esqueças de que casar-se
é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão
espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos
cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o
casamento se lança sempre para o mais alto, em plenitude de amor
eterno.
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