O CULTIVO DO
AMOR
Irmão Saulo
A lei civil do casamento, segundo
lemos no item 4 do capítulo XXII de O evangelho segundo o
espiritismo, “tem por fim regular as relações sociais e os
interesses familiares, segundo as exigências da civilização”. E
a seguir vem esta observação: “Mas nada, absolutamente, impede
que ela seja um corolário da lei de Deus.” E a lei de Deus, no
caso, é a lei do amor. Quer dizer que o casamento civil deve
efetuar-se por amor e não por conveniência de qualquer espécie. A
falta de conjugação dessas duas leis, a humana e a divina, é a
causa principal dos fracassos no casamento.
Entre os interesses que podem
influir na determinação do casamento figuram também a vaidade e a
atração sexual, ambos elementos estranhos ao amor e por isso mesmo
de natureza efêmera. Em casos dessa natureza, como em vários
outros, a separação se torna inevitável e o divórcio aparece
então como a lei civil que serve de remédio à separação dos
casais, permitindo aos pares frustrados a reconstrução do lar em
bases legítimas com outros cônjuges. “Um dia se perguntará –
diz ainda o trecho citado – se uma cadeia indissolúvel não
aumentará o número das uniões irregulares”.
Mas quando o lar se formou com base
no amor, as decepções que podem surgir têm o remédio no próprio
amor. Quem ama sabe tolerar e perdoar. As dificuldades serão
superadas dia a dia pelo cultivo do amor. Basta que cada cônjuge se
lembre de que as frustrações são recíprocas. O mesmo acontece com
o artista na realização de sua obra. O ideal está sempre acima do
real. Mas o verdadeiro artista sabe disso e procura superar a sua
frustração pelo esforço constante de aperfeiçoamento.
O cultivo do amor é como o cultivo
da arte. E quem romper um casamento de amor, por simples
intolerância, não encontrará mais remédio para a sua solidão.
http://mensagensdavidaespiritual.blogspot.com.br/
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