sábado, 21 de março de 2015

E DEPOIS?

E DEPOIS?


Em diversas oportunidades, temo-nos referido ao esforço solidário dos componentes da Instituição Espírita, como prerrogativa de êxito e crescimento de realizações. 

De 
fato, quando predomina o espírito de equipe estruturado, fundamentalmente, na fraternidade e na compreensão, na tolerância e na renúncia, a união de todos presidirá o trabalho progressivo e enobrecedor. 

O Grupo, então, caminhará em suas destinações, indene de embaraços e desencontros, 
personalismos e melindres. 

Enfatizamos, desta feita, o funcionamento do Centro Espírita com base na formação de grupos de tarefeiros que se especializem, com tempo e 
perseverança, nas diversas atividades inerentes aos objetivos precípuos da comunidade religiosa. 

A descentralização administrativa proporciona, decerto, o surgimento de novos valores nos domínios da cooperação fraternal. 

Alertamos, assim, nossos companheiros de 
 quanto à crise iminente das Instituições apoiadas tão-só no devotamento e dedicação de equipe reduzida de operários idealistas, principalmente quando chegam ao extremo de se firmarem sobre um único elemento condutor. 

Seja o 
médium com apostolado no Bem, seja o administrador com fidelidade ao ideal, seja o pregador com exuberância de luz na palavra, seja o líder do serviço social com ampla folha de serviços, jamais o Grupo Espírita deve caminhar sob o comando de um único elemento, ainda que excelente distribuidor de tarefas com os diversos aprendizes do Evangelho, conservados tíbios e inseguros ante o excesso de diretividade. 

As surpresas do inevitável, muita vez, têm proporcionado a núcleos bastante operosos, quão prósperos, o definhamento de suas realizações, a paralisação da marcha, o esvaziamento da célula produtiva, ombreando-se com o total despreparo dos que permanecem na retaguarda das comunidades cristãs. 

Não devemos favorecer a solução de continuidade em nossas realizações 
espíritas. 

Imprescindível re
conhecermos que nem mesmo Jesus se exonerou do concurso de colaboradores prestimosos na divulgação da Boa Nova. 

Convocou participantes solidários com a renúncia e o devotamento ao próximo, instituindo o colegiado apostólico que abraçaria, com êxito e fidelidade, os compromissos 
evangélicos. 

Acentuou, junto a cada servi
dor de perto, tarefas específicas segundo as potencialidades de seus corações. 

Em diversas ocasiões, ocupou-se o Mestre em convocar Simão Pedro, Tiago e João a maiores observações e aprendizado, conclamando-os a escutar e entender, ver e sentir para servir com êxito dentre o grupo dos doze. 

Paulo, o coopera
dor póstumo, vislumbrou a Luz Divina, na estrada de Damasco, para, em seguida, ser encaminhado a responsabilidades e testemunhos na comunidade evangélica, ao lado de outros corações não menos enobrecidos no amor. A partir de então, de tempos em tempos, os séculos receberam a visita dos auxiliares de Jesus na obra de defesa e perpetuação de seu Evangelho no mundo. 

Observando o precioso exemplo do Mestre por excelência, defendamos as Instituições Espíritas do aniquilamento de suas mais nobres destinações, perante a ausência de seus pilares de responsabilidade e desvelo, convocados, subitamente, ao regresso à Pátria Espiritual. 

Muitos dirigentes e diretores de Centros Espíritas têm amargado remorso e arrependimento no retorno ao mundo das 
realidades essenciais, contemplando, a distância, seus continuadores na Causa desertando, ante os encargos que lhes ficaram, por incapacidade de servir ou por inexperiência na adoção de compromissos maiores junto ao movimento renovador. 

Alertemo-nos, assim, preservando nossos núcleos 
espiritistas da condenação peremptória ao estiolamento ou destruição por falta de cooperadores ciosos de seus encargos. 

Tarefeiros do Bem não se improvisam de hora para outra. Surgem ao longo da experiência e participação, sob o apoio afetivo e estimula
dor da equipe enobrecia no trabalho fiel. 

Defender o patrimônio 
espírita é ação que principia na fraternidade universal para ampliar-se no reconhecimento de que o dono legitimo da obra é Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Cada um de nós, no aprendizado eficiente, é simples servi
dor do Mestre, matriculado na escola da Terra, sob as vistas do Tempo, que, de momento para outro, nos convocará ao retorno à Pátria Verdadeira. 

Sem plasmar trabalha
dores para a obra erigida agora, que sucederá com ela depois?

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