sábado, 9 de setembro de 2017

Independência do Brasil

Sete de setembro. Feriado nacional. Dia da Independência do Brasil.
Por todo o país se fazem presentes as comemorações.
São desfiles militares, escolares, civis.  Discursos, bandas, orquestras.
Evoca-se 1822, em verso e prosa.
Enaltece-se Dom Pedro I como o libertador.
Desde a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa, não regressando a Portugal, estava proclamada a Independência do Brasil.
O príncipe tinha suas noites povoadas de sonhos de amor à liberdade.
Desenvolvia no Espírito as noções da solidariedade humana.
Não representava o tipo ideal necessário à realização dos projetos espirituais, mas era voluntarioso. E ele era a autoridade.
Os patriotas já não pensavam noutra coisa que não fosse a organização política do Brasil.
A imprensa da época concentrava as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da pátria.
As pessoas viviam a expectativa. Todos os corações aguardavam.
Então, no retorno da sua viagem a São Paulo, um correio leva ao conhecimento de Dom Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa.
Ali mesmo, nas margens do Ipiranga, ele deixa escapar o grito: Independência ou morte!
Sem suspeitar, Dom Pedro I era dócil instrumento de um emissário Divino, que velava pela grandeza da pátria.
Consumou-se o fato e, logo, os versos do Hino da Independência eram cantados: Já podeis da pátria filhos, ver contente a mãe gentil. Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil.
A Independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. Muitos homens deram a vida por este ideal.
São passados cento e noventa e cinco anos da nossa independência.
Olhamos o nosso imenso país, um gigante geográfico e nos indagamos: Somos realmente livres?
A verdadeira independência é moral.
Enquanto prosseguem vigentes o jeitinho brasileiro e a lei de Gerson não seremos livres.
Quando assumirmos nosso papel de homens dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres.
Quando o estandarte da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela.
Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do pano pátrio brilharão com maior intensidade.
Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do pavilhão nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: a paz.
Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo.
Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso gigante.
Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem. A mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço.
Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho.
Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos. E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos.
Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela justiça, pela verdade.
Independência moral. Crescimento real. Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos?
*   *   *
Relatam as tradições espirituais que Tiradentes, morto em 1792, continuou após a sua morte, a trabalhar pela Independência do Brasil.
Ele estava com o príncipe regente Dom Pedro no grito do Ipiranga.
Isso demonstra que os Espíritos, mesmo abandonando a carne, prosseguem nos ideais abraçados.Os Espíritos, como os homens, amam o torrão que lhes serviu de berço, se interessam pelas coletividades, trabalham pelo bem geral.

Redação do Momento Espírita, com base nos cap.18 e 19 do livro
 
Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho
, pelo Espírito
Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. FEB.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP
.
Em 7.9.2017.

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