Alberobello
Na região da Puglia, na Itália, há uma província com essa denominação e se trata de uma encantadora região.
Geográfica
e politicamente bem situada entre mares, tem sido, desde priscas eras,
disputada por conquistadores de diversas procedências.
A sua é uma história rica de glórias e de sacrifícios, sendo, na atualidade, uma grande produtora de
azeite de oliva e outros grãos. O seu solo calcário dá vida a doze
milhões de oliveiras, algumas das quais são consideradas as mais antigas
do mundo, controladas por satélite.
O
que me chamou a atenção nesse lugar encantador foi que, em algum
momento no passado, era fundo do mar, e com as naturais mudanças
ocorridas no planeta, o seu era um solo coberto de pedra calcária.
No
passado, quando foi a região devastada por conquistadores audaciosos,
os seus agricultores, pessoas da terra, tiveram o trabalho de arrebentar
a crosta de pedra até poderem encontrar solo para plantação e vida.
Esse trabalho hercúleo resultou em maravilhosa província de produção de azeite de oliva para quase todo o país e exportação.
Reflexionando
em torno do poder transformador de que o ser humano é capaz, penso que
vivemos a hora terrível dos sofrimentos coletivos no planeta terrestre,
em que a dor a todos nos convoca a graves preocupações.
Inicia-se
o movimento da inevitável transição de mundo de prova para o de
regeneração, e as criaturas, adormecidas umas, outras indiferentes, mais
outras agitadas pelos tormentos que as seviciam, somente pensam no
prazer desgastante, no individualismo ególatra e sorriem-chorando, em
tentativa absurda de fugir de si mesmo, buscando uma outra realidade que
não existe.
Somos
seres imortais a caminho da plenitude. A princípio mergulhados no
oceano volumoso da ignorância, pouco a pouco começamos a sair em busca
do conhecimento, para encontrarmos a crosta calcária dos desafios e com
esforço contínuo encontramos o abençoado solo do amor para a plantação
da ventura e da paz.
Tal
empreendimento constitui-nos a razão de ser da existência terrestre,
para tornar-se digna e alcançar o seu objetivo espiritual.
Enquanto
não nos tornarmos conscientes dessa responsabilidade, seremos como a
terra infeliz ainda coberta de pedras e de inutilidade.
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 13.7.2017.
Em 17.7.2017.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 13.7.2017.
Em 17.7.2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário