Comportamento
Alguns
estudiosos do comportamento humano chegaram à conclusão que alguns
fatores preponderantes na conduta hodierna são responsáveis pelos
problemas da atualidade, como sejam: desconstrução da família, liberdade
em excesso, perda do sentido existencial, excesso da parafernália
tecnológica infantil, ausência dos pais no lar...
Iniciada
essa nova maneira de viver-se, a partir dos anos sessenta, no século
passado, a chamada revolução dos costumes produziu um grande vazio nos
indivíduos, que procuraram preenchê-lo mediante gozos incessantes, como
se a existência fosse um passeio à ilha da fantasia, sem
responsabilidade nem respeito pela própria vida.
Desfrutar
das múltiplas ocasiões ricas de gozo, o amor e a flor, num disfarce mal
elaborado sobre o excesso do prazer sexual e da indiferença pelo mundo,
os jovens perceberam-se órfãos de pais vivos, que também desejavam
aproveitar o momento, libertando-se das castrações da cultura do
passado, como único objetivo da existência.
A
competição masculina/feminina, os vícios sociais, o tabaco, o álcool,
as drogas aditivas, a libertinagem tomaram conta do planeta, inaugurando
o período da irresponsabilidade.
Alastraram-se
as fugas das grandes cidades para locais denominados paraísos e o mundo
se tornou pequeno demais para os grupos de errantes, buscando praias
encantadoras e lugares mágicos para curtir, para o embalo e a liberdade
que, a esse tempo, transformou-se em libertinagem.
Subitamente, com a mesma acelerada mudança, John Lenon declarou: O sonho terminou!,
e movimentos em favor da paz externa surgiram exóticos, sem a
preocupação do equilíbrio interior, única maneira de viver-se em
tranquilidade.
As
guerras multiplicaram-se e voltaram as lutas entre Oriente e Ocidente,
quando o atormentado Bin Laden inaugurou o período do terror, no
fatídico 11 de setembro de 2001, cujos danos emocionais ainda perduram
no medo que tomou conta da sociedade. Novos atos terroristas modificaram
as paisagens humanas e vive-se, na atualidade, a ausência da ética, do
amor, da fraternidade entre as criaturas.
Certamente,
surgiram nobres movimentos, preocupações com a Mãe Terra, com os
animais e todas as expressões de vida, direitos humanos...
Mas
o amor ainda não encontrou guarida nos corações. E todos estamos
sedentos de que o amor nos suavize a jornada e domine os atormentados
comportamentos atuais. Somente o amor em todas as suas expressões possui
a terapia própria para acabar com a onda de violência e ódio, de medo e
solidão que tomam conta da Terra.
Um amor especial, sem dúvida, que é o retorno às
tradições, ao respeito entre as criaturas e o cumprimento dos deveres em
relação a tudo e a todos.
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 5.5.2017.
Em 16.6.2017.
Em 16.6.2017.
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