Em sua Carta aos Hebreus, o Apóstolo Paulo de Tarso escreveu sobre a obediência de Jesus a Deus.
Salientou que o Cristo manifestou Sua submissão à vontade do Criador até o extremo sacrifício.
E que, após a crucificação, tornou-se o meio de salvação para todos os que O seguissem.
* * *
É interessante refletir a respeito da obediência.
Todos obedecemos a alguém ou a alguma coisa. Vivemos no mundo, sujeitos a normas e regras que nos ditam a maneira adequada de nos conduzirmos, de agirmos.
Obedecemos a normas a toda hora: no trânsito, na profissão, na escola, na sociedade, no trato com os outros.
Contudo, muitos de nós não conseguimos entender que o respeito às leis constitui virtude e traz benefícios para nós mesmos.
Não entendemos a necessidade de nos submetermos com dignidade ao cumprimento dos deveres que a vida nos apresenta.
Ressentimo-nos com os encargos que nos competem e buscamos abandoná-los.
Com essa atitude, atendemos aos impulsos inferiores da natureza e, por resistirmos ao trabalho íntimo de autoelevação, nos tornamos rebeldes.
Quase sempre, em nosso coração, transformamos a obediência que, no dizer do Apóstolo, nos salvaria, na escravidão que nos condena.
O Senhor da Vida estabeleceu as gradações do caminho.
Instituiu a lei do próprio esforço, na aquisição dos supremos valores da vida.
Em Sua extrema bondade, elaborou formosos roteiros para que encontremos a felicidade e nos plenifiquemos.
Determinou que o homem, para ser verdadeiramente livre, aceite os Seus sagrados desígnios.
Contudo, frequentemente, preferimos atender à nossa condição de inferioridade e determinamos para nós uma verdadeira escravidão às nossas paixões.
Importante que examinemos atentamente o campo em que desenvolvemos nossas tarefas e nos perguntemos a quem verdadeiramente obedecemos.
Será que estaremos atendendo, em primeiro lugar, às vaidades humanas?
Estaremos, antes e acima de qualquer coisa, agindo conforme as opiniões alheias?
Ou conseguimos acomodar o nosso sentimento no tranquilo cumprimento dos deveres que nos competem?
São frequentes as tentações que o mundo apresenta no caminho de quem deseja viver retamente.
E temos desculpas para quase tudo, seja o abandono do lar, a traição conjugal, a sonegação de impostos ou a pouca dedicação aos filhos.
Sempre é possível achar alguma justificativa, ainda que insignificante, para podermos passar livremente pela porta larga da perdição.
O problema é que nesse processo comprometemos não só a própria dignidade mas também nosso futuro espiritual.
Cada um de nós, através de suas ações, constrói o seu próprio destino e sempre chegará o momento de assumirmos as consequências dos atos praticados.
Em termos morais, não existem atos sem consequências.
O sacrifício das próprias fantasias e vaidades em favor do bem rende plenitude e luz, logo adiante.
Já a vivência de paixões, em clima egoísta, traz uma inevitável cota de dores e desilusões.
Jesus ensinou e exemplificou a vivência do amor, em regime de pureza.
Apenas a obediência aos Seus ensinamentos permite quebrar a escravidão do mundo em favor da libertação eterna.
Pensemos nisso e nos disponhamos a segui-lO, nosso Modelo e Guia.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16, do
livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 18.1.2019.
livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 18.1.2019.
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