terça-feira, 27 de novembro de 2018

Amanhecer de uma Nova Era

PEREGRINA LUZ ANUNCIA O AMANHECER DE UMA NOVA ERA

Filhas e filhos do coração,

Na densa noite que aturde a criatura humana, rica de tecnologia de ponta e pobre de sentimentos morais, surge peregrina luz, anunciando o amanhecer. A Nova Era, programada pelos guias da Humanidade, está colocando os seus alicerces no coração das criaturas humanas, preparando o período de plenitude que nos está prometido pelo Senhor desde os dias do Sermão Profético anotado por Marcos no capítulo 13 do seu Evangelho, que as expectativas humanas demoram-se aguardando as dores que deveriam chegar, produzindo a seleção dos trabalhadores do bem na edificação do mundo melhor.

As entidades venerandas que se comunicaram nos dias que precederem a Codificação do Espiritismo, revigoram a promessa de Jesus de que, se não fosse a abnegação de muitos, a destruição seria terrível e por isso o Pai Misericordioso procurou diminuir as dores que pesariam sobre a Humanidade, insatisfeita e invigilante. Anunciaram o momento da grande mudança para Mundo de Regeneração. Essa operação fantástica que vem ocorrendo desde os longínquos dias do surgimento da Doutrina Espírita, codificada na Terra, alcança o seu clímax nestes gloriosos e atormentados dias.

O ser humano, que parece haver perdido o endereço de Deus, atropela, deixando-se arrastar pelo sentimento confuso que lhe domina a mente e atormenta as emoções, sem saber o rumo a seguir. Felizmente, a Doutrina que restaura a palavra do Senhor, volve à praça pública, permanece no ar, é percebida hoje graças aos veículos de comunicação em massa, especialmente pelo método virtual, a todos ensejando informar-se dos acontecimentos transcendentes que estão sucedendo em prol da criatura renovada.

Nestes dias, em que aqui estivemos debatendo questões fundamentais do nosso Movimento, em alto clima de respeito e de paz, os dois mundos intercambiaram, através da mediunidade dilatada pela inspiração, buscando as melhores diretrizes para servirem de alicerce à realização que já se encontra em início.

O Brasil, a pátria do Evangelho, parece despertar do letargo a que vem sofrendo inevitavelmente, em consequência da mudança que se opera no planeta, também desperta para a realidade nova do ser em relação a si mesmo, à sociedade, à vida. E o Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, desperto para as realidades novas, compreende que a única diretriz de segurança para o êxito é a vivência do amor, a unificação das entidades em decorrência da união das criaturas humanas.

Conseguistes abordar temas delicados em clima de alta fraternidade, à semelhança do primeiro Concílio, em Jerusalém, em que Pedro e Paulo se encontravam no momento grave da união ou da separação. A humildade de Pedro, ajoelhando-se aos pés do pregador das gentes, reverteu os planos maléficos da divisão, mantendo o Cristianismo na linha direta do amor com Jesus. Assim também, vindes conseguindo essa identificação, colocando ao lado pequenas divergências que, de maneira alguma, podem influenciar o conjunto harmônico que tem por meta a fraternidade universal.

Mas, ainda estamos no período de lutas, como asseverou o insigne Codificador. Dificuldades apresentam-se em toda parte. Perturbações sutis umas, graves outras, eclodem em nossas Casas convidando as pessoas generosas, mas incautas, a divergirem e a dissentirem em lamentáveis processos de obsessões sutis umas, mais graves outras.

Somente o amor pode trabalhar essas anfractuosidades que surgem em nosso Movimento nestes dias de preparação do grande período de libertação da alma humana dos grilhões do passado, das cadeias do ontem que ainda são muito fortes no ego de quase todos nós.

Mantende o coração liberado de preconceitos de qualquer natureza. Abri os braços ao recolhimento das criaturas humanas, porém mantende os postulados da Doutrina invioláveis, sem enxertos de qualquer natureza, porque se é verdade que o pensamento da Codificação evolve cada vez mais, não menos verdade é que o faz dentro das raízes fixadas, pelo Mundo Espiritual, nas obras fundamentais.

O que parece novo é nada mais do que melhor interpretação dos conteúdos básicos do pensamento kardequiano. Mantende a fidelidade ao trabalho do Venerando apóstolo de Lyon, sob os auspícios do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que nessa unidade trabalhemos o coração da Terra para os dias melhores do porvir.

Não temais permanecer fiéis aos deveres abraçados. Os aplausos não significam atitudes de coerência, porque muitas vezes o mal é aplaudido pelos seus aficionados, o erro é divulgado pelos seus apaixonados e o crime, não poucas vezes, goza de cidadania, em razão da intimidade daqueles que ainda se encontram no equívoco e habilmente entretecem as redes fascinantes da degradação e do desequilíbrio.

Jesus, filhas e filhos queridos, é o nosso alvo, é o nosso modelo, é o guia que nos serve de parâmetro para todas e quaisquer realizações. Diante de incógnitas ou de perguntas sem resposta, reflexionai: que faria o Mestre neste momento? E, intentando encontrar a solução que Ele daria, segui a inspiração que vos chegue sempre em tom de fraternidade e de misericórdia e a caridade estará guiando-vos na direção deste alvo, que é o momento final do nosso encontro com o Rabi Galileu.

Nós, os Espíritos-espíritas que estamos convosco, não descansaremos enquanto não se estabeleça na Terra o primado do Espírito imortal. E o materialismo, a crueldade, a dissensão e as extravagantes propostas da indignidade humana, cederão lugar à paz, à beleza, à busca da perfeição, ensejando-nos a perfeita comunhão com o mundo transcendental.

Espíritas, a vós vos cabe hoje a tarefa da recristianização da Humanidade. É verdade que ainda não se logrou a cristianização conforme o Evangelho. A Doutrina, nas páginas escriturísticas da Boa-Nova, ensejou a criação de doutrinas respeitáveis e religiosas, mas não aquela que foi vivida pelo Santo de Assis através da abnegação total e da total entrega ao amor. Renasce agora, desde os dias em que as vozes dos céus desceram à Terra, qual um exército, sob o comando do general da paz, para remover os grandes obstáculos que foram levantados pela incúria e aplainar o grande terreno da solidariedade humana.

A dor ainda é a bênção que Deus oferece aos seus eleitos. Através dela podereis ostentar as condecorações cristãs colocadas em vossas almas, as cicatrizes das feridas derivadas das lutas, do sacrifício e da abnegação. Mas, crede, em momento algum estareis a sós. Mantende-vos alertas para que nunca vos afasteis das diretrizes do sacrifício e da abnegação para os comportamentos louváveis, sem dúvida, mas das glórias ilusórias e dos prazeres e extravagâncias do agrado da maioria.

Cristo ainda é símbolo de luta e, enquanto houver lágrimas nos olhos e no coração das criaturas humanas, ei-lO entre nós, na multidão, enxugando essas lágrimas e esses suores para libertar a criatura de si mesma e cantar o Glória a Deus nas alturas.

Adiante, servidores do bem e da verdade! Que o vosso sinal de identificação seja o amor. Que os vossos atos sejam lavrados da claridade no dia da verdade, sem sombra e sem qualquer manifestação de engodo ou de engano.

Abençoe-nos, filhas e filhos queridos, o Senhor de todos nós! São os votos que fazemos os Espíritos-espíritas aqui convosco hoje, amanhã e sempre.

Muita paz! Um abraço carinhoso do servidor humílimo e paternal de sempre,



Pelo Espírito Bezerra [de Menezes]. Psicofonia do médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, em 11 de novembro de 2018. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=537

Dores da Alma

Ela ultrapassara as oito décadas de existência. Embora nascida no Brasil, mantinha um sotaque bem característico de sua origem italiana.
Foi durante uma das nossas visitas que ela nos falou da sua infância e da tristeza que trazia na alma, desde aqueles dias.
Ela nascera e crescera no ambiente rural. Menina, alimentava sonhos. Na pobreza em que vivia sonhava que, um dia, poderia ganhar um brinquedo. E o que ela mais desejava era uma boneca.
Mas os Natais se sucediam, os aniversários também, sem que nada lhe chegasse. No entanto, ela continuava aguardando.
Finalmente, no seu aniversário de seis anos, recebeu um pacote. E ela imaginou que seria a boneca tão esperada. O embrulho era simples mas o que importava era o que estava dentro.
Ela desenrolou, quase rasgando o papel, e as lágrimas jorraram abundantes. O que ela estava recebendo era uma enxada. Uma enxada para ela trabalhar a terra.
Foi um choque brutal. E porque chorasse muito, foi repreendida. Afinal, disseram os pais, aquele instrumento não fora barato e ela precisava dele para ajudá-los.
Para sua alegria, ela foi matriculada na escola. Quatro quilômetros de distância. Quatro para ir, quatro para voltar.
Mas ela não se importava. Fazia o trajeto feliz da vida. Conhecer as letras, aprender a juntá-las, descobrir o segredo das palavras. Uma alegria sem fim.
Aluna aplicada, as suas eram sempre notas boas, com tarefas caprichadas, escritas à luz de um pequeno lampião.
E se ela ficava à tarde trabalhando na lavoura, de enxada na mão, as manhãs eram gloriosas.
Era como entrar num conto de fadas com letras, histórias, relevos, desenhos.
Foram três anos de felicidade. As agruras dos dias quentes, as mãos pequenas calejadas pela enxada tinham a compensação no manejo do lápis.
E ela já se imaginava cursando outra escola, maior, na cidade. E, quem sabe, se tivesse algum lugar onde ela pudesse ficar o dia inteiro estudando.
Entretanto, no início do quarto ano, a escola mandou pedir aos pais que comprassem alguns materiais: um caderno, um lápis.
Ela repetiu várias vezes: Era só um caderno e um lápis. Mas, meu pai se negou a gastar qualquer valor.
Para quê? – disse ele. Mulher não precisa disso. Já era muito ter ficado tantos anos estudando.
E isso assinalou a sua retirada da escola.
Nunca mais conseguiu voltar. Ao longo do tempo, as dificuldades foram se fazendo maiores e maiores.
Ela continuou a ler tudo que lhe caía nas mãos: jornais, propagandas impressas, anúncios, bulas de remédios.
E escrevia e escrevia. Uma letra bonita, quase desenhada, de quem realmente ama o que faz.
Os anos se passaram. Ela casou, teve filhos, mudou para a cidade onde o acesso a livros se fez mais fácil.
Livros que ela devorava, alimentando a alma.
Mas, a sua grande tristeza nunca a deixou. Ficou-lhe na alma, como marcada a ferro.
*   *   *
Se desfrutamos das bênçãos da escola, agradeçamos a Deus!
Se gozamos da ventura de aprender a ler, escrever, contar, sejamos gratos à vida.
Sobretudo agradeçamos aos pais que nos permitiram o acesso aos bancos escolares, iluminando nossas mentes, alimentando nossa inteligência.
E, por fim, utilizemos muito bem todas essas benesses, escrevendo somente o bem, divulgando o útil e lendo o que nos possa propiciar progresso.
Redação do Momento Espírita.
Em 27.11.2018

sábado, 24 de novembro de 2018

Espíritas, avante!

Espíritas, avante!
Aos irmãos da Causa Espírita no Brasil


Servidores leais da Nova Era,

Segui, de arado às mãos, na seara imensa,

Colhendo o trigo lúcido da crença

Que conforta, restaura e regenera.



Em torno_ é o mundo que se desespera,

Entre as sombras da noite que se adensa;

Vós sois, porém, a doce recompensa

Do ideal torturado em longa espera.



Mensageiros da luz Imorredoura,

Sois a bênção da vida porvindoura

Na construção do templo da verdade!...



Combatei a maldade, o ódio, a guerra,

Sois com Jesus, o sal da Nova Terra,

Vanguardeiros da Nova Humanidade.

Autor: Abel Gomes
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Moradas de Luz
                     

Suicídio Nunca!


                                                     Suicídio Nunca!

Integrando a repesa falange, muitos haviam patenteando o fruto nefasto da

escassa educação moral obtida nos lares destituídos da verdadeira iluminação cristã!

Jovens que, apenas saídos da adolescência, haviam tombado inermes ao primeiro

choque com as contrariedades comuns à existência terrena, preferindo a aventura do

suicídio, completamente faltos de ideal, de senso, de respeito a si mesmo, à Família e a Deus!

As desgraças por eles encontradas, além do suicídio, eram como o terrível

atestado, o pavoroso libelo contra a irresponsabilidade dos pais ou responsáveis por eles

à face de Deus, a prova infamante da desatenção com que se portaram deixando de

diligenciar sólida edificação moral em torno deles! Para tais casos, soubemos que severas

contas deveriam prestar futuramente às Soberanas Leis os descautelosos pais que

permitiram asas às perniciosas inclinações dos filhos, sem tentar corrigi-las, favorecendo

assim ocasiões aos desequilíbrios desesperados de que o suicídio foi o lógico resultado!

Autor: Camilo Cândido Botelho
Psicografia de Yvonne A. Pereira. Livro: Memórias de um Suicida

Trabalho Sempre

Trabalho Sempre
Ainda que o discípulo guarde os pés

encarcerados no lodo da Terra, o

trabalho infatigável no bem no lugar

em que se encontra, é o traço

indiscutível de sua elevação.

Conheceremos as árvores pelos frutos e

identificaremos o operário dos Céus

pelos serviços em que se exprime.





Autor: Neio Lúcio
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro Jesus no Lar

Espiritismo e Vida

Espiritismo e Vida
O Espiritismo, meus irmãos, é a luz que verte do Alto na grande noite da. Humanidade, para nos apontar o caminho na escuridão.

O Espiritismo, é Jesus de volta, que nos vem convidar a reflexões muito profundas a respeito do que somos - Espíritos imortais - de como estamos - corpos transitórios - e para onde vamos - na direção da pátria, conscientizando-nos que a lei que deve viger em todas as nossas atitudes é a lei de amor. Este amor, porém, que é lei natural e está em todo o Universo, porque é a lei do equilíbrio.

Quando, realmente, nos deixarmos penetrar pela proposta de Jesus, quando legitimamente nos permitirmos mimetizar pelo Seu dúlcido olhar, feito de misericórdia e de compaixão, uma nova conduta se estabelecerá em nossas vidas, e aprenderemos, por fim, a seguir com equilíbrio pela estrada libertadora. O Espiritismo, anunciado pelo Mestre, chega na hora predita para atender o rebanho aturdido que, tresmalhado, aguarda o cajado do Bom Pastor.

Ele veio, meus filhos, e convocou-nos a uma nova ordem de pensamento e de conduta. A Sua voz, de quebrada em quebrada, chegou até estes dias, para que tivéssemos um roteiro de segurança, para não mais incidirmos ou reincidirmos nos delitos a que nos vinculamos.

Da primeira vez, iludidos, fascinados, atormentados, deformamos-Lhe os ensinamentos, adaptando-os aos nossos interesses escusos. Mas Ele não cessou de nos enviar embaixadores encarregados de recordar-nos Seu amor inefável até quando Allan Kardec nos trouxe desvelado, o Evangelho para vestir nossa alma com a luz mirífica das estrelas.

Tenhamos cuidado com a prática espírita!
O Consolador não se deterá, mesmo que os homens coloquem pelos caminhos impedimentos à sua marcha, dificuldades ao processo evolutivo, porque Cristo vela!

O Espiritismo, meus filhos, é doutrina dos Espíritos para os homens.
Espíritos, por sua vez reencarnados, comprometidos com a instalação na Terra do reino do amor, da justiça e da caridade.

Tende tento!

Meditai profundamente na palavra de ordem e de razão que deflui do Evangelho vivo e, se por certo, estais sendo chamados para o rebanho, esforçai-vos para atender ao convite, e lutai até o sacrifício para serdes escolhidos.

Recebeis farta messe de luz; distribuí-a pelo mundo estróina.
Sois aquinhoados com o conhecimento libertador; passai-o adiante através da voz eloquente dos vossos atos e pela palavra austera dos vossos sentimentos.

Jesus espera! Como nós confiamos n'Ele e Lhe pedimos apoio, Ele confia em nós, e nos pede fidelidade.
Os Espíritos amigos, vossos anjos guardiães e companheiros de jornada, aqui estamos para sustentar-vos nos testemunhos, para dar-vos força, para que possais vencer com idealismo, de maneira estóica.

Não adieis o momento de ajudar, não procrastineis a hora de servir e, integrados na falange do bem, cantai, cantai ao Senhor, mesmo que lágrimas escorram pelos vossos olhos e dores macerem vossos corações.

Cantai um hino de júbilo e de liberdade, demonstrando que na cruz os braços estão abertos para afagar, dando testemunho que pode aquilatar o valor de quem ama.

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, e que a paz prossiga convosco, suavizando vossas lutas e dores! São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco

Um Novo Século de Luz

Um Novo Século de Luz
Meimei

Ah! Eu queria tanto, como eu queria
Que a natureza continuasse
Vertendo Amor por toda a Terra
Fazendo dos campos verdejantes um tapete de cores
Onde a criança caminhasse entre flores
Sem temores...

Ah! Eu queria tanto, como eu queria
Que em cada favela, em cada vila
Todas as crianças tivessem guarida
No coração do homem...
Operário ou empresário
Para nele encontrar...
Nem que fosse um cantinho
Para falar de seus sonhos
Que eles não são quimera
Que alguém pode fazer dele
Eterna primavera...

Ah! Eu queria tanto, como eu queria
Que ninguém chorasse mais a partida
Do filho querido que a morte levou
Que descobrisse no Evangelho
Que um lugar existe
É um mundo tão belo!
Nos braços ternos de alguém
É recebido ele
Com anelo!

Ah! Eu queria tanto, como eu queria
Que o Século vinte e um
Fosse o século de luz
Que todos nele se iluminassem
Para que o Amor
Em todos despertasse...

Ah! Eu queria tanto, como eu queria
Que todos vivessem em paz
E na Terra toda
Esta paz reinaria...
Demonstrando a você, irmão
Que é também capaz
De construir o século de luz,
Vivendo realmente
O grande amor de Jesus
Ah! Como eu queria...



Autor: Meimei
Psicografia de Miltes Bonna

As Moedas

Dois homens se instalaram, com suas tendas e mercadorias, à beira de movimentada estrada.
Na tenda maior, de listas grandes, coloridas, muito chamativa, ficou um homem de grande ambição. Seu desejo era juntar muitos tesouros.
Por isso mesmo, suas mercadorias eram demasiado caras, embora fossem ricamente apresentadas em embalagens suntuosas.
Na tenda menor, de colorido delicado, o outro homem simplesmente se dispôs a aguardar os que desejassem chegar até ele. Nenhum cartaz de propaganda bombástica, nem qualquer outro artifício.
O primeiro atraía multidões. Os que por ali passavam, estranhamente se dirigiam para a sua tenda e ninguém discutia ou buscava barganhar os preços das mercadorias.
Apesar das grandes somas que deviam despender, todos se mostravam dispostos a pagar, sem qualquer discussão.
O segundo não tinha muitos fregueses. Discreto, enquanto aguardava, plantava flores em seu jardim. O lugar era, assim, agradável e de encantos naturais.
Poucos paravam ali, mas os que se detinham, recebiam das mãos do bom homem flores perfumadas de variados matizes.
Havia tanta singeleza e bondade na doação, que alguns chegavam a se emocionar, e com beijos nas mãos calosas do anônimo jardineiro, procuravam agradecer as dádivas generosas, depositando nelas as lágrimas das suas almas tocadas pelo gesto.
O primeiro homem logo foi enchendo o seu cofre com recursos amoedados. Tantos, que a cada dia mais abarrotavam todos os escaninhos do grande local.
Sentia-se feliz vendendo, a peso de ouro, a calúnia, a maledicência, o vício, a inveja, o ciúme. E os passantes prosseguiam, sempre mais ávidos, a buscar-lhe as mercadorias.
Os dias se multiplicaram e se transformaram em semanas, que cederam lugar aos meses. Na somatória desses, advieram os anos.
Certa tarde, quando o sol ia descansando no horizonte, derramando seus derradeiros raios sobre a terra fértil, colorindo o céu de ouro, sangue e prata, os dois homens entenderam que a sua hora se aproximava e que seria bom fazer o balanço das suas finanças.
O primeiro homem, da tenda maior, abriu o cofre e, desgostoso, constatou que ele estava cheio de moedas de metal sujo.
Ele fora enganado. Durante anos, recolhera o que pensava serem moedas fartas de ouro e verificava serem todas de valor quase nulo.
O outro estendeu as mãos e as descobriu cheias de preciosas gemas. As lágrimas de gratidão dos que haviam sido aquinhoados com suas flores de bondade, haviam se transformado em pedras de alto valor.
O homem que vendera ilusões, gozos e prazer, entendeu. Ele comercializara e recebera as moedas da Terra, passageiras, ilusórias, que somente compram as coisas do mundo e se perdera, no emaranhado do mal.
O outro, por ter distribuído a bondade sem nada pedir em troca, recebera as moedas do mundo invisível.
*   *   *
Semear o bem ou comprazer-se no mal, é decisão de cada um.
Somos responsáveis não somente pelo mal que praticamos, mas também por aquele que, de alguma forma, encorajamos os outros a praticar.
Assim, todo bem que espalhamos ao nosso redor, é bem para nós mesmos, pois sempre é dado a cada um segundo as suas obras.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. A moeda da Terra e
a do Céu, do livro À sombra do olmeiro, pelo Espírito Um jardineiro,
psicografia de Dolores Bacelar, ed. Correio Fraterno do ABC.
Em 23.11.2018.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Reconhece-se O Cristão Pelas Suas Obras

II – Reconhece-se O Cristão Pelas Suas Obras

SIMEÃO
Bordeaux,1863

            16 – “Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Escutai estas palavras do mestre, todos vós que repelis a doutrina espírita como obra do demônio! Abri os vossos ouvidos, pois chegou o momento de ouvir! Será suficiente trazer a libré do Senhor, para ser um fiel servidor? Será bastante dizer:“ Sou cristão ”, para seguir o Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos”. – “Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada no fogo”. – Eis as palavras do Mestre. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Quais os frutos que a árvore do Cristianismo deve dar, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com a sua sombra uma parte do mundo, mas ainda não abrigaram a todos os que devem reunir-se em seu redor? Os frutos da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e fé. O Cristianismo, como o vem fazendo desde muitos séculos, prega sempre essas divinas virtudes, procurando distribuir os seus frutos. Mas quão poucos os colhem! A árvore é sempre boa, mas os jardineiros são maus. Quiseram moldá-la segundo as suas ideias, modelá-la de acordo com as suas conveniências. Para isso a cortaram, diminuíram, mutilaram. Seus ramos estéreis já não produzem maus frutos, pois nada mais produzem. O viajor sedento que se acolhe à sua sombra, procurando o fruto de esperança, que lhe deve dar força e coragem, encontra apenas os ramos adustos, pressagiando mau tempo. É em vão que busca o fruto da vida na árvore da vida: as folhas tombam secas aos pés. A mãos do homem tanto as trabalharam, que acabaram por crestá-las!
            Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem amados! Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância os seus frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu: não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe corte a ramagem. Seus frutos generosos caem em abundância, para alentar o viajor cansado, que deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis, para guardá-los e deixá-los apodrecer, sem servirem a ninguém. “São muitos os chamados e poucos os escolhidos”. É que há os açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não vos coloqueis entre eles; a árvore que dá bons frutos deve distribuí-los para todos. Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob as ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece. “Não se colhem uvas dos espinheiros”. Meus irmãos, afastai-vos, pois, dos que vos chamam para apontar os tropeços do caminho, e segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.
            O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no Reino dos Céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Que o Senhor das bênçãos vos abençoe, que o Deus da luz vos ilumine; que a árvore da vida vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Credes e orai!

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Por Allan Kardec

Lei do Universo

Nada fica onde está para sempre. Tudo se renova. Tudo se modifica, mudam suas estruturas, muda sua forma de ser.
Essa lei vale para o mundo da matéria e para o mundo do Espírito.
O progresso é lei do Universo, é lei natural, e trabalha incansável através das eras revolucionando tudo e todos.
Partimos do estado primitivo e rumamos para a perfeição. Muitas experiências são necessárias para nos burilarmos, sempre em transformação.
No Universo, nada pode ficar parado.
O tão conhecido daqui não saio, daqui ninguém me tira, não resiste à lei do progresso, que nos faz abandonar as velhas posturas, querendo ou não, uma hora ou outra.
A chamada força das coisas nos leva, inevitavelmente, à revisão das posturas, à renovação da vida, seja na mesma encarnação, ou numa nova, em condições totalmente diversas da anterior.
A lei universal nos empurra para diante, não nos deixa dormir no ponto, não nos permite a ociosidade, uma vez que é lei educativa, acima de tudo, comandada por um Pai amoroso.
Chegar na Terra em determinada condição espiritual e sair de igual forma é derrota para a alma que precisa progredir.
Por isso, cada oportunidade deve ser profundamente aproveitada, cada aprendizado, cada sofrimento, cada alegria, tudo precisa estar sendo colhido por nós e ir nos tornando maiores.
Vejamo-nos como aprendizes, como frequentadores de uma grande escola que pode dizer, ao final de cada dia letivo: hoje sabemos mais do que ontem.
Não nos referimos apenas ao conhecimento das coisas, do saber do intelecto, mas da sabedoria completa, que passa pela melhoria nas relações com o próximo e conosco mesmo.
O progresso que estamos conquistando é intelectual e moral. Por vezes, na busca desenfreada pelo primeiro, descuidamos do segundo, bem mais difícil de ser alcançado.
O intelecto pode ser desenvolvido, na grande maioria das vezes, na solitude. A moralidade é construída na vida em sociedade, no contato com o próximo.
O intelectual nos traz o esclarecimento, a capacidade de usar a razão e discernir, fazer melhores escolhas.
O moral nos permite amar melhor, conviver bem com o outro e conosco mesmo.
Por isso, da mesma forma que traçamos planos para nossas conquistas do saber: que cursos queremos fazer, mestrados, doutorados, áreas de aprofundamento, deveríamos igualmente estabelecer metas para a outra área do progresso.
Em que aspecto moral queremos nos desenvolver mais nesta vida? Quais as necessidades mais urgentes?
Os cursos de especialização, mestrados e doutorados em virtudes são a própria vida e seus desafios. A família, por exemplo, e suas surpresas constantes, suas fases, suas carências.
Nossa participação social, nosso papel no mundo, tudo isso são formas de nos especializarmos nas diversas virtudes da alma e conseguirmos finalizar a existência melhores do que quando aqui chegamos.
Pensemos nisso. Nosso progresso é também o progresso do mundo. Se desejamos ver uma Humanidade melhorada, comecemos por nós.
O progresso da nossa Terra é a soma do progresso individual de todos nós.
Redação do Momento Espírita.
Em 19.11.2018.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Fé, Caridade e Kardec

Fé, Caridade e Kardec
Com Allan Kardec aprendemos que fé é
exercício de caridade, e caridade é
luz acesa sobre o combustível da fé,
norteando passos. Kardec nos trouxe a
metodologia para atingir a meta.

Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco

Prudência

Prudência é atitude de sabedoria.
Prudência no falar; prudência no agir; prudência no pensar.
Eis uma importante virtude da alma.
O falar com prudência nos conduz a uma atitude refletida, pois muitas vezes perdemos o domínio das palavras que, desatreladas, produzem incêndios, promovem conflitos e muitos outros desastres.
A palavra não pronunciada é patrimônio precioso de que o ser humano se pode utilizar no momento justo.
A palavra liberada pode se converter, quando dita sob ofensas, em castigo que volta a punir o irresponsável que a libera.
A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente causa desacertos e aflições sem nome, conduzindo as vítimas ao despenhadeiro do insucesso, em cuja rampa o remorso sempre chega tarde.
Antes de agir o homem é depositário de todos os valores que pode investir. Após a ação colhe os resultados do ato.
Salutar, dessa forma, agir, através da ponderação a fim de que a atitude não se converta em algoz, que escravize quem a praticou.
Pensar prudentemente.
Uma ofensa que nos chega aos ouvidos, nos ferindo, pode nos conduzir a uma posição exaltada, impedindo, em consequência, a perfeita ordenação mental.
Observamos o ocorrido através de ângulos falsos, distorcidos, numa apreciação perturbada, e os resultados são quase sempre danosos.
Pensar refletindo, aí está a prudência. Ouvir, criando o hábito de ponderar, para então chegar às legítimas conclusões em torno dos verdadeiros problemas da vida.
Precipitado, Napoleão conquistou a Europa e, refletindo, meditou tardiamente nos erros cometidos, na ilha de Santa Helena.
Conduzido pela supremacia da força, Alexandre Magno dominou o mundo e febres estranhas tomaram conta de seu corpo jovem, antes das reflexões de que muito necessitava.
Com prudência Jesus pensou, falou e agiu, em todas as oportunidades.
*   *   *
Toda ação prudente é cautelosa. Porém, ao contrário do que pensa o senso comum, prudência não é morosidade. A virtude da prudência, aliás, é o justo meio entre dois extremos, como tão bem colocou Aristóteles:
De um lado a inação ou a lentidão; no outro extremo a precipitação, a pressa. Ela estará no equilíbrio, no ponto central.
Prudência não admite perda de tempo. É rápida e certeira, pois o tempo é inerente a ela.
Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas foi o conselho de Jesus, na preparação de Seus discípulos para o trabalho que teriam pela frente. Seriam lançados como ovelhas no meio de lobos.
A serpente representa a prudência, que nos permite reconhecer o mal com antecedência e assim fazer as melhores escolhas em todas as situações.
A prudência é considerada por muitos como a virtude por excelência, porque através de seu exercício é que os seres humanos podem refletir e decidir com sabedoria.
Por isso, sejamos prudentes. Nem apressados, nem lentos demais: prudentes...

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 43, do
livro
Convites da Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 12.11.2018.

sábado, 10 de novembro de 2018

Transição do Planeta

Transição do Planeta

"Meus filhos:

Que Jesus nos abençoe,

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e
degenerativos.
Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração. Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...
Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o
propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.
Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.
As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.
Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.
Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.
Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral.
Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.
Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.
As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.
Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.
O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.
Dai-vos as mãos!
Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem‑se secundários diante das metas a alcançar.
Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...
Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.
Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.
Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.
Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.
Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.
Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra."

Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes (espírito) transmitida por Divaldo Franco
(13.11.2010 – Los Angeles)

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Abramos nossos corações

Ele era um detetive muito conceituado. Era tido como uma pessoa extremamente meticulosa, observadora, chegando sempre aos resultados aguardados.
Ele mesmo tinha absoluta confiança em si próprio, graças aos resultados excelentes de suas empreitadas.
Era, portanto, alguém muito seguro de si.
Foi com essa disposição que, a pedido de um cliente, passou a seguir os passos da esposa. Mulher jovem, bonita, costumava sair quase todas as tardes.
Dizia o marido que, casados há poucos anos, haviam tentado ter filhos. Da primeira vez, a esposa perdera o bebê, no terceiro mês de gravidez.
Na segunda, chegara ao quarto mês, quando a gestação sofrera uma interrupção espontânea. A terceira tentativa também não fora exitosa.
Se isso tornara o marido amargurado, levara a jovem esposa para a melancolia.
Na tentativa de sair desse caminho perigoso, ela passou a ter aulas de música, o que, verdadeiramente, lhe fez muito bem.
Aquelas horas que ela ficava com a mestra e as posteriores, em que se exercitava ao instrumento, passaram a lhe deixar contornos de harmonia e até um pequeno toque de alegria.
Contudo, quando ela começou a falar com seus bebês mortos, o marido achou que a influência da mestra e da música lhe estavam fazendo mal.
De imediato, proibiu as aulas e a continuidade dos estudos musicais.
Ela ficou privada do que lhe dava tanto conforto à alma.
E quando suplicou que fossem feitas pequenas lápides de mármore com o nome dos seus bebês, para que tivesse um lugar para falar com eles, também lhe foi negado.
O detetive descobriria que ela simplesmente se sentava em um jardim, para ouvir a música vinda de um conservatório.
Aproximou-se, porque a vira adquirir certa dose de substância letal e temeu que ela se matasse.
Ela se desfez da droga, depois da insistência dele. Imaginou ele que estava tudo resolvido.
Entretanto, no dia seguinte, o jornal trazia a notícia da jovem esposa que se matara, andando ao encontro do trem.
Aquilo o abalou de forma inusitada. Sentiu-se culpado. Sim, ela lhe contara seu drama: como o marido lhe proibira a alegria da música, como a acreditava louca por falar com seus bebês, como rejeitara a ideia de conseguir um local para ela prantear as crianças...
E o que ele fizera? Dissera que voltasse para o marido, dizendo que deveria tentar superar tudo isso.
Simplesmente assim...
*   *   *
As estatísticas apontam que, de cada dez suicídios, nove poderiam ter sido evitados.
Será que temos estado atentos aos que nos cercam: familiares, amigos, colegas, conhecidos?
Tenhamos sempre abertos nossos ouvidos e nosso coração para os que nos desejam fazer partícipes das suas agruras.
Tenhamos nosso coração aberto para acolher as almas sofridas que nos pedem auxílio com palavras, com olhares, com gestos.
Estejamos sempre prontos para ouvir, para acolher.
Há muita fome no mundo. E a maior de todas as fomes é a de afeto, de acolhimento, de compreensão.
Abramos nosso coração. Tantos esperam por nós!
Redação do Momento Espírita, com base em
cenas do filme
Mr. Holmes, de  Bill Condon.
Em 6.11.2018

domingo, 4 de novembro de 2018

Dia de Finados

Viver bem é o desejo de todos e todos tentam a própria sorte,
porque quando se fala em viver, ninguém se lembra dela, da fria morte.
Ela nos ronda diariamente de forma gélida e assustadora.
Daí, todos temerem em face da morte por ser um sentimento arrepiante e,
deveras, muito forte. Mas a vida tem o lado positivo e não me diga que não tem,
porque aprender a viver sempre sorrindo é preparar-se para morrer bem.
Eu vejo a vida por um outro prisma: Vejo-a repleta de duradouras lembranças.
O que faz a diferencia na morte, acredite, é ter na vida uma eterna esperança!

Preparar para morrer bem é às vezes até descabido, mas é a morte também que dá à vida sentido.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Orando a Cada Dia

Faze-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte.

Não me consintas perder tempo, através de indagações inúteis.

Lembra-me, por misericórdia, que estou no caminho da evolução, com os meus semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria.

Induze-me a respeitar os direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados.

Dá-me consciência do lugar que me compete, para que não esteja a exigir da vida aquilo que não me pertence.

Não me permita sonhar com realizações incompatíveis com os meus recursos, entretanto, por acréscimo de bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance.

Apaga-me os melindres pessoais, de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmãos, aos quais devo convivência e cooperação.

Auxilia-me a reconhecer que cansaço e dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.

Concede-me forças para irradiar a paz e o amor que nos ensinaste.

E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em ti, servindo aos outros.

Assim seja.

Sorriso

Onde estiveres, seja onde for, não olvides estender o sorriso, por oferta sublime da própria alma.

Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração inarticulada, que inibe a extensão das trevas.

Com ele, apagarás o fogo da cólera, cerrando a porta ao incêndio da crueldade.

Por ele, estenderás a plantação da esperança, soerguendo almas caídas na sombra, para que retornem à luz.

Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.

No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.

No mundo, é chamamento de simpatia.

Sorri para a dificuldade e a dificuldade transformar-se-á em socorro de tua vida.

Sorri para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem se desfaça em chuva de lágrimas nos teus olhos, o pranto será conforto do Céu, a fecundar-te os campos do coração.

Não te roga o desesperado solução do enigma de sofrimento que lhe persegue o destino. Implora-te um sorriso de amor, que renove as forças, para que prossiga em seu atormentado caminho.

E, em verdade, se os famintos e os nus te pedem pão e agasalho, esperam de ti, acima de tudo, o sorriso de ternura e compreensão que lhes acalme chagas ocultas.

Não condenes as criaturas que se arrogaram aos precipícios da violência e do crime. Oferece-lhes o sorriso generoso da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão, renovadas, para o roteiro do bem.

Sorri, trabalhando e aprendendo, auxiliando e amando sempre.

Lembra-te de que o sorriso é o orvalho da caridade e que em cada manhã, o dia renascente no Céu é um sorriso de Deus.



Autor: Meimei
Psicografia de Francisco Cândido Xavier   
                   

Anarquia

A anarquia é uma teoria política que rejeita a existência de um governo, conforme os melhores dicionaristas. Trata-se de uma ideologia que não é a favor de nenhum tipo de hierarquia ou dominação imposta.

O anarquista é alguém rebelde, de reações primárias, que somente se atribui direitos, permitindo-se desrespeitar as leis e os direitos dos demais. Portador de violência, compraz-se em desarticular tudo quanto se realiza em ordem e disciplina, estimulando outros portadores do mesmo distúrbio moral à agressividade e à destruição.

No dia 14 de julho recente, a França e o mundo recordaram a Revolução de 1789, iniciada com a queda da Bastilha, em Paris, que abriu para a humanidade entre outros valores, as liberdades democráticas, a queda do poder divino dos reis, o absolutismo do clero e das classes denominadas aristocráticas. É verdade que, mais tarde, em razão de alguns psicopatas, derrapou para os alarmantes dias do Terror.

O ideal dos filósofos revolucionários facultou a libertação de muitos povos que foram estimulados a tirar das costas o fardo da opressão...

Evocada com emoção e aplaudida pelo povo que acompanhou as celebrações promovidas pelas autoridades, no dia seguinte, com a vitória da França no campeonato mundial de football, os anarquistas, que não se puderam manifestar anteriormente com as forças da sua destruição, transformaram Paris em um caos, com a agressividade e a violência, arrebentando e incendiando casas comerciais, bancas de jornais, monumentos públicos, quais bárbaros sedentos de sangue e alucinados.

Foi um espetáculo dantesco e indigno de uma sociedade culta e civilizada, levando a graves e sérios prejuízos pessoas honestas e trabalhadoras, assim como ameaçando de agressão física a qualquer indivíduo que se lhes opusessem.

Infelizmente, espetáculos dessa natureza repetem-se amiúde, demonstrando o estágio primário em que muitas pessoas ainda se encontram.

Por esta razão, Allan Kardec denominou a Terra como um planeta de provas e expiações, a caminho de mundo de regeneração.

Indispensável que todos os cidadãos compreendam que os direitos humanos são invioláveis e numa sociedade democrática todos têm o direito de viver com dignidade, sendo respeitados e compreendidos, nada justificando as explosões e os distúrbios dessa minoria desequilibrada que lhe pesa na economia moral.

Para esses desordeiros, o júbilo assim como a perda, constituem motivo para que arrebentem as amarras do equilíbrio e deem expansão à selvageria neles em ebulição.

À educação compete domesticar o lobo que ainda existe na alma humana, pacificando-a e contribuindo para a felicidade do ser primitivo, assim como a de todos os demais em conjunto.



Por Divaldo Pereira Franco. Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 26.7.2018. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=522

Vitória do Bem

Vitória do Bem
“A vitória do bem é sempre o resultado final de qualquer cometimento.
Mais vidas sempre são resgatadas pelo amor.

Prossigamos em nosso trabalho de libertação de consciências e de iluminação de vidas.”

In: Amanhecer de uma nova era, de Manoel Philomeno de Miranda (espírito), psicografia de Divaldo Franco.

Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco
                     

Soneto V

Doce Mãe, Sereníssima Senhora,
Dos teus olhos velados de Doçura
Nasce fresca a alvorada, que fulgura
Na infortunada sombra de quem chora!

Quando meu ser vagava em noite escura,
Nas angústias do abismo que apavora,
Estendeste-me os braços, vendo, embora,
Minhas chagas de treva e de loucura ...

Ante o Regaço Fúlgido consente
Que minha fé se exalte, embevecida,
Prosternada, ditosa, reverente.

Recebe no dossel de Graça e Vida
O louvor de teu filho penitente,
No clarão de minhalma convertida.



Pelo Espírito Manuel Maria de Barbosa du Bocage - Do livro: Volta Bocage, Médium: Francisco Cândido Xavier

O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...