Preparou uma armadilha infalível, como somente os maus podem conceber.
Tomou de um pássaro e o segurou nas mãos, imaginando que iria até o idoso e experiente mestre, formulando-lhe a seguinte pergunta: Mestre, o passarinho que trago nas mãos está vivo ou morto?
Naturalmente, se o mestre respondesse que estava vivo, ele o esmagaria em sua mão, mostrando o pequeno cadáver. Se a resposta fosse que o pássaro estava morto, ele abriria as mãos, libertando-o e permitindo que voasse, ganhando as alturas.
Qualquer que fosse a resposta, ele incorreria em erro aos olhos de todos que assistissem a cena.
Assim pensou. Assim fez.
Quando vários discípulos se encontravam ao redor do venerando senhor, ele se aproximou e formulou a pergunta fatal.
O sábio olhou profundamente o homem em seus olhos. Parecia desejar examinar o mais escondido de sua alma, depois respondeu, calmo e seguro:
O destino desse pássaro, meu filho, está em suas mãos.
* * *
A história pode nos sugerir vários aspectos. Podemos analisar a maldade humana, que não vacila em esmagar inocentes para alcançar os seus objetivos.Podemos meditar na excelência da sabedoria, que se sobrepõe a qualquer ardil dos desonestos.
Mas podemos sobretudo falar a respeito da destinação humana, ainda tão mal compreendida.
Normalmente, tudo se atribui a Deus, à Sua vontade: as doenças, a miséria, a ignorância, a desgraça...
Ora, se Deus é de infinito amor e bondade, conforme nos revelou Jesus, como conceber que Ele seja o promotor do infortúnio?
A vida nos é dada por Deus mas a qualidade de vida é fruto das ações humanas.
Se o mal impera, é porque os bons se omitem, de forma tímida, permitindo o avanço acintoso daquele.
A mão que liberta o homem da desgraça é a do seu semelhante, o mais próximo que se lhe situe.
Assim, o destino de nossa sociedade é o somatório de nossas ações.
Filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, exercitemos a vontade, moldando nossa destinação gloriosa, bem como influenciemos positivamente as vidas dos que nos cercam.
Você sabia?
Você sabia que é nosso dever fazer algo de bom pelo semelhante?
Que para uma sociedade sadia é indispensável a solidariedade?
E que solidariedade significa prestar ao semelhante todo o cuidado que gostaríamos de receber dele, caso fôssemos nós os necessitados?
Redação do Momento Espírita, com base no artigoO sábio e o pássaro, de Richard Simonetti, publicado
na revista Reformador, de março/1998, ed. FEB.
Em 21.6.2018.
na revista Reformador, de março/1998, ed. FEB.
Em 21.6.2018.
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