quinta-feira, 28 de junho de 2018

ESPÍRITOS MAIS EVOLUÍDOS ENTRE NÓS

Há um bom tempo que se fala nas reencarnações de espíritos mais avançados objetivando a consolidação da Terra como mundo de regeneração.

Esse fato vem sendo comprovado através de informações advindas por intermédio de médiuns responsáveis em várias partes do planeta, além da simples observação do comportamento diferenciado de muitas crianças e jovens na atualidade.

Como Kardec escrevera na sua obra A Gênese, a troca de uma geração mais atrasada moralmente por outra mais desenvolvida se daria paulatinamente. Verificamos esta ocorrência na atualidade.

Boriska, na Rússia, vem impressionando os jornalistas com seus conceitos filosóficos morais, apesar de ser uma criança ainda. No México, um garoto vem impactando os médicos com os seus conhecimentos científicos e dizendo que uma de suas tarefas no mundo é conseguir a cura para diversos tipos de câncer. Vários outros estão deixando perplexos os que lhe ouvem ou com eles partilham a convivência, pelos tesouros morais que apresentam.

Gostaria, no entanto, de me referir, especificamente, a uma menina chamada Akiane. Desde os quatro anos que desenha de maneira encantadora, inclusive, seu primeiro desenho foi o rosto lindo que ela afirmou ser a de um anjo que a levou para um mundo muito belo de cores e luzes deslumbrantes. A partir daí, Akiane começou a retratar espíritos e paisagens maravilhosas. Ela afirma, ainda, que tem uma tarefa especial nesta vida. Escreve poemas extraordinários, de uma pureza deslumbrante.

Muito doce, hoje Akiane está com doze anos Mora em Idaho, EUA.

A garota seria o que alguns estudiosos definem como uma criança cristal, ou seja, uma alma evoluída, que veio contribuir para a mudança de nível espiritual do nosso mundo. Divaldo diz que Akiane pintou o que seria o rosto mais próximo do que tinha Jesus. Assisti um vídeo e fiquei realmente impressionado com os seus quadros e, particularmente, o de Jesus. No YouTube há vários vídeos sobre ela. Recomendamos.

Como se vê, eles já estão entre nós para fazer a diferença. Façamos a nossa parte.

Por Frederico Menezes

Desafio Cotidiano

Cada manhã é um novo desafio. A forma que o encaramos reflete nossa postura perante as Leis Divinas.
Alguns despertamos descontentes e contemplamos as horas novas como uma carga, que deve ser transportada a qualquer custo.
Outros olhamos o dia que surge e logo alçamos o pensamento em fervorosa prece de gratidão, pela renovação da vida no planeta.
Os primeiros somos os pessimistas, que ainda não aprendemos a perceber a vontade de Deus no transcorrer dos acontecimentos.
Os segundos somos os que nos alicerçamos na fé, cientes de que a vida deve ser vivida em plenitude.
Se nos encontramos entre os primeiros, tudo nos transcorre mal. Se o ônibus atrasa, se a chuva nos surpreende em plena rua, se a fila do caixa do banco está morosa. E tudo é motivo para reclamação e desconforto.
Nesse passo, acreditamos que todos têm má vontade para conosco: no trânsito, ninguém nos concede a passagem, quando estamos aguardando para adentrar a via movimentada; a recepcionista agendou nosso atendimento somente para daqui há uma semana...
Abrimos os jornais e conseguimos somente destacar as manchetes ruins, desagradáveis, que falam de agressões, de desemprego, baixos salários, fugas ao dever, corrupção.
Se somos daqueles que pertencem ao outro grupo, conseguimos vislumbrar em todo transtorno uma oportunidade de servir ou nos ilustrar.
Assim, aproveitamos o tempo para ler, enquanto aguardamos na fila do ônibus ou do caixa. Ou então para um sorriso, um gesto de boa vontade.
Ante a intempérie, agradecemos a bênção dos ventos, da água, do frio, reconhecendo-lhes o justo valor.
Numa dessas manhãs, ouvimos a conversa de um senhor idoso e que demonstrava, pelos trajes, sua condição de dificuldade econômica.
Falava do salário que ganhava, aliás, tomara a condução justamente para se dirigir ao banco, a fim de sacar o valor de sua aposentadoria por invalidez.
Mostrava-se feliz. Não podia mais trabalhar, pela enfermidade que o incapacitara. Contudo, sentia-se feliz por estar andando com suas próprias pernas.
Comentou sobre o atendimento médico e farmacêutico que busca, dizendo-se satisfeito por sempre o atenderem muito bem.
Detalhou como conseguia sobreviver com o mísero salário, economizando, pesquisando preços, não se permitindo alguns produtos alimentares.
E sorria, dando graças a Deus.
Em verdade, observando aquele anônimo, fomos levados a cogitar acerca da forma com que estamos encarando nossos dias, nossos problemas, nossa vida.
Quantos possuímos muito mais do que o idoso desconhecido e nada fazemos além de reclamar?
Sábios somos se, em meio à adversidade, conseguimos elaborar preciosas lições de vida, modelos que podem ser seguidos pelos que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir.
*   *   *
A maior tristeza que pode se abater sobre nós, rotulando-a, fomentando desditas para o Espírito, é o mau aproveitamento das oportunidades que nos concede o Criador, para evoluir e brilhar.
Meditemos sobre isso e cultivemos as alegrias de que necessitamos, nos nobres serviços do amor.

 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 4,
do livro
Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia
de J. Raul Teixeira, ed. FRÁTER.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 4, ed. FEP.
Em 28.6.2018.

domingo, 24 de junho de 2018

Oração da Esperança

Senhor!

Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer; legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando servir-Te.

Permite-nos agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades evangélicas do futuro.

Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente.

Quando quase todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos infelicitadores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos delinquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a derrocada nas rampas éticas do comportamento.

Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos.

Tu que és o nosso Pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam no Mundo.

Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos.

Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da consciência que a ninguém poupa.

Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desdita.

Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro os que choram, os que se debatem nos desvãos da perturbação, e, consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas.

Quando os Teus discípulos, aqui reunidos, encerramos esta etapa, damo-nos as mãos, e, emocionados, repetimos como os mártires do passado: - Ave Cristo! Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é de melhor para nós.

Filhos da alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e que Jesus permaneça conosco são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Por Bezerra de Menezes - Psicografia de Divaldo Franco

 O sábio e o pássaro

Conta-se que, certa vez, um homem muito maldoso resolveu pregar uma peça em um mestre, famoso por sua sabedoria.
Preparou uma armadilha infalível, como somente os maus podem conceber.
Tomou de um pássaro e o segurou nas mãos, imaginando que iria até o idoso e experiente mestre, formulando-lhe a seguinte pergunta: Mestre, o passarinho que trago nas mãos está vivo ou morto?
Naturalmente, se o mestre respondesse que estava vivo, ele o esmagaria em sua mão, mostrando o pequeno cadáver. Se a resposta fosse que o pássaro estava morto, ele abriria as mãos, libertando-o e permitindo que voasse, ganhando as alturas.
Qualquer que fosse a resposta, ele incorreria em erro aos olhos de todos que assistissem a cena.
Assim pensou. Assim fez.
Quando vários discípulos se encontravam ao redor do venerando senhor, ele se aproximou e formulou a pergunta fatal.
O sábio olhou profundamente o homem em seus olhos. Parecia desejar examinar o mais escondido de sua alma, depois respondeu, calmo e seguro:
O destino desse pássaro, meu filho, está em suas mãos.
*   *   *
A história pode nos sugerir vários aspectos. Podemos analisar a maldade humana, que não vacila em esmagar inocentes para alcançar os seus objetivos.
Podemos meditar na excelência da sabedoria, que se sobrepõe a qualquer ardil dos desonestos.
Mas podemos sobretudo falar a respeito da destinação humana, ainda tão mal compreendida.
Normalmente, tudo se atribui a Deus, à Sua vontade: as doenças, a miséria, a ignorância, a desgraça...
Ora, se Deus é de infinito amor e bondade, conforme nos revelou Jesus, como conceber que Ele seja o promotor do infortúnio?
A vida nos é dada por Deus mas a qualidade de vida é fruto das ações humanas.
Se o mal impera, é porque os bons se omitem, de forma tímida, permitindo o avanço acintoso daquele.
A mão que liberta o homem da desgraça é a do seu semelhante, o mais próximo que se lhe situe.
Assim, o destino de nossa sociedade é o somatório de nossas ações.
Filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, exercitemos a vontade, moldando nossa destinação gloriosa, bem como influenciemos positivamente as vidas dos que nos cercam.

Você sabia?

Você sabia que é nosso dever fazer algo de bom pelo semelhante?
Que para uma sociedade sadia é indispensável a solidariedade?
E que solidariedade significa prestar ao semelhante todo o cuidado que gostaríamos de receber dele, caso fôssemos nós os necessitados?
Redação do Momento Espírita, com base no artigoO sábio e o pássaro, de Richard Simonetti, publicado
na revista
Reformador, de março/1998, ed. FEB.
Em 21.6.2018.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Mãos Marcadas

Senhor!
Quando me deres
O privilégio do renascimento
No berçário do mundo, ante as necessidades que apresento
E aquelas que não vejo,
Eis, Senhor, o desejo
Em que dia por dia me aprofundo:
Deixa-me renascer em qualquer parte,
Entretanto, que eu possa acompanhar-te
Onde constantemente continuas
Trabalhando e servindo em todas as estradas
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas...

Quanta ilusão quando me debatia
Crendo que o desespero fosse prece,
A rogar-te alegria e esperança
Sem que nada fizesse!
Imitava na Terra o lavrador
A temer a pedra e lama, vento e bruma,
Aguardando milagres de colheita
Sem plantar coisa alguma.
Entretanto, Senhor, agora sei
Que o trabalho é divino compromisso,
Estímulo do Céu guiando-nos os passos
E que, atendendo à semelhante lei
Puseste ambas as mãos em nossos braços
Por estrelas de amor e de serviço.

Assim, quando efetues
As esperanças em que me agasalho
E estiver entre os homens, meus irmãos,
Que eu me esqueça em trabalho
E me lembre das mãos...

Não me dês tempo para lastimar-me,
Que eu busque tão-somente a luz que me acenas...
No anseio de seguir-te
Quero o trabalho apenas.

Dá que eu seja contigo, onde estiveres,
Uma rósea de paz... Que eu seja alguém
Sem destaque e sem nome
Que se olvide no bem.
E se um dia uma cruz de provas e de agravos
Reclamar-me a tarefa e o coração,
Não me largues ao susto a que me enleie,
Ajuda-me a entregar as próprias mãos aos cravos
Da incompreensão que me rodeie,
Entre bênçãos e fé e preces de perdão!

Não consintas que eu volte ao tempo morto
Da ilusão convertida em desconforto,
Dá-me os calos da paz nas tarefas do bem,
A servir sem perguntar a quem...
Ouve, celeste amigo,
Aspiro a estar contigo,
Longe de minhas horas desregradas,
Onde sempre estiveste e sempre continuas
Plantando o amor em todas as estradas,
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas...

Maria Dolores (Uberaba, 03 de Junho de 1972)

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Meu filho e as manhãs

Hoje pela manhã, como de costume, antes de sair para trabalhar, visitei o quarto de meu filho.
Considero uma espécie de ritual sagrado de todas as manhãs: chegar bem perto de seu berço, ajeitar sua coberta com cuidado, aninhá-lo com carinho para que não se descubra.
Passo então minhas mãos, algumas vezes, sobre seus cabelos macios, e digo em pensamento: “Como eu te amo!”
Ele normalmente se move com suavidade, como se reagisse de alguma forma ao estímulo externo durante o sono.
Continua ali, em silêncio, em paz, preparando seu corpinho e sua alma para mais um dia de descobertas felizes.
Despeço-me, procurando não fazer ruídos, e saio porta afora com a alma leve, pronto para enfrentar mais um dia no mundo.
Da próxima vez que o vir, mais tarde, ele já estará desperto, correndo pela casa, brincando com seus carrinhos, e irá me conceder mais uma alegria: a de receber seu sorriso, que sem dizer nada, diz tudo.
Por mais que alguns dias sejam difíceis, por mais que as batalhas sejam ferrenhas e desgastantes, tudo se acalma, tudo se conforta naquele sorriso.
Os sorrisos de criança têm um poder quase mágico, e os de nossos filhos mais ainda.
Eles parecem querer nos fazer perceber que, por mais que a vida seja tormentosa, cheia de pequenos e grandes espinhos que provocam dor, muita alegria ainda existe.
Por mais que neste exato instante existam “n” pessoas desejando não mais viver, se enfraquecendo nas lutas, desejando desistir, existem outras tantas almas agradecendo pela vida, num júbilo contagiante.
E tenho certeza de que “ser pai” é mais um desses motivos de alegria plena, de gratidão a Deus, e mais uma das muitas razões que temos para continuar sempre, sem desistir.
Meu filho e as manhãs me ensinam sempre esta lição preciosa, a da renovação, do renascimento da água e do Espírito.
*   *   *
Muitos pais se queixam de não terem visto seus filhos crescerem.
Passa tão rápido! Não me lembro mais! – São expressões que ouvimos com frequência.
Será que estamos atentos aos nossos filhos como deveríamos estar? Será que passa tão rápido assim, a ponto de guardarmos tão poucas lembranças?
Ou há alguma coisa errada com o tempo, ou há alguma coisa errada conosco.
Seria tão bom poder ouvir de um pai, de uma mãe: Lembro-me de cada nova conquista, de cada dia da infância, de cada nova palavra...
Seria tão bom poder ouvir: Curti cada dia ao seu lado, meu filho, quando você era pequenino, como se fosse o último. Não perdi oportunidade alguma junto a você.
Aproveitemos o tempo junto a eles, em qualquer idade, em qualquer condição de vida.
Curtamos a existência ao seu lado, anotando no coração cada beleza, cada nova descoberta, tirando fotografias com a alma, registrando no íntimo do ser cada sorriso em seu rosto.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 14, ed. FEP.
Em 20.6.2018.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Almas Afins (Almas que se encontram)

Dizem que para o amor chegar... Não há dia... Não há hora... E nem momento marcado para acontecer. Ele vem de repente e se instala... No mais sensível dos nossos órgãos... O coração.

Começo a acreditar que sim... Mas percebo também... Que pelo fato deste momento... Não ser determinado pelas pessoas... Quando chega, quase sempre... Os sintomas são arrebatadores... Vira tudo às avessas... E a bagunça feliz se faz instalada.

Quando duas almas se encontram... O que realça primeiro... Não é a aparência física... Mas a semelhança das almas. Elas se compreendem... E sentem falta uma da outra.... Se entristecem... Por não terem se encontrado antes... Afinal tudo poderia ser tão diferente.

No entanto sabem que o caminho é este... E que não haverá retorno... Para as suas pretensões. É como se elas falassem além das palavras... Entendessem a tristeza do outro... A alegria e o desejo... Mesmo estando em lugares diferentes.

Quando almas afins se entrelaçam... Passam a sentir saudade uma da outra... Em um processo contínuo de reaproximação... Até a consumação.

Almas que se encontram... Podem sofrer bastante também... Pois muitas vezes... Tais encontros acontecem... Em momentos onde não mais podem extravasar... Toda a plenitude do amor... Que carregam, toda a alegria de amar... E de querer compartilhar a vida com o outro... Toda a emoção contida... À espera do encontro final.

Desejam coisas que se tornam quase impossíveis... Mas que são tão simples de viver... Como ver o pôr-do-sol... Ou de caminhar... Por uma estrada com lindas árvores... Ver a noite chegar... Ir ao cinema e comer pipocas... Rir e brincar.

Brigar às vezes... Mas fazer as pazes... Com um jeitinho muito especial. Amar e amar, muitas vezes... Sabendo que logo depois... Poderão estar juntas de novo... Sem que a despedida se faça presente.

Porém muitas vezes... Elas se encontram em um tempo... E em um espaço diferente... Do que suas realidades possam permitir.

Mas depois que se encontram... Ficam marcadas... tatuadas... E ainda que nunca venham a caminhar... Para sempre juntas... Elas jamais conseguirão se separar... E o mais importante... Terão de se encontrar em algum lugar.

Almas que se encontram... Jamais se sentirão sozinhas... Porquanto entenderão, por si só... A infinita necessidade... Que têm uma da outra para toda a eternidade. - Paulo Fuentes

Conta e Tempo

Conta e Tempo

Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta,
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo...

Frei António das Chagas, in 'Antologia Poética' 

O Orgulho e a Humildade

I – O Orgulho e a Humildade

LACORDAIRE
Constantina, 1863
11 – Que a paz do senhor esteja convosco, meus queridos amigos! Venho até vós para encorajar-vos a seguir o bom caminho.
Aos pobres de Espíritos que outrora viveram na Terra, Deus concede a missão de vir esclarecer-vos. Bendito seja pela graça que nos dá, de podermos ajudar o vosso adiantamento. Que o Espírito Santo me ilumine, me ajude a tornar compreensível a minha palavra, e me conceda a graça de pô-la ao alcance de todos. Todos vós, encarnados, que estais sob a pena e procurais a luz, que à vontade de Deus venha em minha ajuda, para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é uma virtude bem esquecida, entre vós. Os grandes exemplos que vos foram dados são tão poucos seguidos. E, no entanto, sem humildade, podeis ser caridosos para o vosso próximo? Oh!, não, porque esse sentimento nivela os homens, mostra-lhes que são irmãos, que devem ajudar-se mutuamente, e os encaminha ao bem. Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes que não possuis, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo. Lembrai-vos daquele que nos salva; lembrai-vos da sua humildade, que o fez tão grande e o elevou acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometeu o Reino dos Céus aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre. Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injustiça. Oh, irrisão e cegueira! Deus, acaso, estabeleceu entre vós alguma distinção pelos corpos? O invólucro do pobre não é o mesmo do rico? O Criador fez duas espécies de homens? Tudo quanto Deus fez é grande e sábio. Não lhe atribuais as idéias concebidas por vossos cérebros orgulhosos.
Oh!, rico! Enquanto dormes em teus aposentos suntuosos, ao abrigo do frio, não sabes quantos milhares de irmãos, iguais a ti, jazem na miséria? O desgraçado faminto não é teu igual? Bem sei que o teu orgulho se revolta com estas palavras. Concordarás em lhe dar uma esmola; nunca, porém, em lhe apertar fraternalmente a mão. Que! exclamarás: Eu, nascido de sangue nobre, um dos grandes da Terra, ser igual a esse miserável estropiado? Vã utopia de pretensos filósofos! Se fôssemos iguais, porque Deus o teria colocado tão baixo e a mim tão alto? É verdade que vossas roupas não são nada iguais, mas, se vos despirdes a ambos, qual a diferença que então haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás. Mas a química não encontrou diferenças entre o sangue do nobre e do plebeu, entre o do senhor e o do escravo. Quem te diz que também não foste miserável como ele? Que não pediste esmolas? Que não a pedirás um dia a esse mesmo que hoje desprezas? As riquezas são por acaso eternas? Não acabam com o corpo, invólucro perecível do Espírito? Oh, debruça-te humildemente sobre ti mesmo! Lança enfim os olhos sobre a realidade das coisas desse mundo, sobre o que constitui a grandeza e a humilhação no outro; pensa que a morte não te poupará mais do que aos outros; que os teus títulos não te preservarão dela; que te pode ferir amanhã, hoje, dentro de uma hora; e se ainda te sepultas no teu orgulho, oh! Então, eu te lamento, porque serás digno de piedade!
Orgulhosos! Que fostes, antes de serdes nobres e poderosos? Talvez mais humildes que o último de vossos servos. Curvai, portanto, vossas frontes altivas, que Deus as pode rebaixar, no momento mesmo em que as elevais mais alto. Todos os homens são iguais na balança divina; somente as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. Todos os Espíritos são da mesma essência, e todos os corpos foram feitos da mesma massa. Vossos títulos e vossos nomes em nada a modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza.
Pobre criatura! És mãe, e teus filhos sofrem. Estão com frio. Têm fome. Vais, curvada ao peso da tua cruz, humilhar-te para conseguir um pedaço de pão. Oh, eu me inclino diante de ti! Como és nobre, santa e grande aos meus olhos! Espera e ora: a felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos, que nele confiam, Deus concede o Reino dos Céus.
E tu, que és moça, pobre filha devotada ao trabalho, entregue às privações, por que esses tristes pensamentos? Por que chorar? Que teus olhos se voltem, piedosos e serenos, para Deus: às aves do céu ele dá o alimento. Confia nele, que não te abandonará. O ruído das festas, dos prazeres mundanos, te faz bater o coração. Querias também enfeitar de flores a fronte e misturar-te aos felizes da Terra, dizes que poderias, como as mulheres que vês passar, estouvadas e alegres, ser rica também. Oh, cala-te, filha! Se soubesses quantas lágrimas e dores sem conta se ocultam sob esses vestidos bordados, quantos suspiros se asfixiam sob o ruído dessa orquestra feliz, preferirias teu humilde retiro e tua pobreza. Conserva-te pura aos olhos de Deus, se não queres que o teu anjo da guarda volte para Ele, escondendo o rosto sob as asas brancas, e te deixe com os teus remorsos, sem guia, sem apoio, neste mundo em que estarias perdida, esperando a punição no outro. E todos vós que sofreis as injustiças dos homens, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, lembrando que vós mesmos não estais sem manchas: isso é caridade, mas é também humildade. Se suportais calúnias, curvai a fronte diante da prova. Que vos importam as calúnias do mundo? Se vossa conduta é pura, Deus não pode vos recompensar? Suportar corajosamente as humilhações dos homens, é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e todo-poderoso.
Oh!, meu Deus, será preciso que o Cristo volte novamente a Terra, para ensinar aos homens as tuas leis, que eles esquecem? Deverá ele ainda expulsar os vendilhões do templo, que maculam tua casa, esse recinto de orações? E, quem sabe?, oh, homens, se Deus vos concedesse essa graça, se não o renegaríeis de novo, como outrora? Se não o acusaríeis de blasfemo, por vir abater o orgulho dos fariseus modernos? Talvez, mesmo, se não o faríeis seguir de novo o caminho do Gólgota?
Quando Moisés subiu ao Monte Sinai, para receber os mandamentos da Lei de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o verdadeiro Deus. Homens e mulheres entregaram seu ouro, para a fabricação de um ídolo que abandonaram. Homens civilizados fazeis, entretanto, como eles. O Cristo vos deixou a sua doutrina, vos deu o exemplo de todas as virtudes, mas abandonastes exemplos e preceitos. Cada um de vós, carregando as suas paixões, fabricou um deus de acordo com a sua vontade: para uns terrível e sanguinário; para outros, indiferente aos interesses do mundo. O deus que fizestes é ainda o bezerro de ouro, que cada qual apropria aos seus gostos e às suas ideias.
Despertai, meus irmãos, meus amigos! Que a voz dos Espíritos vos toque o coração. Sede generosos e caridosos, sem ostentação. Quer dizer: fazei o bem com humildade. Que cada um vá demolindo aos poucos os altares elevados ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos, e atingireis o reino da verdade. Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que Ele vos envia tantas provas. Viemos preparar o caminho para o cumprimento das profecias. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais esplendente da sua clemência, que o enviado celeste vos encontre reunidos numa grande família; que os vossos corações, brandos e humildes, sejam dignos de receber a palavra divina que Ele vos trará; que o eleito não encontre em seu caminho senão as palmas dispostas pelo vosso retorno ao bem, à caridade, à fraternidade; e então o vosso mundo se tornará um paraíso terreno. Mas se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos, enviados para purificar e renovar as vossas sociedades civilizadas, ricas em conhecimentos e não obstante tão pobre de bons sentimentos, ah! nada mais nos restarás do que chorar e gemer pela vossa sorte. Mas, não, assim não acontecerá. Voltai-vos para Deus, vosso pai, e então nós todos, que trabalhamos para o cumprimento da sua vontade, entoaremos o cântico de agradecimento ao Senhor, por sua inesgotável bondade, e para o glorificar por todos os séculos. Assim seja.

*
ADOLFO
Bispo de Alger, Marmande, 1862

12 – Homens, por que lamentais as calamidades que vós mesmos amontoastes sobre a vossa cabeça? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos admireis de que a taça da iniquidade tenha transbordado por toda parte.
O mal-estar se torna geral. A quem se deve, senão a vós mesmos, que incessantemente procurais aniquilar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência, e como poderá esta existir juntamente com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Dedicai-vos, pois, à tarefa de destruí-lo, se não quiserdes perpetuar as suas funestas consequências. Um só meio tendes para isso, mas infalível: tomai a lei do Cristo por regra invariável de vossa conduta, essa lei que haveis rejeitado ou falseado na sua interpretação.
Por que tendes em tão grande estima o que brilha e encanta os vossos olhos, em lugar do que vos toca o coração? Por que o vício que se desenvolve na opulência é o objeto da vossa reverência, enquanto só tendes um olhar de desdém para o verdadeiro mérito, que se oculta na obscuridade? Que um rico libertino, perdido de corpo e alma, se apresente em qualquer lugar, e todas as portas lhe são abertas, todas as honras lhe são dispensadas, enquanto dificilmente se concede um gesto de proteção ao homem de bem que vive do seu trabalho. Quando a consideração que se dispensa às pessoas é medida pelo peso do ouro que elas possuem, ou pelo nome que trazem, que interesse podem ter elas em se corrigem de seu defeito?
Bem diferente seria, entretanto, se o vício doirado fosse fustigado pela opinião pública, como o é o vício andrajoso. Mas o orgulho é indulgente para tudo quanto o agrada. Século de concupiscência e de dinheiro, dizeis vós. Sem dúvida; mas por que deixastes as necessidades materiais se sobreporem ao bom-senso e à razão? Por que cada qual deseja se elevar sobre o seu irmão? Agora, a sociedade sofre as consequências.
Não esqueçais que um tal estado de coisa é sempre o sinal da decadência moral. Quando o orgulho atinge o seu extremo, é indício de uma próxima queda, pois Deus pune sempre os soberbos. Se às vezes os deixa subir, é para lhes dar tempo de refletir e de emendar-se, sob os golpes que, de tempos a tempos, desfere no seu orgulho como advertência. Entretanto, em vez de se humilharem, eles se revoltam. Então, quando a medida está cheia. Ele a vira de repente, e a queda é tanto mais terrível, quanto mais alto tiverem se elevado.
Pobre raça humana, cujos caminhos foram todos corrompidos pelo egoísmo, reanimai-te, apesar disso! Na sua infinita misericórdia, Deus envia um poderoso remédio aos teus males, um socorro inesperado à tua aflição. Abre os olhos à luz: eis que as almas dos que se foram estão de volta, para te recordar os verdadeiros deveres. Elas te dirão, com a autoridade da experiência, quanto às vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são pequeninas, diante da eternidade. Dirão deste mundo; que nesta, será maior o que foi menor entre os pequenos deste mundo; que o que mais amou os seus irmãos será o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da autoridade, serão obrigados a obedecer aos seus servos; que a caridade e a humildade, enfim, essas duas irmãs que se dão às mãos, são os títulos mais eficazes para obter-se a graça diante do Eterno.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Por Allan Kardec

sábado, 16 de junho de 2018

Ajuda-te que o Céu te Ajudará

Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.

Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.

Alguns quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.

Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.

Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.

Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê?

Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.

* * *

Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.

Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.

Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.

Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.

Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.

Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.

Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.

Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.

* * *

Seria ideal que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para que possamos triunfar.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.

 A Lei de conservação

Todos os seres vivos, mesmo os mais diminutos, possuem um papel no concerto da Criação.
Devem viver a fim de cumprir a parte que lhes toca nos desígnios da Providência.
Ao tempo em que desempenham seu papel no laboratório da natureza, evoluem.
O progresso se encontra na esfera das Leis Divinas.
Tudo está em incessante processo de aperfeiçoamento.
Para garantir o correto aproveitamento da experiência física, os seres são dotados do instinto de conservação da vida.
O homem não constitui exceção e também se submete aos imperativos da Lei de conservação.
Ele deve lutar para preservar sua existência.
Compete-lhe vencer os obstáculos que se apresentam sob a forma de dores, misérias e doenças.
Tais circunstâncias são desafios, e não desgraças.
Ao enfrentá-las, ele desenvolve sua inteligência e suas habilidades.
São necessários vigor e disposição para superar as ocorrências da vida material.
O homem deve preservar suas forças para cumprir seu papel no mundo.
Resguardando sua saúde e suas energias, pode trabalhar, em proveito próprio e da coletividade.
O gozo dos bens terrenos é propositalmente prazeroso.
A Sabedoria Divina mediante ele estimula o homem a bem cumprir sua missão.
Se o ato de alimentar-se fosse meramente automático, talvez alguns considerassem excessivo o esforço necessário para a obtenção dos alimentos.
Mas como há prazer envolvido, ninguém hesita em fazer refeições.
Entretanto, para tudo há um limite.
No que diz respeito à Lei de conservação, o limite se encontra na saciedade.
A natureza avisa o homem quando seus imperativos foram atendidos.
O que passa disso corre por conta das paixões e vícios humanos.
Ocorre que o desrespeito à natureza sempre enseja dor e desconforto.
O homem deve consumir alimentos saudáveis e em quantidade necessária à manutenção de suas forças.
Quando abusa, desenvolve doenças e experimenta prejuízos.
A criatura sem equilíbrio no comer e no beber torna-se obesa.
Se insiste em desrespeitar os limites da natureza, compromete o seu período de permanência na Terra.
Com esse proceder, deixa de cumprir o papel que lhe cabe em dado momento e sabota seu processo evolutivo.
O que se desvaloriza em um momento faz falta em outro.
A saúde de que se descuida hoje, por leviandade ou irreflexão, se apresentará comprometida em futura existência.
Mas não é apenas por comer ou beber demais que o homem abala sua saúde.
Alguns outros hábitos também são condenáveis em face da Lei de conservação.
Sabe-se que ingerir bebidas alcoólicas, fumar e utilizar outras drogas compromete o vigor físico.
Quem se permite tais hábitos prepara um amanhã doentio e problemático para si próprio.
A experiência terrena é uma oportunidade de crescimento e aprendizado.
Mediante ela o Espírito tem a oportunidade de desenvolver recursos e talentos preciosos.
Ninguém desperdiça os tesouros da vida sem responder por isso.
Conscientizemo-nos da bênção da vida que habita nosso corpo.
Valorizemos e preservemos nossa saúde.
Ela é um patrimônio do qual teremos de prestar contas.
Redação do Momento Espírita.
Em 15.6.2018.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Dia dos Namorados

E eis que chega, outra vez. Hoje haverá muitas flores, perfumes, presentes.
Jantares à luz de velas, abraços, expectativas.
O que será que ele me reserva, neste dia? Será que ela me surpreenderá de alguma forma especial?
Sim, embora esse apressar das coisas que vivemos no mundo, de muitos ficares, de conquistas apressadas e descomprometimentos, o amor continua na moda.
E basta se anunciar o Dia dos Namorados para que o coração bata diferente.
O que será, desta vez? Ano passado, a gente nem estava junto e ele lembrou de me dar um presente. E este ano, como será?
O que eu poderia fazer, desta vez, para ser diferente? Já dei flores, já enviei cartão, já comprei perfume. Preciso pensar...
A origem do Dia dos Namorados remonta ao Século III da nossa era.
Conta-se que, durante o governo do imperador Cláudio II, esse proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército.
Cláudio acreditava que se os jovens não tivessem família, se alistariam com maior facilidade.
Apesar disso, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias eram realizadas em segredo.
A prática foi descoberta, Valentim foi preso e condenado à morte.
Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que eles ainda acreditavam no amor.
Entre as pessoas que deram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Assíria, filha do carcereiro.
Com a permissão do pai ela visitou Valentim na prisão. Os dois acabaram se apaixonando.
O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: De seu Valentim, expressão que passou a significar De seu amor, De seu apaixonado.
Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270 d.C.
A partir de então, o dia de São Valentim, 14 de fevereiro passou a ser tido como o dia dos namorados.
Outra versão afirma que o costume de enviar mensagens amorosas, nesse dia, não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se acreditava que o dia 14 de fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.
De toda forma, o mais importante é a manifestação do amor. É ter um dia, para aqueles de nós que andamos esquecidos de como é importante demonstrar que se ama.
Um dia para aqueles que adoram demonstrar que amam. Um dia para todos os casais enamorados, noivos, casados.
Um dia especial para lembrar de como é bom amar. Como é bom ter alguém ao seu lado para dar e receber carinho.
E, neste dia, é bom recordar os tempos felizes de um início de namoro, de casamento.
E, se houverem rusgas, que sejam desfeitas, com um abraço, um beijo, flores e ternura.
Porque, afinal, é maravilhoso ter alguém para amar.
Você sabia?
Você sabia que, no Brasil, a data do dia dos namorados é comemorada a 12 de junho, por ser a véspera do dia 13, dia de Santo Antônio?
É que Santo Antônio tem tradição de casamenteiro. Provavelmente, por suas pregações a respeito da importância da união familiar que, na época, era combatida pelos cátaros.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 9,
ed. FEP.
Em 12.6.2018.

Oração para Fluidificação da Água

Peço a Deus, o Princípio Onipresente, Onisciente e Onipotente, e ao Cristo Planetário, forças para as Legiões Angélicas ou Mensageiras, para que possam lutar contra o Mal, em qualquer forma que se apresente, e vencê-lo.
Como não existe merecimento, fora do respeito à Verdade, ao Amor e à Virtude, prometo aplicar esforços no sentido de viver a Lei de Deus, compreender e imitar o Verbo Exemplar e cultivar nobremente os Dons do Espírito Santo, Carismas ou Mediunidades, sem os quais não pode haver a Consoladora Revelação.
Rogo a Deus, que enviou o Verbo Modelo, para entregar o Glorioso Pentecostes, ou Derrame de Dons Mediúnicos para toda a carne, para que a Humanidade tenha realmente dignos medianeiros, que dêem de graça o de graça recebido, nutrindo verdadeiro respeito à Doutrina do Caminho.
Como encarnado, sujeito a necessidades, doenças, dores, aflições, e também sujeito à morte física e responsabilidade perante a Justiça Divina, rogo o dom do bom discernimento espiritual, assim como rogo, para o corpo, as energias e os fluídos a serem depositados nesta água.
E como quem tanto necessita e roga, reconhecido agradeço a Deus, às Legiões Angélicas e Socorristas e ao meu Espírito Guia ou Anjo Guardião.

Como agir para obter água fluidificada ou energizada:

Ter um vasilhame branco, litro, garrafa ou copo.
Enchê-lo com água bem limpa.
Se o cobrir, será com pano branco, não rolha.
Ler a ORAÇÃO PARA A FLUIDIFICAÇÃO DA ÁGUA.
Convém ler a ORAÇÃO A BEZERRA DE MENEZES (texto abaixo).
Ao tomar a água, aos goles, pensar em Deus e nos Guias Médicos.
Quando o vasilhame estiver com água pela metade, não deixar esvaziar, tornar a enchê-lo.
Para pessoas doentes, a água deve ser feita para ela, não todos.
Saber que, como os Anjos ou Espíritos Mensageiros colocam na água os elementos necessários, não estranhar quando venha a ter gostos e colorações diferentes, ao tomar a água.

Oração a Bezerra de Menezes:

Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros.

Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.

Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.

Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo

Passe Virtual

Depois de iniciado o passe não pense em mais nada, mentalize sua casa, sua família e seus desejos.
Em silêncio evoque a proteção de Deus e de Jesus para o passe, desejando após a evocação, rogue também o concurso do seu o anjo da guarda os dos espíritos superiores com os quais tenha maior afinidade. Procure afastar de sua mente quaisquer pensamentos negativos, respire fundo, pausadamente, com calma e confiança, prepare-se para orar. Ore com Jesus.

Pai nosso que estas no céu, santificado seja o Teu Nome, venha a nos o Teu Reino e seja feita a Tua Vontade, e assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia danos hoje, perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Porque Teus são o Reino, o poder e a Glória, para Sempre. Assim seja.

Vamos dar inicio ao passe.

Como as folhas envelhecidas se desprendem das árvores, deixe os sentimentos que já não servem mais se soltarem de você suavemente, mas de forma inexorável.
Pequenos pontos de sofrimento e que se chamam amargura, tristeza, raiva, decepção... se vão de sua mente um a um para não mais voltar!... O vento da Vida leva-os para longe, sem que possam retornar e refazer o vínculo pernicioso.
Pouco a pouco a árvore de suas emoções vai se esvaziando de negatividade, até mostrar-se limpa e pronta para a renovação...

Sentindo-se leve, sem o peso das folhas mortas que se desprenderam e se foram, você recebe agora, suavemente, sobre o corpo e a alma, a água da vida que cai em abundância dos Céus!...
Esta água limpa, higieniza, purifica, desobstrui e tonifica todas as célula de seu ser.
Nada fica fora de sua ação renovadora.
Ao tempo que limpa e hidrata o corpo, o líquido cristalino dessedenta o espírito, aplacando a aflição, a ansiedade e a inquietação. Há em seu coração, agora, uma sensação de calma, limpeza e bem-estar...

Um leve frio e eis que o Sol de Deus surge para aquecer e aconchegar...
Os raios cariciosos penetram-no por inteiro, aquecendo-o ternamente qual materno abraço, proporcionando conforto e segurança ao coração. Neste momento, o Amor Maior aquece o seu ser afastando o gelo de toda e qualquer aflição.
Nenhum outro sentimento que não o de alegria e confiança, assomam à sua mente agora.
Você está em paz, envolvido pelo calor que o protege...

Do Coração da Vida... flores perfumadas para você!...
De alma grata e feliz, recolha as pétalas coloridas que penetram o seu ser e restauram sentimentos e emoções... Felicidade, esperança, fé, coragem e determinação passam a significar novamente: vontade de viver!...
Mas além do perfume e da cor, a Natureza neste momento lhe envia o que possui de melhor: a capacidade infinita de restaurar-se em sublime beleza, ainda quando os golpes do mal parecem decretar-lhe o fim...

As mãos divinas estão repletas de Luz!...
Suavemente a luz transborda e se derrama sobre você, como cascata dourada de indizível e ignota essência!... A alma, pouco a pouco, se impregna de doce felicidade, permitindo o renascimento íntimo dos mais nobres propósitos de elevação, progresso e realização!...
Banhado em sublime força, você se entrega profundamente ao Doador da Luz, absorvendo as energias que darão, a partir de agora, novo e abençoado impulso ao seu viver!...

Sinta agora a presença de Jesus.
Te pergunta:

Me chamaste, estou aqui...
O que queres de mim hoje? De que precisas?
Peça, meu filho, peça minha filha... estou aqui para ajudar!

Faça agora o seu pedido especial à Jesus, enumerando os problemas e as dificuldades que o afligem.
Escutei o que pedistes, com amor e atenção... Agora conto com a tua fé e a tua confiança em mim, para a solução dos teus problemas.
Vai em paz!... Te acompanharei com os olhos; não te perderei. Creia em Deus, creia também em mim. Estarei com você todos os dias, até o fim. Seja feliz!...

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim... Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
(João, 14, vs. 1, 27, 6)

Os Bons Espíritos, os Espíritos Puros e as Falanges de Luz também enviam à você, agora, as melhores emanações de paz, saúde, alegria e refazimento!... Do Mais Alto, desde as belas cidades espirituais até a morada dos anjos, em uníssono com o Criador, uma radiosa luz o envolve plenamente.
Você não está só!... O Universo inteiro pulsa o Amor de que se constitui e este amor quer tocá-lo agora, em toda a sua plenitude, para que os problemas, as dores, as enfermidades e as dificuldades em geral sejam afastados, em favor de sua paz e renovação!
Você está recebendo vida, vida em abundância. Guarde-a no coração!...

O passe está sendo finalizado.
Respire pausadamente e repita agradecido:
"Obrigado, Senhor, por este dia!... Que ele me seja produtivo e feliz, como tu o desejas!..."

Assim seja!

Caracteres da Perfeição

Caracteres da Perfeição

1 – Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam. Para serdes filhos de vosso Pai que está nos Céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque se vós não amais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter? Não faz os publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito. (Mateus, V: 44 e 46-48).

            2 – Desde que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta máxima: “Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito”, tomada ao pé da letra, faria supor a possibilidade de atingirmos a perfeição absoluta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o seu próprio Criador, ela o igualaria, o que é inadmissível. Mas os homens aos quais Jesus se dirigia não teriam compreendido essa questão. Ele se limitou, portanto, a lhes apresentar um modelo e dizer que se esforçassem para atingi-lo.
            Devemos, pois, entender, por essas palavras, a perfeição relativa de que a humanidade é suscetível, e que mais pode aproximá-la da Divindade. Mas em que consiste essa perfeição? Jesus mesmo o disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”. Com isso, mostra que a essência da perfeição é a caridade, na sua mais ampla acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes.
            Com efeito, se observarmos o resultado de todos os vícios, e mesmo dos simples defeitos, reconheceremos que não há nenhum que não altere mais ou menos o sentimento de caridade, porque todos nascem do egoísmo e do orgulho, que são a sua negação. Porque tudo o que excita exageradamente o sentimento da personalidade destrói ou, quando nada, enfraquece os princípios da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, o sacrifício e o devotamento. O amor do próximo, estendido até o amor dos inimigos, não podendo aliar-se com nenhum defeito contrário à caridade, é sempre, por isso mesmo, o indício de uma superioridade moral maior ou menor. Do que resulta que o grau de perfeição está na razão direta da extensão do amor ao próximo. Eis por que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que ela tem de mais sublime, lhes disse: “Sede logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Por Allan Kardec

quarta-feira, 6 de junho de 2018

A porta

Se a porta não abre, simplesmente não é a porta certa, muito menos o caminho. Em algumas ocasiões, no entanto, investimos muito tempo e esforço buscando chaves para abrir uma porta que não poderá nunca ser aberta. Às vezes nem há porta. Porque há destinos impossíveis, pessoas que não se encaixam em nossas fechaduras e caminhos pelos quais é melhor não transitar.

É certo, no entanto, que nenhum de nós acerta nosso destino pessoal logo no primeiro momento. Cabe dizer também que não é errado perder-se de vez em quando. Abrir portas que logo fechamos de novo é bom para adquirir experiência, para saber quem está e quem não está entre o que vale a pena o investimento. Nesses casos ganhamos experiência e devemos ir sem medo, mas com equilíbrio e uma atitude correta.

Quando uma porta que um dia nos deu felicidade se fecha, geralmente outra se abrirá. Mas nem sempre podemos vê-la de imediato, porque acabamos passando grande parte do tempo lamentando pela porta que não pode mais ser aberta, sendo que para essa não temos mais a chave, então de nada adianta…

Os psicólogos e sociólogos se perguntaram durante muito tempo o que faz com que nós escolhamos um determinado caminho e não outro. Costuma-se dizer que nossas escolhas nos definem muito bem, mas na realidade muitos dos mecanismos que nos fazem ir em uma determinada direção e não em outra seguem não sendo conscientes. Convidamos você a pensar sobre isso.

Voltar e recomeçar quando muitas portas se fecham para nós

Talvez, em algum momento de nosso ciclo vital, não tenhamos tomado as melhores decisões. Ou pode ser, inclusive, que isso aconteça durante um período de tempo longo. Tempo suficiente para nos fazer acreditar que é isso que temos para nós para sempre. Mas não se pode esquecer que por trás das portas fechadas fica conosco o vazio e a tristeza constantemente remoída. Talvez estejamos falando de uma relação, de um trabalho ou de uma amizade que não terminou muito bem.

O destino não é algo que deveríamos ver, o destino devemos criar por nós mesmos, com determinação e valentia, abrindo as portas mais adequadas.

Agora que já sabemos que nem sempre as portas que escolhemos se abrem de forma imediata, vamos falar das portas de emergência com as quais podemos encontrar uma nova saída em direção à verdadeira felicidade. Vale a pena refletir sobre essas questões para entendermos que a vida, na realidade, é um labirinto de portas pelas quais podemos transitar, cruzar, aproveitar, aprender e sem dúvida… fechar.

Chaves para encontrar o caminho mais adequado

Nenhum caminho escolhido ao longo de sua viagem existencial foi em vão. Longe de nos arrependermos por ter cruzado uma porta, por ter, por exemplo, mantido um relacionamento, por ter iniciado um projeto e não concluí-lo, simplesmente por termos frustrações no lugar de alegrias, é necessário assumir tudo que foi vivido como oportunidades de aprendizado. Porque toda cicatriz ensina, e todo caminho errado supõe também um convite ao recomeço.

- Entenda que quando algo termina, a felicidade não se reinicia sozinha automaticamente. É necessário passar por um tempo no qual reconstruímos a nós mesmos, nos conectamos conosco de novo e fechamos adequadamente as portas, as etapas.

- Chegará um momento em que nos sentiremos preparados. Longe de olhar pra trás, sentiremos de novo o convite de olhar para a frente, de voltar a imaginar e a caminhar agora com mais segurança e mais sabedoria.

- Entenda que além de não existir um caminho ideal, nenhuma porta tem a chave da felicidade eterna ou da solução de todos os nossos problemas. É a própria viagem que nos dá as respostas, e as alegrias vêm e vão. A única coisa que precisamos é ser mais receptivos e, antes de tudo, corajosos para cruzar os caminhos desconhecidos maravilhosos que estão aí para serem descobertos por nós…

Fonte: O Segredo

 A missão da maternidade

O bispo de La Serena, Chile, dom Damon Angel Jara, teve oportunidade de escrever um texto muito poético que diz:
Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus.
Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo moça, pensa como uma anciã e, sendo velha, age com as forças todas da juventude.
Quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida.
Quando sábia, assume a simplicidade das crianças. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama. Rica, sabe empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos.
Forte, estremece ao choro de uma criancinha. Fraca, se revela com a bravura dos leões.
Viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam.
Morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas esse álbum. Porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página. Eles lhes cobrirão de beijos a fronte. Digam-lhes que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.
Na atualidade, a mulher assumiu muitos papéis. Lançou-se no mundo e se transformou na operária, juíza, cientista, professora, militar, policial, secretária, empresária, presidente, general e tudo o mais que, no passado, era privilégio do homem.
A mulher se tornou em verdade uma supermulher que, além dos afazeres domésticos, conquistou o seu espaço no mercado de trabalho.
Naturalmente, não para competir com o homem, mas para somar com ele, pois dos esforços de ambos resulta o sustento e o bem-estar da família.
A rainha do lar se transformou na mulher que atua e decide na sociedade.
Das quatro paredes do lar para o palco do mundo. Contudo, essa mulher senadora, escriturária, deputada, médica, administradora de empresa não perdeu a ternura.
Ela prossegue a acolher em seu ninho afetivo o esposo e os filhos.
Equilibrada e consciente, ela brilha no mundo e norteia o lar. Embora interprete muitos papéis, ela não esqueceu do seu mais importante papel: o de ser mãe.
*   *   *
Dentre todas as mulheres que se projetaram no mundo, realizando grandes feitos, a nossa lembrança recua no tempo buscando uma mulher especial.
A História não lhe registra grandes discursos, mas o Evangelho lhe aponta gestos e palavras que valem muito mais.
Mãe de um filho que revolucionou a História, manteve-se firme na adversidade, na dor, exemplificando o que Ele ensinara.
Não deixou testamento, riquezas ou haveres mas legou à Humanidade a excelente lição da mulher que gera o filho, alimenta-o e o entrega ao mundo para servir ao mundo.
Seu nome era Maria... Maria de Nazaré.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Um poético e autêntico
retrato de uma genitora – nossa homenagem à toda mulher-mãe, do JornalCorreio Fraterno do ABC, de maio de 2000 e no texto Retrato de mãe,
de Dom Ramon Angel Jara, Bispo de La Serena, Chile, tradução de
Guilherme de Almeida.
Em 10.5.2018.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Prece pelo nosso país

Estamos na comoção nacional
Que atinge todos os Estados Brasileiros,
Assim, pedimos aos queridos companheiros,
Unir os nossos corações,
Em nossas sinceras orações
Pela felicidade do País.

Assim, vamos orar em nossas preces tradicionais:

Pai Nosso que estais nos Céus,
Santificado seja o vosso nome,
Venha a nós o vosso Reino,
Seja feita a vossa vontade,
Assim na Terra, como no mar e nos céus,
O pão nosso de cada dia
Dai-nos hoje, Senhor,
Perdoai as nossas dívidas e faltas,
Como perdoamos aos nossos devedores
E não nos deixeis cair em tentação
E livrai-nos do mal, de todos os males,
Assim seja, com JESUS e por JESUS!

Ave Maria,
Mãe de Jesus
Cheia de Graça,
Bendita seja entre as mulheres,
Bendito seja o fruto divino do vosso Divino Ventre
Que nos trouxe JESUS.
Assim seja, com JESUS e por JESUS.

O Senhor abençoe as nossas orações
Pela tranquilidade de nossas legiões.
Assim seja!...
.Bezerra de Menezes

Rogativa

Que os nossos dirigentes nos mantenham,
O pão e a paz, o amor e a luz,
E assim trabalharemos e serviremos
Na abençoada Doutrina de Jesus!...
.Maria Dolores

(Página recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública, na noite de 3/10/1998 no Grupo Espírita da Prece – Uberaba/MG.

Aviso do tempo

O tempo endereça às criaturas o seguinte aviso, em cada alvorecer:
- Certamente, Deus te concederá outros dias e outras oportunidades de trabalho, mas
faze agora todo o bem que puderes porque dia igual ao de hoje só terás uma vez.

Chico Xavier - Emmanuel

Durante o sono

Enquanto você dormia, à noite passada, é possível que você estivesse matando a saudade de antigos amores fraternos. De vez em quando somos chamados junto aos nossos espíritos queridos.

Você alguma vez já sonhou e ficou triste por ter acordado? Queria ficar dormindo, sonhando, vivendo o que estava vivendo, sentindo o que estava sentindo?

Durante as horas de sono, enquanto o corpo físico repousa, nós ficamos relativamente livres, temporariamente libertos do peso da matéria. O que cada um de nós faz nessas horas? Depende da vontade, do que se passa em nosso íntimo, depende do nosso grau de adiantamento moral, da nossa força mental, depende de uma série de fatores que pouca gente conhece. Isso é estudado profundamente na Projeciologia, do Waldo Vieira.

Mas há ocasiões em que vamos para lugares muito melhores do que os lugares em que vivemos hoje. Fazemos coisas mais agradáveis do que as coisas que costumamos fazer e, o mais importante, convivemos com pessoas de quem sentimos muita falta.

Por mais que você ame quem está ao seu lado, sua família, seus parentes e amigos, nós vivemos em pleno laboratório de pesquisas. A matéria é mais ou menos isso, um laboratório onde testamos nossos conhecimentos e experiências adquiridos através de incontáveis reencarnações e durante os intervalos entre uma reencarnação e outra.

E na turbulência do dia-a-dia, no mundo competitivo e agitado, é raro termos tempo e oportunidade para simplesmente viver. Temos inúmeras responsabilidades aqui. E nem sempre estamos bem certos do que fazemos. Quando reencarnamos, não trazemos um roteiro que possa ser consultado a qualquer hora. É tudo intuitivo…

Quando estamos temporariamente livres da matéria por ocasião do sono, temos a oportunidade de conviver com pessoas a quem muito amamos e que muito nos amam. Cada um de nós tem sua parentela espiritual. Cada um de nós tem laços de amor e amizade com espíritos muito superiores a nós, que zelam por nossa passagem pela matéria. São esses espíritos que muitas vezes nos socorrem em momentos de maior dificuldade, nos incutindo ideias de bom ânimo, de esperança e de certeza de que no final tudo dá certo.

Enquanto o corpo físico está atirado sobre a cama, você pode estar matando a saudade de antigos amores fraternos, ouvindo bons conselhos, assistindo palestras, participando de cursos, relembrando experiências agradáveis de outras vidas como forma de recobrar forças e ânimo pra continuar a tarefa.

Então, quando você acorda, não sabe onde estava, com quem estava ou o quê estava fazendo. Mas sabe que estava num lugar extremamente agradável e calmo, com pessoas amadas, boas e pacíficas, fazendo algo de útil e instrutivo. Você desperta com a convicção de que esteve num lugar que você conhece, esteve com pessoas muito íntimas, e estava tratando de assuntos que você conhece muito bem, você sabe perfeitamente do que se trata, embora seu cérebro físico não tenha essa lembrança.

Quando você acorda e percebe que era um sonho, que a sua realidade é outra, talvez a sua primeira impressão seja de decepção. Você gostaria de ficar por lá, você preferiria que a sua realidade fosse aquela e não esta. Mas logo você se conforma, você sabe, intuitivamente, que voltar pra lá é uma questão de tempo. De tempo e de merecimento.

A sua realidade, hoje, agora, é aqui. Você tem uma enorme responsabilidade aqui. A sua responsabilidade não se restringe às pessoas que você conhece. A sua família não é composta só pelas pessoas que estão encarnadas aqui, com você. Há espíritos desencarnados que fazem parte do seu grupo, que estão inseridos no contexto da sua experiência terrena.

O processo reencarnatório passa por um grande e complexo planejamento, que nós estamos longe de apreender. Mas é muito provável que alguns espíritos contam com você, esperam que você faça o que foi planejado, dependem de você, até certo ponto, para poderem colocar em prática o que foi planejado para eles. Tudo está interligado.

Por isso, de vez em quando, somos chamados junto aos nossos espíritos queridos. Para relembrar o planejamento, para retificar pontos que fugiram do controle, para modificar estratégias. A sensação que guardamos conosco, as lembranças vagas que ficam, quando despertamos, nos afiançam de que vale a pena se esforçar, vale a pena cumprir com a nossa parte.

Autor: Morel Felipe Wilkon
Fonte: http://www.espiritoimortal.com.br

Voando mais alto

Contam nossos avós que um aviador solitário retornava de viagem, quando foi surpreendido por violenta tempestade.
Experiente, permaneceu tranquilo, prosseguindo no rumo que para si mesmo traçara.
Não seria a primeira tempestade que enfrentaria. E, com certeza, não seria a última.
De repente, começou a ouvir um estranho ruído. De início, não deu maior atenção. Contudo, pouco depois, o barulho aumentou, preocupando-o.
Começou a vasculhar sua cabine e se deparou com um rato roendo um dos canos condutores de combustível.
Ele não sabia o que fazer para se livrar daquele importuno passageiro, que poderia levá-lo à queda.
Não poderia agarrá-lo e jogá-lo para algum canto, porque nesses movimentos poderia desestabilizar o avião.
Achou que poderia pousar em um aeroporto e se livrar do incômodo passageiro, mas, por causa da tempestade, isso era impossível.
Enquanto maquinava em sua mente a atitude correta a tomar, percebeu que o rato sofria para respirar na altura em que estavam.
Rapidamente, ele tomou a decisão e começou a voar mais alto, cada vez mais alto.
Finalmente, o rato não suportou a altura e morreu.
O piloto então pôde prosseguir a viagem, chegando ao seu destino, conforme desde o início planejara.
*   *   *
Na vida, somos surpreendidos, às vezes, por incômodas situações, semelhantes à do piloto.
O avião em que nos encontramos é nossa própria vida e o passageiro inesperado pode ser qualquer um.
Qualquer um que despeje calúnias e mentiras ao nosso redor, no intuito de nos fazer cair.
Então, quando nos percebermos em iminente perigo de queda, desistindo de prosseguir, façamos como o piloto.
Voemos mais alto, cada vez mais alto, deixando para trás os difamadores.
Todo caluniador, toda pessoa que a outrem deseja destruir o faz por inveja ou por não conseguir chegar onde o outro está.
Assim, como eles não aguentam as grandes alturas, não mais nos alcançarão e poderemos prosseguir nossa viagem, rumo às estrelas.
Que nada nos detenha. Não abandonemos a rota que traçamos de conquistas positivas, de atitudes altruístas porque alguém nos joga lama, ou nos deseja puxar para baixo.
Voemos mais alto. Olhemos sempre para cima, para o objetivo que desejamos alcançar.
Seja ele a conquista de um diploma, uma carreira, um sonho. A vontade de crescer, de ser melhor.
De ajudar alguém. De servir mais à comunidade. De ser um homem de bem.
Voemos sempre mais alto.
*   *   *
Se a maldade engendrar calúnias e colocar armadilhas em nosso caminho, não nos entristeçamos.
Pensemos que aqueles que assim agem são infelizes por si mesmos. E prossigamos no nosso propósito de sermos melhores a cada dia.
Fortaleçamos nossa disposição para as coisas positivas. Conquistemos mais amigos a cada passo. Imitemos os bons.
Tomemos providências felizes. Estudemos mais. Leiamos mais. Nunca percamos o bom senso.
E voemos sempre mais alto, cada vez mais alto.
 Redação do Momento Espírita com base
em conto de autoria desconhecida.
Em 5.6.2018.

sábado, 2 de junho de 2018

Novo Dia

Todo dia de ontem pode ter sido árduo.
Muitas lutas vieram, deixando-te o cansaço.
Provas inesperadas alteram-te os planos.
Soma, porém, as bênçãos que Deus te entregou.
Esquece qualquer sombra, não pares, serve e segue.
Agora é novo dia, tempo de caminhar.

Emmanuel - Chico Xavier

 Paciência antes da crise

O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.
De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.
A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.
A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...
Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.
Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.
Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.
Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.
*   *   *
Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.
Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.
Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.
Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.
A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.
O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.
É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.
*   *   *
Você já se propôs a ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida, alguma vez?
É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.
Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.
Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém, a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.
Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.

 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 10,
do livro
Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.7.2015.

O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...