IV – Progressão dos Mundos
SANTO AGOSTINHO
Paris, 1862
19 – O
progresso é uma das leis da natureza. Todos os seres da Criação,
animados e inanimados, estão submetidos a ela, pela bondade de Deus, que
deseja que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que
parece, para os homens, o fim das coisas, é apenas um meio de levá-las,
pela transformação, a um estado mais perfeito, pois tudo morre para
renascer, e nada volta para o nada.
Ao
mesmo tempo em que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que
eles habitam progridem materialmente. Quem pudesse seguir um mundo em
suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros
átomos da sua constituição, o veria percorrer uma escala
incessantemente progressiva, mas em graus insensíveis para cada geração,
e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agradável, à medida que
eles também avançam na senda do progresso. Assim marcham paralelamente
os progressos do homem, o dos animais seus auxiliares, o dos vegetais e o
das formas de habitação, porque nada fica estacionário na natureza.
Quanto
esta idéia é grandiosa e digna da majestade do Criador! E como, ao
contrário, é pequena e indigna do seu poder aquela que concentra a sua
solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia da Terra, e
restringe a humanidade a algumas criaturas que o habitam!
A
Terra, seguindo essa lei, esteve material e moralmente num estado
inferior ao de hoje, e atingirá, sob esses dois aspectos, um grau mais
avançado. Ela chegou a um de seus períodos de transformação, e vai
passar de mundo expiatório a mundo regenerador. Então os homens
encontrarão nela a felicidade, porque a lei de Deus a governará.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Por ALLAN KARDEC
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