Distribui do teu dinheiro
Socorros daquilo ou disso Mas espalha, sobre tudo A benção do teu serviço. Alguém te enxovalha? Esquece. Ampara a quem te magoa. O bem puro e invariável, É força que aperfeiçoa. O tempo eleva-te os passos Mas se não queres subir, O tempo jamais te impede A vocação de cair. Quem do palácio faustoso Aos pobres humilha e arrasa Renascerá de futuro No quintal da própria casa. Controla-te e serve mais Se a cólera te domina. Moderação e trabalho São gênios da medicina. Seguindo o Mestre que amamos, A quem te fere a injuria Perdoa setenta vezes Sete vezes cada dia. Onde há fala sem proveito Sofre o tempo escárnio e furto, Onde a conversa é comprida O serviço é sempre curto. Alivia com bondade A dor alheia ferida. Toda verdade imprudente Alarga os males da vida. Se a tormenta está rugindo Continua calmo e brando. Não olvides na viagem Que Jesus está velando. |
pelo Espírito Casimiro Cunha. Do livro: Orvalho de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavie |
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Breves
sábado, 27 de agosto de 2016
Estudo e Observação
Abraçando a fé raciocinada, ao espírito não será lícito eximir-se ao estudo.
Valer-se do pensamento alheio, a fim de progredir e elevar-se, mas, formar as idéias próprias. Ler e meditar. Aprender e discernir. Antes de tudo, compulsar Allan Kardec e anotar-lhe os princípios, de maneira e observá-los no cotidiano, é obrigação dos que se abeberam nas fontes do Cristianismo Redivivo. Não só freqüentar as lições do Codificador da Doutrina Espírita, mas, igualmente, confrontar-lhe os textos com os ensinamentos do Evangelho de Jesus. Render culto à evangelização, através dos fundamentos espíritas. Jamais esquecer de associar Kardec ao Cristo de Deus, qual o próprio Kardec se associou a Ele em toda a sua obra. Nunca olvidar que Espiritismo significa Cristianismo interpretado com simplicidade e segurança, para que não venhamos a resvalar na negação, fantasiada de postulados filosóficos. Estudar para compreender que sem Jesus e Kardec, o fenômeno mediúnico é um passatempo da curiosidade improdutiva. Pesquisar a verdade para reconhecer que a própria experimentação científica, só por si, sem conseqüências de ordem moral, não resolve os problemas da alma. Colaborar com simpatia nos movimentos de perquirição que se efetuam em torno das atividades medianímicas, mas, sem prejuízo dos encargos e responsabilidades espíritas, valorizando o tempo, sem perdê-lo, de modo algum, nas indagações ociosas e infindáveis. Selecionar os livros em disponibilidade, escolhendo aqueles que nos purifiquem as fontes da emoção e nos melhorem o nível de cultura. Conquanto admirando a palavra do apóstolo: “examinai tudo e retende o melhor”, não se comprometer com literatura reconhecidamente deteriorada. Difundir, quanto possível, as letras nobilitantes. Proteger o livro espírita e a imprensa espírita com as possibilidades ao nosso alcance. Concluir, em suma, que tanto necessita o homem de alimento do corpo quanto de alimento da alma e que tanto um quanto o outro exigem cuidado e defesa, higiene e substância, na formação e na aplicação. |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: No Portal da Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier |
Gratidão pelos Amigos
Agradeço, meu Deus,
Em minha prece enternecida, As almas boas que me deste à vida, No campo da afeição!... Agradeço os amigos que me emprestas, Que me toleram falhas e defeitos, E equilibram-me os passos imperfeitos, Dando-me paz e luz ao coração. Agradeço-te, oh! Pai, A sensação confortadora e amena Com que a palavra dêles me asserena, Em meus dias de dor... E o silêncio que fazem para as lutas De que preciso burilar-me, Enxugando-me o pranto sem alarme Pela bênção do amor. Agradeço o socorro que me trazem, Mostrando desapêgo nobre e raro, Para que eu seja apoio ao desamparo, Esperança de alguém!... E a caridade com que me estimulam A ser trabalho, bênção, alegria, Aprendendo a viver , dia por dia, Nos domínios do bem. Por toda a santa generosidade Da estima doce e pura De quantos me recebem sem censura, Ternos amigos meus!... Eis-me ao sol da oração, Para dizer-te, oh! Pai do Infinito Universo, Na singela pobreza do meu verso, Obrigado, meu Deus !... |
pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Antologia da Espiritualidade, Médium: Francisco Cândido Xavier |
Amor e Temor
"O perfeito amor lança fora o temor". (I JOÃO, 4:18.)
Para que nossa alma se expanda sem receio, através das realizações que o Senhor nos confia, não basta o imperfeito Amor que estipula salários de gratidão ou que se isola na estufa do carinho particular, reclamando entendimento alheio. É necessário rendamos culto ao perfeito amor que tudo ilumina e a todos se estende sem distinção. O imperfeito Amor, procurando o gozo próprio no concurso dos outros, é quase sempre o egoísmo em disfarce brilhante, buscando a si mesmo nas almas afins para atormentá-las sob múltiplas formas de temor, quais sejam a exigência e o ciúme, a crueldade e o desespero, acabando ele próprio no inferno da amargura e da frustração. O perfeito Amor, contudo, compreende que o Pai Celeste traçou caminhos infinitos para a evolução e aprimoramento das almas, que a felicidade não é a mesma para todos e que amar significa entender e ajudar, abençoar e sustentar sempre os corações queridos, no degrau de luta que lhes é próprio. Para que te libertes, assim, das algemas do medo, não basta te acolhas no anseio de ser ardentemente querido e auxiliado pelos outros, segundo as disposições do Amor incompleto. É indispensável saibas amar, com abnegação e ternura, entre a esperança incansável e o serviço incessante pela vitória do bem, sob a tutela dos quais viverás sempre amando, segundo o Amor equilibrado e perfeito pela força Divina que nos ergue triunfante, dos abismos da sombra para os cimos da luz. |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Palavras de Vida Eterna, Médium: Francisco Cândido Xavier |
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
O Mundo Atual
O Mundo Atual
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Liberta-te do Mal
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=642
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=642
O Mundo Atual
O Mundo Atual
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Liberta-te do Mal
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=642
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=642
O Mundo Atual
O Mundo Atual
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Liberta-te do Mal
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=642
http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=642
Novos Samaritanos
Aquele que usou de misericórdia para com ele.
Assim termina uma das mais importantes lições do Evangelho de Jesus, quando o Mestre faz o doutor da lei compreender o que significa se tornar o próximo de alguém.
No instante em que o samaritano se dispõe a mudar a rotina de seu dia para ajudar um completo estranho, ele se torna o próximo daquele homem, e é aí que está a essência do amor ao próximo.
Não fazer julgamentos. Deixar de pensar apenas em si. Tornar-se útil ao outro e ao mundo.
Misericórdia é colocar o coração na miséria do outro.
* * *
O mundo nunca precisou tanto de novos samaritanos como necessita neste momento.
Quem se candidata? Quem é capaz de interromper sua caminhada e ajudar um total estranho?
De se importar com pessoas que não vão lhe agradecer, que não vão lhe retribuir, mas pelo simples senso de obrigação moral?
De suportar, quem sabe, até a ingratidão, de se esconder no anonimato, de ser visto comopoliticamente correto – alvo de chacotas. Quem se habilita?
Recrutam-se novos samaritanos. Nem todos precisam ter denários para doar, apenas tempo para cuidar, atenção para conceder, carinho para acalmar.
Recrutam-se novos samaritanos. Alguns com a habilidade de derramar óleo e vinho sobre as feridas da alma, através de palavras de otimismo, através de ouvidos atentos ou mesmo de um abraço apertado.
Necessitamos de novos samaritanos, que não se importem com cor, raça, religião.
Que tratem o homem como Espírito, que sopra onde quer, que hoje está no Ocidente e amanhã estará no Oriente; que hoje veste pele de uma cor e que amanhã poderá ser de outra; que hoje chama o pai de Alá e amanhã o chamará apenas de Pai – o que importa?
Felizmente muitos atenderam ao convite. Não os vemos se vangloriando por aí, pois são discretos. Não os assistimos ganhando foco em noticiários, pois ainda cultuamos a desgraça e o pessimismo nos meios de comunicação, lamentavelmente.
Mas eles trabalham semeando o amor, a fraternidade, a união.
Não são dessa ou daquela religião, são de todas. Não são deste país ou daqueloutro, são de todos. Não são profissionais dessa ou daquela área, são de todas.
Anônimos, que dedicam um pouco de seu tempo para amparar os caídos, que não questionam porque caíram, que não julgam, que não fazem perguntas – só amparam.
Por vezes, pensamos demais. Intelectualizamos demais os problemas sociais, psicológicos, étnicos e religiosos. E tudo custa a sair das ideias e ir para as mãos, para a ação.
O samaritano da parábola só agiu, atendendo a emergência, e de sua boca não saíram grandes reflexões ou ensinamentos. A única fala que Jesus coloca na boca desse personagem inesquecível é:Trata muito bem deste homem, e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
E isso é o que aqueles que estão em sofrimento profundo e que precisam de amparo, mais querem no mundo: alguém que se importe e se volte para eles.
Você quer ser um novo samaritano?
Redação do Momento Espírita.
Em 23.8.2016.
Em 23.8.2016.
Reconciliação
Há uma interessante passagem evangélica na qual Jesus recomenda que o homem se reconcilie o mais depressa possível com seu adversário.
A reconciliação deve se processar enquanto ambos estão a caminho, para que um não entregue o outro ao juiz.
Porque o juiz poderá entregar o culpado ao ministro da justiça, que o colocará na prisão.
Se isso ocorrer, as celas não se abrirão enquanto não for pago o último ceitil.
Trata-se de imagens fortes, que chamam a atenção para a importância da convivência equilibrada.
A vida na Terra é uma fecunda e importante escola.
Espíritos de personalidades e valores diversos são colocados lado a lado.
O resultado deve ser o aprendizado e o crescimento de todos os envolvidos.
A convivência nem sempre é fácil.
Na vida social, costumam surgir desacertos.
As ideias e os objetivos costumam ser diferentes, mesmo entre pessoas de boa vontade.
Comumente se afirma que a convivência entre certos indivíduos é difícil por serem inimigos espirituais.
Nessa linha, teriam um passado de erros em comum a justificar a animosidade presente.
Essa hipótese por vezes é verdadeira.
Entretanto, em geral, os desentendimentos de hoje decorrem mais de imperfeições e vícios do que de real inimizade pretérita.
Vaidade, orgulho e egoísmo respondem pela ampla maioria das querelas do mundo.
Não importa o passado, seres generosos e humildes sempre encontram um modo de conviver de forma respeitosa e pacífica.
O problema não reside no ontem, mas no hoje que pode se desdobrar no amanhã.
Importa adotar comportamento digno e fraterno, para seguir livre.
A lei divina é perfeita e cuida de todos.
Ela jamais é burlada, mesmo no mais ínfimo ceitil.
Mas é programada para o progresso e a felicidade dos seres, não para punir e infelicitar.
Daí vem a magna importância da exortação de Jesus.
Seres imperfeitos erram e se atritam.
Dos embates e dos pontos de vista divergentes, o progresso pode surgir.
Contudo, limites se fazem necessários nesse processo de divergência.
A vida precisa ser levada de modo que o coração não se replete de mágoas.
Está-se em uma escola, não em uma batalha campal.
Os outros são irmãos, companheiros de jornada, embora por vezes pensem e ajam de modo diverso.
Acima de qualquer coisa, é preciso manter-se digno e fraterno.
Quando o semelhante erra, perdoá-lo de coração, sem impor condições humilhantes.
Quando se erra, arrepender-se, pedir desculpas, reparar e seguir adiante.
Só não convém esperar a incidência da Lei, por entre mágoas e vaidades.
Porque é aí que surgem as grandes dores, destinadas a dulcificar o coração que se fez orgulhoso e ressentido.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 16.8.2016
Em 16.8.2016
sábado, 20 de agosto de 2016
Sem Caridade
Sem Caridade |
Sem a caridade do trabalho para as suas mãos, o seu descanso pode transformar-se em preguiça.
*
Sem a caridade da tolerância, o seu trabalho seguirá repleto de entraves.
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Sem a caridade da simpatia para com os necessitados de qualquer procedência, as suas palavras de corrigenda serão nulas.
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Sem a caridade da gentileza, a sua vida social e doméstica será sempre um purgatório de incompreensões.
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Sem a caridade da desculpa fraterna, seus problemas seguirão aumentados.
*
Sem a caridade da lição repetida, o seu esforço não auxiliará a ninguém.
*
Sem a caridade da cooperação, a sua tarefa poderá descer ao isolamento enfermiço.
*
Sem a caridade do estímulo ao companheiro que luta, sofre e chora, no trato com as próprias imperfeições, o orgulho se lhe fará petrificado na própria alma.
*
Sem a caridade do auxílio incessante aos pequeninos, a vaidade viverá fortalecida em nosso espírito invigilante.
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Sem a caridade do entendimento amigo, a sua franqueza será crueldade.
*
Sem a caridade do concurso desinteressado e fraterno, as suas dificuldades crescerão indefinidamente.
*
Sem caridade em nosso caminho, tudo se converterá em inquietude, sombra e sofrimento. Por isso mesmo, adverte-nos o Evangelho - "fora da caridade ou fora do amor não existe realmente salvação". |
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE, 1978. |
Trabalhar
Trabalhar |
Se você acredita na preguiça, olhe a água parada.
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Seja qual seja o seu problema, o trabalho será sempre a sua base de solução.
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Não existe processo de angústia que não se desfaça ao toque do trabalho.
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Diante de qualquer sofrimento, o trabalho é o nosso melhor caminho de libertação.
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Não se aborreça se alguns companheiros lhe abandonarem a estrada; continue em seu próprio dever e o trabalho lhe trará outros.
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Todos os medicamentos são valiosos na farmácia da vida, mas o trabalho é o remédio que oferece complemento a todos eles.
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Quem trabalha encontra meios de esclarecer, mas não tem tempo de discutir.
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O sucesso quase sempre se forma com uma parte de ideal e noventa e nove partes de suor na ação que o realiza. |
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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Resposta da Vida.Ditado pelo Espírito André Luiz. IDEAL. |
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Parábola Moderna
E eis que, em plena assembléia de espiritualidade, se levantou um certo companheiro intelectualista e dirigiu-se ao Amigo Sábio e Benevolente, que se comunicava através da organização mediúnica, perguntando para tentá-lo:
– Benfeitor da Humanidade, que devo fazer para alcançar a vida eterna? como agir para entrar na posse da verdadeira luz? Respondeu-lhe o orientador: – Que te aconselha a doutrina? como lês o ensinamento do Cristo? O consulente pensou um minuto e replicou: – Amarás o Senhor teu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças, com todo o entendimento, e a teu próximo como a ti mesmo. O Sábio Espiritual sorriu e observou: – Respondeste bem. Faze isso e alcançarás a vida eterna. Contudo, o intelectualista, apresentando justificativa e desejando destacar-se no circulo dos irmãos, interrogou ainda: – Como reconhecerei o meu próximo? O comunicante assumiu atitude paternal e narrou: – Um “espiritista” convencido quanto à sobrevivência da alma, mas não convertido ainda ao Evangelho de Jesus, seguia de Madureira para a Gávea, quando encontrou, em certa rua, determinada reunião de pessoas bem intencionadas, mas ignorantes das letras do mundo, tentando a prática do amor aos semelhantes, possuídas de sincera e profunda, boa vontade. Porque viviam distanciadas da ciência da expressão, suas palavras evidenciavam muita imperfeição de gramática, embora a excelente disposição que revelavam mo exercício de virtudes santificantes. Os desencarnados que cooperavam na obra, observando que se aproximava um irmão detentor de elevados conhecimentos, indicaram-lhe o nome para que se lhe rogasse a valiosa colaboração. Instado pelos trabalhadores daquele piedoso núcleo do bem, o cavalheiro aproximou-se, sondou o ambiente e negou-se, acrescentando: – Não, não posso cooperar! Isto não é Espiritismo. E passou apressado, em busca de seus interesses. No entanto, um materialista, de bom coração e reta consciência, que vinha pelas mesmas ruas, encontrou a pequena assembléia e, observando-lhe a determinação na prática ao bem, distribuiu palavras de conforto e encorajamento entre aquelas criaturas de aprimoradas qualidades morais, deixando, ali, as bases de uma escola que funcionaria, em breve, aperfeiçoando valores e melhorando conhecimentos. Seguia o mencionado “adepto” do Espiritismo, estrada afora, quando se lhe deparou um quadro doloroso. Miserável mulher, exibindo terríveis sinais de sífilis, caíra nas vizinhanças de soberbo jardim, cercada por duas companheiras de infortúnio, necessitadas do braço de um homem caridoso que auxiliasse o transporte da enferma. Sentindo a aproximação do crente, sob nosso exame, acorreram, pressurosas, ambas as infelizes que ainda podiam andar, suplicando-lhe socorro em palavras da gíria, a evidenciarem, porém, justificada aflição e ardente desejo de ser úteis. O “espiritista” reparou que se encontrava nas adjacências de uma grande casa, dedicada a prazeres menos dignos e, receando o falso julgamento de sua conduta, negou-se, exclamando: – Não, não posso ajudar! Isto não é Espiritismo. E afastou-se, sem mais delongas. Entretanto, o ateu, que lhe vinha nas pisadas, ouviu o clamor das mulheres e, longe de qualquer pensamento malicioso alusivo ao local, amparou a pobre criatura, providenciando, imediatamente, para que fosse asilada em hospital próximo e colaborou no pagamento das despesas, alheio a qualquer idéia de compensação. Mais adiante, seguindo o “espiritista” o seu caminho, encontrou um grupo de trabalhadores, filiados às igrejas evangélicas do protestantismo, angariando auxílios para um serviço de assistência a meninos desamparados. Moças e velhos, rapazes e anciãos, cantavam na via pública, enternecendo corações com as reminiscências de Jesus. Findo o número musical, algumas jovens distribuíam flores naturais, em troca de insignificantes donativos, destinados ao socorro de criancinhas órfãs e desvalidas. Uma das graciosas meninas aproximou-se e ofereceu-lhe uma rosa, acrescentando: “Amigo, cooperai conosco na assistência aos pequeninos abandonados!” O interpelado, porém, viu que o agrupamento trazia numerosos exemplares de jornais e revistas com interpretações religiosas diferentes daquelas que o seu raciocínio aceitava, e, colocando-se em posição contrária à cooperação cristã, respondeu rudemente: – Não, não posso atender! Isto não é Espiritismo... E prosseguiu, rua afora, apressadamente. Todavia, o materialista bondoso, que o seguia acidentalmente, foi colhido pela solicitação das jovens e, sentindo-se feliz, pela expressão de humanidade que a reunião apresentava, conversou alegremente com as meninas, encorajando o serviço de confraternização e benemerência que se levava a efeito, e, depois de anotar o endereço da instituição, a fim de acompanhar o trabalho de mais perto, valeu-se da bolsa que trazia e adquiriu muitas flores de auxílio, com o espírito amigo das boas obras e não com a disposição agressiva dos combatentes, despreocupado de qualquer recompensa. E o “espiritista” seguiu seu caminho para a Gávea e o materialista continuou na estrada de bondade espontânea. O mentor fez longo intervalo e, em seguida, perguntou ao consulente: – Qual dos dois, a seu ver, aprendeu a reconhecer o próximo, prestando-lhe a atenção que devia? – Ah! certamente – replicou o interlocutor, sensibilizado – foi o materialista, que sentia prazer em servir, trabalhando por um mundo melhor. O Sábio Espiritual sorriu e falou-lhe, antes de despedir-se: – Então, vai, e faze tu o mesmo... |
Pelo Espírito Irmão X - Do livro: Lázaro Redivivo, Médium: Francisco Cândido Xavier |
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Necessidade da Encarnação
II – Necessidade da Encarnação
SÃO LUIS
Paris
25 – A encarnação é uma punição, e somente os Espíritos culpados é que lhe estão sujeitos?
A passagem dos Espíritos pela vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com a ajuda do elemento material, os propósitos cuja execução Deus lhes confiou. É ainda necessária por eles mesmos, pois a atividade que então se vêem obrigados a desempenhar ajuda-os a desenvolver a inteligência. Deus, sendo soberanamente justo, deve aquinhoar eqüitativamente a todos os seus filhos. É por isso que Ele concede a todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de ação. Todo privilégio seria uma preferência, e toda preferência uma injustiça. Mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, no princípio da existência, como primeira prova do uso que farão do seu livre arbítrio. Os que executam essa tarefa com zelo, sobem rapidamente, e de maneira menos penosa, os primeiros degraus da iniciação, e gozam mais cedo o resultado do seu trabalho. Os que, ao contrário, fazem mau uso da liberdade que Deus lhes concede, retardam o seu progresso. E é assim que por sua obstinação, podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem. E é então que a encarnação se torna um castigo.
26 – Observação – Uma comparação vulgar nos fará melhor compreender esta diferença. O estudante não atinge os graus superiores, sem ter percorrido a série de classes que o levam até lá. Essas classes, por mais trabalho que exijam, são o meio de atingir o fim, e não uma punição. O estudante laborioso abrevia a caminhada, encontrando menos dificuldades. Acontece o contrário com aquele que a negligência e a preguiça obrigam a repetir certas classes. Não é, porém, o estudo que constitui uma punição, mas a obrigação de recomeçá-lo em cada classe.
É o que se passa com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está quase no começo da vida espiritual, a encarnação é um meio de desenvolver a inteligência. Mas, para o homem esclarecido, em que o senso moral está largamente desenvolvido, e que se vê obrigado a repetir as etapas de uma vida corporal cheia de angústias, enquanto já podia ter atingido o fim, é um castigo, pela necessidade em que se acha de prolongar a sua permanência nos mundos inferiores e infelizes. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente para o seu progresso moral, pode não somente abreviar a duração de sua encarnação material, mas franquear de uma vez os graus intermediários, que o distanciam dos mundos superiores.
Os Espíritos não poderiam encarnar-se uma só vez num mesmo globo, e passar suas diferentes existências em diferentes esferas? Esta opinião seria admissível, se todos os homens estivessem na Terra, exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças existentes entre eles, desde o selvagem até o homem civilizado, revelam os graus que têm de percorrer. A encanação, aliás, deve ter uma finalidade útil. Ora, qual seria a finalidade das encarnações efêmeras, das crianças que morrem em tenra idade?
Teriam sofrido sem qualquer proveito, nem para elas nem para os outros? Deus, cujas leis são todas soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pelas reencarnações no mesmo globo, quis que os mesmos Espíritos se pusessem de novo em contato, tendo assim ocasião de reparar as suas faltas recíprocas. E tendo e conta as suas relações anteriores, quis, ainda, fundar uma base espiritual os laços de família, apoiando numa lei natural os princípios de solidariedade, fraternidade e igualdade.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
por ALLAN KARDEC
sábado, 13 de agosto de 2016
Jogos Olímpicos
E os Jogos Olímpicos chegaram ao Brasil! Todos nos regozijamos com o magnífico espetáculo de abertura, demonstrando a nossa posse de valores de alto significado, numa apresentação que se deve considerar uma das mais belas jamais apresentadas. Até o momento conseguimos a primeira medalha de ouro através de uma jovem de modesta condição socioeconômica, que conseguiu o triunfo depois de haver sido educada em uma ONG dedicada a crianças pobres do seu bairro, em zona perigosa do Rio de Janeiro.
Os Jogos Olímpicos chegam-nos em momento grave de convulsões de várias ordens, apresentando o seu belo espetáculo de competições, nas quais se destacam os mais preparados indivíduos do mundo, em intérmino desfile de harmonia. Jogos variados e fascinantes alguns, desviam-nos a atenção das crises e aberrações que nos vêm sacudindo nos últimos tempos, direcionando-nos para outros valores que estão ao alcance de quantos a eles se possam dedicar.
Durante este período, poderemos discutir outros temas que não os do suborno, da indignidade, da malversação de recursos, mas dialogar em torno dos esforços e sacrifícios pessoais no investimento da ação chegando à perfeição possível. Reflexionando em torno desse notável esforço generalizado que se iniciou em Olímpia, na Grécia antiga, pensamos em um outro tipo de Olimpíadas, as que dizem respeito aos sentimentos de amor e de fraternidade entre os povos. As atuais já conseguem reunir as nações de diferentes comportamentos num interesse comum, o que torna factível a aquisição de outras de natureza espiritual, felicitando o mundo.
Nesses futuros dias, poderemos aspirar aos campeonatos da solidariedade, da compaixão, da caridade, auxiliando-nos reciprocamente, a fim de que a miséria de qualquer natureza fuja envergonhada, cedendo lugar ao esplendoroso comportamento do amor conforme Jesus o viveu e nos ensinou. Poderemos impor-nos o exercício da solidariedade, dando início às Olimpíadas espirituais...
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 11.8.2016. Em 12.8.2016. |
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
O Erro Médico na Visão Espírita
"Nada, absolutamente nada está ao acaso.
Tudo, absolutamente tudo, segue um plano bem traçado elaborado por nosso Pai Criador e executado, fielmente, pelos Bons Espíritos.
Um erro médico deve ser avaliado em suas inúmeras matizes e, temos certeza, não possuímos meios para esgotá-las todas.
Entretanto, quando algo assim ocorre, caso seja o médico despreparado ou irresponsável em relação à sua profissão, uma situação dessas serve muitas vezes para frear as suas atitudes e conscientizá-lo, de forma grave e dura, de suas responsabilidades. Quanto ao paciente, podemos dizer com absoluta convicção, que o paciente que sofrerá o erro médico foi atraído para aquela situação pela mais pura lei de sintonia, lei de atração ou lei de causa e efeito. Ou seja, é da Lei que ninguém sofra injustamente.
Então quer dizer que está tudo certo e devemos deixar por isso mesmo? Não, necessariamente. Um médico, sendo ele irresponsável, deverá arcar com as conseqüências dos seus atos.
Mas, e quando o Médico leva a sério a sua profissão? Quando, mesmo despeito de toda a sua seriedade e esforço, de sua luta para preparar-se adequadamente, o médico comete um erro?
O que significa isso? Como a Doutrina Espírita enxerga isso?
Deixando bem claro que abordaremos apenas um lado da questão, falemos de… Resgate. A Doutrina Espírita esclarece que vivemos outras vidas e, na atual existência, para continuarmos a progredir, precisamos quitar os débitos do passado. Mas, também esclarece a Doutrina Espírita, que determinados resgates só estão autorizados a ocorrer se o Espírito, em nosso caso específico, o Médico, tiver envergadura espiritual para suportar.
Ora, resgata o médico, que é atingido em seu amor próprio (o que funcionará como um antídoto contra a vaidade) e é provado em sua confiança em Deus, em sua fé. Normalmente, nesses casos, Deus tem maiores responsabilidades para confiar a esse médico. Mas, para isso, é preciso avaliá-lo, testando-o. Assim como somos avaliados na faculdade acadêmica, o somos na faculdade da vida.
Nesses momentos, profundamente dolorosos, não devemos esquecer, nem por um minuto, que jamais estamos sozinhos. A oração é o bálsamo que nos enxugará as lágrimas e nos dará forças pra confiar no Pai de Bondade, que nunca nos desampara.
Vem à minha mente uma imagem de um médico que usou a medicina de forma maléfica. No plano espiritual, após dolorosas situações, conscientizou-se da sua responsabilidade. Retornou ao plano material, mas a sua vaidade o puxava para os mesmos erros. Até que uma série de problemas em sua profissão, inclusive erros médicos, o humilhou profundamente. Sofreu muito, mas conseguiu conscientizar-se de sua missão. Retornou ao trabalho e, abençoadamente, conseguiu cumprir a sua missão de forma maravilhosa, com o apoio dos bons espíritos.
Quanto ao paciente, vale a mesma regra: nada acontece injustamente. Tudo tem a sua razão de ser. E pacientes que sofrem hoje, seja por erro médico ou por ausência de atendimento, são muitas vezes os mesmos que, no passado, recusaram-se a salvar vidas ou aliviar sofrimentos.
Que nos ampare Jesus, o Terapeuta de nossas almas."
Fonte: Psicologia Espírita
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Ao Meu Pai
Recordo-o ainda. Ele saiu, em um dia de sol, para viajar e nunca mais retornou para nossos olhos físicos.
Quando o trouxeram, era somente um corpo dentro de um caixão. Lacrado, ademais, tendo em vista os dias passados desde a sua morte.
Meu pai era um homem alegre. Gostava de música, de dança, de estar com amigos, conversar, contar causos.
E ele os tinha às centenas. Toda vez que retornava de viagem, os filhos, éramos três os menores, nos reuníamos em torno da mesa, na cozinha ampla, para ouvi-lo.
Ele contava causos de forma pausada. Ia descrevendo as cenas, uma a uma, reproduzia os diálogos.
Por vezes, meu irmão e eu, mais impacientes, o interrompíamos: E daí, o que aconteceu? Conta logo.
Ele sorria mostrando seus dentes curtos, bem moldados. E continuava com a mesma calma, até o desfecho da história.
Tê-lo em casa era muito bom e significava que um de nós iria dormir na cama dos pais.
Por vezes, nossa mãe nos dizia que desejava ficar a sós com ele. Mas, mal despertava a madrugada, quem primeiro acordasse, corria para o quarto e se enfiava entre os dois.
Ele acordava e brincava conosco, fazendo cócegas, jogando travesseiro. Era uma festa!
Meu pai! Quantas saudades! Ele não era letrado. Desde bem jovem conhecera o trabalho duro.
Constituíra família cedo e os cinco filhos lhe exigiam que desse o máximo de si.
Insistia que precisávamos estudar. E estudar muito. A duras penas, pagou para cada um de nós o ensino fundamental, em escola particular.
Escolheu a melhor escola da cidade. Pagou cursos de piano, acordeon, violino para minha irmã, que cedo entrou para o mundo da música.
Meu irmão e eu não chegamos a tanto, mas fomos brindados com o que ele tinha de mais precioso.
Ensinou-nos a honestidade, ensinou-nos que melhor era ser enganado do que enganar.
Viveu no tempo em que a palavra de um homem era documento mais válido do que nota promissória, duplicata ou qualquer título financeiro.
Legou-nos um nome honrado e disse-nos que o dignificássemos, ao longo de nossa vida.
Olhava para mim, com orgulho e dizia: Um dia você será uma pessoa muito importante!
Hoje, quando viajo pelas estradas, muitas delas velhas conhecidas de meu pai, eu o recordo.
Será que ele sabia que um dia eu seria alguém que viajaria, esclarecendo pessoas, ofertando cursos?
Ele não conheceu todos os netos. Partiu para a Espiritualidade, em anos jovens, deixando-nos um grande silêncio n´alma.
Em homenagem a ele, em nossos aniversários, nas festas de Natal e Ano Novo, nos encontramos.
Rimos, ouvimos música, dançamos. Porque ele nos ensinou a sermos assim.
A vida é dura, mas nós a podemos adoçar, se quisermos. – É o que dizia.
Meu pai, meu mestre, onde estejas, Deus te guarde. Especialmente nesta época em que os pais são recordados pelos filhos, que os brindam com presentes.
Meus irmãos e eu te brindamos com a prece da nossa gratidão: obrigado por nos terdes dado a vida.
Obrigado por nos terdes ensinado a bem vivê-la.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 16, ed. FEP.
Em 9.8.2016
Disponível no CD Momento Espírita, v. 16, ed. FEP.
Em 9.8.2016
sábado, 6 de agosto de 2016
Reajuste
Toda obra, quanto a máquina que se move, pede um núcleo de força.
Observemos, no entanto, que a oficina do reajustamento de todos
aqueles que asseguram a obra do Senhor na Terra não se localiza aí no mundo.
Trabalhemos e os mensageiros de Jesus – mecânicos sublimes – saberão
reequilibrar-nos, revisar-nos, sustentar-nos e colocar-nos dia a dia em posição de servir.
Observemos, no entanto, que a oficina do reajustamento de todos
aqueles que asseguram a obra do Senhor na Terra não se localiza aí no mundo.
Trabalhemos e os mensageiros de Jesus – mecânicos sublimes – saberão
reequilibrar-nos, revisar-nos, sustentar-nos e colocar-nos dia a dia em posição de servir.
Batuira
Sobre o Autor
- Nascido a 19 de março de 1839, em Portugal, na Freguesia de Águas Santas, hoje integrada no Conselho da Maia, e desencarnado em São Paulo, no dia 22 de janeiro de 1909. Seu nome de origem era Antônio Gonçalves da Silva, entretanto, devido a ser um moço muito ativo, correndo daqui para acolá, a gente da rua o apelidara "o batuíra", o nome que se dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de vôo rápido, que freqüentava os charcos na várzea formada, no atual Parque D. Pedro II, em S. Paulo, pelos transbordamentos do rio Tamanduateí. Desde então o cognome "Batuíra" foi incorporado ao seu nome. Tornou- se um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil. Fundou o "Grupo Espírita Verdade e Luz", onde, no dia 6 de abril de 1890, diante de enorme assembléia, dava início a uma série de explanações sobre "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Figura bastante popular em S. Paulo, Batuíra tornou-se querido de todos, tendo vários órgãos da imprensa leiga registrado a sua desencarnação e apologiado a sua figura exponencial de homem caridoso e dedicado aos sofredores.
Referência
- Do livro: Mais Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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