A humildade não está na pobreza,
não está na indigência,
na penúria, na necessidade,
na nudez e nem na fome.
A humildade está na pessoa que tendo
o direito de reclamar, julgar, reprovar
e tomar qualquer atitude
compreensível no brio pessoal, apenas abençoa.
(EMMANUEL)
domingo, 31 de julho de 2016
Ninguém se Cruza por Acaso
Por que as pessoas entram na sua vida?
Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.
Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".
Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.
Pare aqui e simplesmente SORRIA.
"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como se ninguém estivesse te observando."
"O maior risco da vida é não fazer NADA."
(Autor Desconhecido)
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Em Todos os Caminhos
Seja qual for a experiência, convence-te de que Deus está convosco em todos os caminhos.
Isso não significa omissão de responsabilidades ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei. O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo. A árvore, embora não pague imposto pelo solo a que se vincula, é chamada a produzir conforme a espécie. Ninguém recebe talentos da vida para esconde-los em poeira ou ferrugem. Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é possível re defrontes com embaraços naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos exercícios da escola. A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da educação que transparece do professor. Desempenhamos as nossas funções com o apoio de Deus. Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente necessitada de fé, pense no infinito das bênçãos que te envolvam, sem que despendas mínimo esforço. Não contrataste engenheiros para a garantia do Sol que te sustenta e nem assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que se renove o ar que respiras. Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor nos reservatórios da natureza e compreenderás que ninguém vive só. Confia, segue, trabalhe e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto! |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Caminho Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier |
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Passaporte
Não são raras as declarações de algumas pessoas quanto ao medo de morrer.
Não se trata apenas do receio de que algum ser amado morra, mas sim delas próprias abandonarem, em definitivo, o corpo de que se valem nesta existência.
A morte é um processo natural em todos os níveis da vida física.
As plantas brotam, florescem, murcham e morrem.
Os animais nascem, se reproduzem e também morrem.
Os elementos químicos passam por diversas transformações, em virtude das mudanças de pressão e de temperatura, alterando seu estado inicial para outro, incessantemente.
Também nós, seres humanos, estamos sujeitos a essa transformação.
E a morte nada mais é do que uma transformação. Não é o fim. É uma passagem para uma nova etapa.
O corpo físico perecerá, como sucedeu com outros dos quais nos valemos em passadas existências.
Mas, nossa individualidade, nossa essência, jamais deixará de existir.
Somos Espíritos imortais, criados por Deus, simples e ignorantes.
Nosso destino é a felicidade, que só poderá ser alcançada por meio do crescimento, fruto natural de nossos estágios no corpo físico.
Não há lugar para o acaso na existência humana.
Deus não é um jogador de dados a distribuir alegria e tristeza, saúde e enfermidade, vida e morte, aleatoriamente.
Existem leis instituídas pelo Criador que determinam a evolução das criaturas, oferecendo-lhes experiências compatíveis com suas necessidades.
Uma delas é a da reencarnação, possibilitando-nos viver múltiplas existências na carne, tal qual alunos internados num educandário, periodicamente, para aprendizado específico.
O medo da morte decorre, em geral, da falta de informação.
Somente nos livraremos em definitivo de temores e de dúvidas quando nos ajustarmos às realidades espirituais.
Espíritos eternos, por ora encarcerados na matéria, não podemos esquecer que nossa morada definitiva situa-se no plano espiritual.
As dificuldades e limitações existentes, em mundos densos como a Terra, funcionam como lixas necessárias a aparar nossas imperfeições mais grosseiras.
Nossa existência não é uma estação de férias que possa ser marcada pela indiferença e pela acomodação.
Desenvolvamos a consciência de eternidade, reconhecendo que não somos meros aglomerados celulares dotados de inteligência, surgidos no berço e aniquilados no túmulo.
Existíamos antes do berço e continuaremos a existir depois do túmulo.
Deixemos de lado as ilusões e busquemos os valores inalienáveis da virtude e do conhecimento, nosso passaporte para as moradas ditosas no infinito.
É difícil definir quando seremos convocados para o Além.
A morte, quase sempre, surpreende. Ninguém sabe como e quando virá.
O ideal é estarmos preparados, vivendo cada dia como se fosse o último, aproveitando o tempo que nos resta nesta existência, no esforço disciplinado e produtivo em favor da edificação humana.
Mantenhamos nosso passaporte em dia. Afinal, mais cedo ou mais tarde, ele nos será exigido pela nossa própria consciência, no momento da inevitável partida.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Por que morrem as flores e
no cap. Passaporte, do livro Quem tem medo da morte?, de Richard Simonetti,
ed. CEAC.
Em 20.7.2016
no cap. Passaporte, do livro Quem tem medo da morte?, de Richard Simonetti,
ed. CEAC.
Em 20.7.2016
segunda-feira, 25 de julho de 2016
A Família
Você já parou algum dia para pensar como funciona uma colmeia? Já se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação pelo todo?
A colmeia é formada por células de cera, que se contam aos milhares. Em algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha. Outras servem como depósitos de pólen e de mel. São os favos de mel.
Numa colmeia podem existir até setenta mil abelhas, que exercem diferentes funções.
As operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colmeia, trazem comida para todos os habitantes da comunidade.
As operárias começam como faxineiras, limpando as células onde estão os ovos.
Depois produzem a geleia real que serve para alimentar as abelhas mais jovens e a rainha.
Também trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com pólen e mel.
Com dez dias de vida elas se tornam construtoras. Começam a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da colmeia.
A rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias, os zangões e as novas rainhas. No verão chega a botar em um só dia mil e quinhentos ovos.
O zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha. Depois morre.
Tudo na colmeia reflete ordem, equilíbrio.
As operárias são também as que saem da colmeia para buscar a matéria prima de que necessitam. Estranhamente, elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde retornam com sua preciosa carga.
Embora sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de trabalhar pelo bem-estar de toda a equipe.
Podemos pensar na família como uma colmeia racional. Cada um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena coletividade, como exige o lar.
E todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.
É no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando consigo mesmas, em constante processo de doação.
É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no mel das atenções e do entendimento.
É ali que se exercita a cooperação. Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.
Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.
Para que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua tarefa e realizá-la com alegria.
É por esse motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo, a pequenas tarefas no lar.
Retirar os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.
Renúncia a um pequeno lazer para satisfazer o outro. Nem que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo amistoso.
Se na colmeia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à família maior, na imensa colmeia do mundo.
* * *
A família é abençoada escola de educação moral e espiritual. É oficina santificante onde se burilam caracteres. É laboratório superior em que se refinam ideais.
Redação do Momento Espírita, com base na Revista Minimonstros,
ed. Globo, 1964 e no cap. 15, do livro Rosângela, pelo Espírito
Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 25.7.2016
ed. Globo, 1964 e no cap. 15, do livro Rosângela, pelo Espírito
Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 25.7.2016
sábado, 23 de julho de 2016
A Máquina Divina
Meu amigo.
O corpo físico é a máquina divina que o Senhor nos empresta para a confecção de nossa felicidade na Terra. Os vizinhos do bruto precipitam-na ao sorvedouro da animalidade. Os maus empregam-na, criando o sofrimento dos semelhantes. Os egoístas valem-se dela para esgotarem a taça de prazeres fictícios. Os orgulhosos isolam-na sem proveito. Os vaidosos cobrem-na de adornos efêmeros para reclamarem o incenso da multidão. Os intemperantes destroem-na. Os levianos mobilizam-na para menosprezar o tempo. Os tolos usam-na, inconsideravelmente, incentivando as sombras do mundo. Os perversos movimentam-lhe as peças, na consecução de desordens e crimes. Os viciados de todos os matizes aproveitam-lhe o temporário concurso na manutenção da desventura de si mesmos. Os indisciplinados acionam-lhe os valores, estimulado o ruído inútil em atividades improdutivas. O espírito prudente, todavia, recebe essa máquina valiosa e sublime para tecer, através do próprio esforço, com os fios da caridade e da fé, da verdade e da esperança, do amor e da sabedoria, a túnica de sua felicidade para sempre na vida eterna. |
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Nosso Livro, Médium: Francisco Cândido Xavier |
Moeda, DEUS te abençoe
Deus te abençoe o santo itinerário,
No trabalho criador, Moeda que te apuras no salário De resgate ao suor. Deus te guarde, moeda amiga e boa, Onde possa encontrar-te, Por alimento, estímulo e coroa para as vitórias da arte. Deus te ampare, moeda dividida, Entre os dons da palavra e os lauréis da leitura, Onde exaltes a paz, o amor e a vida, Ao clarão da cultura. Deus te engrandeça, moeda pequenina, Que te fizeste pão No impulso da bondade que te ensina Suprimir a aflição. Deus te louve, moeda transformada Em divina fragrância De alegria e de apoio, estrada a estrada, Ao coração da infância. Deus te abençoe, moeda que fulgura Como beijo de aurora, nas mãos enregeladas de amargura Da velhice que chora. Deus te enobreça, moeda humilde e bela. Dada espontaneamente Ao braço fraternal que se desvela No socorre ao doente. No júbilo incessante que te agita Quando o bem te conduz, Moeda generosa, sê bendita Em teu giro de luz. |
Pelo Espírito Auta de Souza - Do livro: Poetas Redivivos, Médium: Francisco Cândido Xavier |
A Felicidade não é deste Mundo
III – A Felicidade Não É Deste Mundo
FRANÇOIS-NICOLAS-MADELAINE
Cardeal Morlot, Paris, 1863
20 – Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! Exclama geralmente o homem, em toda as posições sociais. Isto prova, meus caros filhos, melhor que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo”. Com efeito, nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor, são condições essenciais da felicidade. Digo mais: nem mesmo a reunião dessas três condições, tão cobiçadas, pois que ouvimos constantemente, no seio das classes privilegiadas, pessoas de todas as idades lamentarem amargamente a sua condição de existência.
Diante disso, é inconcebível que as classes trabalhadoras invejem com tanta cobiça a posição dos favorecidos da fortuna. Neste mundo, seja quem for, cada qual tem a sua parte de trabalho e de miséria, seu quinhão de sofrimento e desengano. Pelo que é fácil chegar-se à conclusão de que a Terra é um lugar de provas e de expiações.
Assim, pois, os que pregam que a Terra é a única morada do homem, e que somente nela, e numa única existência, lhe é permitido alcançar o mais elevado grau de felicidade que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os ouvem. Basta lembrar que está demonstrado, por uma experiência multissecular, que este globo só excepcionalmente reúne as condições necessárias à felicidade completa do indivíduo.
Num sentido geral, pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia, a cuja perseguição se lançam as gerações, sucessivamente, sem jamais a alcançarem. Porque, se o homem sábio é uma raridade neste mundo, o homem realmente feliz não se encontra com maior facilidade.
Aquilo em que consiste a felicidade terrena é de tal maneira efêmera para quem não se guiar pela sabedoria, que por um ano, um mês, uma semana de completa satisfação, todo o resto da existência se passa numa seqüência de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos que estou falando dos felizes da Terra, desses que são invejados pelas massas populares.
Conseqüentemente, se a morada terrena se destina a provas e expiações, é forçoso admitir que existem, além, moradas mais favorecidas, em que o Espírito do homem, ainda prisioneiro de um corpo material, desfruta em sua plenitude as alegrias inerentes à vida humana. Foi por isso que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão um dia gravitar, quando estiverdes suficientemente purificados e aperfeiçoados.
Não obstante, não se deduza das minhas palavras que a Terra esteja sempre destinada a servir de penitenciária. Não, por certo! Porque, do progresso realizado podeis facilmente deduzir o que será o progresso futuro, e das melhoras sociais já conquistadas, as novas e mais fecundas melhoras que virão. Essa é a tarefa imensa que deve ser realizada pela nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime, e que cada um dentre vós se despoje energicamente do homem velho. Entregai vos inteiramente à vulgarização desse Espiritismo, que já deu início à vossa própria regeneração. É um dever fazer vossos irmãos participarem dos raios dessa luz sagrada. À obra, portanto, meus caros filhos! Que nesta reunião solene, todos os vossos corações se voltem para esse alvo grandioso, de preparar para as futuras gerações um mundo em que felicidade não seja mais uma palavra vã.
O EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO
por ALLAN KARDEC
Responsabilidade Espiritual
Responsabilidade espiritual
Toda e qualquer atividade que se assume converte-se num dever que exige responsabilidade.
A existência física é portadora de múltiplos programas educativos que contribuem para o desenvolvimento intelecto-moral do Espírito.
A reencarnação, por isso mesmo, é sublime oportunidade para reparação de erros, correção de irregularidades, reabilitação moral. De acordo com a gravidade de cada ocorrência, há uma pauta específica de reequilíbrio lúcido, disciplinador e próprio para a felicidade.
Nesse capítulo, as dores e problemas de várias ordens constituem o processo terapêutico para a cura real, portanto, na origem do mal praticado. No entanto, a finalidade dos renascimentos não tem caráter punitivo, o que significaria um castigo à ignorância, pela qual se atravessa na sucessão dos acontecimentos.
A aflição defluente do sofrimento é o desconforto que se experimenta, chamando a atenção à ordem, à disciplina, ao dever.
Tudo evolve.
O ser humano, superando as fases iniciais das necessidades básicas, alcança os patamares da inteligência, da emoção, do discernimento.
Nesse período, todas as ações fazem parte do processo de futura iluminação, dando lugar às experiências da solidariedade, do amor e da lídima fraternidade. Em consequência, os atos produzem ressonância de onda equivalente, que promovem os valores inatos ou que perturbam as aspirações de plenitude.
Surgem as provas, os testemunhos, os necessários corretivos aos erros e as expiações, com caráter severo e restritivo à movimentação.
Como a lei de amor é soberana, predomina no universo, favorece a conquista da paz, mediante a resignação durante a difícil aprendizagem evolutiva.
Utilizando-se das suas diretrizes afetuosas, reabilita o infrator, burila-lhe as imperfeições, emula-o ao avanço espiritual, sublima os instintos primários, enquanto aumentam as aspirações de paz e de bem-estar.
Alteram-se os focos existenciais, nos quais o primitivismo cede lugar ao aperfeiçoamento moral.
Servir, pois, é a meta da existência humana, desde o momento em que se lhe detecta a finalidade imortalista.
Engajando-se no objetivo de viver-se com alegria e bem-estar, mesmo por ocasião das situações menos joviais, deve ser o comportamento ético de todo aquele que encontrou Jesus, o exemplo máximo de perfeição na Terra.
Esse despertar da divina essência interna constitui razão básica para a existência feliz, aumentando a responsabilidade do candidato à plenitude.
Não são impostos sacrifícios ou holocaustos, que podem ocorrer por necessidades especiais.
O cumprimento reto dos deveres de cidadania, de família, de consciência, contribui para a aquisição da responsabilidade espiritual.
*
Fascinado pela possibilidade de um mundo melhor e por uma sociedade justa e próspera, encontras, no Espiritismo, campo vasto a joeirar, a fim de prepará-lo para ensementar o amor.
Assumes compromissos com entusiasmo; dedica-te, por algum tempo e, depois, experimentas tédio ou desencanto.
Por que será? - interrogas.
Por falta de motivação, de afeto. Necessário se torna que te mantenhas entusiasmado, em tudo quanto fazes. Coloca um toque de alegria nas tuas atividades e reflexiona no significado das tuas ações.
Não permitas que o automatismo te conduza ao trabalho, que te induzirá à inércia ou à indiferença, pelo que realizas.
O teu próximo precisa de ti, reencarnado ou não. Ele conta contigo, com a tua solidariedade, a tua assistência fraternal.
Ama-o, conscientemente, o que fará um grande bem.
Atividades espirituais multiplicam-se à espera de dedicação.
Reuniões mediúnicas sérias exigem participantes conscientes e responsáveis, para a sua execução.
Atendimento fraterno abre as portas do sentimento alheio à iluminação e à libertação de consciências.
A terapia dos passes aguarda comportamentos nobres e compadecidos, para o socorro oportuno à aflição.
Divulgação doutrinária é indispensável, dentro de padrões especiais, para esclarecer e tocar os ouvintes que precisam encontrar o roteiro, para a existência ativa e saudável.
Todos eles e outros mais serviços espirituais aguardam responsabilidade, consciência de dever.
O passe evoca Jesus, atendendo as multidões e curando-as.
Se eleges a aplicação da bioenergia, torna-te digno de exercê-la, não apenas com a conduta moral e mental saudável, mas também, com o sentimento de dever bem desenvolvido.
Não atues, esporadicamente, como alguém descomprometido com a caridade fraternal. .
Quando te candidataste, Espíritos guias interessaram-se em ajudar-te. Se perseveras com responsabilidade, eles ampliam os teus recursos terapêuticos e utilizam-se, com amor e ternura. Se não cumpres o programa estabelecido, afastas-te do seu auxílio e ficas à mercê de outros, frívolos e levianos...
O passe é veículo das energias do Céu, para apaziguar as dores terrestres.
Não te esqueças.
*
Quando Jesus enviou os Setenta da Galileia, para que lhe preparassem o caminho concedeu-lhes a faculdade de curar, de afastar os Espíritos perversos e de enfrentar as dificuldades sob a Sua proteção.
E, assim, aconteceu.
Hoje, Ele te chama, para que prossigas auxiliando o teu próximo, e confia em ti; faculta-te o valioso recurso do passe.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 28 de dezembro de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA.
Em 11.7.2016.
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Pérolas de LUZ
Em dias tão turbulentos, de tantas preocupações e desafios, a Espiritualidade superior nos brinda com algumas pérolas de luz:
A receita da vida será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros.
Em matéria de felicidade só se possui aquela que se dá.
Cada pessoa renasce na soma do que já fez.
A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um.
A vida por fora de nós é a imagem do que somos por dentro.
Perante Deus toda pessoa é importante.
Quem perdeu a própria fé, nada mais tem a perder.
Quem condena atira uma pedra que voltará sempre ao ponto de origem.
A indulgência é a fonte que lava os venenos da cultura.
Nunca se viu egoísmo que não se queixe de ingratidão.
Não te digas incapaz, nem te digas inútil. Auxilia como puderes.
A felicidade não entra em portas trancadas.
Em qualquer empresa, a irritação dos responsáveis faz a metade do insucesso.
Não sobrecarregues teus dias com preocupações desnecessárias, a fim de que não percas a oportunidade de viver com alegria.
Quem aprende a ouvir com atenção aprende a falar com proveito.
Esclarece e avisa para o bem, mas não exijas do próximo aquilo que ainda não consegues fazer. De imediato, ninguém renova pessoa alguma.
A herança da liberdade pertence ao dever cumprido. Obrigação cumprida será sempre o nosso mais valioso seguro de proteção.
Inteligência sem obras é tesouro enterrado. Mobiliza o conhecimento elevado para atenuar a ignorância.
Reclamar é ferir-se. A alma corajosa não é aquela que se dispõe a revidar o golpe recebido e sim aquela que sabe desculpar e esquecer.
Mais fácil sofrer, difícil é perdoar. Perdão é lucro.
O dinheiro pode proporcionar-te reconforto, mas o descanso da alma vem de Deus.
Em qualquer parte a vida te conhece pelo que és, mas apenas te valoriza pelo que fazes de ti.
Aproveita o tempo construindo o bem, a fim de que o tempo te aproveite, de modo a fazer o melhor de ti.
* * *
Constantemente, a vida nos envia pérolas de luz.
Representam o cuidado particular de Deus e de Seus trabalhadores incansáveis, pela melhoria dos seres e, consequentemente, do planeta.
Saibamos aproveitar cada uma delas. Saibamos refletir sobre toda e qualquer experiência edificante do existir.
Cada dia é oportunidade que não volta. Não se pode se banhar no mesmo rio por duas vezes. As águas já serão outras.
Que seja esta mais uma pérola de luz em sua vida.
Esteja onde estiver, seja você quem for, esta é mais uma prova de que não estamos abandonados num mundo em crise.
Estamos muito bem amparados, num mundo em transformação.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com trecho do livro Pérolas de luz,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. CEU.
Em 21.7.2016.
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. CEU.
Em 21.7.2016.
terça-feira, 19 de julho de 2016
Instrumento Precioso
É bastante comum se ouvir referências à busca da fortuna. Pensando assim, há os que agem com loucura e perdem os bens em jogos diversos, desejando possuir mais e mais.
Pensa-se em loterias e outras formas fáceis de angariar valores, porque todos desejam ter um grande tesouro.
Entretanto, para todos os que nascem na Terra, o Divino Pai concedeu um tesouro inestimável.
É o corpo físico. Carinhosamente concebido na intimidade da mulher, partindo de um ovo minúsculo, ele se transforma num complexo de sessenta trilhões de células quando adulto.
Dentre os tantos órgãos espetaculares que o compõem, o cérebro, e só ele, é formado por mais de setenta bilhões de neurônios.
Ele comanda todas as funções do organismo.
Se desejamos atravessar a rua, em um local onde não haja semáforo, olhamos para um lado e outro. Se verificamos que um carro aponta na rua, rapidamente é nosso cérebro que calcula, sem que nos demos conta, em fração de segundo, a distância do veículo, a distância que temos para atravessar e determina o ritmo do nosso passo ou nos diz que devemos aguardar a passagem do veículo.
Por se tratar de uma máquina e uma máquina muito especial, o corpo é dotado de um sistema de autorreparação.
Pede-nos repouso quando necessita, determinando o número de horas para a recuperação devida. Pede-nos combustível em forma de ar puro, alimento sadio, acionando mecanismos próprios.
Temos um estômago de tal forma disposto que, se sentimos fome e pensamos em comer uma pizza, logo o estômago se prepara para receber e realizar a digestão de uma pizza. Se, ao contrário, sentimos o aroma de um bife em preparo, todo ele se dispõe de forma diferente, ao ponto de sentirmos água na boca.
O sangue, que corre por todo o nosso organismo, viaja por quase cento e setenta mil quilômetros de artérias, veias e vasos para levar alimento a todas as células.
Tal instrumento valioso é forte, para vencer grandes lutas e desafios. Possui uma incrível elasticidade de adaptação. Ao mesmo tempo, se mostra frágil, podendo perecer e se decompor com rapidez.
Por isso mesmo, nos exige cuidados. Nutri-lo sem exageros. Vitalizá-lo com pensamentos dignos, elevados, para que ele não se impregne de toxinas que lhe minariam as energias e envenenariam as possibilidades vitais.
Respeitá-lo em público ou a sós, não o exibindo de forma vulgar, porque ele é a casa temporária do Espírito.
Utilizá-lo bem, permitindo-lhe longas caminhadas e exercícios físicos, que o ajudem a se manter em forma, contudo não o desgastando em noitadas de loucura.
Não o destruamos pelo vício de qualquer natureza, mesmo aqueles que a sociedade considera toleráveis, aceitáveis.
Sirvamo-nos dele de tal forma que nunca tenhamos de nos arrepender, quando a doença o atingir por nossa própria imprudência.
Um dia, quando o deixarmos na Terra, haveremos de agradecer a Deus pela dádiva que ele foi, pelo tanto que nos permitiu progredir, fazer e realizar.
Amemos, pois, esse instrumento divino, e nos tornemos através dele, um ser de intensa luz, vivendo e aprendendo sempre.
* * *
O corpo é instrumento valioso que o Criador concede ao Espírito para lhe facilitar o progresso, pelos milênios afora.
Amar o corpo, respeitá-lo, usá-lo com sabedoria é o que nos compete.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 19, do
Livro Sendas luminosas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 18.7.2016
Livro Sendas luminosas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 18.7.2016
A Prece
O Senhor da Verdade e da Clemência
Concedeu-nos a fonte cristalina Da prece, água do amor, pura e divina, Que suaviza os rigores da existência. Toda oração é a doce quinta-essência Da esperança ditosa e peregrina, Filha da crença que nos ilumina Os mais tristes refolhos da consciência. Feliz o coração que espera e ora, Sabendo contemplar a eterna aurora Do Além, pela oração profunda e imensa. Enquanto o mundo anseia, estranho e aflito, A prece alcança as bênçãos do Infinito, Nos caminhos translúcidos da Crença. |
Pelo Espírito João de Deus - Do livro: Parnaso de Alem-Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier |
sábado, 16 de julho de 2016
Ação da Prece - Transmissão do Pensamento
Ação da Prece – Transmissão do Pensamento
9 – A prece é uma invocação: por ela nos pomos em relação mental com o ser a que nos dirigimos. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou um louvor. Podemos orar por nós mesmos ou pelos outros, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus. Quando oramos para outros seres, e não para Deus, aqueles nos servem apenas de intermediários, de intercessores, porque nada pode ser feito sem à vontade de Deus.
10 – O Espiritismo nos faz compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento, seja quando o ser a quem oramos atende ao nosso apelo, seja quando o nosso pensamento eleva-se a ele. Para se compreender o que ocorre nesse caso, é necessário imaginar os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que preenche o espaço, assim como na Terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do fluido universal se ampliam ao infinito. Quando, pois, o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem, assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem as suas inspirações, e que as relações se estabelecem à distância entre os próprios encarnados.
Esta explicação se dirige sobretudo aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar compreensíveis os seus efeitos, ao mostrar que ela pode exercer ação direta e positiva. Nem por isso está menos sujeita à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, e único que pode dar eficácia à sua ação.
11 – Pela prece, o homem atrai o concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Ele adquire assim a força moral necessária para vencer as dificuldades e voltar ao caminho reto, quando dele se afastou; e assim também podem desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, sente a sua saúde arruinada pelos excessos que cometeu, e arrasta, até o fim dos seus dias, uma vida de sofrimento. Tem o direito de queixar-se, se não conseguir a cura? Não, porque poderia encontrar na prece a força para resistir às tentações.
12 – Se dividirmos os males da vida em duas categorias, sendo uma a dos que o homem não pode evitar, e outra a das atribuições que ele mesmo provoca, por sua incúria e pelos seus excessos. (Ver cap. V, nº 4), veremos que esta última é muito mais numerosa que a primeira. Torna-se pois evidente que o homem é o autor da maioria das suas aflições, e que poderia poupar-se, se agisse sempre com sabedoria e prudência.
É certo, também, que essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus, e que, se as observássemos rigorosamente, seríamos perfeitamente felizes. Se não ultrapassássemos os limites do necessário, na satisfação das nossas exigências vitais, não sofreríamos as doenças que são provocadas pelos excessos, e as vicissitudes decorrentes dessas doenças. Se limitássemos as nossas ambições, não temeríamos a ruína. Se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não recearíamos a queda. Se fossemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido. Se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maledicentes, nem invejosos, nem ciumentos, e evitaríamos as querelas e as dissensões. Se não fizéssemos nenhum mal a ninguém, não teríamos de temer as vinganças, e assim por diante.
Admitamos que o homem nada pudesse fazer contra os outros males; que todas as preces fossem inúteis para livrar-se deles; já não seria muito, poder afastar todos os que decorrem da sua própria conduta? Pois bem: neste caso concebe-se facilmente a ação da prece, que tem por fim atrair a inspiração salutar dos Bons Espíritos, pedir-lhes a força necessária para resistirmos aos maus pensamentos, cuja execução pode nos ser funesta. E, para nos atenderem nisto, não é o mal que eles afastam de nós, mas é a nós que eles afastam do pensamento que nos pode causar o mal; não embaraçam em nada os desígnios de Deus, nem suspendem o curso das leis naturais, mas é a nós que impedem de infringirmos as leis, ao orientarem o nosso livre arbítrio. Mas o fazem sem o perceberem, de maneira oculta, para não prejudicarem a nossa vontade. O homem se encontra então na posição de quem solicita bons conselhos e os segue, mas conservando a liberdade de segui-los ou não. Deus quer que assim seja, para que ele tenha a responsabilidade dos seus atos e para lhe deixar o mérito da escolha entre o bem e o mal. É isso o que o homem sempre receberá, se pedir com fervor, e ao que se podem sobretudo aplicar estas palavras: “Pedi e obtereis”.
A eficácia da prece, mesmo reduzida a essas proporções, não daria imenso resultado? Estava reservado ao Espiritismo provar a sua ação, pela revelação das relações entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. Mas não se limitam a isso os seus efeitos. A prece é recomendada por todos os Espíritos. Renunciar a ela é ignorar a bondade de Deus; é rejeitar para si mesmo a sua assistência; e para os outros, o bem que se poderia fazer.
13 – Ao atender o pedido que lhe é dirigido, Deus tem freqüentemente em vista recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. Eis porque a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus, e sempre maior eficácia. Porque o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que só o sentimento da verdadeira piedade pode dar. Do coração do egoísta, daquele que só ora com os lábios, não poderiam sair mais do que palavras, e nunca os impulsos da caridade, que dão à prece toda a sua força. Compreende-se isso tão bem que, instintivamente, preferimos recomendar-nos às preces daqueles cuja conduta nos parece que deve agradar a Deus, pois que são melhores escutados.
14 – Se a prece exerce uma espécie de ação magnética, podemos supor que o seu efeito estivesse subordinado à potência fluídica. Entretanto, não é assim. Desde que os Espíritos exercem esta ação sobre os homens, eles suprem, quando necessário, a insuficiência daquele que ora, seja através de uma ação direta em seu nome, seja ao lhe conferirem momentaneamente uma força excepcional, quando ele for julgado digno desse benefício ou quando isso possa ser útil.
O homem que não se julga suficientemente bom para exercer uma influência salutar, não deve deixar de orar por outro, por pensar que não é digno de ser ouvido. A consciência de sua inferioridade é uma prova de humildade, sempre agradável a Deus, que leva em conta a sua intenção caridosa. Seu fervor e sua confiança em Deus constituem o primeiro passo do seu retorno ao bem, que os Bons Espíritos se sentem felizes de estimular. A prece que é repelida é a do orgulhoso, que só tem fé no seu poder e nos seus méritos, e julga poder substituir-se à vontade do Eterno.
15 – O poder da prece está no pensamento, e não depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que é feita. Pode-se, pois, orar em qualquer hora, a sós ou em conjunto. A influência do lugar ou do tempo depende das circunstâncias que possam favorecer o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que a fazem se associam de coração num mesmo pensamento e têm a mesma finalidade, porque então é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. Mas que importaria estarem reunidos em grande número, se cada qual agisse isoladamente e por sua própria conta? Cem pessoas reunidas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma aspiração comum, orarão como verdadeiros irmãos em Deus, e sua prece terá mais força do que a daquelas cem. (Ver cap. XXVIII, nº 4 e 5 ).
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Consolar, que ser consolado
A oração da paz, que carrega em sua poesia a essência da vida de Francisco de Assis, o apóstolo da pobreza, traz a seguinte proposta:
Senhor, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado.
Aqui está a postura de um verdadeiro instrumento da paz, alguém que se coloca na posição de dar, antes de querer receber.
Espírito maduro, mensageiro do Alto, trabalhador do Cristo.
Porém, há uma sutileza nos versos inspirados da oração. O requinte poético e moral está na palavra mais. Que eu procure mais.
Francisco não quis afirmar que ele só iria consolar, compreender e amar, mas que iria procurar fazer isso em primeiro lugar, entendendo que haveria momentos que ele também necessitaria de consolo, compreensão e amor.
Isso aproxima as grandes almas de nós. Isso mostra que ser instrumento da paz não é ser perfeito, puro, inquebrável, apenas dedicado, zeloso e esforçado.
Ser instrumento do amor na Terra é possível para todos os que desejamos construir um mundo melhor dentro e fora de nós.
Precisamos estar dispostos a consolar, a compreender e a amar, estendendo as mãos ao outro, saindo da posição egoísta, pequena; passando para o lado altruísta e lúcido da vida.
Mas, isso não significará que ficaremos livres de momentos em que nós também precisaremos de auxílio e de colo.
Mesmo aqueles que estamos engajados em causas nobres, que estamos à frente de movimentos importantes na Terra, de grandes responsabilidades, temos momentos de fraqueza e necessitamos de ajuda.
Não vejamos isso como sinal de derrota. O bom guerreiro precisa conhecer seus limites. Sentar sobre uma rocha, avaliar a luta, pedir conselhos, ouvir, chorar.
Depois disso, levantar-se, animar-se, erguer os olhos e seguir adiante em sua missão bendita.
Há ainda, mais uma beleza nisso tudo: as leis de Deus, em Sua grandeza infinita, funcionam de uma forma que, quando estamos consolando, enxugando lágrimas, amparando irmãos, ao mesmo tempo, estamos tratando de nós mesmos.
Na oração citada lembramos do é dando que se recebe, que nos permite captar a essência dessa ideia.
Isso mesmo. Ao doarmo-nos, estaremos, igualmente, recebendo. A lâmpada que emite a luz é a primeira a se iluminar. O frasco de perfume é o primeiro a ficar perfumado.
Não estamos falando de retribuição, mas de uma simples ação natural das leis divinas que encharcam de alegria e beleza aqueles que se propõem a levar alegria e beleza aos demais.
Entendendo isso, a alma madura buscará mais consolar, obviamente, e essas ações na direção do próximo a preencherão de uma forma muito especial.
Assim compreenderemos porque pensar no outro em primeiro lugar não significa esquecer de si mesmo, ou mesmo desvalorizar-se.
Estamos todos interligados. Eu, você, ele, ela, como filhos do mesmo Pai estamos interconectados pelo mesmo amor, pelas mesmas energias.
Amar a si mesmo, amar ao próximo e a Deus se confundem num mesmo facho luminoso de amorosidade, pois um amor depende do outro para se desenvolver, para se edificar dentro de nós.
* * *
Senhor, fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Redação do Momento Espírita.
Em 12.7.2016.
Em 12.7.2016.
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