Desde sempre, o homem teve a crença em algo superior a si e ao mundo.
O entendimento de como era esse algo ou Ser Superior variava, conforme o seu desenvolvimento e os valores da comunidade a que pertencia. Houve os que imaginaram o Universo povoado de deuses, que se imiscuíam e disputavam com os homens as coisas mais comezinhas e cotidianas. Assim foram criadas as mitologias, plenas de deuses vingativos, enganadores, mentirosos. Não conseguindo conceber algo diferente de si próprios, os deuses eram a projeção dos sentimentos e das imperfeições que habitavam as almas humanas. Distinguiam-se dos mortais apenas por alguns poderes sobrenaturais e sua imortalidade. No mais, eram, na forma e na essência, como os humanos. Para aplacar a fúria dos deuses vingativos, foram concebidas as ofertas de sacrifícios de frutos da terra, de animais e até de vidas humanas. Foi com Moisés que atingimos o entendimento do monoteísmo, de um único Deus a governar o Universo. Contudo, ainda se tratava de um Deus julgador, implacável, ávido a espreitar nossos erros e deslizes, pronto a nos desferir o peso de Sua justiça. Um Deus capaz de aceitar o apedrejamento em praça pública ou o decepar de membros das Suas criaturas, caso infringissem as Suas leis. Jesus, no entanto, nos apresentou uma nova concepção de Deus. Pela primeira vez na História, fez-se referência a Deus como Pai amoroso. Foi Jesus quem nos mostrou a Bondade Divina, Sua Providência a nos amparar, Sua justiça a nos acolher e dar oportunidades novas de aprendizado. A partir de Jesus, conhecemos o Deus Pai que alimenta as aves do céu, veste a erva do campo e ama todos os Seus filhos. É o Deus que nos dá o livre-arbítrio, nos convidando a buscar oportunidades de crescimento, que nos oferece a porta do Seu coração quando as necessidades se apresentem. O Deus amoroso que nos ama, ama ao nosso próximo, e ao nosso inimigo, indistintamente, mostrando que somos todos iguais perante Ele. É Jesus quem nos ensina a orar a Deus pedindo que seja feita a vontade dEle, posto ser Ele sábio, justo e bom, refletindo isso em Seus desígnios para conosco. Transcorridos dois milênios, quantos de nós já conseguimos compreender Deus na grandiosidade com que Jesus no-lO apresentou? Quando Seus desígnios se fazem em nossa vida de forma contrária à nossa própria vontade, qual é o Deus em que acreditamos? Quando nos vinculamos a práticas de barganha com a Divindade, fazendo algum sacrifício pessoal para que Ele nos proporcione algo em troca, em que Deus acreditamos? Quando pensamos que só a nossa religião ou a nossa fé é digna de respeito e só ela será aceita por Ele, que somente os que a professam terão salvo-conduto ao reino dos céus, em que Deus acreditamos? Faz-se necessário, em nossa relação com Deus, aprofundarmos nossas reflexões em torno das lições de Jesus. Só assim conseguiremos galgar entendimentos mais profundos a respeito de Deus. Somente então haveremos de compreender a Sua paternidade e o Seu amor. Reflexionemos a respeito. |
por Redação do Momento Espírita. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4718&stat=0 |
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Em que Deus acreditamos
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