Desde sempre, o homem teve a crença em algo superior a si e ao mundo.
O entendimento de como era esse algo ou Ser Superior variava, conforme o seu desenvolvimento e os valores da comunidade a que pertencia. Houve os que imaginaram o Universo povoado de deuses, que se imiscuíam e disputavam com os homens as coisas mais comezinhas e cotidianas. Assim foram criadas as mitologias, plenas de deuses vingativos, enganadores, mentirosos. Não conseguindo conceber algo diferente de si próprios, os deuses eram a projeção dos sentimentos e das imperfeições que habitavam as almas humanas. Distinguiam-se dos mortais apenas por alguns poderes sobrenaturais e sua imortalidade. No mais, eram, na forma e na essência, como os humanos. Para aplacar a fúria dos deuses vingativos, foram concebidas as ofertas de sacrifícios de frutos da terra, de animais e até de vidas humanas. Foi com Moisés que atingimos o entendimento do monoteísmo, de um único Deus a governar o Universo. Contudo, ainda se tratava de um Deus julgador, implacável, ávido a espreitar nossos erros e deslizes, pronto a nos desferir o peso de Sua justiça. Um Deus capaz de aceitar o apedrejamento em praça pública ou o decepar de membros das Suas criaturas, caso infringissem as Suas leis. Jesus, no entanto, nos apresentou uma nova concepção de Deus. Pela primeira vez na História, fez-se referência a Deus como Pai amoroso. Foi Jesus quem nos mostrou a Bondade Divina, Sua Providência a nos amparar, Sua justiça a nos acolher e dar oportunidades novas de aprendizado. A partir de Jesus, conhecemos o Deus Pai que alimenta as aves do céu, veste a erva do campo e ama todos os Seus filhos. É o Deus que nos dá o livre-arbítrio, nos convidando a buscar oportunidades de crescimento, que nos oferece a porta do Seu coração quando as necessidades se apresentem. O Deus amoroso que nos ama, ama ao nosso próximo, e ao nosso inimigo, indistintamente, mostrando que somos todos iguais perante Ele. É Jesus quem nos ensina a orar a Deus pedindo que seja feita a vontade dEle, posto ser Ele sábio, justo e bom, refletindo isso em Seus desígnios para conosco. Transcorridos dois milênios, quantos de nós já conseguimos compreender Deus na grandiosidade com que Jesus no-lO apresentou? Quando Seus desígnios se fazem em nossa vida de forma contrária à nossa própria vontade, qual é o Deus em que acreditamos? Quando nos vinculamos a práticas de barganha com a Divindade, fazendo algum sacrifício pessoal para que Ele nos proporcione algo em troca, em que Deus acreditamos? Quando pensamos que só a nossa religião ou a nossa fé é digna de respeito e só ela será aceita por Ele, que somente os que a professam terão salvo-conduto ao reino dos céus, em que Deus acreditamos? Faz-se necessário, em nossa relação com Deus, aprofundarmos nossas reflexões em torno das lições de Jesus. Só assim conseguiremos galgar entendimentos mais profundos a respeito de Deus. Somente então haveremos de compreender a Sua paternidade e o Seu amor. Reflexionemos a respeito. |
por Redação do Momento Espírita. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4718&stat=0 |
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Em que Deus acreditamos
Em Louvor da Alegria
“Bem-aventurados, vós, que agora chorais, porque rireis.” - JESUS - LUCAS, 6:21.
“Lembrai-vos de que, durante a vosso degredo no Terra, tendes que desempenhar uma missão de que não suspeitas, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou.” Cap. V, 25. Nos dias em que a experiência terrestre se faça amargosa e difícil, não convertas a depressão em veneno. Quando a aflição te ronda o caminho, anuncias trazer o espírito carregado de sombra, como quem se encontra ausente do lar, ansiando, regresso, entretanto, isso não é motivo para que te precipites no desânimo arrasador. Acusas-te em trevas e podes mentalizar com a própria cabeça luminosos pensamentos de otimismo e fraternidade ou retratar nas pupilas o fulgor do sol e a beleza das flores. Entregas-te à mudez, proclamando não suportar os conflitos que te rodeiam e nada te impede abrir a boca, a fim de pronunciar a frase de reconforto e apaziguamento. Asseveras que o mundo é imenso vale de lágrimas, cruzando os braços para chorar os infortúnios da Terra e possuis duas mãos por antenas de amor capazes de improvisar canções de felicidade e esperança, no trabalho pessoal em favor dos que sofrem. Trancas-te em aposento solitário para a cultura da irritação alegando que os melhores amigos te não entendem e perdes horas inteiras de pranto inútil e senhoreias dois pés, à. maneira de alavancas preciosas prontas a te transportarem na direção dos que atravessam provações muito mais dolorosas que as tuas, junto dos quais um minuto de tua conversação ou leve migalha do que te sobra te granjeariam a compreensão e a simpatia de enorme família espiritual. Em verdade, existe a melancolia edificante, expressando saudade da Vida Superior, contudo aqueles que a registram no âmago do próprio ser, consagram-se com redobrado fervor ao serviço do bem, preparando no próprio coração a nesga de céu, suscetível de identifica-los ao plano celestial que esperam, ansiosos, suspirando pelo reencontro com os entes que mais amam. Ainda assim, é imperioso arredar de nós o hábito da tristeza destrutiva, como quem guerreia o culto do entorpecente. Espíritos vinculados às diretrizes do Cristo não podemos olvidar que o Evangelho, considerado em todos os tempos como sendo um livro de dor, por descrever obstáculos e perseguições, dificuldades e martírios sem conta, começa exalçando a grandeza de Deus e a boa vontade entre os homens, através de cânticos jubilosos e termina com a sublime visão da Humanidade futura, na Jerusalém assentando-se, gloriosa, na alegria sem fim. |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Livro da Esperança, Médium: Francisco Cândido Xavie |
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Confidência
Se eu pudesse, Jesus,
Desejava esquecer A minha imperfeição, A fim de ser contigo, Onde houvesse aflição, O suave calor Do braço terno e amigo Que derrame esperança em todo o sofrimento De modo que, na Terra, Ninguém padeça em vão. Queria ser Uma chama de fé, ao longo do caminho, Um pingo de bondade a descer persistente Sobre a rocha do mal em que a treva se fez, Queria ser migalha de conforto A todo o coração que esta sozinho, Proteção a orfandade, Companhia a viuvez. Queria ser a brisa Que refrigera a mente em cansaço profundo, Combalida na prova Quando a tristeza vem, Queria ser a escora pequenina, Que sustentasse os náufragos do mundo, Para regresso a vida nova, Pelas vias do bem. Queria ser a força do silencio Que verte do sorriso de brandura A suprimir o incêndio da revolta De quem desespera ou se maldiz; Queria ser o beijo da alma boa Que seca o pranto de quem se tortura, Ante os golpes de lama Da calunia infeliz. Queria ser a prece que afervora E alivia o doente, Socorro, de algum modo, a retratar-se, Queria ser, enfim, ao teu lado, Senhor, Alguém que se olvidasse, inteiramente, Dia a dia, hora a hora, A fim de ser contigo, em toda parte, Uma benção de amor. |
Pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Antologia da Espiritualidade, Médium: Francisco Cândido Xavier |
Eles e Nós
Uma figura de costas, estática, olhando para o oceano imenso à sua frente. Não há mais ninguém na areia, apenas aquele espectro.
Ele se despede de alguém que vai longe? Será que aguarda a chegada de um grande amor? Aquele mar lhe traz lembranças de chegadas ou partidas? Em que margem ele está? Na margem de cá ou na margem de lá?
E todos nós, habitantes do planeta Terra, em que margem estamos?
Ora, dizem os mais práticos, na margem de cá! Será? Onde é aqui e onde é lá? Não seria apenas uma questão de ponto de vista?
O partir não seria um chegar, caso visto da outra margem, da margem de lá?
Podemos pensar da mesma forma no que diz respeito a eles e nós. Os que partiram, que vivem na nova realidade do mundo espiritual são chamados de eles.
Porém, será que do ponto de vista daqueles seres, irmãos nossos que atravessaram o portal da morte física, eles não somos nós aqui, encarnados ainda na Terra?
Questão de ponto de vista!
Por isso, podemos afirmar com toda certeza, que a morte, a grande partida, é também a grandechegada, a grande volta ao mundo de origem, ao mundo dos Espíritos.
Nascemos para o mundo de lá, quando desencarnamos. Somos motivo de festa quando retornamos vencedores, homens e mulheres de bem.
Quando reencarnamos na Terra há também uma despedida no mundo espiritual. Há lágrimas de saudade, palavras de incentivo e apoio.
Os que deixamos lá não perdem o contato conosco. Sempre que possível estão conosco, acompanhando nossos passos, dando bons conselhos, velando por nossas vidas. O amor proporciona isso.
Assim, eles e nós meio que nos misturamos aqui e lá, pois, por exemplo, durante o sono, nós nos desprendemos parcialmente e voltamos ao mundo dos Espíritos, temporariamente.
Durante a vigília, embora com os olhos materiais não os enxerguemos, estão em constante contato, influenciando-nos, mais do que podemos imaginar.
Não há como distinguir, em termos de espaço físico o aqui e o lá. O Universo é um só e somos todos habitantes do cosmo, apenas vivendo realidades distintas em cada instante da vida.
Eles e nós, nós e eles. Somos todos criaturas do mesmo Criador, não importa onde ou em que realidade da existência estejamos no presente momento.
* * *
Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemitério estão ao vosso lado.
Vêm velar por vós aqueles que foram o amparo da vossa juventude, que vos embalaram nos braços, os amigos, companheiros das vossas alegrias e das vossas dores, bem como todas as formas, todos os meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso caminho, os quais participaram da vossa existência e levaram consigo alguma coisa de vós mesmos, da vossa alma e do vosso coração.
Ao redor de vós flutua a multidão dos homens que sumiram na morte, multidão confusa, que revive, vos chama e mostra o caminho que tendes de percorrer.
Redação do Momento Espírita, com citações do cap. X,
do livro O problema do ser, do destino e da dor, de
Léon Denis, ed. FEB.
Em 26.2.2016.
A Doutrina do Bom-Senso
A Doutrina do Bom-Senso
A Filosofia Espírita prima sempre pelo equilíbrio, e não pelos extremismos alienantes da rebeldia arrogante, que insulta e violenta a todos com o disparatar do verbalismo inflamado, a incendiar com a discórdia o campo da paz.
O Movimento Espírita Brasileiro está sendo agitado, por abusos cometidos pelos pseudo-sábios espíritas, que disseminam absurdos à mancheias. Os fluidistas são estudiosos da obra de Roustaing e os laicistas adversários dos roustainguistas.
Lamentavelmente com esse bate-boca, Kardec é colocado em segundo plano, ou, o que é pior, esquecido.
Fazer do espiritismo meio de dissensão é, sem dúvida nenhuma, um absurdo dos mais grosseiros. Allan Kardec, o mestre por excelência, mostrou que a educação espírita se faz de forma integral com Jesus, aliás, esse é o pensamento que dá base a toda Doutrina Espírita. Então por que toda essa algaravia em torno de Jesus?
A religião Espírita é natural, está na Natureza, porque é aonde encontramos as leis de Deus, que também está em nossa consciência. Não vai levar a nada os formalismos farasaístas, e nem a indiferença daqueles que propagam um Espiritismo sem Jesus.
Na introdução de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Kardec em suas primeiras palavras, declara com sabedoria:
“Podem dividir-se em cinco partes as matérias nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ENSINO MORAL. As quatro primeiras têm sido objeto de CONTROVÉRSIAS: a última porém, conservou-se constantemente INATACÁVEL. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sobre o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais constituiu MATÉRIA DAS DISPUTAS RELIGIOSAS, que sempre e por toda parte se originam das questões dogmáticas. Aliás, se discutissem, nele teriam as seitas encontrado a sua própria CONDENAÇÃO, visto que, na MAIORIA, elas se agarram mais à parte MÍSTICA do que à parte MORAL, QUE EXIGE DE CADA UM A REFORMA DE SI MESMO.”
Sublinhamos algumas palavras que, é bem possível, tenham passado despercebidas daqueles que pretendem, fazer da Doutrina Espírita, um angu de caroço.
Nem oito, nem oitenta, o Espiritismo deve ser o fiel da balança das leis morais e deixar as carolices ou impertinências dos ideólogos quixotescos que pensam revolucionar o mundo, no disparatar acidulante da verborragia desvairada no matraquear desnecessário dos propagadores da discórdia.
Vamos botar a mão na consciência e lembrar que as leis de Deus, estão escritas em nossa consciência e não esquecer, que Jesus continua senso “o tipo mais perfeito” que ele é para toda humanidade, o guia e modelo que todos devemos seguir.
E para encerrar:
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.”
Bernardino da Silva Moreira
(Publicado no CORREIO FRATERNO DO ABC, Ano XXXIV, Nº 385, Fevereiro de 2003)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Voluntários do Bem
É uma noite como tantas outras no hospital. Pacientes terminam de jantar, médicos e enfermeiros trocam o plantão.
Pelos corredores, ouvem-se passos suaves.
Parada na porta da enfermaria, a sorridente moça pergunta: Nós viemos fazer uma visita. Podemos entrar? Os pacientes estranham, pois só veem uma pessoa.
Quando ela entra no quarto, sorrisos e exclamações se fazem ouvir. Ela vem acompanhada por um cachorro!
Um cachorro no hospital? Como pode? Pergunta um rapaz espantado.
A cena se repete em todos os andares. Voluntários de uma ONG levam seus cães e gatos para visitar e interagir com quem está internado.
As reações diante da entrada dos animais são positivas. Alguns pacientes, a princípio, ficam receosos, mas deixam os animais se aproximarem; afinal, são animais de terapia, avaliados e educados para desempenharem essa função. Os que estão hospitalizados acabam se rendendo ao amor incondicional que os bichos demonstram.
Há quem se emocione, abraçando e afagando os animais entre lágrimas, pensando nos amigos de estimação que ficaram em casa e dos quais sentem falta.
A pediatria vira uma festa. Crianças, pais, médicos e enfermeiros esquecem por um momento a dor e o cansaço e aproveitam para acariciar os anjos de quatro patas, que compreendem a delicadeza do momento, recebem de boa vontade os afagos e os devolvem com amor e carinho, lambendo mãos e rostos.
* * *
Aos domingos, esses voluntários vão a asilos levar seus cães e gatos para visitar vovôs e vovós. Para muitos deles, que não possuem parentes ou cujos familiares nunca aparecem, são a única visita que recebem há anos.
Durante a semana, os animais são levados a escolas especiais para interagir com crianças, jovens e adultos com diferentes tipos de deficiências.
Os profissionais que trabalham nessas escolas contam que o efeito dessas visitas beira o inacreditável, estimulando alunos antes refratários a vencerem dificuldades motoras, cognitivas e emocionais para se aproximarem dos cães.
Os donos desses animais são voluntários que, além de se doarem para levar um pouco de amor ao próximo, compreenderam que seus companheiros de quatro patas também poderiam contribuir para amenizar sofrimentos e dar alegria às pessoas.
Quando saem dos locais visitados, levam consigo a impressão de que receberam mais amor do que doaram e deixam nos corações e mentes dos que ali ficaram motivação para prosseguir.
* * *
Os animais, segundo Francisco de Assis, são nossos irmãos menores. O ser humano é responsável por sua educação e deve colaborar em seu processo evolutivo.
Educar um animal com base no amor, sem punições e sem dor, para que ele ajude a aliviar o sofrimento do próximo, é uma linda maneira de praticar a caridade.
Todos ficam envolvidos em vibrações positivas: quem recebe a visita, quem a faz e também quem presencia. Em momentos como esses, o amor se espraia, deixando, ao longo dos dias, um luminoso raio da mais pura alegria.
Redação do Momento Espírita, com base no trabalho desenvolvido
pelos voluntários do Instituto Cão Amigo & Cia (Curitiba)
e na reportagem Mascotes terapeutas, da coluna Viver bem,
do Jornal Gazeta do Povo, de 26.2.2012.
Em 23.2.2016
pelos voluntários do Instituto Cão Amigo & Cia (Curitiba)
e na reportagem Mascotes terapeutas, da coluna Viver bem,
do Jornal Gazeta do Povo, de 26.2.2012.
Em 23.2.2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Microcefalia na Visão Espírita
Os diversos casos de microcefalia que estão ocorrendo por todo o Brasil, e com mais intensidade no Nordeste, com os números cada vez mais aumentando, faz-nos indagar: por que isto está acontecendo?
Para nós espíritas isto não é por acaso. Na visão da Doutrina Espírita esta situação enquadra-se nas chamadas provações coletivas, é um resgate coletivo. São espíritos que trazem necessidade de provas ou expiações semelhantes, nisto são atraídos a lugares ou situações, onde graves desequilíbrios destes espíritos são tratados em conjunto. Sobretudo nas doenças chamadas de congênitas, que a criança já traz ao nascer, não pode ser atribuída ao acaso ou a má sorte elas passarem por esta situação.
Há casos também em que esses espíritos reencarnam com este problema para ajudar os familiares a desenvolverem boas qualidades, a terem mais paciência, para desenvolver o cuidado pelo próximo, a compaixão, a generosidade...
O Espiritismo nos esclarece que estamos num mundo de efeitos, de consequências, onde percebemos que na reencarnação encontra-se o “por que” para compreendermos o que está ocorrendo, as causas e as consequências.
Nas questões 132 e 133 de O Livro dos Espíritos, encontramos os seguintes esclarecimentos: Que Deus impõe a encarnação com o objetivo de fazer os espíritos chegarem a perfeição. Para alguns a encarnação é uma expiação, para outros é uma missão. Todavia, para alcançarem essa perfeição, devem suportar todas as vicissitudes da existência corporal; nisto é que está a expiação. (...)
Todos nós necessitamos de reencarnarmos, pois todos nós fomos criados simples e ignorantes; instruímo-nos nas lutas e nas tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não poderia fazer a alguns felizes, sem dificuldades e sem trabalho e, por conseguinte, sem mérito. Os espíritos que seguem o caminho do bem alcançam mais depressa o objetivo. Aliás, as dificuldades da vida, frequentemente, são consequências da imperfeição do espírito; quanto menos tenham de imperfeição, menos tem de tormentos. (...)
Estamos vivenciando um momento crucial no progresso do planeta Terra, e no nosso progresso. Esta é a encarnação que melhor nos preparamos através das outras encarnações. É a grande chance e a grande oportunidade para nos tornamos indivíduos melhores. E para esses espíritos que nasceram com o corpo físico com microcefalia é uma grande oportunidade de reajuste de dividas passadas, é uma reencanação impar para eles, mesmo que seja por breve instantes, ou pela experiência de passar por isso, ou que vivam por anos; tanto para eles como para os familiares .
Sabemos que a Terra está passando pela mudança de uma Era para outra, deixando o mundo de Provas e Expiações para o mundo de Regeneração. Tudo que estamos vivenciando seja desencarnes coletivos, seja reencarnações de resgate coletivo, é para acelerar o processo de quitação de divida do mundo em estagio de Provas e Expiações, pois não se pode chegar um novo estagio moral na Terra com as dividas e os sofrimentos atuais. Só irão ficar na Terra os espíritos que assumirem o compromisso com o bem, espíritos com a moral adequada para habitar o mundo em estagio evolutivo de Regeneração. Por isso que as dividas tem que serem pagas, e por isso que está havendo esse aceleramento para o pagamento dos débitos desses espíritos, e tudo isso acontecendo por meio da Lei de Causa e Efeito, da ação e da reação.
Assim, os débitos de vidas anteriores que tal espírito contraiu e acarretou tal deficiência, é sanado com essa atitude de encarnar com a microcefalia. Décadas atrás a incidência de casos de deficiência física era muito grande, e se apresentando de diversas formas as deficiências físicas, atualmente os espíritos estão nascendo com doenças emocionais, psíquicas, é a mente que está sofrendo atualmente. Tendo diminuído os casos de deficiência física, pois os espíritos que precisavam passar por tais circunstancias já terem quitado tal divida, contraída por erros em vidas passadas. É por isso que esta é a grande chance, quem sabe uma das ultimas chamadas para esses espíritos quitarem suas dividas e a dos seus familiares por meio da microcefalia.
Deus sempre Escreve Certo e Seu Amor e Justiça nunca falham. Temos que entender que os espíritos desses bebês, são espíritos que já viveram muitas outras vidas, com erros e acertos. Os aspectos espirituais por trás desta situação é que são espíritos que precisam passar pela experiência da microcefalia, é como se fosse um processo de cura para as dificuldades espirituais desses espíritos.
Que as mães não abortem esses bebês de forma alguma, porque se houver um caso na família de microcefalia é porque a família necessita desta experiência para desenvolver boas qualidades. Porque se haver de nascer na família um bebê com alguma deficiência física é necessidade da família e do bebê. A família tem que se doar, porque tudo tem uma razão de ser. É a Justiça Divina atuando, mesmo que não compreendemos atualmente, para que alcancemos a luz.
Que as mães, os pais e os familiares agradeçam a Deus por esta oportunidade bendita, por receber estes espíritos sofredores, que vão precisar dos seus pais, responsáveis, familiares, de todo o amor, carinho, da servidão, para se dedicarem a estes espíritos, dando condição a eles de cura para o espírito, através desta oportunidade. Quando servimos crescemos. É um crescimento mútuo, para os pais e para o filho, muitos casos podem ser resgates de dividas dos pais com os filhos de outras vidas, outros casos os bebês podem assim nascer para sensibilizar os pais e familiares, e outros podem ser a necessidade do espírito de nascer desta forma e os pais o acolhem para ajuda-lo e isto já foi estabelecido no plano reencarnatório, antes dos pais e filhos nascerem.
Que esses casos sirvam para a sociedade em geral, para sensibilizar-nos e nos voltarmos mais para o bem, para o amor, para a caridade... Uma nova era está chegando, e temos que cada dia sermos pessoas melhores. O tempo urge, e os trabalhos estão sendo acelerados. Colhemos o que plantamos isto através dos séculos, isto é a lei de causa e efeito, ação e reação. Mas, sobretudo, confiemos em Deus Pai. E nos ensinos de Mestre Jesus, pois Ele afirmou: “Das ovelhas que meu Pai me confiou, nenhuma se perderá.”
“Estamos certos de que Deus age em todas as coisas com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano.“ (Romanos 8:28)
Autor: Ana Maria Teodoro Massuci
Fonte: Espiritbook
http://www.mensagemespirita.com.br/md/ad/microcefalia-na-visao-espirita
Os Domingos precisam de feriados
No livro bíblico de Gênesis, inicia o capítulo segundo: E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia.
E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou. Porque nele descansou de toda a Sua obra.
Entre a comunidade judaica, o tradicional Shabat evoca questões absolutamente importantes.
A palavra hebraica significa cessar, parar. Apesar de ser vista quase universalmente comodescanso ou um período de descanso, uma tradução mais literal seria cessação, com a implicação deparar o trabalho.
Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho. Sua observância é considerada de extrema importância, aparecendo como o quarto dos dez mandamentos.
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus.
Não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou. Portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
O homem absorveu esta normativa e, nas leis trabalhistas, estabeleceu um dia de cessação do trabalho, implicitamente, de descanso.
No entanto, muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.
Se observarmos o quarto mandamento, veremos explicitados que o cessar de atividades envolve, inclusive, os animais.
A Sabedoria Divina estabeleceu pausas relevantes. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.
Para um mundo no qual funcionar vinte e quatro horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.
Dessa forma, verificamos, desde a alegoria bíblica da Criação do mundo, que a questão da cessação do trabalho se faz de importância.
Tudo necessita de descanso, nosso planeta também. A Terra, exaurida, explorada constantemente, exige atenção. Necessita de uma parada da exploração continuada. Necessita de uma pausa.
Assim como todos os seres vivos, a Terra, conforme a hipótese formulada por James Lovelock e Lynn Margulis, que consideram o planeta um único e complexo organismo, necessita de descanso.
É hora de reavaliarmos nossa forma de viver, em que tudo funciona vinte e quatro horas. Precisamos disso, realmente?
Não seria interessante revermos nossos valores e, enquanto damos um descanso para a própria natureza, nós mesmos pensarmos no que fazemos de nossos dias?
Cessação do trabalho habitual, descanso, repouso, que não significa necessariamente não fazer nada, mas fazer algo diferente.
Pensemos nisso. Voltemos a viver e conviver com a natureza que é sagrada.
Pausa para olhar o que nos cerca, para respirar o ar puro. Pausa para viver intensamente. Pausa para a própria Terra sofrida, espoliada.
Pensemos nisso. Porque disso depende a sustentabilidade do planeta em que nos encontramos, ou seja, a nossa própria vida.
Redação do Momento Espírita, com base no livro bíblico de Êxodo,
cap. 20, versículos 8 a 10 e no cap. Sustentabilidade como valor espiritual,
do livro Espiritismo e Ecologia, de André Trigueiro, ed. FEB.
Em 19.2.2016.
Fé Religiosa - Condição da Fé Inabalável
6 – No seu aspecto religioso, a fé é a crença nos dogmas particulares que constituem as diferentes religiões, e todas elas têm os seus artigos de fé. Nesse sentido, a fé pode ser racionada ou cega. A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro, e a cada passo se choca com a evidência da razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Quando a fé se firma no erro, cedo ou tarde desmorona. Aquela que tem a verdade por base é a única que tem o futuro assegurado, porque nada deve temer do progresso do conhecimento, já que o verdadeiro na obscuridade também o é a plena luz. Cada religião pretende estar na posse exclusiva da verdade, mas preconizar a fé cega sobre uma questão de crença é confessar a impotência para demonstrar que se está com a razão.
7 – Vulgarmente se diz que a fé não se prescreve, o que leva muitas pessoas a alegarem que não são culpadas de não terem fé. Não há dúvida que a fé não pode ser prescrita, ou o que é ainda mais justo: não pode ser imposta. Não, a fé não se prescreve, mas se adquire, e não há ninguém que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais fundamentais, e não desta ou daquela crença particular. Não é a fé que deve procurar essas pessoas, mas elas que devem procurá-la, e se o fizeram com sinceridade a encontrarão. Podeis estar certos de que aqueles que dizem: “Não queríamos nada melhor do que crer, mas não o podemos fazer”, apenas o dizem com os lábios; e não com o coração, pois ao mesmo tempo em que o dizem, fecham os ouvidos. As provas, entretanto, abundam ao seu redor. Por que, pois, se recusam a ver? Nuns, é a indiferença; noutros, o medo de serem forçados a mudar de hábitos; e na maior parte, o orgulho que se recusa a reconhecer um poder superior, porque teria de inclinar-se diante dele.
Para algumas pessoas, a fé parece de alguma forma inata: basta uma faísca para desenvolvê-la. Essa facilidade para assimilar as verdades espíritas é sinal evidente de progresso anterior. Para outras, ao contrário, é com dificuldade que elas são assimiladas, sinal também evidente de uma natureza em atraso. As primeiras já creram e compreenderam, e trazem, ao renascer, a intuição do que sabiam. Sua educação já foi realizada. As segundas ainda têm tudo para aprender: sua educação está por fazer. Mas ela se fará, e se não puder terminar nesta existência, terminará numa outra.
A resistência do incrédulo, convenha, quase sempre se deve menos a ele do que à maneira pela qual lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. A fé cega não é mais deste século(1) . É precisamente o dogma da fé cega que hoje em dia produz o maior número de incrédulos. Porque ela quer impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: a que se constitui do raciocínio e do livre-arbítrio. É contra essa fé, sobretudo, que se levanta o incrédulo, o que mostra a verdade de que a fé não se impõe. Não admitindo provas, ela deixa no espírito um vazio, de que nasce a dúvida. A fé raciocinada, que se apóia nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade: crê-se, porque se tem à certeza, e só se está certo quando se compreendeu. Eis porque ela não se dobra: porque só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.
É a esse resultado que o Espiritismo conduz, triunfando assim da incredulidade, todas as vezes em que não encontrar a oposição sistemática e interessada.
______________________________________________________________________
(1) Kardec referia-se ao século passado, de maneira que a sua afirmação é hoje ainda mais adequada. (Nota do Tradutor).
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Nova Visão de Vida
Marlise acordou no meio da noite com o troar da tempestade que começava a desabar.
O vento assobiava nas frestas da veneziana.
Olhou através da vidraça e as árvores balançavam freneticamente, parecendo que se dobrariam ao chão.
Raios caíam seguidamente, acompanhados dos estrondosos trovões, formando uma fanfarra de sons incríveis.
Ela pensou nas crianças e se dirigiu rapidamente para o quarto ao lado, para que elas, caso acordassem, não sentissem medo.
Abriu silenciosamente a porta, e pé ante pé, foi entrando no quarto, quando escutou as vozes infantis...
Deu mais uns passos e observou Maria Júlia e Carlos Eduardo, de mãos dadas, no tapete, próximos à cama do menino.
Marlise parou e ficou em silêncio, ouvindo o que diziam:
Papai do céu, tem dó das pessoas que não têm casa, das que têm casa onde entra chuva, das que perdem as casas, porque elas caem com o vento forte.
Papai do céu, protege as criancinhas que estão com frio.
Ajuda aquelas que não tiveram comida hoje.
Que o anjinho da guarda abrace os pequenos que têm medo da chuva, do raio e do trovão.
Com as lágrimas banhando o rosto, ela andou devagarinho até junto dos filhos.
Quando eles disseram Assim seja, ela continuou, para surpresa deles, que não a haviam notado:
Papai do céu, abençoa estes filhos tão especiais, que o Senhor me deu.
* * *
Família, filhos, amores queridos que Deus nos dá, no decorrer da nossa vida na Terra.
Família, ninho abençoado onde recebemos as almas que deverão aprender juntamente conosco as sagradas lições de amor, que Jesus nos ensinou.
Filhos, seres que Deus nos empresta para que aprendamos com eles, ou façamos deles seres melhores.
Nossos filhos, empréstimos do céu, para nova chance de progresso na vida.
Deus no-los concede e no-los retira, segundo leis sábias e justas.
Desde o primeiro contato com eles, devemos lhes propiciar o que de melhor possuímos, para fazê-los felizes.
Felicidade que deve se constituir de crescimento moral e espiritual, além do conhecimento geral. Nunca nos descuidando da educação, no sentido de bons costumes, evolução moral e ética. Essa é, essencialmente, tarefa nossa.
A escola, em qualquer nível e âmbito, se incumbirá da instrução propriamente dita.
Atualmente, nossas crianças nos têm surpreendido com seus pensamentos e atitudes.
Intelectualmente, principalmente quando se trata de lidar com as novas tecnologias, chegam a assustar com a presteza em aprender.
Moralmente, muitas já trazem crescimentos que nos surpreendem, pelos conceitos que externam.
Todos, na Terra, muito temos a aprender.
Ainda há em nós, erva daninha a ser extirpada do coração, do pensamento, da fala, e dos nossos atos.
* * *
Filhos - se trazem o que ensinar, aprendamos com eles. Se temos que orientá-los, não deixemos para depois.
Sirvamo-nos da oportunidade que Deus Pai nos concede. Façamos uso dessa nova visão de vida.
Redação do Momento Espírita.
Em 15.2.2016
Em 15.2.2016
Olhai as Aves do Céu
Olhai as Aves do Céu
6 – Não queirais entesourar para vós tesouros na Terra, onde a ferrugem e a traça os consomem, e onde os ladrões os desenterram e roubam. Mas entesourai para vós tesouros no céu, onde não os consomem a ferrugem nem a traça, e onde os ladrões não o desenterram nem roubam. Porque onde está o tesouro, aí está também o teu coração.
Portanto vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida, que comereis, nem para o vosso corpo, que vestireis. Não é mais a alma do que a comida, e o corpo mais do que o vestido? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem fazem provimentos nos celeiros; e, contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Porventura não sois muito mais do que elas? E qual de vós, discorrendo, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E por que andais vós solícitos pelo vestido? Considerai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham nem fiam; digo-vos mais, que nem Salomão, em toda a sua glória, se cobriu jamais como um destes. Pois se ao feno do campo, que hoje é e amanhã é lançado no forno. Deus veste assim, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não vos aflijais, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos cobriremos? Porque os gentios é que se cansam por estas coisas. Porquanto vosso Pai sabe que tendes necessidade de todas elas. Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas se vos acrescentarão. E assim não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição. (Mateus, 19-21, 25-34).
7 – Se tomássemos estas palavras ao pé da letra, elas seriam a negação de toda a previdência e de todo o trabalho, e conseqüentemente, de todo o progresso. Segundo esse princípio, o homem se reduziria a um expectador passivo. Suas forças físicas e intelectuais não seriam postas em atividade. Se essa tivesse sido a sua condição normal na Terra, ele jamais sairia do estado primitivo, e se adotasse agora esse princípio, não teria mais nada a fazer. É evidente que não poderia ter sido esse o pensamento de Jesus, porque estaria em contradição com o que ele já dissera em outras ocasiões, como no tocante às leis da natureza. Deus criou o homem sem roupas e sem casa, mas deu-lhe a inteligência para produzi-las.(Ver cap. XIV, nº 6 e cap. XXV, nº 2).
Não se pode ver nestas palavras, portanto, mais do que uma alegoria poética da Providência, que jamais abandona os que nela confiam, mas com a condição de que também se esforcem. É assim que, se nem sempre os socorre com ajuda material, inspira-lhes os meios de saírem por si mesmos de suas dificuldades. (Ver cap. XXVII, nº 8)
Deus conhece as nossas necessidades, e a elas provê, conforme for necessário. Mas o homem, insaciável nos seus desejos, nem sempre contenta-se com o que tem. O necessário não lhe basta, ele quer também o supérfluo. É então que a Providência o entrega a si mesmo. Freqüentemente ele se torna infeliz por sua própria culpa, e por não haver atendido as advertências da voz da consciência, e Deus o deixa sofrer as conseqüências, para que isso lhe sirva de lição no futuro. (Ver cap. V, nº 4).
8 – A Terra produz o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar a sua produção, segundo as leis de justiça, caridade e amor ao próximo. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o que sobrar para um determinado momento, suprirá a insuficiência momentânea de outro, e todos terão o necessário. O rico, então, considerará a si mesmo como um homem que possui grandes depósitos de sementes: se as distribuir, elas produzirão ao cêntuplo, para ele e para os outros; mas, se as comer sozinho, se as desperdiçar e deixar que se perca o excedente do que comeu, elas nada produzirão, e todos ficarão em necessidade. Se as fechar no seu celeiro, os insetos as devorarão. Eis por que Jesus ensinou: Não amontoeis tesouros na Terra, pois são perecíveis, mas amontoai-os no céu, onde são eternos. Em outras palavras: não deis mais importância aos bens materiais do que aos espirituais, e aprendei a sacrificar os primeiros em favor dos segundos.(Ver cap. XVI, nº 7 e segs.).
Não é através de leis que se decretam a caridade e a fraternidade. Se elas não estiverem no coração, o egoísmo as asfixiará sempre. Fazê-las ali penetrar, é a tarefa do Espiritismo.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Agradecimento a Jesus
Senhor Jesus!
Nós te agradecemos:
Pela coragem de facear as dificuldades criadas por nós mesmos;
Pelas provas que nos aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;
Pela fé na imortalidade;
Pelo privilégio de servir;
Pelo dom de saber que somos responsáveis pelas próprias ações;
Pelos recursos nutrientes e curativos que trazemos em nós próprios;
Pelo conforto de reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para os outros;
Pelo discernimento que nos permite diferenciar
aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;
Pelo amparo da afeição no qual as nossas vidas se alimentam em permuta constante;
Pela bênção da oração que nos faculta apoio interior para a necessária solução de nossos problemas;
Pela tranqüilidade de consciência que ninguém consegue subtrair-nos...
Por tudo isso, e por todos os demais tesouros, de esperança e de amor, de alegria e de paz, de que nos enriqueces a existência, Sê bendito, Senhor!... ao mesmo tempo que te louvamos a Infinita Misericórdia, hoje e para sempre."
Emmanuel - Chico Xavier
Nós te agradecemos:
Pela coragem de facear as dificuldades criadas por nós mesmos;
Pelas provas que nos aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;
Pela fé na imortalidade;
Pelo privilégio de servir;
Pelo dom de saber que somos responsáveis pelas próprias ações;
Pelos recursos nutrientes e curativos que trazemos em nós próprios;
Pelo conforto de reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para os outros;
Pelo discernimento que nos permite diferenciar
aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;
Pelo amparo da afeição no qual as nossas vidas se alimentam em permuta constante;
Pela bênção da oração que nos faculta apoio interior para a necessária solução de nossos problemas;
Pela tranqüilidade de consciência que ninguém consegue subtrair-nos...
Por tudo isso, e por todos os demais tesouros, de esperança e de amor, de alegria e de paz, de que nos enriqueces a existência, Sê bendito, Senhor!... ao mesmo tempo que te louvamos a Infinita Misericórdia, hoje e para sempre."
Emmanuel - Chico Xavier
Oração por Entendimento
Senhor Jesus!
Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, somente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.
Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que os felicitam a vida.
E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.
Emmanuel
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Alcançando a Felicidade
Janete era bibliotecária. Desprovida de qualquer atrativo físico, desde a infância ouvira sua família dizer que ela era feia.
Assumira sua feiúra, acreditando que nunca, ninguém a amaria. Na escola, as crianças debochavam dela. Na adolescência, os colegas a evitavam.
Jamais tivera um namorado. Aproximando-se os seus quarenta anos, ela entrou em depressão. Passava os dias na biblioteca e à noite, à frente da televisão.
Vivia sozinha. No trabalho, acreditava-se uma dessas pessoas invisíveis, isto é, que ninguém percebe.
Procurou uma terapeuta e iniciou as sessões, no intuito de se recuperar. Ali, enquanto aguardava, na sala de espera, ela foi olhando outras pessoas.
Pessoas que chegavam sem cabelo, por conta do tratamento quimioterápico; pessoas que tinham amputado um membro, por causa de alguma doença ou acidente; portadores de AIDS.
Quase todos chegavam acompanhados. Mas Will chegava sempre sozinho.
Embora tímida, ela começou a conversar. Ele era portador do vírus HIV. Tinha trinta e dois anos e era incrivelmente bonito.
Janete se ofereceu para ajudá-lo em suas idas ao consultório, e começou a levá-lo em seu carro.
Com o tempo, como ficasse mais fraco, ela passou a fazer as compras para ele.
Preparava comida extra em casa, congelava e levava para que Will jantasse. Tornaram-se amigos.
Quando ele começou a piorar, os pais o vieram visitar e desejaram levá-lo para sua cidade. Ele se recusou. Vivera na Califórnia tantos anos e queria continuar ali.
Um ano se passou e ele piorou ainda mais. Agora, precisaria de quem o cuidasse, todos os dias.
Mesmo com um emprego de horário integral, Janete mudou-se para a casa do amigo. Era uma grande responsabilidade. E um desafio.
Esqueceu de si mesma e dedicou-se a ele.
Semanas depois ele estava tão fraco que ficava na cama quase o tempo todo.
Um dia, quando voltou para casa, encontrou-o na sala. Ele estava recostado no sofá. Vestia terno e gravata. As roupas ainda lhe caíam com elegância, embora folgadas.
Estava de cabelos penteados, a barba feita. Ela imaginou o imenso esforço que tudo aquilo lhe devia ter custado.
Will olhou para ela, algum tempo. Então, se apoiou no sofá, dobrou o corpo sobre um dos joelhos e a pediu em casamento.
Pela primeira vez, Janete o abraçou e lhe disse como ele era importante para ela.
Dias depois, em plena primavera, ele se foi.
Quando retornou ao consultório da sua terapeuta, Janete estava diferente.
Havia um brilho diferente nos seus olhos acinzentados e uma doçura na voz, quando revelou: No meu coração, eu me casei com Will. Ele vai estar aqui comigo para sempre.
Deixara de ser a mulher amargurada e só.
* * *
Todos nascemos para a felicidade.
Quando alguém se dispõe a exercitar o amor, encontra significado para sua própria vida. E encontra alegria.
Não há limites para o que somos capazes de fazer. Desconhecemos nossa capacidade de amor e doação.
Quando nos dispomos a servir, projetamos luz em outras vidas. Luz que ilumina a nós mesmos, nos torna pessoas diferentes, mais doces, mais sensíveis.
Em uma palavra: pessoas mais felizes.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. O espelho, do livro
As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante.
Em 10.2.2016.
As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante.
Em 10.2.2016.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
A Paciência
II – A Paciência
UM ESPÍRITO AMIGO
Havre, 1862
7 – A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.
Sede paciente, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e conseqüentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.
A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.
Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinham de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, paciente, sede cristãos: esta palavra resume tudo.
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Por ALLAN KARDEC
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