segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Recado de Natal

Um recado de servidor a cada coração amigo, ante o Natal de Jesus.
Nunca te deixes vencer pelo desânimo.
Acenda a luz da  no próprio íntimo e segue adiante, trabalhando e servindo.
Diante das dificuldades que te desafiem, recorda aquelas outras que te figuravam inarredáveis e que superaste, sem conhecer as forças que te sustentaram nos transe amargos.
Considerando as crises que provavelmente surjam à frente de teus passos, rememora os perigos que te ameaçaram e dos quais te descartaste, ignorando de que modo conseguiste preservar a própria vida.
Suportando inquietações que se te agigantem aos olhos no cotidiano, lembra-te das aflições que passaste perante os sofrimentos de pessoas que se te fazem especialmente queridas, atiradas ao desequilíbrio e que regressaram à tranqüilidade, socorridas por energias que desconheces.
Se a provação te visita, asserena-te no amparo da  e aguarda o auxílio ponderável'>imponderável da Espiritualidade Maior, que nem sempre registras.
Em qualquer tribulação, deixa que os teus sentimentos se acalmem e espera a intervenção da ProvidênciaDivina.
Não temas e serve sempre.
Os Mensageiros do Bem jamais nos abandonam.
Ainda mesmo nos dias em que a enfermidade do corpo te desajuste o campo orgânico, não te amedrontes e conta com o Amor da Vida Espiritual que jamais desfalece. 
Seja qual for a prova ou a dor em que te vejas, serve e confia-te a Jesus, porque Jesus é a Presença da Bondade Infinita de Deus, diante da qual não existe o impossível.


Emmanuel

Óbolo da viúva

O Óbolo da Viúva

5 – E estando Jesus assentado defronte donde era o gazofilácio, observava ele de que modo deitava o povo ali o dinheiro; e muitos, que eram ricos, deitavam com mão larga. E tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que importavam um real. E convocando seus discípulos, lhes disse: Na verdade vos digo, que mais deitou esta pobre viúva do que todos os outros que deitaram no gazofilácio. Porque todos os outros deitaram do que tinham na sua abundância; porém esta deitou da sua mesma indulgência tudo o que tinha, e tudo o que lhe restava para seu sustento. (Marcos, XII: 41-44 – Lucas, XXI: 1-4).
            6 – Muita gente lamenta não poder fazer todo o bem que desejaria, por falta de recursos, e se querem a fortuna, dizem, é para bem aplicá-la. A intenção é louvável, sem dúvida, e pode ser muito sincera de parte de alguns; mas o seria de parte de todos, assim completamente desinteressados? Não haverá os que, inteiramente empenhados em beneficiar os outros, se sentirão bem de começar por si mesmos, concedendo-se mais algumas satisfações, um pouco mais do supérfluo que ora não têm, para dar aos pobres apenas, o resto? Este pensamento oculto, talvez dissimulado, mas que encontrariam no fundo do coração, se o sondassem, anula o mérito da intenção, pois a verdadeira caridade faz antes pensar nos outros que em si mesmo.

       O sublime da caridade, nesse caso, seria procurar cada qual no seu próprio trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de sua capacidade, os recursos que lhe faltam para realizar suas intenções generosas. Nisso estaria o sacrifício mais agradável ao Senhor. Mas, infelizmente, a maioria sonha com meios fáceis de se enriquecer, de um golpe e sem sacrifícios, correndo atrás de quimeras, como a descoberta de tesouros, uma oportunidade favorável, o recebimento de heranças inesperadas, e assim por diante. Quer dizer dos que esperam encontrar, para os secundar nessas buscas, auxiliares entre os Espíritos? É evidente que eles nem conhecem nem compreendem o sagrado objetivo do Espírito, e menos ainda a missão dos Espíritos, aos quais Deus permite comunicarem-se com os homens. Mas justamente por isso, são punidos pelas decepções. (Livro dos Médiuns, nº 294 e 295).
            Aqueles cuja intenção é desprovida de qualquer interesse pessoal, deve consolar-se de sua impotência para fazer o bem que desejariam, lembrando que o óbolo do pobre, que o tira da sua própria privação, pesa mais na balança de Deus que o ouro do rico, que dá sem privar-se de nada. Seria grande a satisfação, sem dúvida, de poder socorrer largamente a indigência; mas, se isso é impossível, é necessário submeter-se a fazer o que se pode. Aliás, não é somente com o ouro que se podem enxugar as lágrimas, e não devemos ficar inativos por não o possuirmos. Aquele que deseja sinceramente tornar-se útil para os seus irmãos, encontra mil ocasiões de fazê-lo. Que as procure e as encontrará. Se não for de uma maneira, será de outra, pois não há uma só pessoa, no livre gozo de suas faculdades, que não possa prestar algum serviço, dar uma consolação, amenizar um sofrimento físico ou moral, tomar uma providência útil. Na falta de dinheiro, não dispõe cada qual do seu esforço, do seu tempo, do seu repouso, para oferecer um pouco aos outros? Isso também é a esmola do pobre, o óbolo da viúva.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

Doentes e Doenças

Doroteia não saía dos consultórios médicos.
A cada dia, apresentava novos sintomas de desconforto, inquietações, dores que não tinham fim.
Realizados complexos exames, nada foi constatado.
Sua filha, desalentada, e mesmo cansada de tantos embates sem sucesso, procurou ajuda com amiga terapeuta.
Essa, que a conhecia de muito tempo, buscou saber se a mãe continuava com aquelas mesmas ideias mórbidas, negativas, de antes.
E, diante da confirmação, falou, com sinceridade:
Os sintomas que sua mãe apresenta são reflexos dos pensamentos negativos que ela alimenta.
A ação do pensamento sobre a saúde, é incontestável.
A jovem disse que já lera algo acerca do assunto, se convencera a respeito e que tentara fazer com que sua mãe compreendesse a inconveniência de sua forma de pensar, mas não obtivera êxito até então.
Tenho esperança de que, algum dia, isso se modifique. – Disse, concluindo o diálogo.
*   *   *
A cultura ocidental acorda lentamente para essa realidade.
Prendemo-nos tanto às aparências que deixamos de perceber nossa realidade maior.
É muito importante compreender que nossa vida é o reflexo daquilo que cultivamos no mundo interior.
Cada órgão de nosso corpo físico sofre a influência dos pensamentos, sentimentos e emoções que agasalhamos.
Quando ficamos ansiosos, aumentamos a secreção de adrenalina que vai descontrolar nosso sistema nervoso.
Quando o pessimismo toma conta de nosso ser, sofremos perturbações no aparelho digestivo.
O medo e a revolta causam úlceras gástricas e duodenais.
O ódio, a raiva, quando alimentados por muito tempo, podem causar tumores.
Sendo a Lei Divina perfeita, o contrário também se dá.
Se optarmos por pensamentos e sentimentos elevados, serenos, positivos, as reações salutares serão a resposta.
A tranquilidade, o amor, o otimismo são estimulantes da harmonia emocional e orgânica, com efeitos saudáveis sobre o corpo.
*   *   *
Somos o que pensamos.
Nossos pensamentos são energias a sintonizarem com outras energias da mesma categoria.
E, como tudo na vida, pela afinidade, pensamentos iguais se atraem e se influenciam, mutuamente, nas mesmas faixas das ondas mentais.
Aos nossos pensamentos, se somam os dos desencarnados, que se intercomunicam com os homens por esse mesmo mecanismo.
Importante, portanto, pensar de forma edificante.
Atrair pensamentos salutares e otimistas, assumindo postura positiva frente à vida.
Quando pensamos em amor e paz, alegria e união, recebemos estímulos equivalentes.
Se vivermos a cultivar insucessos, só colheremos derrotas.
Cada um é responsável pelo seu campo mental, tanto no semear, como no colher. Dependendo dassementes que espalharmos, assim colheremos.
Como vivemos mergulhados num mar de emissões mentais, os Espíritos identificam essas emissões e são atraídos de acordo com o que lhes seja de interesse.
Assim, bons Espíritos estarão conosco quando nossos pensamentos forem positivos. E as vibrações se somarão às nossas, resultando em harmonia e equilíbrio.
Pensemos nisso e cultivemos saúde mental e física. 
Redação do Momento Espírita.
Em 19.12.2015.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Quadras

Ser cego e nada ver
Na triste noite escura,
E ver depois a luz
Da aurora de ventura;

Chorar na escuridão
Em dores mergulhado,
E após o sofrimento
Ter gozo ilimitado;

Sorver dentro da treva
O fel das amarguras,
Depois, buscar o amor
Nas lúcidas alturas;

É possuir tesouros
De paz, de vida e luz,
No sacrossanto abrigo
Do afeto de Jesus.
Pelo Espírito Casimiro Cunha- Do livro: Parnaso de Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Renovação

A árvore aceitou

Os desígnios da vida

Que lhe pediam serviço.

Mas, quando se acreditou

Definitivamente despojada,

Notou que a

Divina Providência

A revestiu de folhas

E flores novas,

Ao toque da primavera.
Pelo Espírito Emmanuel- Do livro: Deus Sempre, Médium: Francisco Cândido Xavier

Resiliência

Resiliência é a capacidade da pessoa se recobrar facilmente ou se adaptar às adversidades ou às mudanças.
Também pode ser entendida como a capacidade de vencer obstáculos, permitindo-se o aprendizado a partir dos problemas e até ajudar o próximo.
Perdas, traumas emocionais, sentimentos marcantes interferem, por vezes, de forma negativa, na vida de milhares de pessoas.
Para algumas, problemas e desafios são apenas pequenas barreiras, logo transpostas. Contudo, para outras pessoas, se transformam em gigantescas muralhas.
E é exatamente nesse momento que entra a resiliência, essa capacidade de o indivíduo lidar com problemas, de superar obstáculos, de transformar traumas em aprendizados ou de resistir à pressão de situações adversas sem entrar em surto psicológico.
A advogada maranhense Marlene, com uma carreira bem sucedida na Procuradoria Pública, uma condição financeira invejável, se descobriu grávida pela terceira vez.
Aos quarenta anos, recebeu a notícia, dada pelo próprio médico, de que sua filha nasceria com Síndrome de Down e não viveria além dos doze anos.
Ela se sentiu precipitar em um buraco negro. Parecia ser o fim do mundo, do seu mundo. Ela não tinha conhecimento a respeito da Síndrome e os meses seguintes foram de luto, dor e muitos questionamentos.
Por que comigo? O que foi que eu fiz de errado?
Marlene sentiu raiva, ficou deprimida e, por último, resolveu ir à luta. No dizer de uma psicóloga clínica, ela começou a ver que podia tirar uma flor de uma pedra.
O primeiro passo foi se esclarecer a respeito do que era a Síndrome de Down.
E, para oferecer à filha melhores condições, saiu de sua terra natal, demandando localidade que oferecesse todas as oportunidades possíveis para que sua filha se pudesse desenvolver.
E Mayara nasceu. Hoje, com vinte e oito anos, está feliz. Trabalha, namora. Tem uma vida normal.
Mas, mais do que superar o trauma inicial e proporcionar à filha as melhores condições para seu desenvolvimento, amparando-a em todas as fases, Marlene optou por auxiliar ao próximo.
Hoje, ela é presidente da Associação Reviver Down, uma entidade sem fins lucrativos que reúne pais e pessoas com Síndrome de Down.
Ali, ela compartilha a sua experiência com pais de portadores de deficiência.
Superando a questão que a alcançou, um dia, Marlene demonstrou a importância da resiliência ante o desafio.
E atendendo ao propósito de auxiliar a que outras pessoas não necessitem passar por seus mesmos traumas e pavores, se dedica a repassar a sua experiência, multiplicando benefícios.
Uma história de coragem. Uma história de superação e de amor que demonstra que o ser humano é sempre mais forte do que imagina.
E que, afinal, ninguém recebe fardo maior do que possam suportar seus ombros. Deus é sábio e conhece a fortaleza de cada um dos seus filhos.
Por que nem sempre vencemos? Porque, por vezes, deixamos, exatamente, de acionar essas alavancas internas, nossa força moral.
Porque nos permitimos influenciar por aqueles que nos dizem que não conseguiremos vencer.
Pensemos nisso e sigamos os exemplos de superação.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Do desafio à superação, de Willian Bressan,
 do 
Jornal Gazeta do Povo, de 20.9.2015.
Em 14.12.2015.

Deixai Vir a Mim os Pequeninos

I – Deixai Vir A Mim Os Pequeninos

JOÃO
O Evangelista, Paris, 1863
18 – Disse o Cristo: “Deixai vir a mim os pequeninos”. Essas palavras, tão profundas na sua simplicidade, não fazem apenas um apelo às crianças,mas também às almas que gravitam nos círculos inferiores, onde a desgraça desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos,os escravos, os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física, presa na matéria, sujeita ao jugo dos instintos, e ainda não integrada na ordem superior da razão e da vontade, que se exercem em torno dela e em seu benefício. Jesus queria que os homens se entregassem a ele com a confiança desses pequenos seres de passos vacilantes, cujo apelo lhe conquistaria o coração das mulheres, que são todas mães. Assim, ele submetia as almas à sua terna e misteriosa autoridade. Ele foi à flama que espancou as trevas, o clarim matinal que tocou a alvorada. Foi o iniciador do Espiritismo, que deve, por sua vez, chamar a si, não as crianças, mas os homens de boa-vontade. A ação viril está iniciada; não se trata mais de crer instintivamente e obedecer de maneira mecânica: é necessário que o homem siga as leis inteligentes, que lhe revela a sua universalidade.
Meus bem-amados, eis chegados os tempos em que os erros explicados se transformarão em verdades. Nós vos ensinaremos o verdadeiro sentido das parábolas. Nós vos mostraremos a correlação poderosa, que liga o que foi ao que é. Eu vos digo, em verdade: a manifestação espírita se eleva no horizonte, e eis aqui o seu enviado, que vai resplandecer como o sol sobre o cume dos montes.
*
UM ESPÍRITO PROTETOR
Bordeaux, 1863

19 – Deixar vir a mim os pequeninos, pois tenho o alimento que fortifica os fracos. Deixai vir a mim os tímidos e os débeis, que necessitam de amparo e consolo. Deixai vir a mim os ignorantes, para que eu os ilumine. Deixai vir a mim todos os sofredores, a multidão dos aflitos e dos infelizes, e eu lhes darei o grande remédio para os males da vida, revelando-lhes o segredo da cura de suas feridas. Qual é, meus amigos, esse bálsamo poderoso, de tamanha virtude, que se aplica a todas as chagas do coração e as curas? É o amor, é a caridade! Se tiverdes esse fogo divino, o que havereis de temer? A todos os instantes de vossa vida direis: “Meu Pai, que se faça a tua vontade e não a minha! Se te apraz experimentar-me pela dor e pelas tribulações, bendito seja! Porque é para o meu bem, eu o sei, que a tua mão pesa sobre mim. Se te agrada, Senhor, apiedar-te de tua frágil criatura, dar-lhe ao coração as alegrias puras, bendito seja também! Mas faze que o amor divino não se amorteça na sua alma, e que incessantemente suba aos teus pés a sua prece de gratidão”.
Se tiverdes amor, tendes tudo o que mais se pode desejar na Terra, pois tereis a pérola sublime,que nem as mais diversas circunstâncias, nem os malefícios dos que vos odeiam e perseguem, poderão jamais arrebatar. Se tiverdes amor, tereis colocado os vossos tesouro aonde nem a traça nem a ferrugem os devoram, e vereis desaparecer insensivelmente da vossa alma tudo o que lhe possa manchar a pureza. Dia a dia sentireis que o fardo da matéria se torna mais leve. E, como um pássaro que voa nos ares e não se lembra da terra, subireis incessantemente, subireis sempre, até que a vossa alma, inebriada, se impregne da verdadeira vida, no seio do Senhor!

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

sábado, 12 de dezembro de 2015

Querer é Poder

Certas histórias de vida nos deixam admirados pela renúncia e resignação de seus protagonistas.
Conhecemos, por exemplo, os sacrifícios de Madre Tereza de Calcutá, sua dedicação e amor aos pobres;
os momentos incomuns de solidariedade, vivenciados por Chico Xavier, junto aos seus atendidos;
o esquecimento das próprias dificuldades físicas de Irmã Dulce, em prol dos demais sofredores;
o relegar total de seus interesses particulares, em favor do ideal abraçado, de Allan Kardec e tantas outras grandes almas, algumas anônimas, que se entregam, totalmente, à prática do bem aos demais.
Cientistas que vivem em função de suas pesquisas, para libertar a Humanidade de determinadas enfermidades; pais, que se sacrificam em todos os sentidos, para dar chance de vida, a um filho especial...
Então, nos perguntamos: Que força é essa, que permite o esquecimento de si mesmo, para se doar dessa forma total?
*  *   *
Ao nos questionarmos e buscarmos um motivo plausível, analisando essas almas, notamos que, de fato, elas têm algo a mais, que as fortalece e enobrece: o verdadeiro amor;
a ligação espiritual com Deus, o Pai todo justiça e bondade;
a presença do Cristo, moldada em suas atitudes.
E, refletindo, constatamos que todos nós possuímos, em estado ainda latente, os esplendores que, em grau supremo, a Divindade criadora possui.
Cumprindo a lei de amor, de justiça e caridade, e nos esforçando pelo próprio progresso, refletimos Deus, o Ser incomparável que nos deu a vida.  
A alma, que já conseguiu conjugar vibrações com o Criador, compreende o amor universal e sabe amar!
E, quem ama, harmoniza seus sentimentos com o Amor Divino; entrega-se ao trabalho em favor do próximo, e não se perturba com o próprio sofrimento.
Isso porque o amor é fonte de alegria, sendo a plenitude da felicidade.
Quem faz do amor seu propósito de vida não registra estado inferior, pois sua sintonia é sempre superior.  
A alma, quando atinge a glorificação da sintonia com o Criador, expande-se em abnegação pela Humanidade.
Da mesma forma, é do feitio da alma nobre, encarnada na Terra, dedicar-se, totalmente, ao ideal construído no coração.
Ela o faz sorridente e espontânea, vivenciando alegrias, pelo bem que pratica.
Sente-se feliz pelos sacrifícios a que se entrega, sem padecer pelas dores próprias da Terra.
Vive mais a realidade espiritual do que a material, isolando-se das mazelas terrenas, mesmo que presentes.
*   *   *
Querendo, podemos seguir o exemplo dessas almas de escol.
Lembrando-nos que somos Espíritos imortais e que nossa sina indiscutível é o progresso intelectomoral, o Espírito de Verdade nos conclamou a nos amarmos e a nos instruirmos.
As ciências nos abrem caminhos ao aprendizado abrangente.
O estudo da realidade espiritual nos permite enxergar a vida mais além.
Somos filhos do amor maior, trazemos esse amor em nós, e basta que o adubemos, para que germine, cresça e floresça.
Vontade, estudo e disposição, fazem crescer o amor no coração...
Redação do Momento Espírita.
Em 12.12.2015.

Não Acrediteis em todos os Espíritos

Não Acrediteis Em Todos Os Espíritos

            6 – Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo. (João, Epístola I, cap. IV: 1).
            7 – Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, pelo contrário, dar-lhes o último golpe. Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz. Da mesma maneira que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia, revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual. Essas leis, tanto quanto as científicas, pertencem também à natureza. Dando, assim, a explicação de uma ordem de fenômenos até agora incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.
            Como se vê, os que fossem tentados a explorar esses fenômenos em proveito próprio, fazendo-se passar por enviado de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade alheia, e bem logo seriam desmascarados. Aliás, como já ficou dito, esses fenômenos nada provam por si mesmos: a missão se prova por efeitos morais, que nem todos podem produzir. Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita, que pesquisando a causa de certos fenômenos, levanta o véu de muitos mistérios. Os que preferem a obscuridade à luz, são os únicos interessados em combatê-la. Mas a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.
            O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e se disfarçam com nomes veneráveis, para procurar, através da máscara que usam, tornar aceitáveis as suas idéias, freqüentemente as mais bizarras e absurdas. Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles exerciam a sua ação de maneira mais ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, auditiva ou de incorporação. O número dos que, em diversas épocas, mas sobretudo nos últimos tempos, se apresentaram como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, e até mesmo como Deus,é considerável.
            São João nos põe em guarda contra eles, quando adverte: “Meus bem amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os bons Espíritos, características sempre morais e jamais materiais. (Ver o Livro dos Médiuns, Caps. 24 e segs.). É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: “Reconhece-se à árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos”. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Minha Luz

Eu era, Dor, a alma rubra e inquieta,
A pomba predileta
Do prazer, da ilusão e da alegria...
Meu coração, alegre cotovia,
Saudava alvoroçado
O segredo da noite e a luz clara do dia,
Quando chegaste de mansinho,
Pisando sutilmente o meu caminho...

E eu te enxerguei, despreocupada,
Em meu engano, em minha fantasia:
Primeiramente,
Foste, austera e inclemente,
A um dos belos tesouros que eu possuía
E mo roubaste para sempre...
Em fúria iconoclasta,
Como o simum que arrasta
As cidades repletas de tesouros
Confundindo-as no pó,
Foste aos meus ídolos mais caros,
Destruindo-os sem dó.

Prosseguiste, ó divina estatuária,
Na tua obra silente e solitária,
E quebraste
Minhas cítaras de ouro,
Meus mármores de Paros,
Meus cofres de alabastros,
Minhas bonecas de biscuí,
Minhas estatuetas singulares...
E humilhaste
Meus sonhos de mulher e de menina,
Que eu pusera nos astros
Em meio às melodias estelares!

Mas, desde que chegaste,
Foste a sombra divina
Que acompanhou meus passos ao sepulcro...

Tudo sofri,
Ó Dor, por te querer,
Porque depois que vieste
Qual pássaro celeste
Para abrir rosas de sangue no meu peito,
Encheste a minha vida
De um estupendo prazer, quase perfeito!

Aos poucos me ensinaste a abandonar
Meus prazeres fictícios,
Trocando-os pela luz dos sacrifícios!
Por tudo eu te bendigo, ó Dor depuradora,
Porque representaste em meu destino,
De alma sofredora,
O fanal peregrino
Que me guiou constantemente
Através das estradas espinhosas
Para as manhãs radiosas
Da Luz Resplandecente...

Sê, pois, bendita, ó Dor linda e gloriosa,
Pois da volúpia estranha dos teus braços,
Vim pelas mãos da morte complacente
Para a vida sublime dos Espaços!...
Pelo Espírito Carmem Cinira- Do livro: Parnaso de Além Tumulo, Médium: Francisco Cândido Xavie

Movimento pela PAZ

Muitos homens têm dedicado suas vidas para uma cultura de paz e não violência.

Instituições religiosas e escolas têm promovido concursos, caminhadas, encontros em prol da paz.

Muita gente pensa que isso é coisa de sonhador, uma missão impossível.

Contrariando o pessimismo desses, o mundo de paz vem sendo construído a pouco e pouco.

Multiplicam-se pelo planeta homens, mulheres e crianças decididos a realizar o sonho.

A UNESCO, criada em 1945, e cujo objetivo é a promoção da paz e dos direitos humanos, prescreve, em seu ato constitutivo: Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz.

No ano 2000 lançou o manifesto, de cuja elaboração participaram reconhecidos defensores da paz e que formaliza o convite ao seguinte compromisso:

Eu me comprometo em minha vida cotidiana, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região, a:

Respeitar a vida – respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;

Praticar a não violência de forma ativa, rejeitando a violência em todas as suas expressões: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;

Ser generoso - compartilhar o meu tempo, meus recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;

Ouvir para compreender – defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e o rechaço ao próximo;

Preservar o planeta – promover um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;

Redescobrir a solidariedade – contribuir para o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, com o fim de criar novas formas de solidariedade.

A fórmula não é nova, somente revestida de roupagem atual. O convite à paz se faz insistente, desde os dias da Galileia.

A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou. Eu não a dou como a dá o mundo...

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.

Não resistais ao mal que vos queiram fazer...

Ainda sonho, dizia Martin Luther King, Jr., que um dia a guerra chegará ao fim, que os homens transformarão as espadas em arados e as lanças em machados.

As nações não mais se levantarão contra outras nações, nem se estudará mais a arte da guerra.

Sonho que com fé, apressaremos a chegada do dia em que haverá paz na Terra e boa vontade para com todos os homens.

Será um dia de glória.

As estrelas da manhã cantarão em coro e os filhos de Deus gritarão de alegria.

Transformemos o sonho em realidade.
por Redação do Momento Espírita, com base no cap. Paz, um tema sempre atual, de Éder Favaro, da Revista Harmonia, setembro/2003 e cap. Um sermão de Natal sobre a paz, do livro O grito da consciência, de Martin Luther King, Jr., ed. Expressão e Cultura. Do site:http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4642&stat=0.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Os Órfãos

IV – Os Órfãos

UM ESPÍRITO PROTETOR
Paris, 1860
18 – Meus irmãos, amai os órfãos! Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando criança! Deus permite que existam órfãos, para nos animar a lhes servirmos de pais. Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio, orientar sua alma, para que ela não se perca no vicio! Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a Deus, porque demonstra compreender e praticar a sua lei. Lembrai-vos também de que, freqüentemente, a criança que agora socorreis vos foi cara numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever. Assim, portanto, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade. Não a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão que a recebe, pois os vossos óbolos são freqüentemente muito amargos! Quantas vezes eles seriam recusados, se a doença e a privação não os esperassem no casebre! Daí com ternura, juntando ao benefício material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitai esse ar protetoral, que resolve a lâmina no coração que sangra, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os vossos.
*
GUIA PROTETOR
Sens, 1862
            19 – Que pensar das pessoas que, sofrendo ingratidão por benefícios prestados, não querem mais fazer o bem, com medo de encontrar ingratos?                                          
            Essas pessoas têm mais egoísmo do que caridade, porque fazer o bem somente para receber provas de reconhecimento, é deixar de lado o desinteresse, e o único bem agradável a Deus é o desinteressado. São ainda orgulhosas, porque se comprazem na humildade do beneficiado, que deve rojar-se aos seus pés para agradecer-lhes. Aquele que busca na Terra a recompensa do bem que faz, não a receberá no céu, mas Deus a reservará para o que assim não procede.
            É necessário ajudar sempre aos fracos, mesmo sabendo-se de antemão que os beneficiados não agradecerão. Sabeis que, se aquele a quem ajudais esquecer o benefício, Deus o considerará mais do que se fosseis recompensados pela sua gratidão. Deus permite que às vezes sejais pagos com a ingratidão, para provar a vossa perseverança em fazer o bem.
            Como sabeis, aliás, se esse benefício, momentaneamente esquecido, não produzirá mais tarde os seus frutos? Ficai certos, pelo contrário de que é uma semente que germinará com o tempo. Infelizmente, não vedes nunca além do presente, trabalhais para vós, e não tendo em vista os semelhantes. A benemerência acaba por abrandar os corações mais endurecidos; pode ficar esquecida aqui na Terra, mas quando o Espírito se livrar do corpo, ele se lembrará, e essa lembrança será o seu próprio castigo. Então, ele lamentará a sua ingratidão, desejará reparar a sua falta, pagar a sua dívida noutra existência, aceitando mesmo, freqüentemente, uma vida de devotamento ao seu benfeitor. É assim que, sem o suspeitadores, tereis contribuído para o seu progresso moral, e reconhecereis então toda a verdade desta máxima: um benefício jamais se perde. Mas tereis também trabalho para vós, pois tereis o mérito de haver feito o bem com desinteresse, sem vos deixar bater pelas decepções.
            Ah!, meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que, na vida presente, vos ligam às existências anteriores! Se pudésseis abarcar a multiplicidade das relações que aproximam os seres uns dos outros, para o seu mútuo progresso, admiraríeis muito melhor a sabedoria e a bondade do Criador, que vos permite reviver para chegardes a ele!
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                                                                             SÂO LUIS
Paris, 1860

            20 – A beneficência é bem compreendida, quando se limita ao círculo de pessoas da mesma opinião, da mesma crença ou do mesmo partido?                      
           Não, pois é sobretudo o espírito de seita e de partido que deve ser abolido, porque todos os homens são irmãos. O verdadeiro cristão vê irmãos em todos os seus semelhantes, e para socorrer o necessitado, não procura saber a sua crença, a sua opinião, seja qual for. Seguiria ele o preceito de Jesus Cristo, que manda amar até mesmo os inimigos, se repelisse um infeliz, por ter crença diferente da sua? Que o socorra, pois, sem lhe interpretar a consciência, mesmo porque, se for um inimigo da religião, será esse o meio de fazer que ele a ame. Repelindo-o, só faria que a odiasse.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Chefia e Subalternidade

Chefia e Subalternidade

Não olvidar que o chefe é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.
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A melhor maneira de reverenciar a quem dirige, será sempre a execução fiel das próprias obrigações.
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Quem administra efetivamente precisa da colaboração de quem obedece, mas se quem obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra, quem administra necessita exercer bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que a máquina do trabalho funcione com segurança.
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Orientar é devotar-se.
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Aquele que realmente ensina é aquele que mais estuda.
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Um chefe não tem obrigação de revelar ao subordinado os problemas que lhe preocupam o cérebro, tanto quanto o subordinado não tem o dever de revelar ao chefe os problemas que porventura carregue no coração.
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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
49a edição. Uberaba-MG: CEC, 2001.

Um Presente Inesquecível

Linda tinha sete anos, quando ouviu sua mãe comentar com uma de suas amigas que, no dia seguinte, faria trinta anos.
Jamais Linda soubera que sua mãe fazia aniversário. Também nunca a vira ganhar um presente.
Por isso, foi até seu cofrinho, juntou todas as moedinhas e se dirigiu à loja da esquina.
Procurou um presente que pudesse se encaixar naquele preço. Havia bibelôs, mas ela pensou que sua mãe teria que espaná-los todos os dias.
Havia caixinhas de doces, mas sua mãe era diabética.
Finalmente, conseguiu comprar um pacote de grampos de cabelo.
Os cabelos de sua mãe eram longos e escuros. Ela os enrolava duas vezes na semana e quando os soltava, ficava parecendo uma artista de cinema.
Em casa, Linda embrulhou os grampos em uma página de histórias em quadrinhos do jornal, porque não sobrara dinheiro para papel de presente.
Na manhã seguinte, à mesa do café, entregou o pacote à sua mãe e disse: Feliz aniversário, mamãe!
Em silêncio, entre lágrimas, a mãe abriu o pacote. Já soluçando de emoção, mostrou ao marido, aos outros filhos: Sabem que é o primeiro presente de aniversário que recebo na vida?
Beijou a filha, agradecendo e foi para o banheiro lavar e enrolar os cabelos, com os grampos novos.
Quando a mãe saiu da sala, o pai aproximou-se de Linda e confidenciou: Linda, quando eu era menino, lá no sertão, não nos preocupávamos em dar presentes de aniversário para adultos. Só para as crianças.
E, na família de sua mãe, eles eram tão pobres que nem isso faziam. Mas você me fez ver, hoje, que isso precisa mudar. Você inaugurou uma nova fase em nossa vida.
Depois desse dia, a mãe de Linda ganhou presentes em todos os seus aniversários.
Os filhos cresceram. As condições da família melhoraram.
Então, quando a mãe de Linda completou cinquenta anos, os filhos todos se reuniram e lhe compraram um anel com uma pérola rodeada de brilhantes.
Programaram uma festa e o filho mais velho foi quem, em nome dos irmãos, entregou o anel.
Ela admirou o presente e mostrou a todos os convidados.
Não tenho filhos maravilhosos? - Ficava repetindo de um em um.
Depois que todos os convidados se retiraram, Linda foi ajudar na arrumação.
Estava lavando a louça na cozinha, quando ouviu seus pais conversando na sala.
Bem, dizia o pai. Que lindo anel seus filhos lhe deram. Acho que foi o melhor presente de aniversário de sua vida.
Depois de um breve silêncio, Linda ouviu a voz de sua mãe responder docemente:
Sabe, Ted. É claro que este anel é maravilhoso. Mas o melhor presente que ganhei, em toda minha vida, foi aquela caixa de grampos. Aquele presente foi inesquecível.
*   *   *
Os atos que colocam colorido especial nas vidas são pequenos, silenciosos, e podem se manifestar a qualquer tempo.
É suficiente querer, usar a imaginação e deixar extravasar o coração.
Se você nunca brindou alguém com flores, com um cartão escrito de próprio punho; se você nunca surpreendeu alguém com uma festa surpresa, um presente inesperado, tente hoje.
Hoje é sempre o melhor tempo para começar o que é bom, novo e portador de felicidade.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Os grampos de cabelo,
de autoria de Linda Goodman, do livro
 Histórias para aquecer o coração das mães,
de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff,
ed. Sextante.
Em 3.12.2015.

Educação no Lar

EDUCAÇÃO NO LAR

“Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” — Jesus.
(JOÃO, capítulo 8, versículo 38
)

Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.
Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.
Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência: “Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.”

EMMANUEL

(Caminho, Verdade e Vida, 12, FCXavier, FEB)


O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...