A fortuna somente
Pouco dirá de ti. Tão só a inteligência Não te revelará. O poder que desfrutas Raras vezes te expõe. A palavra que dizes Não te mostra de todo. Tudo o que tens, no entanto, Vale no bem que faças. O próximo a quem serves Fala de ti a Deus. |
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Amor e Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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domingo, 29 de novembro de 2015
Notícia
Respostas
Nos problemas que carregas
Queres saber como agir. . . Anelas libertação. . . Que fazer? Torna a servir. Sofreste. . . Anseias agora Adivinhar o porvir. . . Como achar felicidade? Atende. Torna a servir. Erraste. . . Lutas na sombra. . . Desejas não mais cair. . . Onde a escora que te guarde? Trabalha. Torna a servir. Entregaste os próprios sonhos Que procuras corrigir. . . Qual o caminho mais certo? O melhor: torna a servir. Excesso de ocupações. . . Novo dever a cumprir. . . Compromissos mais pesados, Não fujas. . . Torna a servir. Em qualquer dor, se indagasses Do Senhor como sair Jesus diria decerto: Não temas, torna a servir. |
Pelo Espírito Casimiro Cunha- Do livro: Encontro de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Doces Reencontros
Verdadeiramente, vivemos tempos novos sobre a face da Terra. Tempos em que, a cada dia, nos deparamos com seres especiais reencarnados entre nós.
Não importa a raça, a nacionalidade, o credo religioso ou crença alguma. Eles são especiais. Trazem conceitos espiritualizados a respeito da vida, do mundo, do destino final das criaturas de Deus.
Contou-nos uma amiga que sua filha, na inocência dos seus três anos de idade, certa noite, aconchegou-se na cama, ao seu lado.
Em verdade, toda noite era assim. A menina vinha para sua cama e ali se deitava por alguns minutos, antes de se encaminhar para o próprio berço. Nesses momentos, contou-nos a mãe, era que diálogos sempre interessantes aconteciam.
Alguns que a surpreendiam, sobremaneira. Era como se aquela criança, que trazia o azul do céu em duas joias brilhantes na face, se pusesse a pensar, mergulhando na doçura e na sabedoria de um passado intensamente vivido.
Mamãe, antes de eu nascer eu era anjinho?
A mãe ficou a imaginar como deveria responder. E resolveu adentrar no clima da inocência infantil, concordando.
E antes de você ser mamãe, onde você morava?
Pacientemente, e alongando o diálogo, a mãe respondeu que morava com seus pais, avós da pequena. Enriqueceu com detalhes, dizendo da casa grande, de janelas azuis, o imenso jardim, em outra cidade, bem longe.
Mas, mamãe, e antes de você ser filha do vovô e da vovó, você era anjinho como eu, né?
Acho que sim, foi a resposta breve daquela jovem que ficou a cogitar aonde iria parar aquele raciocínio todo. Então, a garotinha desatou a falar:
Pois é, mamãe, você estava no céu, junto comigo. Aí, você nasceu e eu fiquei lá. Depois, papai do céu falou para eu escolher minha mamãe. E eu escolhi você. Viu, agora estamos juntas de novo.
A conversa parou. Os olhos da mãe se transformaram em pérolas de luz e duas lágrimas brilharam, rolando pela face.
Ela estreitou seu tesouro junto ao coração. E enquanto a pequena se acomodava para o sono, ela se pôs a pensar:
Quantos filósofos se detêm anos a estudar os mistérios da vida que nunca morre, da vida que se repete na Terra, no espaço, em outros mundos.
Estudam a doutrina secreta dos hindus, egípcios, gregos para encontrarem essas verdades que, até hoje, muitos homens não admitem, considerando simples tolices.
No entanto, a sua pequerrucha, na extraordinária sabedoria de um Espírito milenar, revestido de carne, ali, descontraída e singelamente, sintetizara a trajetória de dois Espíritos que se amam.
Dois espíritos que, possivelmente, estabeleceram laços de afeto há milênios e se propuseram a prosseguir na conquista do progresso, assim, lado a lado. Ora como mãe e filha. Ora... quem sabe como?
* * *
O maior Sábio que já visitou a Terra, ensinou: Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?
E olhando para os que estavam sentados à roda de si: eis aqui, lhes disse, minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe.
Estabeleceu ali a grande verdade de que todos somos uma grande e só família: a família universal.
Vamos estreitando laços, estabelecendo pontes de amor e nos reencontrando, aqui, nesta vida; acolá, na Espiritualidade e outra vez mais.
Pensemos nisso: quantos reencontros estamos tendo nesta vida?
Redação do Momento Espírita, com base em fato e citação
do Evangelho de Mateus, cap. 12, versículos 47 a 50.
Em 25.11.2015
do Evangelho de Mateus, cap. 12, versículos 47 a 50.
Em 25.11.2015
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
O Mundo Atual
O Mundo Atual
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Liberta-te do Mal
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Do que plantarmos, colheremos
A tarde estava ensolarada e convidava ao lazer.
No quintal, João se distraía observando os três netos a brincar com a bola.
O maiorzinho a jogou na parede, e quando ela voltou em sua direção, gritou admirado:
Olha, vovô, ela voltou para mim.
O avô aproveitou para falar de um assunto muito importante.
Vejam, meus queridos, como as Leis de Deus estão presentes em tudo o que fazemos.
Até mesmo quando brincamos, Deus nos faz perceber como elas funcionam. Ele nos dá a liberdade de jogar a bola na parede, mas a volta da bola é uma reação natural ao nosso ato.
Deus fez tudo perfeito no Universo.
E Jesus, que é o Seu Filho mais sábio, nos fala para semearmos amor para termos amor em nossas vidas.
É como se plantássemos um pé de feijão.
Os meninos, curiosos, se aproximaram. Aquilo estava ficando interessante.
Quando o pé de feijão frutificar, só poderá dar feijões, não é verdade? Assim também acontece em nossas vidas. Colheremos do que plantarmos.
Sempre que plantarmos bondade, colheremos sorrisos; se plantarmos maldade, colheremos lágrimas.
* * *
Toda ação gera uma reação característica que virá, logo ou mais tarde, como forma de colheita.
Assim, somos livres para a semeadura, mas somos escravos na colheita.
Para cada ação haverá uma reação correspondente e na mesma intensidade.
A Lei de Ação e Reação baseia-se num perfeito mecanismo de justiça e de igualdade absoluta, para todos.
Essas ações estão caracterizadas com o selo moral do estágio em que se situa a pessoa.
São as imperfeições ou as qualidades da alma humana que geram suas ações felizes ou equivocadas.
Não há qualquer favoritismo para quem quer que seja.
Agindo bem, teremos o mérito do bem.
Agindo mal, teremos as consequências do mal.
Os prejuízos que causarmos a outrem trarão consequências inevitáveis para nós próprios. É a Lei Divina.
Também os benefícios que espalharmos gerarão benefícios em nosso próprio caminho.
Passamos a entender, portanto, que fazer o mal, a quem quer que seja nunca será compensador, pois sempre responderemos pelo mal que causarmos.
Toda felicidade ou tranquilidade que proporcionarmos ao próximo redundará em bem para nós mesmos.
O amor e o perdão são fortes alavancas para nosso crescimento espiritual.
Por esse motivo é que Jesus nos ensinou a perdoar.
O ódio, a vingança, a perseguição contumaz a qualquer pessoa resultarão em sofrimentos ao seu próprio autor.
Somente o perdão liberta.
Sabedoria manifestamos ao optar por promover o bem, pois a reação do bem só poderá ser o bem.
O mal, por sua vez, trará consequências desagradáveis.
Sofrimentos na vida individual, social e coletiva, poderiam ser evitados se todos observássemos a Lei de Causa e Efeito, que Jesus traduziu em admirável sentença: A cada um será dado segundo as suas próprias obras.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Ação e reação,
de Orson Peter Carrara, publicado na revista Reformador,
novembro de 2004, ed. FEB.
Em 21.11.2015.
de Orson Peter Carrara, publicado na revista Reformador,
novembro de 2004, ed. FEB.
Em 21.11.2015.
Os Infortúnios Ocultos
4 – Nas grandes calamidades, a caridade se agita, e vêem-se generosos impulsos para reparar os desastres. Mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam desapercebidos, de pessoas que jazem num miserável catre, sem se queixarem. São esses os infortúnios discretos e ocultos, que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que venham pedir assistência.
Quem é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples mas bem cuidados, seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água furtada: lá vive uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a alegria brilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses infortunados não são profissionais de mendicância. O pai se encontra no hospital, e durante esse tempo à mãe não pode suprir as necessidades.
Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à escola suficientemente agasalhados e no seio da mãe não faltará o leite para os menorzinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguirá para o hospital, levar ao pai algum consolo e tranquilizá-lo quanto à sorte da família. Na esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo o que vai levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela crença nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma: Comecei bem o meu dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.
Por que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade, mas a mãe lhe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei eu, na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajudar-me as a cuidar deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece suficiente? Nada mais simples: aprende a fazer costuras úteis, e assim confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai formando sua filha das virtudes ensinadas pelo Cristo. É espírita? Que importa?
Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra aprovação que a de Deus e da sua própria consciência. Um dia, porém, uma circunstância imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para lhe oferecer trabalhos manuais. “Psiu! — diz-lhe ela. Não contes a ninguém!” Assim falava Jesus.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
O SENHOR VEM...
E eis que Ele chega sempre de mansinho.
Haja sol, faça frio ou tempestade; Veste o manto do amor e da verdade, E percorre o silêncio do caminho. Vem ao nosso amargoso torvelinho, Traz às sombras da vida a claridade, E os próprios sofrimentos da impiedade São as bênçãos de luz do seu carinho, Como o Sol que dá vida sem alarde, Vem o Senhor que nunca chega tarde, E protege a miséria mais sombria. Ele chega. E o amor se perpetua... É por isso que o homem continua Ressurgindo da treva a cada dia. |
Pelo Espírito Auta de Souza- Do livro: Parnaso de Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier
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domingo, 22 de novembro de 2015
Indissolubilidade do Casamento
1 – E chegaram-se a ele os fariseus, tentando-o e dizendo: É porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa? Ele, respondendo, lhes disse: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho e fêmea? E disse: Por isso, deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o que Deus ajuntou. Replicaram-lhe eles: Pois por que mandou Moisés dar o homem à sua mulher carta de desquite, e repudiá-la? Respondeu-lhes: Porque Moisés, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim. Eu, pois, vos declaro, que todo aquele que repudiar sua mulher, se não for por causa da fornicação, e casar com outra, comete adultério, e o que se casar com a que o outro repudiou, comete adultério. (Mateus, XIX: 3-9)
2 – A não ser o que procede de Deus, nada é imutável no mundo. Tudo o que procede do homem está sujeito a mudanças. As leis da natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países; as leis humanas, porém, modificam-se segundo os tempos, os lugares, e o desenvolvimento intelectual. No casamento, o que é de ordem divina é a união conjugal, para que se opere a renovação dos seres que morrem. Mas as condições que regulam essa união são de tal maneira humanas, que não há em todo o mundo, e mesmo na cristandade, dois países em que elas sejam absolutamente iguais, e não há mesmo um só em que elas não tenham sofrido modificações através dos tempos. Resulta desse fato que, perante a lei civil, o que é legítimo num país e m certa época, torna-se adultério noutro país e noutro tempo. Isso porque a lei civil tem por fim regular os interesses familiais e esses interesses variam segundo os costumes e as necessidades locais. É assim, por exemplo, que em certos países o casamento religioso é o único legítimo, enquanto em outros o casamento civil é suficiente.
3 – Mas, na união conjugal, ao lado da lei divina material, comum a todos os seres vivos, existe outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, e exclusivamente moral, que é a lei do amor. Deus quis que os seres se unissem, não somente pelos laços carnais, mas também pelos da alma, a fim de que a mútua afeição dos esposos se estenda aos filhos, e para que sejam dois, em vez de um, a amá-los, tratá-los e fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, é levada em conta a lei do amor? Absolutamente! Não se consulta o sentimento mútuo de dois seres, que se atraem reciprocamente, pois na maioria das vezes, esse sentimento é rompido. O que se procura não é a satisfação do coração, mas a do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: todos os interesses materiais. Quando tudo corre bem, segundo esses interesses, diz-se que o casamento é conveniente, e quando as bolsas estão bem equilibradas, diz-se que os esposos estão igualmente harmonizados e devem ser muito felizes.
Mas nem a lei civil, nem os compromissos que ela determina, podem suprir a lei do amor, se esta não presidir à união. Disso resulta freqüentemente, que aquilo que se uniu à força, por si mesmo se separa, e que o juramento pronunciado ao pé do altar se torna um prejuízo, se foi dito como simples fórmula. São assim as uniões infelizes, que se tornam criminosas. Dupla desgraça, que se evitaria se, nas condições do matrimônio, não se esquecesse à única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei do amor. Quando Deus disse: “Serão dois numa só carne”, e quando Jesus advertiu: “Não separe o homem o que Deus juntou”, isso deve ser entendido segundo a lei imutável de Deus, e não segundo a lei instável dos homens.
4 – A lei civil seria então supérflua, e deveríamos retornar aos casamentos segundo a natureza? Não, certamente. Porque a lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesse familiais, segundo as exigências da civilização, e eis porque ela é útil, necessária, mas variável. Deve ela ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como o selvagem. Mas nada, absolutamente, impede que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina decorrem dos preconceitos sociais e não da lei civil. Esses preconceitos, embora ainda vivazes, já perderam o seu domínio sobre os povos esclarecidos, e desaparecerão com o progresso moral, que abrirá finalmente os olhos dos homens para os males incontáveis, as faltas, e até mesmo os crimes que resultam das uniões contraídas com vistas apenas aos interesses materiais. E um dia se perguntará se é mais humano, mais caridoso, mais moral, ligar um ao outro, dois seres que não podem viver juntos, ou restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número das uniões irregulares.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
Pensar nos outros
Pequenos gestos, algumas vezes, podem amenizar grandes dores.
Ao saber que imigrantes haitianos, que buscaram refúgio numa cidade do sul do Brasil, estavam passando por dificuldades severas, um grupo de pessoas decidiu fazer uma campanha para recolher roupas, alimentos e tudo o que pudesse minimizar suas carências.
Dezenas de corações bem intencionados reuniram em caminhões todo tipo de doação.
Uma jovem queria fazer algo mais por aquelas pessoas. Ela não tinha bens materiais para ofertar, mas seu desejo de fazer algo especial era imenso.
Colocou-se no lugar dos imigrantes, tentando compreender de que forma estariam se sentindo numa terra estranha, necessitando se expressar em um idioma que não era o seu. E teve uma ideia.
Procurou uma colega que dominava a língua francesa e pediu ajuda para realizar seu plano.
Providenciou papel e caneta e passou horas escrevendo mensagens de coragem e reconforto, em francês e no haitiano creole e as colocou em todas as caixas.
Assim, quando as abrissem, aquelas pessoas receberiam, além dos donativos, a seguinte mensagem, nos idiomas de seu conhecimento: Que nunca vos falte alimento para o corpo e para a alma. Que Deus vos abençoe.
A jovem não soube se as mensagens chegaram aos haitianos.
Entretanto, o carinho e o amor com que ela preparou as mensagens, com certeza, chegaram àqueles corações sofridos, em forma de vibrações de amor, esperança e reconforto, levados por irmãos de luz que acompanharam o seu gesto.
* * *
Também nós podemos fazer pelo nosso semelhante algo que reconforte, anime, traga um pouco de claridade num momento sombrio.
Uma palavra, um sorriso, um gesto de carinho podem encorajar aqueles que passam pela tristeza, isolamento ou sensação de solidão.
Pensar nos que padecem, desejar seu bem, enviar-lhes um pensamento de amor, são formas sublimes de caridade que podem ser realizadas por qualquer pessoa, em qualquer lugar.
Quando desenvolvemos a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, tentando compreender de que forma ele vê o mundo, é possível vislumbrarmos as razões de seu sofrimento, bem como de determinados comportamentos e posturas.
Compreendendo, tendemos a julgar menos e ajudar mais.
Quando amamos o próximo, fazendo a ele o que desejaríamos que fizessem por nós, realizamos o mandamento deixado pelo Mestre Jesus e estreitamos nossos laços com a Espiritualidade maior.
Quando pensamos nos outros, desejando seu bem, fazendo algo para minimizar sua dor, estamos vencendo o egoísmo e avançando no caminho da evolução.
Enfim, quando voltamos nosso olhar para o próximo e o auxiliamos em suas necessidades, doando também o que de melhor possuímos, recebemos muito mais do que podemos supor.
Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, nos dá possibilidades e recursos para ajudar de diferentes formas. Em todas elas, mesmo as mais simples, nos oferece de retorno o maior tesouro de todos: o amor.
Redação do Momento Espírita.
Em 19.11.2015.
Em 19.11.2015.
sábado, 21 de novembro de 2015
Em Plena Renovação
Querida Mamãe:
Eis-me aqui, pontual, para o nosso encontro, através do lápis. Sinto-me feliz com as suas horas de refazimento. Tão grande é a luta e tão inquietantes os problemas que nos asfixiam o tempo, nos círculos dos mais amados, que naturalmente, de quando em quando, é imprescindível a pausa de repouso para a restauração. Não sei bem se posso julgar em minha inexperiência, mas, por vezes, pergunto a mim mesma, se a Terra não será uma casa incendiada, reclamando socorro... Por toda parte multiplicam-se aflições e conflitos. Dores incontáveis sitiam as criaturas, em todos os lugares... Entretanto, Mamãe, o quadro escuro tem ensinado novas lições ao meu espírito, compelindo-me a buscar a verdadeira luz para clarear o caminho. Essa luz é a oração, o fio misterioso que nos coloca em comunhão com as esferas divinas. Pela prece encontramos o remédio salutar para as nossas feridas, bálsamo para as nossas dores, equilíbrio para as nossas emoções atormentadas. Creio, hoje, que alta percentagem das moléstias que perseguem a saúde dos homens é perfeitamente curável pela oração, de vez que a maioria das afecções orgânicas são simples quedas espirituais de nossa própria alma, nos caminhos do coração. Vejo-me, felizmente, mais forte, mais senhora de mim mesma. Presentemente, o ideal de trabalhar, em meu próprio reajuste, absorve-me a vida. Não tenho descansado. Sinto a necessidade de caminhar para frente, de abrir novas rotas e descobrir horizontes novos. Esforço-me na reconquista de mim própria. Não tive tempo de viver suficientemente, na posição de medica, para desaprender certos enganos que a ciência nos impõe, nos bancos acadêmicos, razão pela qual hoje me desvelo na recomposição dos meus conhecimentos. A senhora ainda é a minha instrutora maior, porque se a paciência me ajudou a vencer alguns capítulos difíceis de minha passagem pelo corpo, devo-a aos seus exemplos incessantes de paz, tolerância, renuncia e carinho. Há situações das quais, realmente, não nos compete o conhecimento deliberado. É preciso ignorar a existência de certos flagelos para que possamos cooperar em sua extinção. Sejam a serenidade e a fé nossas companheiras de viagem. Tenhamos confiança no Céu. De lá, vem todo o suprimento de que necessitamos para o desempenho fiel de nossas obrigações. Seus pensamentos me alcançam como chuva de flores a se despetalarem sobre mim. A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a gloria do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre. Agradeçamos a Terra pelas dores que nos deu... O mundo que conhecemos é somente degrau e o corpo e pesada roupagem de serviço que, por determinado tempo, devemos utilizar, com o respeito e reconhecimento, a beneficio de nossa própria redenção. Com lembranças a todos os nossos, beija-lhe o coração e pede a senhora que a abençoe, a filha muito reconhecida e muito amiga. |
pelo Espírito Aparecida - Do livro: Mãe, Médium: Francisco Cândido Xavier
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SAUDAÇÃO AO CENTENÁRIO
Meus amigos, meus irmãos,
Salve Jesus, Modelo e Guia de todos nós. Honramo-nos com a oportunidade de evocar o primeiro centenário da nossa Casa Federativa do Paraná. Nada obstante a felicidade que nos envolve nesses tempos comemorativos, hemos de convir que bem pouco logramos realizar até agora, em nome do Senhor da Vida, de acordo com os compromissos que assumimos no Grande Além, antes do berço terreno e após a desencarnação. Se admitimos que um século é tempo formidável para o homem do mundo, também entendemos que se trata de uma fração pequeníssima de segundo ante os milênios sem conto, que alberga a nossa história no seio atemporal do Criador. Vale refletir em nossas obras nesse primeiro século, a fim de estabelecer os fundamentos dos labores do segundo, que ora iniciamos. Temos conseguido atuar no seio da cultura espírita, da nutrição e da vestimenta, da profissionalização, da medicação para a saúde de corpos e mentes e da cultura acadêmica. Temos feito amigos incontáveis nos dois hemisférios da vida. Mas, na próxima etapa dos serviços da nossa Obra deveremos dar ênfase ao ser imortal, trabalhando em prol da maior sensibilidade diante da existência, a partir da mensagem do luminoso Espiritismo. É preciso sensibilizar os corações, desarmar as mentes, laborar pela afabilidade e pela doçura, pelo amor fraternal, para que todos retornemos às paisagens bucólicas e dúlcidas da velha Galileia, sob o comando espiritual do Nazareno, ainda pouco conhecido e menos ainda seguido pela pequena parte do mundo que dEle já tem notícias. Louvemos, assim, o Senhor, em nossa festividade de corações. Saudemos nesses vinte lustros todos quantos se empenharam e se empenham para que a Obra Federativa não sofra solução de continuidade. No seio dessa vibração feliz, acham-se ente nós, representando o pugilo de incansáveis e devotadas almas que deram fôlego à marcha da Federação, nosso Olympio Alves, Lins, Mariinha, Dolores, Lauro, Honório, Abibe, Hugo Reis, Victor Ribas, abraçando os confrades que, reencarnados, conduzem o archote da coragem, da boa vontade, da disposição e da indispensável fidelidade ao Mestre da tumba vazia e a flama da Mensagem formidável do Consolador. É tempo dos abraços e das meditações amadurecidas. É tempo de louvores e dos exercícios de fraternidade entre os servidores. Assevera Jesus que aquele que não consegue ser fiel nas coisas mínimas, jamais se-lo-á nas coisas maiores. Um século! Agradeçamos ao Cristo a confiança pela ação depositada sob nossos cuidados. Tantos corações que se confiam aos nossos. Tantas crianças e tantos jovens que aguardam nossa orientação. Tantos enfermos psiquiátricos entregues à nossa lucidez. Tantos desencarnados que esperam nossa vibração, nossa palavra, nosso envolvimento. E o que aguardaremos para atender a todos de melhor modo? Rebusquemos as notas dessa experiência centenária e que nos entreguemos, integralmente, à vida operosa dos verdadeiros seareiros da Doutrina dos Espíritos. Sob o toque de profundas emoções, suplicamos ao Criador bênçãos multiplicadas por nossa Federação Espírita do Paraná, e desejamos abraçar a todos e a todos animar para que possamos juntos dar prosseguimento aos labores do nosso segundo século. Assim, sou o pequenino servo de todas as horas, a todos envolvendo com grande apreço, |
pelo Espírito João Pedro Schleder - (Presidente da Federação Espírita do Paraná de 30.09.1908 a 10.04.1909) - Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, durante abertura, no dia 12.04.2002, da V Conferência Estadual Espírita. Do site:http://www.raulteixeira.com.br/mensagens.php?not=343.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2015
O Necessário para Salvar-se: O Bom Samaritano
1 – Mas quando vier o Filho do Homem na sua majestade, e todos os anjos com ele, então se assentará sobre o trono de sua majestade. E serão todas as gentes congregadas diante dele, e separará uns dos outros, como o pastor que aparta dos cabritos as ovelhas; e assim porá as ovelhas à direita, e os cabritos à esquerda; então dirá o rei aos que hão de estar à sua direita; vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; precisava de alojamento e recolhestes-me; estava nu e cobristes-me; estava enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e viestes ver-me. Então lhe responderão os justos, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto e te demos de comer; ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos sem alojamento e te recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou no cárcere e te fomos ver? E respondendo o rei, lhes dirá: Na verdade vos digo, que quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes. Então dirá também aos que hão de estar à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que está aparelhado para o diabo e para os seus anjos; Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber. Precisava de alojamento e não me recolhestes; estava nu e não me cobristes; estava enfermo no cárcere e não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou sem alojamento, ou nu, ou enfermo, ou no cárcere, e deixamos de te assistir? Então lhes responderá ele, dizendo: Na verdade, vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (Mateus, XXV: 31-46).
2 – E eis que se levantou um doutor da lei, e lhe disse, para o tentar: Mestre, que hei de eu fazer para entrar na posse da vida eterna? Disse-lhe então Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu? Ele, respondendo, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E Jesus lhe disse: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E Jesus, prosseguindo no mesmo discurso, disse: Um homem baixava de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões, que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, se retiraram, deixando-o meio morto. Aconteceu pois que passava pelo mesmo caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. E assim mesmo um levita, chegando perto daquele lugar, e vendo-o, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia a seu caminho, chegou perto dele, e quando o viu, se moveu à compaixão: E chegando-se atou as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, o levou a uma estalagem, e teve cuidado dele. E ao outro dia tirou dois denários, e deu-os ao estalajadeiro, e lhe disse: Tem-me cuidado dele; e quanto gastares demais, eu to satisfarei quando voltar. Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu logo o doutor: aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e faze tu o mesmo. (Lucas, X: 25-37).
3 – Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, quer dizer: os humildes, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os que tem coração puro; bem-aventurados os mansos e pacíficos; bem-aventurados os misericordiosos. Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros os que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação: julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e de que ele mesmo dá o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater. Mas ele fez mais do que recomendar a caridade, pondo-a claramente, em termos explícitos, como a condição absoluta da felicidade futura.
No quadro que Jesus apresenta, do juízo final, como em muitas outras coisas, temos de separar o que pertence à figura e à alegoria. A homens como aos que falava, ainda incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, devia apresentar imagens materiais, surpreendentes e capazes de impressionar. Para que fossem melhor aceitas, não podia mesmo afastar-se muito das idéias em voga, no tocante à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação das suas palavras e dos pontos que ainda não podia explicar claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade que espera o justo e da infelicidade reservada ao mau.
Nesse julgamento supremo, quais são os considerandos da sentença? Sobre o que baseia a inquirição? Pergunta o juiz se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas mais ou menos estas ou aquelas práticas exteriores? Não, ele só pergunta por uma coisa: a prática da caridade. E se pronuncia dizendo: “Passai à direita, vós que socorrestes aos vossos irmãos; passai à esquerda , vós que fostes duros para com eles”. Indaga pela ortodoxia da fé? Faz distinção entre o que crê de uma maneira, e o que crê de outra? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade. Jesus não faz, portanto, da caridade, uma das condições da salvação, mas a condição única. Se outras devessem ser preenchidas, ele as mencionaria. Se ele coloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, é porque ele encerra implicitamente todas as outras: a humildade, a mansidão, a benevolência, a justiça etc; e porque é ela a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Reflexão sobre o Terrorismo - Divaldo Franco
Reflexão sobre o Terrorismo - Divaldo Franco
A Hidra de Lerna, da mitologia grega, na sua insaciável sede de sangue, ressurge, na atualidade, multiplicando-se em forma do hediondo terrorismo.
Os fantasmas do medo, da revolta, das lutas sem quartel, corporificam-se nas massas alucinadas gritando por vingança, sem se importar com o número de vidas que sejam estioladas, nem com as formas cruentas a que sejam submetidas.
Os direitos do homem e da mulher, dolorosamente conseguidos ao largo da História, cedem lugar ao abuso do poder desenfreado, da loucura fanática de minorias infelizes, que acendem o estopim do barril de pólvora dos ódios mal contidos.
Entre as elevadas conquistas do desenvolvimento ético e moral da Terra, destaca-se a liberdade, representada nas organizações políticas pelos regimes democráticos, veladores da honra de bem viver e deixar que os demais também o vivam. Dentre esses direitos inalienáveis, a liberdade de expressão alcançou nível superior para o comportamento humano.
Não há, portanto, limite sagrado ou profano, proibido ou permitido, dependendo, exclusivamente, do estágio intelecto-moral da sociedade e dos seus cidadãos, que optarão pelo ético, pelo saudável e pelo favorável ao desenvolvimento espiritual da Humanidade.
Sofista por excelência e ético na sua essência, Sócrates defendia a liberdade de expressão num período de intolerância e de sujeição, de arbitrariedades, que ele condenava, havendo pago com a nobre existência a elevada condição de exaltar a beleza e a verdade.
Jesus, na Sua ímpar condição, respeitou essa gloriosa conquista – a liberdade de expressão - não se permitindo afetar pelos inditosos comportamentos dos seus opositores contumazes... E fez-se vítima espontânea da crueldade e do primarismo daqueles que O temiam e, por consequência, O odiavam.
Legou-nos, no entanto, no memorável discurso das bem-aventuranças as diretrizes éticas para a conquista da existência feliz através da aquisição da paz.
Em momento algum limitou, excruciou ou lutou contra o amadurecimento espiritual do ser humano.
Sua doutrina, conforme previra, foi submetida ao talante dos poderes temporais e transformada em arma terrorista esmagadora que dominou as massas humanas por longos séculos de medo e de horror.
Há pouco mais de duzentos anos, no entanto, a França e, logo depois, os Estados Unidos da América do Norte desfraldaram a bandeira dos direitos à liberdade, à igualdade e à fraternidade. E houve, desde então, avanços incontestes no comportamento dos povos, diversas vezes afogados no sangue dos seus filhos em insurreições internas, em guerras internacionais, embora muitos interesses subalternos, para que lhes fossem preservados esses soberanos direitos.
Os temperamentos primários, porém, ainda predominantes em expressivo número de Espíritos rebeldes, incapazes de compreender os valores humanos, têm imposto a sua terrível e covarde adaga em atos de terrorismo, tendo como pano de fundo as falsas e mórbidas confissões políticas e religiosas, que dizem abraçar, espalhando o caos, o terror, nos quais se comprazem.
A força das suas armas destrutivas jamais fixará os seus postulados hediondos, pois que sempre enfrentarão outros grupelhos mais nefastos e sanguinários que os vencerão. Após o triunfo de um bando de bárbaros por um tempo e ei-los desapeados da dominação por dissidentes não menos cruéis...
Assim tem sido na História em todos os tempos.
Os mongóis, por exemplo, conquistaram a Índia, embelezaram-na, realizaram esplendorosas construções como o Taj Mahal, pelo imperador Shah Jahan, a fortaleza dita inexpugnável guardando a cidade e as minas de diamantes da Golconda, enquanto se matavam para manter-se ou para conquistar o trono – filhos que assassinaram os pais ou os encarceraram, ou os enviaram para o exílio, como era hábito em outras nações – para depois sucumbirem sob o guante de outros voluptuosos dominadores mais hábeis e mais selvagens.
Criaram armas terríveis, como os foguetes com lâminas aguçadas e os imensos canhões, terminando vencidos, após algumas glórias, pelas tropas inglesas que invadiram o país, submetendo-o por mais de um século ao Reino Unido, desde o reinado de Vitória.
Mais tarde, a grandeza moral do Mahatma Gandhi, com a sua misericordiosa não violência, libertou-a, restituindo-a aos seus primitivos filhos. Nada obstante, após o seu assassinato, a Índia continuou e permanece até hoje vítima do terrorismo político e religioso desenfreado, sem a bênção da paz, a dileta filha do amor.
Somente quando o amor instalar-se no coração do ser humano é que o terrorismo perverso desaparecerá e os cidadãos de todas as pátrias e de todas as confissões religiosas se permitirão a vera liberdade de pensamento, de palavra e de ação.
Com efeito, esse sublime sentimento não usará da glória da liberdade para denegrir ou punir pelo ridículo, porque respeitará todos os direitos que a Vida concede àqueles que gera e mantém.
Para que esse momento seja atingido, faz-se urgente que todos, mulheres e homens de bem, religiosos ou não, mantenham-se em harmonia, respeitem-se mutuamente e contribuam uns para a plenitude dos outros.
Infelizmente, porém, na atualidade, em que predominam o individualismo, o consumismo, o exibicionismo, espúrios descendentes do egoísmo, facções terroristas degeneradas disseminarão na Terra o crime e o pavor, até que seus comandantes e comandados sejam todos exilados para mundos inferiores, compatíveis com o seu estágio de evolução.
Merece, igualmente, neste grave momento, recordar a frase de Jesus: Eu venci o mundo! (João, 16:33)
Todos desejam, por ignorância, vencer no mundo.
Ele não foi um vitorioso no cenário enganoso do mundo, mas o triunfador sobre todas as suas ainda perversas injunções.
O terrorismo passará como todas as vitórias da mentira, das paixões inferiores e da violência, porque só o amor é portador de perenidade.
Vianna de Carvalho
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 7 de janeiro de 2015 (quando ocorreu o ataque terrorista
em Paris), no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,
Bahia.
Em 3.3.2015
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