Como outrora, no lago, ante o açoite do vento
Cristo, o Mestre e Senhor, vencendo a noite, avança!... De novo, brilha a paz e ressurge a bonança Sobre o estranho furor do temporal violento. Ei-Lo, excelso e imortal, seguindo, calmo e atento, O Celeste Pastor, sem cansaço ou mudança, No Espiritismo em luz, a Divina Esperança Que combate a miséria e apaga o sofrimento... Ave Cristo de Deus! Ave Glória da Vida!... Fala, ainda, Senhor, à Terra empobrecida Do celeste esplendor do trono a que te elevas!... O Espiritismo é Cristo ao coração do povo, Plasmando, no Evangelho, um mundo grande e novo Ao sol do Eterno Amor que rompe as nossas trevas. |
Pelo Espírito Amaral Ornelas - Do livro: Através do Tempo, Médium: Francisco Cândido Xavier |
domingo, 28 de julho de 2019
Ave Cristo
A Parábola Relembrada
Conta-se que, após ouvir a parábola do samaritano, narrada por Jesus, o Apóstolo Tadeu ficou muito interessado no assunto.
Mais tarde, pediu que o Mestre fosse mais explícito nos ensinamentos. Jesus, com Sua peculiar bondade, relatou o seguinte: Um homem enfermo jazia no chão, às portas de grande cidade. Pequena massa popular assistia indiferente aos seus esgares de dor. Passou por ali um moço romano de coração generoso. Apressado, atirou-lhe duas moedas de prata, que um rapazelho de maus costumes subtraiu às ocultas. Logo após, transitou pelo local um venerando escriba da lei. Alegando tarefas urgentes a realizar, prometeu enviar autoridades, em benefício do mendigo anônimo. Quase de imediato, desfilou por ali um sacerdote, que lançou ao viajante desamparado um gesto de bênção. Afirmando que o culto a Deus o esperava, estimulou o povo a asilar o doente e alimentá-lo. Depois dele, surgiu respeitável senhora, a quem o pobre dirigiu comovente súplica. A nobre matrona lastimou as dificuldades de sua condição de mulher. Invocou o cavalheirismo masculino para aliviá-lo, como se fazia imprescindível. Minutos mais tarde, um grande juiz passou pelo mesmo trecho da via pública. Afirmou que nomearia algumas testemunhas, a fim de verificar se o mísero não era algum viciado vulgar, e se afastou. Decorridos ainda alguns instantes, veio à cena um mercador. Condoído, asseverou a sua carência de tempo e deu vinte moedas a um homem que lhe pareceu simpático. Assim, esperou que o problema de assistência fosse resolvido. Mas o preposto improvisado era um malfeitor e fugiu com o dinheiro sem prestar o socorro prometido. O doente tremia e suava de dor, rojado ao pó. Foi quando surgiu um velho publicano, considerado de má vida, por não adorar o Senhor segundo as regras dos fariseus. Com espanto de todos, aproximou-se do infeliz e lhe endereçou palavras de encorajamento e carinho. Deu-lhe o braço e o levantou, sustentando-o com as próprias energias. Conduziu-o a uma estalagem de confiança, fornecendo-lhe medicação adequada. Também dividiu com ele o dinheiro que trazia consigo. Em seguida, retomou com tranquilidade o seu caminho. Depois de interromper-se ligeiramente, o Mestre perguntou ao discípulo: Em sua opinião, quem exerceu a caridade legítima? Sem dúvida, foi o publicano, exclamou Tadeu. Além de dar o dinheiro e palavras, deu também o sentimento, o tempo, o braço e o estímulo fraterno. E para tudo usou das próprias forças. Jesus fitou no aprendiz os olhos penetrantes e rematou: Então, faça o mesmo. A caridade por substitutos é indiscutivelmente honrosa e louvável. Mas o bem que praticamos em sentido direto, dando de nós mesmos, é sempre o maior e o mais seguro de todos. Pensemos nisso. |
Por Redação do Momento Espírita, com base no cap. 29, do livro Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. Dos site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5779&stat=0 |
Serenidade
A vida moderna, com os seus múltiplos e complexos mecanismos para uma existência com saúde, harmonia e rica de valores ético-morais e culturais, exige esforços quase sobre-humanos. Os vários processos que estimulam e realizam o crescimento interior impõem expressiva
quota de disciplina e de serenidade.
A aplicação desses recursos exige uma bem planejada programação, a fim de poder-se atender a todos sem sobrecarga física, mental ou emocional, mantendo o ritmo do equilíbrio. Nem sempre, porém, se consegue esse roteiro aplicado nas atividades do dia a dia. E pode-se notar os resultados numa sociedade ansiosa, cansada, excitada e em contínua fuga da realidade, procurando soluções que não conseguem acalmar o ânimo nem manter o bem-estar. A tecnologia voltada para facilitar as atividades também abre espaço para os prazeres e divertimentos que tomam muito tempo, tornando-se fugas psicológicas para uma autorrealização impossível. Como consequência imediata, o individualismo domina grande número de pessoas que se acomodam nos jogos e futilidades da comunicação virtual, não se aprofundando nos objetivos reais do existir. A celeridade das comunicações facilita a multiplicação de compromissos e o seu elevado número desanima todos aqueles que desejam estar a par de tudo, participar de todos os eventos, ser notícia constante, brilhar nas telas dos aparelhos de divulgação. Ante a ocorrência sem interrupção, se vão instalando distúrbios emocionais, entre os quais se destaca a irritação, resultante do natural cansaço das atividades, entre as quais aquelas de somenos importância. Esse nervosismo disfarçado com sorrisos televisivos e destituídos de real alegria desorganiza o emocional, e a serenidade indispensável a uma existência feliz desaparece. Discute-se por quase nada, vive-se armado como se os relacionamentos devessem ocorrer num campo de batalha, e o ego inquieto, inseguro, soma experiências malsucedidas, levando a transtornos de perturbação. Afinal, as conquistas da ciência e da tecnologia têm por fim o bem-estar do cidadão e a sua perfeita integração na coletividade. Cada indivíduo deve esforçar-se para manter a calma em qualquer situação em que se veja colocado, extraindo, daquelas desafiadores e afligentes, os melhores proveitos para manter-se no clima da alegria de viver e de fomentar o progresso moral do mundo. Sem serenidade, tudo aquilo que se adquire perde o brilho e o significado, sendo indispensável o comportamento amparado numa filosofia otimista e coroado por uma crença religiosa confortadora e lógica, explicando o sentido da vida, que é amar. Há uma ânsia perturbadora para se ter, possuir e brilhar. No entanto, é necessário ser sereno e amar para bem viver. |
Por Divaldo Pereira Franco. Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 27.6.2019. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=579 |
Calar a Discórdia
A harmonia plena ainda constitui um sonho distante de qualquer organização humana.
Os homens guardam grandes diferenças entre si.
Diversos fatores induzem a distintas formas de entender e viver a vida.
A educação recebida no lar, as experiências profissionais e afetivas, os professores e os amigos.
Todos esses elementos contribuem para a singularidade da personalidade humana.
A diversidade produz a riqueza.
Se todos os homens pensassem do mesmo modo, o marasmo e a mesmice tomariam conta do mundo.
Uma assembleia ou equipe composta de forma heterogênea possui grande potencial.
Ocorre que conviver em harmonia com o diferente pressupõe maturidade.
Em qualquer gênero de relacionamento humano, é necessário respeitar o próximo.
Mas é preciso também manter o foco em um objetivo maior.
Toda associação humana possui uma finalidade.
No âmbito profissional, busca-se o crescimento da empresa na qual se participa.
Na esfera familiar, colima-se a educação e o preparo de seus membros para a vida, em um contexto de dignidade.
Em uma associação filantrópica, tem-se por meta a prática do bem.
A noção clara do objetivo que se persegue facilita a convivência.
O fato de alguém discordar de suas ideias não significa que esteja contra você.
O relevante é verificar qual o modo mais eficiente de atingir a meta almejada pelo grupo.
A convivência humana raramente deixa de produzir algum atrito.
Mas é preciso saber calar a discórdia.
Se o embate de ideias e posições não é ruim, a agressividade e o radicalismo sempre o são.
Pense sobre as instituições que você integra.
Sua presença em tais ambientes visa ao interesse coletivo, ou à exaltação de seu ego?
É melhor afastar-se delas do que, por mesquinharia, ser causa de desestabilização e brigas.
Mas o ideal é aprender a sacrificar seu interesse pessoal em prol de uma causa maior.
Se uma controvérsia surge, reflita com serenidade sobre os pontos de vista envolvidos.
Caso sua posição não seja defensável, abdique dela.
Procure ser um elemento pacificador nos meios em que se movimenta.
Há pouca coisa tão cansativa quanto um altercador contumaz.
Certas posturas são toleráveis apenas em pessoas muito jovens.
Na maturidade, a rebeldia e a vaidade sistemáticas são ridículas.
Não canse seus semelhantes, com posições inflexíveis e injustificáveis.
Aprenda a ceder e a compatibilizar, quando isso não comprometer sua honestidade e sua ética.
De que lhe adianta vencer um debate, se a causa que você defende sofre com isso?
O homem sábio identifica quando deve avançar e quando deve recuar.
Mas sempre o faz de forma sincera e digna.
De nada adianta afetar concordância e semear a discórdia nos bastidores.
A dissimulação e a intriga são indignas de uma pessoa honrada.
Reflita sobre isso, quando se vir envolvido em debates e contendas.
Quando se engajar em uma causa, sirva-a com desinteresse.
Jamais se permita servir-se dela para aparecer.
Mas principalmente nunca a prejudique por radicalismo e imaturidade.
Redação do Momento Espírita.
Em 22.7.2019.
Em 22.7.2019.
sábado, 20 de julho de 2019
Ser e Parecer
Ser e Parecer
A essência, o ser em si mesmo,
constitui a individualidade, que
avança mediante o processo
reencarnatório, adquirindo
experiências e desenvolvendo as
aptidões que lhes jazem inatas,
heranças que são da sua origem
divina.
A expressão temporária, adquirida
em cada existência corporal, com
as suas imposições e necessidades,
torna-se a personalidade de que se
reveste o espírito, a fim de atingir
a destinação que o aguarda.
A primeira tem o sabor da eternidade,
enquanto a outra é transitória.
No âmago do ser encontra-se a vida
pulsante, imorredoura, embora, na
superfície, a aparência, o revestimento,
quase sempre difere da estrutura que
envolve.
A individualidade resulta da soma das
conquistas, através do êxito como do
insucesso, logrados ao largo das lutas
que lhe são impostas.
A personalidade varia conforme a
ocasião e as circunstâncias, os
interesses e as ambições.
Esta passa, enquanto aquela permanece.
Máscara, forma de aparecer, a
personalidade se adquire sem
transformação substancial, profunda,
ocultando, na maioria das vezes, o que
se é, o que se pensa, o que se aspira.
Legítima, a individualidade se aprimora,
qual diamante que fulge ao atrito
abençoado do cinzel.
A personalidade extravasa, formaliza,
apresenta.
A individualidade aprimora, realiza,
afirma.
À medida que o ser evolui, mergulha
no mundo íntimo, introspectivamente,
desenvolvendo os valores que dormem
em embrião e se agigantam.
O exterior desgasta-se e desaparece.
O interior esplende e agiganta-se.
A semente que morre semente, não viveu,
não realizou a missão que lhe estava
reservada: multiplicar e produzir vida.
A gema, sem lapidação, jamais fulgura.
Faze a tua indagação à vida, em torno
da tua destinação.
Quem és hoje e o que pretendes alcançar?
Cansado da aparência, realiza-te
intimamente e desata as aptidões
superiores que aguardam oportunidade e
cresce para as finalidades elevadas da
Vida.
Tenta ser, por fora, conforme evoluis
por dentro, sendo a pessoa gentil, mas
nobre, fulgurante e abnegado, afável
todavia leal.
Tua aparência, seja também tua realidade,
esforçando-te, cada vez mais, para
conseguir a harmonia entre a
individualidade e a personalidade,
refletindo os ideais de beleza e amor
que te vitalizam.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Momentos de Coragem
A essência, o ser em si mesmo,
constitui a individualidade, que
avança mediante o processo
reencarnatório, adquirindo
experiências e desenvolvendo as
aptidões que lhes jazem inatas,
heranças que são da sua origem
divina.
A expressão temporária, adquirida
em cada existência corporal, com
as suas imposições e necessidades,
torna-se a personalidade de que se
reveste o espírito, a fim de atingir
a destinação que o aguarda.
A primeira tem o sabor da eternidade,
enquanto a outra é transitória.
No âmago do ser encontra-se a vida
pulsante, imorredoura, embora, na
superfície, a aparência, o revestimento,
quase sempre difere da estrutura que
envolve.
A individualidade resulta da soma das
conquistas, através do êxito como do
insucesso, logrados ao largo das lutas
que lhe são impostas.
A personalidade varia conforme a
ocasião e as circunstâncias, os
interesses e as ambições.
Esta passa, enquanto aquela permanece.
Máscara, forma de aparecer, a
personalidade se adquire sem
transformação substancial, profunda,
ocultando, na maioria das vezes, o que
se é, o que se pensa, o que se aspira.
Legítima, a individualidade se aprimora,
qual diamante que fulge ao atrito
abençoado do cinzel.
A personalidade extravasa, formaliza,
apresenta.
A individualidade aprimora, realiza,
afirma.
À medida que o ser evolui, mergulha
no mundo íntimo, introspectivamente,
desenvolvendo os valores que dormem
em embrião e se agigantam.
O exterior desgasta-se e desaparece.
O interior esplende e agiganta-se.
A semente que morre semente, não viveu,
não realizou a missão que lhe estava
reservada: multiplicar e produzir vida.
A gema, sem lapidação, jamais fulgura.
Faze a tua indagação à vida, em torno
da tua destinação.
Quem és hoje e o que pretendes alcançar?
Cansado da aparência, realiza-te
intimamente e desata as aptidões
superiores que aguardam oportunidade e
cresce para as finalidades elevadas da
Vida.
Tenta ser, por fora, conforme evoluis
por dentro, sendo a pessoa gentil, mas
nobre, fulgurante e abnegado, afável
todavia leal.
Tua aparência, seja também tua realidade,
esforçando-te, cada vez mais, para
conseguir a harmonia entre a
individualidade e a personalidade,
refletindo os ideais de beleza e amor
que te vitalizam.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Momentos de Coragem
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