terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Reconhecer a enormidade do Universo é admitir a nossa própria imensidão.
Não somos apenas poeira diante de dimensões e distâncias incalculáveis.
Somos galáxias pensantes, viajando, velozes, através de um fluido etéreo, multimodificado, num espaço infinito de perfeição.
*   *   *
Você já parou para admirar a grandiosidade do Universo?
Suas distâncias incalculáveis; as dimensões impensáveis; suas leis que fascinam pela exatidão, pela forma com que operam sem falhas, sem ruído algum.
Já parou para admirar a imensidão de um céu de estrelas longe da cidade grande, quando recebemos a luz de astros que podem nem mais existir?
Tudo está em equilíbrio, tudo em harmonia. Cada sol, cada planeta, exatamente onde deveria estar.
A terra, a lua, posicionados com perfeição para que a vida, conforme conhecemos, seja possível. Uma leve mudança e pronto: está decretado o fim da nossa espécie.
Porém, há vastidão no que chamamos de micro também. Nas minúsculas dimensões. Nas harmonias moleculares, no espetáculo do átomo e nas suas diminutas, mas importantes partículas. Invisíveis até para os mais poderosos instrumentos inventados pelo homem.
Você já parou para admirar tudo isso?
E já se deu conta que faz parte disso também? Que você é parte dessa grandiosidade toda?
Não somos menos ou mais importantes do que as estrelas ou os átomos. Num Universo onde reina a perfeição não existe esse tipo de graduação, tão utilizado pelo homem.
Tudo é a vida pulsante do Cosmo, entrelaçada, buscando harmonia plena.
Se dentro de nós ainda não percebemos esse equilíbrio, essa paz, é porque, de alguma forma, precisamos aprender. O aprendizado faz parte da lei de evolução, uma das leis radiantes do Universo.
A lei de evolução, de progresso, diz que as coisas são perfectíveis, não nascem prontas, precisam se desenvolver. E não há falha ou descontrole algum nesse processo. É mais uma nuance da beleza do Universo e de seu Criador.
Pode parecer contraditório, mas a nossa imperfeição, a nossa procura pela felicidade ou por nos encontrarmos, fazem parte desse mecanismo de harmonia do Universo e suas leis.
Da mesma forma, o que chamamos ou entendemos por mal no mundo é apenas a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto. Um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal.
A perfeição divina quis que ficássemos sujeitos à lei do progresso, e que o progresso resultasse do nosso próprio trabalho, de nossas próprias conquistas, a fim de que fosse nosso o mérito pelo conquistado.
Da mesma maneira que nos cabe a responsabilidade do mal que pratiquemos.
Com o tempo perceberemos como tudo isso vai fazendo sentido, vai se encaixando, assim como nós vamos nos sentindo parte dessa imensidão toda.
Fazer parte desse grande espetáculo deve nos trazer o sentimento de alegria, de vontade de viver, de colaborar.
Reconhecer a enormidade do Universo é admitir a nossa própria imensidão.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3, item 8,
do livro
A Gênese, de Allan Kardec, ed. FEB e no poema
Imensidão, de Andrey Cechelero.
Em 25.2.2019.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Advento do Espírito da Verdade

Advento do Espírito da Verdade


ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1860
                                                          
5 – Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”
Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.
Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.
Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.
Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!

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ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1861

            6 – Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas.
            Trabalhadores, traçai o vosso sulco. Recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera. O trabalho de vossas mãos fornece o pão terreno aos vossos corpos, mas vossas almas não estão esquecidas: eu, o divino jardineiro, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, quando a trama escapar de vossas mãos, e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis surgir e germinar em vós a minha preciosa semente. Nada se perde no Reino de nosso Pai. Vossos suores e vossas misérias formam um tesouro, que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas, e onde o mais desnudo entre vós será talvez o mais resplandecente.
            Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo sublime da prova humana. Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são frequentemente os mais miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. Estou convosco, e meu apóstolo vos ensina. Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade.                                        

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ESPÍRITO DE VERDADE
Bordeaux, 1861

            7 – Eu sou o grande médico das almas, e venho trazer-vos o remédio que vos deve curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos, e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, todos vós que sofreis e que estais carregados, e sereis aliviados e consolados. Não procureis alhures a força e a consolação, porque o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige aos vossos corações um apelo supremo através do Espiritismo: escutai-o. Que a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade, sejam extirpados de vossas almas doloridas. São esses os monstros que sugam o mais puro do vosso sangue, e vos produzem chagas quase sempre mortais. Que no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis sua divina lei. Amai e orai. Sede dócil aos Espíritos do Senhor. Invocai-o do fundo do coração. Então, Ele vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e vos dizer estas boas palavras: “Eis-me aqui; venho a vós, porque me chamastes!

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ESPÍRITO DE VERDADE
Havre, 1863

            8 – Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de reclamar contra as dores, os sofrimentos mortais, que são aqui na Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranquilidade de espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais profundamente abalado estiver o espírito.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Por ALLAN KARDEC

Postura Diária

Ana foi a um grande pet shop comprar ração para seu cão. Ao chegar ao caixa, para efetuar o pagamento, cumprimentou a jovem atendente, desejando-lhe uma boa tarde.
A funcionária, surpreendida, comentou:
Faz oito meses que trabalho aqui e a senhora é a primeira cliente que me olha, sorri e cumprimenta.
Ana ficou chocada.
Como assim? – Perguntou.
Os clientes não costumam nos olhar. Alguns ficam falando ao celular, outros são impacientes, passam apressados. É como se fôssemos parte da caixa registradora, e não seres humanos.
Nesses oito meses, a senhora, realmente, foi a primeira pessoa que me olhou de verdade, e gentilmente me cumprimentou.
Ana saiu do local, refletindo sobre a responsabilidade que temos uns para com os outros, e sobre nossa postura diária perante o próximo.
*   *   *
Em outra oportunidade, depois de almoçar num restaurante em cidadezinha turística, Ana dirigiu-se ao caixa para pagar a conta. Como sempre fazia, sorriu e cumprimentou a funcionária, elogiando a comida e o serviço.
Aproveitou para sugerir a colocação de uma nova placa na entrada do banheiro, pois a atual era pequena e não possibilitava a identificação com clareza.
Até comentou, divertida, que vira alguns senhores se equivocarem com a sinalização.
A moça sorriu e agradeceu. Disse que poucas pessoas elogiavam e faziam sugestões de maneira educada, pois a maioria reclamava com agressividade.
Ante a surpresa de Ana, ela continuou:
Alguns clientes não ficam satisfeitos com a comida, o preço ou o serviço e reclamam ao pagar. Nem sempre posso resolver o problema na hora, e quando as coisas não saem como eles querem, vão dizendo que farão com que eu seja demitida.
Ao sair, Ana ficou pensando no quanto a arrogância deteriora as relações entre as pessoas.
Quando, por conta do orgulho exacerbado, acreditamos ser superiores aos outros, olhando-os com desdém e tratando-os com menosprezo, humilhando-os por conta da posição que ocupamos, esquecemos que quem está à nossa frente é um irmão. E que responderemos pela forma como o tratamos.
É preciso ter sempre em mente o que nos ensinou o Mestre Jesus.
Amar o próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume nossos deveres para com o próximo.
Não se pode ter, neste caso, guia mais seguro, do que tomando como medida do que se deve fazer aos outros, o que se deseja para si mesmo.
Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor tratamento, mais indulgência, benevolência e devotamento para conosco, do que lhes damos?
A prática dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando as tomarmos como normas de conduta e como base de nossas instituições, compreenderemos a verdadeira fraternidade, e faremos reinar a paz e a justiça entre nós.
Nesse dia, não haverá mais ódios, nem dissensões, mas união, concórdia e mútua benevolência.
Redação do Momento Espírita, com citação do cap. 11,
item 4, de
O Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec,  ed. FEB.
Em 12.2.2019.

Jesus

Jesus
Em verdade, Jesus deu mais de si mesmo
para a evolução da humanidade do que
todos os milionários da história
juntos. Portanto, o amor que se
irradia em bênçãos de felicidade e
trabalho, paz e confiança, é sempre a
dádiva maior de todas.

Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Evangelizar

Evangelizar
Ao término do século XX, o século chamado das luzes, estamos convocando os obreiros de boa vontade para a tarefa divina de evangelizar.

Evangelho é sol nas almas, é luz no caminho dos homens, é elo abençoado para união perfeita.

Evangelizemos nossos lares, meus filhos, doando à nossa família a bênção de hospedarmos o Cristo de Deus em nossas casas.

A oração em conjunto torna o lar um santuário de amor onde os espíritos mais nobres procuram auxiliar mais e mais, dobrando os talentos de luz que ali são depositados.

Evangelizemos nossas crianças, espíritos forasteiros do infinito em busca de novas experiências, à procura da evolução espiritual.

Sabemos que a Terra é um formoso Educandário e o Mestre Divino, de sua cátedra de Amor, exemplifica pela assistência constante, o programa a ser tratado.

Evangelizemos nossos companheiros de trabalho, pelo exemplo na conduta nobre, pelo perdão constante.

Evangelizemo-nos, guardando nossas mentes e nossos corações na bênção dos ensinos sublimes.

Estamos na Terra mas alistamo-nos nas fileiras do Cristianismo para erguemos bem alto a bandeira de luz do Mestre Divino: “Amai-vos uns aos outros como vos tenho amado”.

Evangelizemos.

Os tempos são chegados, os corações aflitos pedem amparo, os desesperados suplicam luz.

Há um grito que ressoa pelo infinito!

Pai, socorre-nos!

Filhos, somente através do Evangelho vivido à luz da Doutrina Espírita, encontrará o homem a paz, a serenidade e o caminho do amor nobre.

Conclamamos os corações de boa vontade:

Evangelizem;

Evangelizemos.

Acendamos a luz dos ensinos divinos para que a Terra se torne um sol radioso no infinito, conduzindo uma Família humana integrada nos princípios da vida em hosanas ao seu Criador.

Filhos, peçamos ao Pai inspiração e prossigamos para o alto porquanto somente Cristo com o Seu saber e o Seu coração de luz poderá iluminar nossos caminhos. 


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Maria Cecília Paiva

O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...