quinta-feira, 31 de maio de 2018

Adversários

Respeita os adversários
e honorifica-lhes as qualidades
com o melhor apreço.
As forças
que não te protegerem
os inimigos
não te prestarão
amparo algum.

XAVIER, Francisco Cândido. Caminhos
Pelo Espírito Emmanuel. CEU.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

 Um novo casamento

Quando se encontram casais que estão juntos há anos, a primeira pergunta que surge é: Como vocês conseguem?
Na verdade, do jeito que as coisas andam, em que os casais se separam com a mesma rapidez com que se unem, é um pouco intrigante se encontrar esses que permanecem juntos, ano após ano.
Um homem teve a oportunidade de escrever a respeito, detalhando a sua experiência de homem casado, há trinta anos, com a mesma mulher.
Diz ele que o segredo do casamento não é a harmonia eterna.
Existem os desentendimentos, as rusgas. A solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.
O segredo, diz ainda, é renovar o casamento e não procurar um casamento novo.
Isso exige alguns cuidados, esquecidos no dia a dia do casal.
De tempos a tempos é preciso voltar a namorar, a cortejar.
Fazer uma nova lua de mel, sem os filhos para exigirem atenção.
Olhar para o outro como um pretendente em potencial. Sair para dançar, para olhar a lua e as estrelas.
O que acontece quando a pessoa se divorcia e casa de novo?
O mundo muda, o marido muda, o bairro, os amigos. Tudo muda.
Então, não é preciso se divorciar. Basta mudar. Convenhamos que ninguém aguenta a mesma mulher, o mesmo marido por trinta anos, com a mesma roupa, o mesmo batom, o mesmo papo.
Bastam alguns detalhes para tudo ficar diferente. Troque os móveis da casa. Se não puder comprar novos, então troque os antigos de lugar.
Redecore a sua casa. Modifique o ambiente. Plante flores diferentes no jardim.
Troque o guarda-roupa, o corte de cabelo, a cor do batom, a maquiagem.
Quem se divorcia, normalmente perde peso, em pouco tempo. Verifique se você está acima do peso e decida-se a perder o excesso.
Renove-se. Encante o outro, de novo. Reconquiste-o.
Não mantenha somente os mesmos amigos. Conquiste outros. Permita-se conhecer novas pessoas.
Saiam com outros casais. Mas também a sós. Reaprendam o prazer de conversar, de sussurrar segredos um no ouvido do outro.
De rir de pequenas tolices. De tomar sorvete na mesma taça. Partilhar uma pizza. Lambuzarem-se comendo uma fruta da estação.
Não realize sempre os mesmos programas, toda quarta, todo domingo. Inove. Surpreenda.
Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado fazer no início do casamento.
No trabalho, para crescer profissionalmente, se faz isso. Por que não no casamento, na própria família?
Tudo isso quer dizer: descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado.
Em vez de sair por aí, tentando descobrir um novo e interessante par, olhe para o lado e case de novo... com o mesmo cônjuge.
*   *   *
A melhor estratégia para o casamento não é manter uma relação estável, sempre igual, mas saber mudar juntos.
É aprender a importante lição de como crescer e evoluir unidos, apesar das desavenças, dos pequenos desacertos.
Tenha certeza de que seus filhos respeitarão sua decisão de se casar de novo... com o mesmo par.

 Redação do Momento Espírita, com base na crônica
Segredos para um bom casamento/relacionamento, de
  autoria de Stephen Kanitz, administrador por Harvard,
publicado na Revista
Veja, de 14.9.2005.
Em 29.5.2018.

COMO GANHAR A SIMPATIA DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS

Saiba como é possível angariar a simpatia dos benfeitores espirituais.

Se você é uma criatura que vive única e exclusivamente para si, ocorre um fenômeno de isolamento espiritual, não que alguém esta te isolando, é você mesmo que esta se isolando...

Quem vive única e exclusivamente para si, não conquista simpatia dos benfeitores espirituais, mas quando você sai de si mesmo e vai de encontro ao semelhante, o que acontece?

- Você sai de casa, chega a um hospital, tem um doente... você aplica um passe nele, fala uma palavra de reconforto para ele... o que você não sabe é que ao lado daquela criatura que está doente, tem uma, dois, três, várias entidades, vários amigos espirituais daquela criatura, que se sensibilizam com a sua bondade e que fazem uma anotação de gratidão no coração"....

HAROLDO DUTRA DIAS

domingo, 27 de maio de 2018

O Jugo Leve

1 – Vinde a mim, todos os que andam em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus, XI: 28-30)

            2 – Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. Eis o que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei”.
            Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. Mas esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como dever o amor e a caridade.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Por Allan Kardec

sábado, 26 de maio de 2018

A importância dos bons pensamentos

“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.”
“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos.”

É através do pensamento que tudo começa. Somos muitos bilhões de espíritos encarnados e desencarnados pensando ao mesmo tempo, o tempo todo. O pensamento é alguma coisa. Não sabemos exatamente o quê, um tipo de energia, provavelmente. Mas ele é alguma coisa. Você, eu e mais os outros bilhões de espíritos enchemos o espaço com nossos pensamentos.

Assim como as ondas de rádio e televisão estão no ar, nossos pensamentos estão no ar. Quando você fala no seu telefone celular, sua voz é transformada em sinais elétricos que caminham como ondas de rádio, viajando pelo ar. Nossos pensamentos também viajam pelo ar. O número para o qual você liga é conectado com o seu aparelho, e sua voz chega até ele. Com nossos pensamentos acontece a mesma coisa. Quem estiver receptivo ao tipo de pensamento que emitimos, quem estiver aberto ao “sinal” característico do pensamento que emitimos, recebe nosso pensamento em sua mente. Nosso pensamento é captado como ideia ou emoção.

Você acha que isso é um exagero? Não é. É uma característica do período em que vivemos. Cem anos atrás não tínhamos nem dez por cento da população urbana que temos hoje. Vivemos num conglomerado de mentes, umas influenciando às outras. Um dos efeitos desse fenômeno é que todos nós somos cada vez mais sensíveis ao que nos cerca, ao meio em que vivemos, às pessoas com quem convivemos, aos ambientes que frequentamos.

Allan Kardec nos alertou que todos somos médiuns, não é? Pois hoje não é tarefa simples saber distinguir o que é pensamento nosso e o que é influência externa. A Terra e o espaço que a circunda está saturada de pensamentos. Você sabe tão bem quanto eu que a maior parte das pessoas não cultiva bons pensamentos. Você não precisa que eu lhe demonstre que a maioria dos pensamentos que nos cercam são pensamentos doentios, enfermiços, dolorosos. É nesse meio que nós vivemos. É no meio desse enorme peso mental que nós nos desenvolvemos e aprendemos.

A recomendação de Jesus, “orai e vigiai”, nunca esteve tão atual e necessária. Ao se descuidar dos seus pensamentos, ao deixar que seus pensamentos sigam seu curso livre, no piloto automático, você está permitindo que seu padrão vibratório baixe, dando abertura para que milhões de pensamentos de mesmo nível sintonizem com o seu. Não é à toa que a depressão já é chamada de “o mal do século XXI”. Ao menor descuido, seu padrão vibratório cai, e suas energias caem também.

A boa notícia é que ao manter seu pensamento elevado, sua influência sobre os que o cercam, encarnados e desencarnados, é muito benéfica. Muitos não sabem que funcionam como um oásis para espíritos sedentos de boas energias. Os desencarnados carentes de energia, que desconhecem seu estado de desencarnados ou que têm alguma dificuldade para seguir seu rumo, costumam se aproximar de encarnados de bom padrão vibratório. Buscam algum conforto, sentem-se bem com as energias positivas do encarnado vigilante de seus pensamentos.

Quando você vai ao centro espírita, ou quando contata com os espíritos trabalhadores, em suas orações ou durante o sono físico, muitos desencarnados carentes acompanham você e são encaminhados ao socorro e esclarecimento.

Nunca estamos sós. Somos úteis ou prejudiciais mesmo sem tomar conhecimento disso.

Oração do Amanhecer

Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te saúde, força, paz e sabedoria.
Agradeço de coração a maravilhosa noite de descanso, o qual meu corpo foi velado pelos seus olhos.

Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente.

E que durante o dia eu possa perdoar e ser perdoado pelos erros, pois somos fracos e pecadores.
Ver além das aparências teus filhos como tu mesmo os vês, e assim não ver senão o bem em cada um.

Cerra meus ouvidos a toda calunia, guarda minha língua de toda a maldade, que só de benção se encha meu espírito, que eu seja tão bondoso e alegre que todos quanto se achegarem a mim sintam a tua presença.

Senhor, reveste-me de tua beleza, reveste-me de benevolência e que no decurso deste dia eu te revele a todos.

Amém

Pérola de Sabedoria

Essa é uma história verdadeira. Ela de fato aconteceu em um centro espírita de uma pequena cidade do estado de Minas Gerais, há algum tempo atrás.

Conta-se que os médiuns estavam realizando seus trabalhos de esclarecimento e doutrinação num centro espírita do estado de Minas Gerais. Subitamente um preto velho incorporou numa médium e começou a falar. No momento em que os trabalhadores perceberam que o espírito incorporado era um preto velho, mandaram suspender a incorporação. Nesse centro não eram aceitos pretos velhos, pois os dirigentes consideravam que os pretos velhos são espíritos não muito evoluídos. Por isso, ele não poderia ser admitido a orientar uma atividade de doutrinação. O espírito foi então convidado a se retirar do centro. O preto velho fez o que eles pediram e foi embora.

Logo depois, a médium incorporou um espírito de um filósofo, um doutor de nome difícil, provavelmente europeu, que foi muito bem recebido por todos os presentes. O filósofo deu instruções aos membros do centro, fez os trabalhos de doutrinação e todos ficaram felizes e maravilhados com a intervenção desse espírito, que consideraram um espírito muito elevado.

Os dirigentes então resolveram que já era hora de encerrar os trabalhos. No entanto, a médium novamente começou a incorporar um espírito. Todos olharam com interesse aquela manifestação mediúnica espontânea. Um dos trabalhadores disse que as atividades do dia já estavam terminando e perguntou quem estava ali. O espírito respondeu que era de novo o preto velho. O dirigente fez cara de tédio e perguntou o que ele ainda queria ali nos trabalhos do centro. O preto velho então disse:

– Zifio… Ce suncê mi permiti, só quiria que ocês sobessem qui o dotô que apareceu agora há poquinho era este preto velho aqui, que agora proseia com vosmicês.

Todos ficaram espantados com a revelação… O preto velho então começou a não mais falar como um preto velho:

– É engraçado isso, meus irmãos, pois quando eu apareci como preto velho, fui praticamente expulso dos trabalhos de vocês. Mas depois quando eu apareci no formato de um doutor, um filósofo europeu prestigiado, que tem conhecimento acadêmico, com toda a pompa e com ar de autoridade, todos me trataram muito bem, ouviram meus conselhos e ficaram felizes e maravilhados com a aparição. Por que isso, meus filhos? Devo alerta-los para esse comportamento de vocês. Prestem muita atenção nisso, meus irmãos…

No plano espiritual, assim como em toda a realidade universal, não existem aparências. As aparências existem apenas aqui na Terra. Deus, em sua sabedoria infinita, oculta aos vossos olhos as verdades do espírito camufladas pelas aparências do mundo… para que vocês aprendam a vê-las com os olhos do coração, com a visão da alma e possam enxergar a verdade como ela é. No plano espiritual, meus irmãos, não existem doutores, não existem classes sociais, não existem nacionalidades, não existem religiões, não existem raças, não existem essas divisões humanas que vocês criaram em toda parte para poderem se sentir melhores uns que os outros. No plano espiritual o que vale é o que você é lá no fundo, e não o que você tem.

Não, meus irmãos… todas essas divisões são ilusórias. No plano espiritual o que vale é o amor, a verdade, a paz, a harmonia interior. No plano espiritual ninguém é julgado por ser rico ou pobre, branco ou negro, doutor ou uma pessoa simples. Lembram-se do que disse o nazareno sobre isso meus irmãos? O mestre disse: “Deus revela aos simples de coração aquilo que esconde dos doutos”.

Quando cada um de vocês chegar ao plano espiritual, meus filhos, os anjos de Deus não vão perguntar quantos títulos de doutor vocês conquistaram, quantos bens vocês acumularam, quanto sucesso vocês fizeram, quantos altos cargos vocês subiram na empresa ou quanto de boa fama vocês projetaram. Não meus queridos filhos… os anjos vão perguntar quanta luz você espalhou pela Terra; quanto você tocou o coração dos outros com justiça e benevolência e o quanto a sua obra foi pautada no amor e na paz… ou se sua passagem na Terra foi apenas um capricho do ego, voltada apenas para seu mundinho egoísta e para os prazeres da matéria.

Vamos tomar cuidado, meus queridos filhos, com o veneno da hipocrisia e do preconceito. Não permitam que as aparências do mundo roubem a sua essência. O importante, meus filhos, é o que cada um traz em sua alma, em seu espírito. O que importa de verdade é ser simples e verdadeiro… ser honesto e ter caráter, ser caridoso e ter o amor de Deus no coração. Não se deixem levar pelas aparências, todas elas estão erradas e vemos isso muito claramente quando chegamos ao plano espiritual. Lá, meus filhos, não existem discriminações, todos trabalham por Deus e Deus é a essência regente tudo. É isso que vocês devem buscar a partir de agora, meus queridos filhos.

O preto velho despediu-se de todos e então deixou a sala de atendimento do centro espírita. Os trabalhadores ficaram envergonhados com seu próprio comportamento, mas adquiriram uma pérola de sabedoria que nunca mais, em toda a sua vida, seria esquecida.

(Hugo Lapa)

Ascensão

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.
Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.

Joanna de Angelis - Chico Xavier

quinta-feira, 24 de maio de 2018

A amizade

Saint-Exupéry afirma que Num mundo que se faz deserto... é urgente encontrar amigos.
O extraordinário e oportuno conceito do inesquecível aviador e escritor francês soa-nos rico de atualidade. Nunca igual a hoje o ser humano vem caminhando tão a sós! O individualismo, que toma conta da cultura moderna, isolou-o de tal forma que a existência, a cada dia, faz-se mais difícil e obscurecida. Legiões deambulam nos seus próprios mundos emocionais de conflitos, medos e solidão. O instinto gregário impele-o em direção ao grupo, ao mesmo tempo que o de conservação da vida adverte-o para que se afaste e desconfie.
Afirma-se com certa razão que os amigos são sempre poucos, isto é, aqueles afetos que participam das nossas necessidades, que estão de braços abertos aguardando por nós, que renunciam e se encantam quando podem ser úteis.
Os jogos da competitividade e da usurpação impõem predominância, superioridade, presunção, num olvido inequívoco da temporalidade de todas as coisas terrestres. Daí asseverar o velho refrão: Nunca beberás a mesma água num córrego, o que podemos também dizer do tempo, que sempre passa e nunca se detém.
A amizade é uma das mais nobres conquistas morais do espírito humano, que faculta a agregação das pessoas, dando-lhes vigor e motivação para viver. Pode-se mesmo afirmar que uma existência sem amigos é destituída de sentido psicológico e de crescimento interior.
Na filosofia grega, narra-se a amizade existente entre Damon e Pítias, em pleno regime de Dionísio, de Siracusa. Eram discípulos de Pitágoras e o orador Cícero refere-se que o rei foi informado que Pítias, excelente orador, referia-se pessimamente à sua conduta. Exasperado, chamou os dois jovens amigos e explicou que não toleraria que o fato se repetisse. Inutilmente, porque a censura pública prosseguiu na palavra ardente do que protestava. Não tendo outra alternativa, chamou-o ao palácio e, depois de incriminá-lo, condenou-o à morte.
Com muita calma, Pítias aceitou a punição e pediu somente uns dias enquanto viajaria ao lar para despedir-se da família. A solicitação foi repelida com zombaria. Talvez cedesse se houvesse uma garantia. Nesse momento, Damon apresentou-se para ficar prisioneiro em seu lugar, e se ele não voltasse, a sua vida seria consumada.
Passou o tempo cedido e, na data aprazada, quando se preparava a forca para punir o substituto, que continuava confiando no amigo, ei-lo que chega, exausto, ferido, em tempo, explicando que o navio naufragou, que foi assaltado, mas chegou conforme prometido para salvar o amigo. O gesto foi tão grandioso, que Dionísio solicitou a ambos, humildemente, permissão para participar da sua amizade.
Seria encantador que a amizade voltasse à Terra.
Divaldo Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde,
coluna Opinião, em 3.5.2018.
Em 7.5.2018

Eficácia da Prece

5 – Por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão. (Marcos, XI: 24)
 
            6 – Há pessoas que contestam a eficácia da prece, entendendo que, por conhecer Deus as nossas necessidades, é desnecessário expô-las a Ele. Acrescentam ainda que, tudo se encadeando no universo através de leis eternas, nossos votos não podem modificar os desígnios de Deus.
            Há leis naturais e imutáveis, sem dúvida, que Deus não pode anular segundo os caprichos de cada um. Mas daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distância é grande. Se assim fosse, o homem seria apenas um instrumento passivo, sem livre arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a fronte ante os golpes do destino; sem procurar evitá-los; não deveria esquivar-se dos perigos. Deus não lhe deu o entendimento e a inteligência para que não os utilizasse, a vontade para não querer, a atividade para cair na inação. O homem sendo livre de agir, num ou noutro sentido, seus atos têm, para ele mesmo e para os outros, conseqüências subordinadas às suas decisões. Em virtude da sua iniciativa, há portanto acontecimentos que escapam, forçosamente, à fatalidade, e que nem por isso destróem a harmonia das leis universais, da mesma maneira que o avanço ou atraso dos ponteiros de um relógio não destrói a lei do movimento, que regula o mecanismo do aparelho. Deus pode, pois, atender a certos pedidos sem derrogar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, dependendo sempre o atendimento da sua vontade.
            7 – Seria ilógico concluir-se, desta máxima: “Aquilo que pedirdes pela prece vos será dado”, que basta pedir para obter, e injusto acusar a Providência se ela não atender a todos os pedidos que lhe fazem, porque ela sabe melhor do que nós o que nos convém. Assim procede ao pai prudente, que recusa ao filho o que lhe seria prejudicial. O homem, geralmente, só vê o presente; mas, se o sofrimento é útil para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa o doente sofrer a operação que deve curá-lo.
            O que Deus lhe concederá, se pedir com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação. E o que ainda lhe concederá, são os meios de se livrar das dificuldades, com a ajuda das idéias que lhe serão sugeridas pelos Bons Espíritos, de maneira que lhe restará o mérito da ação. Deus assiste aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: “Ajuda-te e o céu te ajudará”, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Mas, na maioria das vezes, preferimos ser socorridos por um milagre, sem nada fazermos. (Ver cap. XXV, nº 1 e segs.)
            8 – Tomemos um exemplo. Um homem está perdido num deserto; sofre horrivelmente de sede; sente-se desfalecer e deixa-se cair ao chão. Ora, pedindo a ajuda de Deus, e espera, mas nenhum anjo vem lhe dar de beber. No entanto, um Bom Espírito lhe sugere o pensamento de levantar-se e seguir determinada direção. Então, por um impulso instintivo, reúne suas forças, levanta-se e avança ao acaso. Chegando a uma elevação do terreno, descobre ao longe um regato, e com isso retoma a coragem. Se tiver fé, exclamará: “Graças, meu Deus, pelo pensamento que me inspiraste e pela força que me deste”. Se não tiver fé, dirá: “Que boa idéia tive eu! Que sorte eu tive, de tomar o caminho da direita e não o da esquerda; o acaso, algumas vezes, nos ajuda de fato! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me haver deixado abater!”.
            Mas, perguntarão, por que o Bom Espírito não lhe disse claramente:”Siga este caminho, e no fim encontrarás o que necessitas”? Porque não se mostrou a ele, para guiá-lo e sustentá-lo no seu abatimento? Dessa maneira o teria convencido da intervenção da Providência. Primeiramente, para lhe ensinar que é necessário ajudar-se a si mesmo e usar as próprias forças. Depois, porque, pela incerteza, Deus põe à prova a confiança e a submissão à sua vontade. Esse homem estava na situação da criança que, ao cair, vendo alguém, põe-se a gritar e espera que a levantem; mas, se não vê ninguém, esforça-se e levanta-se sozinha.
            Se o anjo que acompanhou a Tobias lhes houvesse dito: “Fui enviado por Deus para te guiar na viagem e te preservar de todo perigo”, Tobias não teria nenhum mérito. Foi por isso que o anjo só se deu a conhecer na volta.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Por Allan Kardec

Palavras

"Da mesma boca procede bênção e maldição." - (TIAGO, 3:10.)

Nunca te arrependerás:
De haver ouvido cem frases, pronunciando simplesmente uma ou outra pequena observação.
De evitar o comentário alusivo ao mal, qualquer que seja.
De calar a explosão de cólera.
De preferir o silêncio nos instantes de irritação.
De renunciar aos palpites levianos nas menores controvérsias.
De não opinar em problemas que te não dizem respeito.
De esquivar-te a promessas que não poderias cumprir.
De meditar muitas horas sem abrir os lábios.
De apenas sorrir sempre que visitado pela desilusão ou pela amargura.
De fugir a reclamações de qualquer natureza.
De estimular o bem sob todos os prismas.
De pronunciar palavras de perdão e bondade.
De explanar sobre o otimismo, a fé e a esperança.
De exaltar a confiança no Céu.
De ensinar o que seja útil, verdadeiro e santificante.
De prestar informações que ajudem aos outros.
De exprimir bons pensamentos.
De formular apelos à fraternidade e à concórdia.
De demonstrar benevolência e compreensão.
De fortalecer o trabalho e a educação, a justiça e o dever, a paz e o bem, ainda mesmo com sacrifício do próprio coração.
Examina o sentido, o modo e a direção de tuas palavras, antes de pronunciá-las.
Da mesma boca procede bênção ou maldição para o caminho.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 179.

O Hospital do Senhor

Uma pessoa que não estava se sentindo bem, há algum tempo, fez a seguinte declaração:

Todo ano faço um check-up para avaliação de minhas condições de saúde. Um dia desses, resolvi fazer um exame diferente e fui a um hospital muito especial. O hospital do Senhor.
Queixei-me de cansaço da vida, de dores nas juntas envelhecidas. Falei do coração descompassado pelas muitas preocupações e da carga de obrigações que me competem.
Logo que cheguei minha pressão foi medida e foi verificado que estava baixa de ternura.
Recordei que há muito tempo não estou fazendo exercícios nessa área. Havia esquecido da necessidade de expressar carinho com gestos pequenos, mas muito importantes.
Quando foi tomada minha temperatura, o registro foi de quarenta graus de egoísmo. Então me lembrei de como estou guardando coisas e mais coisas, sem dar nada a ninguém, mesmo quando campanhas fazem apelos pela televisão, rádio, jornais.
Sempre achei que alguém daria o suficiente e que eu não precisava fazer nada.
Fiz um eletrocardiograma e o diagnóstico registrou que estou precisando de uma ponte de amor. As veias estão bloqueadas por não ter sido abastecido o coração vazio.
Ortopedicamente foi constatado que estou com dificuldade de andar ao lado de alguém. É que tenho preferido andar a sós. Caminho mais rápido, sem que ninguém me atrase.
Também foi observado que não consigo abraçar os irmãos por ter fraturado o braço, ao tropeçar na minha vaidade.
Nos olhos foi registrada miopia. Isto porque não consigo enxergar além das aparências.
Examinada a audição, reclamei que não estava ouvindo a voz do Senhor e o diagnóstico foi de bloqueio em decorrência de uma enxurrada de palavras ocas do dia a dia.
A consulta não custou nada. Fui medicado e recebi alta. A receita que recebi foi para usar somente remédios naturais que se encontram no receituário do Evangelho de Jesus Cristo.
Ao levantar, deverei tomar um chá de Obrigado, Senhor para melhorar as questões referentes à gratidão. Ao entrar no trabalho, uma colher de Bom dia, amigo.
De hora em hora, não posso me esquecer de tomar um comprimido de paciência, com meio copo de humildade.
Ao chegar em casa, será preciso tomar uma injeção de amor para melhorar a dificuldade de relacionamento familiar. Toda noite, antes de deitar, duas cápsulas de consciência tranquila para que eu tenha um sono reparador.
Foi-me dada a certeza de que se seguir à risca toda a prescrição médica, não ficarei doente e todos os meus dias serão de felicidade.
O tratamento tem também um caráter preventivo. Assim, somente deverei morrer, por morte natural e não antes do tempo determinado.
*   *   *
O Evangelho pode ser considerado como a própria voz do Cristo a falar aos corações, chamando, chamando e conduzindo.
O Evangelho corporifica na Terra a palavra de Jesus. É Ele mesmo que se apresenta de retorno, tomando os filhos e filhas da dor em Seus amorosos braços a fim de os conduzir para a luz gloriosa da verdade.
Como há mais de dois mil anos, Jesus prossegue, através do Evangelho, a estender a esperança e o amor sobre toda a Terra, para todos os corações.
Redação do Momento Espírita, com
base em texto  de autoria ignorada.
Em 22.5.2018.

sábado, 19 de maio de 2018

A Humildade

A humildade não está na pobreza,
não está na indigência,
na penúria, na necessidade,
na nudez e nem na fome.
A humildade está na pessoa que tendo
o direito de reclamar, julgar, reprovar
e tomar qualquer atitude
compreensível no brio pessoal, apenas abençoa.

Emmanuel - Chico Xavier

Vossos filhos não são vossos filhos!

"Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável".

Gibran Khalil Gibran

Lema da Vida - Chico Xavier

Indagas, muita vez, alma querida,
Como apagar ofensas,
Conforme ensinas, crês, queres ou pensas
No perdão por dever...
Fita o mundo em que moras,
Todo bem que se faz ou que se imortaliza
Conserva por divisa :
Renovar e esquecer.

A noite cria a escuridão que aflige
Pelo fardo das sombras exteriores,
Mas eis que surge a aurora e canta em cores,
Saudando o novo dia a renascer...
Nada recorda as trevas dissipadas,
O Sol fulge nos lares onde estamos,
Não longe louvam pássaros nos ramos :
Renovar e esquecer.

O grande rio abaixa-se de todo
Para abraçar os córregos da serra
E colhe humildemente os detritos da terra,
A servir e a correr;
Por mais que se lhe atire pedra e lodo à face,
Não revida, não chora, não blasfema,
Segue espalhando amor, sustentando por lemna:
Renovar e esquecer.

No mar, a tempestade grita em fúria
A nave mais potente, a mais ampla e veloz,
recorda simplesmente uma casca de noz
Em férrea luta por sobreviver...
Depois a paz do Céu derrama-se no abismo,
O torvelinho cessa, a estrada é mansa
E a maré balbucia a oração da esperança:
Renovar e esquecer.

Assim também, se amados te esqueceram,
Se pelos bens, que aguardas e produzes,
Recebes tão-somente as lágrimas e as cruzes
De provas que te fazem padecer,
Desculpa, serve, ampara, ama e auxilia
E encontrarás enfim, por mais triste ou cansada,
A clara voz de Deus, lembrando-te na estrada:
Renovar e esquecer.

ESQUECER PARA RENOVAR

Chico Xavier - Maria Dolores

Caridade

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação."

Chico Xavier & Emmanuel

Seja forte

Seja forte, para que ninguém te vença.
Seja nobre, para que ninguém te humilhe.
Seja humilde, para que ninguém te ofenda.
E continue sendo o que tu és,
para que ninguém te esqueça!!

(Autor Desconhecido)

domingo, 13 de maio de 2018

Escola

Fita o mundo em derredor
E a vida que te bendiz:
Soma as bênçãos que te cercam
Não te digas infeliz.
Onde estiveres, anota
Ao senso que te conduz:
O Sol igual para todos
É fonte jorrando luz.
Respirando, dia e noite,
Gastando ar e mais ar,
Pelas bênçãos que assimilas
Nada precisas pagar.
Toda mata é um quadro lindo
Em tela verde e formosa;
Ninguém explica na Terra
A beleza de uma rosa.
Atravessas mares, montes,
Primaveras encantadas;
Desfrutas árvores, frutos,
Cidades, campos, estradas...
Terra!... eis a escola bendita.
O lar tantas vezes meu!...
Não te digas infeliz
Na escola que Deus te deu.

Casimiro Cunha

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA


A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
O seu desânimo não edificará a ninguém.
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia.
Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o infinito Bem.

Emmanuel - Chico Xavier

Você nasceu no lar de que precisavas

Nasceste no lar de que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras no melhor lugar que Deus poderia te proporcionar,
de acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades;
nem mais nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que atraíste com tuas próprias afinidades.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes, são as fontes de atração e de repulsão na tua jornada vivencial.
Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta. Busca o bem e viverás melhor.

Emmanuel - Chico Xavier



Pobreza e Riqueza

Pela metade do século XX, um filme de suspense de Alfred Hitchcock fez sucesso: O homem que sabia demais.
O filme popularizou uma canção interpretada por Doris Day, que gravou mais de seiscentas, ao longo de sua carreira.
O refrão dizia mais ou menos assim: Que será, será.
Aquilo que for, será.
O futuro não é nosso para vermos.
Que será, será.
A preocupação sobre as futuras facilidades ou dificuldades a enfrentarmos na vida, sempre nos inquietou.
Desde pequenos, os filhos ouvem de seus pais: Trate de estudar se não quiser ter um emprego ruim.
Como se a felicidade estivesse totalmente presa a um bom emprego, à posse de dinheiro e bens materiais.
Observamos na atualidade uma realidade que jamais se cogitou em tempos idos.
Pessoas diplomadas, que se sentem infelizes, deixam cargos e posição social para viver modestamente, mas de forma gratificante.
Outras, que sempre viveram nas grandes cidades, transferem residência para cidades menores ou para o campo, em busca de vida simples e saudável para si e seus familiares.
Alguns penduram seus diplomas ou abandonam carreiras de destaque, dedicando-se a trabalhos filantrópicos, desejando se sentirem realmente úteis.
Quantos desses se realizam junto à natureza, plantando e colhendo o seu sustento e o da família.
*   *   *
Cultivar a paz interior, o prazer pela vida, o amor pela natureza, a tranquilidade familiar, espalhando essa riqueza ao redor, pode nos proporcionar aquilo que intimamente almejamos.
Pobreza e riqueza, em síntese, são valiosos convites para o crescimento pessoal.
Em ambas as situações, poderemos alcançar o real objetivo de nossa caminhada na Terra.
Na pobreza, temos a sagrada oportunidade de aprender a servir, de exercitar a paciência e a resignação.
Na riqueza, temos a oportunidade de vivenciar a caridade e a abnegação.
Saberemos que estamos enfrentando devidamente a pobreza quando nos adequamos à simplicidade de vida e aceitamos as renúncias que necessitamos realizar.
Da mesma forma, frente à riqueza, importante é a sensatez no uso de bens e facilidades a que temos acesso.
Todos fomos ou seremos defrontados por uma ou outra situação, ao longo das nossas vidas, a testar nossas capacidades de administradores de nós mesmos.
Tanto a carência como a fortuna nos desafiam ao crescimento e ao esforço de sublimação.
Uma e outra são oportunidades que nos são oferecidas, para que aprendamos a gerenciar nossa condição de pobreza material, enriquecendo-nos de bênçãos espirituais.
Ou, sendo ricos materialmente, guardemos a sabedoria de olhar ao nosso redor, notar os menos felizes e utilizarmos nosso tempo e nossos bens em seu benefício.
Perceberemos que adquirindo compreensão e conhecimento, cultivando luz e paz, independentes da pobreza ou riqueza, seremos criaturas valiosas e felizes.
Conhecer as Leis Divinas, tê-las como nosso roteiro, nos permitirá direcionar os passos no sentido do bem maior, nos fará verdadeiros pobres de insensatez e autênticos ricos de solidariedade e amor.

 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9,
do livro
Caridade, por Espíritos diversos, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. IDE.
Em 10.3.2018.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

A Missão da Maternidade

O bispo de La Serena, Chile, dom Damon Angel Jara, teve oportunidade de escrever um texto muito poético que diz:
Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus.
Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo moça, pensa como uma anciã e, sendo velha, age com as forças todas da juventude.
Quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida.
Quando sábia, assume a simplicidade das crianças. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama. Rica, sabe empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos.
Forte, estremece ao choro de uma criancinha. Fraca, se revela com a bravura dos leões.
Viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam.
Morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas esse álbum. Porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página. Eles lhes cobrirão de beijos a fronte. Digam-lhes que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.
Na atualidade, a mulher assumiu muitos papéis. Lançou-se no mundo e se transformou na operária, juíza, cientista, professora, militar, policial, secretária, empresária, presidente, general e tudo o mais que, no passado, era privilégio do homem.
A mulher se tornou em verdade uma supermulher que, além dos afazeres domésticos, conquistou o seu espaço no mercado de trabalho.
Naturalmente, não para competir com o homem, mas para somar com ele, pois dos esforços de ambos resulta o sustento e o bem-estar da família.
A rainha do lar se transformou na mulher que atua e decide na sociedade.
Das quatro paredes do lar para o palco do mundo. Contudo, essa mulher senadora, escriturária, deputada, médica, administradora de empresa não perdeu a ternura.
Ela prossegue a acolher em seu ninho afetivo o esposo e os filhos.
Equilibrada e consciente, ela brilha no mundo e norteia o lar. Embora interprete muitos papéis, ela não esqueceu do seu mais importante papel: o de ser mãe.
*   *   *
Dentre todas as mulheres que se projetaram no mundo, realizando grandes feitos, a nossa lembrança recua no tempo buscando uma mulher especial.
A História não lhe registra grandes discursos, mas o Evangelho lhe aponta gestos e palavras que valem muito mais.
Mãe de um filho que revolucionou a História, manteve-se firme na adversidade, na dor, exemplificando o que Ele ensinara.
Não deixou testamento, riquezas ou haveres mas legou à Humanidade a excelente lição da mulher que gera o filho, alimenta-o e o entrega ao mundo para servir ao mundo.
Seu nome era Maria... Maria de Nazaré.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Um poético e autêntico
retrato de uma genitora – nossa homenagem à toda mulher-mãe, do JornalCorreio Fraterno do ABC, de maio de 2000 e no texto Retrato de mãe,
de Dom Ramon Angel Jara, Bispo de La Serena, Chile, tradução de
Guilherme de Almeida.
Em 10.5.2018.

domingo, 6 de maio de 2018

Poder da Fé

1E depois que veio para onde estava a gente, chegou a ele um homem que, posto de joelhos, lhe dizia: Senhor, tem compaixão de meu filho, que é lunático e padece muito; porque muitas vezes cai no fogo, e muitas na água. E tenho-o apresentado a teus discípulos, e eles o não puderam curar. E respondendo Jesus, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco, até quando vos hei de sofrer? Trazei-mo cá. E Jesus o abençoou, e saiu dele o demônio, e desde àquela hora ficou o moço curado. Então se chegarão os discípulos a Jesus em particular e lhe disseram: Por que não pudemos nós lançá-lo fora? Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19).
            2 – É certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. Mas, então, é somente no seu sentido moral que devemos entender estas palavras. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade de vitória.
            3 – Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas
            A fé e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.
            4 – Necessário guardar-se de confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se alia à humildade. Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do quem em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele. E por isso que os Bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os malogros que lhes são infligidos.
            5 – O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Por Allan Kardec

Cada Qual

"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.." Paulo (I Coríntios, 12:4)

Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem.
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor.
Quem administra, mais freqüentemente pode expressar a justiça e a magnanimidade.
Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para demonstrar o dever bem cumprido.
O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho e dividir as bênçãos.
O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna da esperança e da dignidade.
O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.
O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde, em quaisquer ocasiões.
O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos, renovando o pensamento geral para o bem.
O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir sempre a riqueza da boa-vontade.
O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.
O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições da paciência no ânimo geral.
Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus, o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é substancialmente o mesmo.
Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho em que nos encontramos.
Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do Infinito Bem. Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos, e a Vontade Divina te aproveitará.

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 4.

A Psicologia da Oração

Convencionou-se, ao longo do tempo, que a oração é um recurso emocional e psíquico para rogar e receber benefícios da Divindade, transformando-a em instrumento de ambição pessoal, realmente distante do seu alto significado psicológico.
A oração é um precioso recurso que faculta a aquisição da autoconsciência, da reflexão, do exame dos valores emocionais e espirituais que dizem respeito à criatura humana.
Tornando-se delicado campo de vibrações especiais, faculta a sintonia com as forças vivas do Universo, constitui veículo de excelente qualidade para a vinculação da criatura com o seu Criador.
Todos os seres transitam vibratoriamente em faixas especiais que correspondem ao seu nível evolutivo, ao estágio intelecto-moral em que se encontram, às suas aspirações e aos seus atos, nos quais se alimentam e constroem a existência.
A oração é o mecanismo sublime que permite a mudança de onda para campos mais sensíveis e elevados do Cosmo.
Orar é ascender na escala vibratória da sinfonia cósmica.
Em face desse mecanismo, torna-se indispensável que se compreenda o significado da prece, sua finalidade e a maneira mais eficaz pela qual se pode alcançar o objetivo desejado.
Inicialmente, orar é abrir-se ao amor, ampliar o círculo de pensamentos e de emoções, liberando-se dos hábitos e vícios, a fim de criar-se novos campos de harmonia interior, de forma que todo o ser beneficie-se das energias hauridas durante o momento especial.
A melhor maneira de alcançar esse parâmetro é racionalmente louvar a Divindade, considerando a grandeza da Criação, permitindo-se vibrar no seu conjunto, como seu filho, assimilando as incomparáveis concessões que constituem a existência.
Considerar-se membro da família universal, tendo em vista a magnanimidade do Pai e Sua inefável misericórdia, enseja àquele que ora o bem-estar que propicia a captação das energias saudáveis da vida.
Logo depois, ampliar o campo do raciocínio em torno dos próprios limites e necessidades imensas, predispondo-se a aceitar todas as ocorrências que dizem respeito ao seu processo evolutivo, mas rogando compaixão e ajuda, a fim de errar menos, acertar mais, e de maneira edificante, o passo com o bem.
Nesse clima emocional, evitar a queixa doentia, a morbidez dos conflitos e exterioridades ante a magnitude das bênçãos que são hauridas, apresentando-se desnudado das aparências e circunlóquios da personalidade convencional.
Não é necessário relacionar sofrimentos, nem explicitar anseios da mente e do coração, porque o Senhor conhece a todos os Seus filhos, que são autores dos próprios destinos e ocorrências, mediante o comportamento mantido nas multifárias experiências da evolução.
Por fim, iluminado pelo conhecimento da própria pequenez ante a grandeza do Amor, externar o sentimento de gratidão, a submissão jubilosa às leis que mantêm o arquipélago de astros e a infinitude de vidas.
*
Tudo ora no Cosmo, desde a sinfonia intérmina dos astros em sua órbita, mantendo a harmonia das galáxias, até os seres infinitesimais no mecanismo automático de reprodução, fazendo parte do conjunto e da ordem estabelecidos.
Em toda parte vibra a vida nos aspectos mais complexos e simples, variados e uniformes.
Sem qualquer esforço da consciência, circula o sangue por mais de 150 mil quilômetros de veias, vasos, artérias, em ritmo próprio para a manutenção do organismo humano tanto quanto de todos os animais.
Funções outras mantidas pelo sistema nervoso autônomo obedecem a equilibrado ritmo que as preserva em atividade harmônica.
As estações do tempo alternam-se facultando as variadas manifestações dos organismos vivos dentro de delicadas ondas de luz e de calor que lhes possibilitam a existência, a manifestação, o desabrochar, o adormecimento, a espera.
O ser humano, enriquecido pela faculdade de pensar e dotado do livre-arbítrio, que lhe propicia escolher, atado às heranças do primarismo da escala animal ancestral pela qual transitou, experiencia mais as sensações do imediato do que as emoções da beleza, da harmonia, da paz, da saúde integral,
Reconhece o valor incalculável do equilíbrio, no entanto, estigmatizado pela herança do prazer hedonista, entrega-se-lhe à exorbitância pela revolta nos transtornos de conduta, como forma de imposição grotesca.
Ao descobrir a oração, logo se permite exaltar falsas ou reais necessidades, desejando respostas imediatas, soluções mágicas para atendê-las, distantes do esforço pessoal de crescimento e de reabilitação.
É claro que aquele que assim procede não alcança as metas propostas, pois que elas ainda não podem apresentar-se por nele faltarem os requisitos básicos para o estabelecimento da harmonia interior.
A oração é campo no qual se expande a consciência e o Espírito eleva-se aos páramos da luz imarcescível do amor inefável.
Quem ora ilumina-se de dentro para fora, tornando-se uma onda de superior vibração em perfeita consonância com a ordem universal.
O egoísmo, os sentimentos perversos não encontram lugar na partitura da oração.
Torna-se necessário desfazer-se desses acordes perturbadores, para que haja sincronização do pensamento com as dúlcidas notas da musicalidade divina.
A psicologia da oração é o vasto campo dos sentimentos que se engrandecem ao compasso das aspirações dignificadoras, que dão sentido e significado à existência na Terra.
Inutilmente, gritará a alma em desespero, rogando soluções para os problemas que lhe compete equacionar, mesmo que atraindo os numes tutelares sempre compadecidos da pequenez humana.
Desde que não ocorre sintonia entre o orante e a Fonte exuberante de vida, as respostas, mesmo quando oferecidas, não são captadas pelo transtorno da mente exacerbada.
*
Quando desejares orar, acalma o coração e suas nascentes, assumindo uma atitude de humildade e de aceitação, a fim de que possas falar àquele que é o Pai de misericórdia, que sempre providencia todos os recursos necessários à aquisição humana da sua plenitude.
Convidado a ensinar aos seus discípulos a melhor maneira de expressar a oração, Jesus foi taxativo e gentil, propondo a exaltação ao Pai em primeiro lugar, logo após as rogativas e a gratidão, dizendo:
- Pai Nosso, que estais nos Céus...
Entrega-te, pois, a Deus, e nada te faltará, pelo menos tudo aquilo que seja importante à conquista da harmonia mediante a aquisição da saúde integral.

Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 29 de outubro de 2012, em Sydney, Austrália. Fonte: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=322.

Amar Sempre

O amor é essência divina que brota nos corações e precisa ser espalhada com abundância, para perfumar as criaturas que partilham a nossa caminhada.
Não é necessário ter vínculo que prenda ao outro ou interesse mútuo a realizar.
O amor que foi proposto por Jesus e que um dia envolverá toda a Humanidade, é o amor fraternal.
O verdadeiro amor não necessita avalizar se o receptor merece, precisa ou quer.
Ele apenas se oferece, se realiza naturalmente. É autodoação na sua mais significativa modalidade e não se constitui, em momento algum, em moeda de troca.
Não se tem relato de que o Cristo tenha reclamado alguma quota do amor que partilhou, ou tenha exigido correspondência de favor ou gratidão.
Quando nos decidimos por amar, percebemos que, quanto mais doamos amor, mais nos sentimos estimulados a amar.
É imensamente gratificante conseguir realizar esse intento.
Analisando, percebemos que todo o Evangelho do Mestre foi pautado nessa ação exemplar.
Todas as Suas falas, todos os Seus atos e exemplos tinham como base, como construção e arremate, o estímulo à conjugação do verbo amar.
Suas expressões de amor eram sem distinção, não deixando ninguém à margem de Suas benesses.
Alcançava os magistrados mergulhados em suas particularidades e maneiras diferentes de pensar. Alcançava também os infelizes que sofriam o abandono e a aversão da sociedade.
Estendia-se ao povo ao qual pertencia e a qualquer outra pessoa, de nacionalidade estrangeira.
Envolveu a mulher confusa e sofrida, que se prostituía por falta de apoio e orientação, e também as mais altivas senhoras, no altar do seu poderio material.
Ninguém foi esquecido: nem Seus familiares, que não lhe entendiam a missão; nem os companheiros que O abandonaram, nem as crianças que lhe eram trazidas, pelas mãos maternas, para que Ele as abençoasse.
A todos Ele concedeu a Sua atenção, revestida do mais sincero amor.
*   *   *
Esse amor difere de toda a conotação vulgar que se dá ao termo na atualidade.
No relacionamento entre casais, o verdadeiro amor é aquele que solidifica a união sadia. É aquele que tem gestos de ternura, sempre inesperados.
Aquele que se traduz em cuidados e gentilezas.
Em se falando de filhos, o amor é o sentimento que supera vontades contrariadas, pareceres e princípios eventualmente não respeitados.
Pai e mãe manifestam seu amor, sem exigências, administrando seu orgulho, seu egoísmo ou vaidade.
Da mesma forma, o verdadeiro amor dos filhos para com seus pais vai muito além do atendimento a necessidades básicas e satisfação de vontades.
E quando os pais se tornam idosos, dependentes, enfermos, necessitando do concurso desses braços jovens, é então que o amor filial tem sua mais extraordinária manifestação.
Um amor que atende, cuida, ampara, auxilia. Um amor que providencia pequenos supérfluos, que proporcionam felicidade.
Amar. Amar sempre. Fomos criados para o amor que emana do próprio Criador.
Amemos sempre. Conjuguemos esse verbo transformador, em todos os tempos e em todos os idiomas.
Redação do Momento Espírita.
Em 5.5.2018.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Dia do Trabalho

Primeiro de maio é reservado às comemorações do Dia do trabalho.
Uma excelente oportunidade para meditarmos a respeito dessa Lei da natureza, através da qual o homem forja o próprio progresso.
Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho, da sua atividade.
Tudo trabalha em a natureza. Os animais, como o homem, trabalham, embora a sua seja a atividade pela subsistência imediata.
O homem labora criando, desenvolvendo as funções da inteligência, conseguindo meios e recursos novos para aplicação na sua vida.
Toda ocupação útil é trabalho. Trabalha a genialidade na sua expressão criativa tanto quanto os que suam no preparo da terra e muitas tarefas rudimentares.
Para outras criaturas o trabalho é considerado desonroso. Possivelmente por um atavismo, pois no passado o trabalho se apresentava para as classes nobres como uma desonra.
Os braços escravos é que se encarregavam de todas as tarefas, enquanto os dominadores permaneciam na ociosidade.
Valorizavam-se os recursos dos homens pelo número de escravos e servos de que dispunham. Até mesmo a cultura da inteligência, muitas vezes, era transmitida por escravos.
No entanto, o trabalho é meio de elevação. Por ser Lei de caráter Divino, impõe-se a todos e ninguém dela poderá fugir impunemente.
Jesus nos deu o exemplo do respeito ao trabalho, como dever primeiro para a manutenção da vida, mediante a atividade honrada.
Ele Se fez carpinteiro e Se dedicou à profissão em companhia de José, Seu pai.
Ele mesmo disse: Meu Pai, referindo-Se a Deus, trabalha incessantemente. E eu trabalho também.
Seus discípulos ofereceram o labor das próprias mãos para a subsistência orgânica, enquanto semeavam as luzes da Boa Nova.
Paulo de Tarso era tecelão. Simão Pedro, Tiago e João eram pescadores. Mateus, cobrador de impostos. Judas dedicava-se ao comércio, vendendo peixes e quinquilharias. Lucas era médico.
O trabalho é dom da vida, que dignifica e mantém o homem. Em toda parte se impõe como Lei mantenedora do equilíbrio.
Busque, pois, motivação para fazer bem o seu trabalho. Coloque nele os seus melhores empenhos, de modo a se enriquecer de gratidão por dispor de um maravilhoso meio de ganhar com nobreza o pão diário.
*   *   *
Primeiro de maio é a data escolhida, na maioria dos países industrializados, para comemorar o Dia do trabalho e celebrar a figura do trabalhador.
A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho, iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos.
*   *   *
Não olvide que o trabalho é o único processo de aumentar a riqueza e nem se esqueça de que o serviço é o único recurso de capitalizar a simpatia e a cooperação.

Redação do Momento Espírita, com base nos itens 674 a 685 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb; no cap. 5 do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal; no cap. 11 do livro Estudos espíritas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal; nos itens Trabalho e Primeiro de maio I do Almanaque abril/95; no cap. 5 do livro Boa nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e no verbete Trabalho do livro Dicionário da alma, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 30.04.2010.

União e Força

Quando duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome... Eu aí estarei! - Jesus.
*   *   *
Jesus, o grande Pastor de nossas almas, ovelhas carentes de amparo e proteção, afirmou que se nos reuníssemos em Seu nome, estaria conosco.
Não se referiu a nenhuma religião específica, posição social ou raça. Simplesmente disse que se as pessoas se reunissem em Seu nome, Ele ali estaria.
Assegurou que tudo o que pedíssemos ao Pai, em Seu nome, ele nos concederia. Basta que peçamos com desejo sincero no coração e com as mãos operosas na ação do bem.
Este é o momento de nos unirmos em pensamentos otimistas e fraternos, com vontade firme de mudar a paisagem da Pátria do Evangelho, chamada Brasil.
Rogar a Deus que ilumine as mentes e os corações dos governantes, para que possam tomar decisões acertadas em prol da sociedade.
Rogar a Deus pelos religiosos, para que estejam atentos à responsabilidade perante as leis que regem a vida, para que não desperdicem a oportunidade de conduzir a Deus seus fiéis.
Rogar pelos homens que fazem as leis, para que estejam sintonizados com a justiça, o amor e a verdade.
Rogar pelos enfermos do corpo e da alma, para que tenham forças e superem as dificuldades com coragem.
Pedir a Deus pelos criminosos para que eles possam se conscientizar da própria infelicidade e decidam retornar ao Pai que aguarda, amoroso, a volta dos filhos pródigos.
Lembrar também de pedir pelos demais países da Terra; pelos povos que se digladiam em nome de Deus; pelos que disputam o poder;
Pelos que alimentam as guerras, dizimando populações inteiras, pois todos esses se distanciaram do Criador.
Pedir que Deus envolva em Suas bênçãos as pessoas de boa vontade, a fim de que prossigam trabalhando no bem, seja no campo das ciências, das artes, da religião, seja no que for.
É tempo de derrubarmos os muros que nos separam uns dos outros. Muros erguidos em nome de uma maneira diferente de entender Deus e lhe devotar culto.
É hora de percebermos o que é bom e nos apoiarmos mutuamente.
Afinal, o bem é sempre o bem, e não deixará de ser porque é praticado por pessoas de religião diversa da nossa.
Quem é que, tendo o mínimo de sensibilidade, não se comoveu vendo o Papa João Paulo II, visivelmente enfermo, viajando pela Terra inteira?
De igual forma, quem não se comove ao ver Divaldo Pereira Franco, o orador espírita, percorrer o mundo, embora os problemas de saúde e a idade que ultrapassa os noventa anos?
Esses homens, com serenidade no olhar, e esforços para vencer as próprias limitações, buscam sensibilizar o seu rebanho para a valorização da vida; o fortalecimento dos laços de família; o respeito às leis de Deus.
Vale a pena meditarmos sobre essas importantes questões, lembrando Jesus ao afirmar que um dia haverá um só rebanho, sob a égide de um só pastor.
E, como Ele próprio afirmou, nenhuma das Suas ovelhas se perderá.
Suas ovelhas somos todos nós, habitantes dos dois planos da vida: da Espiritualidade e desta morada do Pai, a que chamamos Terra.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.4.2018.

O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...