quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Maior Tragédia do Futebol no Mundo

A maior tragédia do Futebol no mundo

O povo brasileiro acordou chocado na manhã desta terça-feira, 29 de novembro de 2016, com as informações sobre o acidente envolvendo o avião que transportava a delegação do time brasileiro de futebol, a Chapecoense, para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o time colombiano Atlético Nacional. A aeronave fez um pouso forçado nesta madrugada na região de Antioquia (Colômbia), nas proximidades do aeroporto de Medellín, em acidente gravíssimo, que deixou 75 mortos e seis sobreviventes. Dentre as vítimas, encontravam-se tripulantes, jogadores e a comissão técnica do time do município de Chapecó, localizado no oeste catarinense (SC).
Considerada a maior tragédia do futebol mundial, deixa-nos todos, brasileiros, colombianos e cidadãos de diversos países das Américas e demais continentes, enternecidos diante de ocorrência tão inesperada. Como não se comover perante tamanho desastre?!
A primeira ação que a sensibilidade e o discernimento nos recomendam é de que sejamos solidários com os familiares e amigos dos nossos irmãos que retornaram à Pátria Espiritual nessa fatídica ocorrência. Unamo-nos, pois, em preces e vibrações de fortalecimento, tanto aos desencarnados quanto aos que permanecem em observação e tratamento médico, bem como aos familiares, parentes e amigos que necessitam de apoio da fé que consola ou, ao menos, ameniza a profunda dor que atinge seus corações.
Rogamos a todos eles que sejam envolvidos pelos Benfeitores Espirituais e possam encontrar o lenitivo aos seus sofrimentos, mantendo-se firmes na confiança em Deus, nosso Pai, que não abandona a nenhum de seus filhos, por mais pungentes sejam os enfrentamentos provacionais a que possamos estar submetidos pela abençoada Lei de Causa e Efeito que rege nossas existências.
Deus, como Pai de amor e de bondade, sempre age em favor do melhor para cada um de nós. Nem sempre é fácil entender e aceitar os desígnios divinos em nossos destinos. Porém, há situações que só conseguem ser explicadas quando alçamos o voo da compreensão para a imortalidade da vida, que prossegue dinâmica em todas as dimensões, e pela anterioridade existencial do Espírito, possuidor de vasta bagagem adquirida em vivências físicas pretéritas.
O esclarecimento pode igualmente aliviar nossa dor, quando entendemos o porquê dos acontecimentos, principalmente esses tão sinistros. Somado a todas as iniciativas humanistas, que visam à promoção do indivíduo à sua condição de Espírito imortal, o Espiritismo, como o Consolador Prometido por Jesus, pode nos trazer alento, esclarecendo nossas mentes e consolando nossos corações.
Que o divino amigo Jesus, em sua misericórdia de Irmão maior, possa abrigar em seu regaço fraterno todos os que partiram para o Mundo Espiritual e todos os envolvidos que aqui na Terra prosseguirão em sua caminhada existencial.
Publicado no site da Federação Espírita Brasileira-FEB
Em 29/11/16, por Geraldo Campetti Sobrinho

Compromissos para com a Vida

Compromissos para com a vida

Todos os seres nascemos e renascemos assinalados pelo compromisso do progresso. Sair da sombra na direção da luz para inebriar-se é o impositivo básico da existência em qualquer nível no qual se manifeste.
Quando diz respeito ao ser humano o processo evolutivo impõe a necessidade de crescimento íntimo, faculta a conquista do divino que lhe jaz no íntimo.
À medida que evolve mais responsabilidades lhe cabem, assumindo compromissos relevantes que mais rapidamente propiciam o crescimento para a condição de Espírito puro.
Esses compromissos dizem respeito à superação das imposições negativas que o vitimaram e assinalam-no com provas severas ou expiações penosas.
Sob outro aspecto, apresentam-se como condição de incompletude, de frustração ou tormentos inomináveis, que devoram silenciosa ou discretamente aqueles que se permitiram desaires.
Todos renascem, portanto, sob leis severas que estabelecem o cumprimento de algumas regras educativas para frear as falhas do caráter e as imperfeições morais.
Algumas dessas reencarnações são programadas com carinho e cuidados especiais, tendo em vista as graves experiências anteriormente vivenciadas.
Crimes hediondos e reabilitações dolorosas preparam o Espírito para empreendimentos de alta significação em favor de si mesmos, assim como da sociedade.
Aceita a tarefa e recebida a instrumentação para o desempenho do labor retornam ao proscênio terrestre com júbilos e expectativas de alto coturno. Envolvidos pela carne e as suas heranças dos instintos, também voltam as tendências mórbidas que devem ser superadas, a fim de haver campo mental para a sintonia com o Mais Alto.
A  embriaguez dos sentidos, a utopia dos prazeres, a necessidade da fruição do gozo alojam-se nos refolhos do ser e afastam-no das responsabilidades de maneira hábil e segura.
O encantamento inicial é substituído pelo tédio, o entusiasmo dos primeiros dias cede lugar a experiências mais palpitantes. Urge o desligamento mental, emocional para culminar no de natureza física com o definitivo afastamento das atividades que deveria abraçar com devotamento.
Nesse comemos, adversários desencarnados soezes, que permaneceram na retaguarda espiritual, acercam-se-lhes e os envolvem através de bem urdida hipnose até conseguirem alcançar a meta, que é o fracasso.
Não são poucos aqueles que, reencarnados, estão comprometidos com a vida, que fracassam lamentavelmente.
A vida, em si mesma, é severa e nada passa despercebido pelos seus controladores, que insistem na preservação dos compromissos e sua realização até o momento em que deixam por própria conta o calceta.
Não existe liberdade no arbítrio de cada um, como se gostaria. Os limites são deveres inadiáveis que não devem ser interrompidos a bel-prazer.
Tem cuidado e desperta do letargo que te está tomando as aspirações.Tudo tem preço, especialmente o prazer.
*
Disciplina a vontade, a fim de treinares renúncia, em pequenas doses, de modo que alcances mais alto nível de abnegação e devotamento ao bem.
Seleciona os teus compromissos para executar aqueles que são de natureza eterna.
Não te isoles no teu narcisismo enganoso. Nessa atitude desvelas soberba e agressividade reprimida.
O próximo te necessita de igual maneira que dele precisas.
A solidão é má conselheira e quando buscas as companhias, somente aquelas que comprazem, que te promovem, desperta do engodo e volta à realidade.
Fixa-te nos propósitos imortalistas e torna-te simples, de fácil acesso.
Não te julgues inatingível. Todos têm os seus pontos fracos, a sua vulnerabilidade.
Desce do falso pedestal e considera que o futuro, mesmo o melhor planejado, é imprevisível.
Retempera o ânimo e medita nas razões que te atraíram para o bem.
Não esqueças que os teus Amigos providenciaram-te facilidades, que as podem retirar sem o menor esforço.
Os compromissos para com a vida são múltiplos, não apenas para fruição do gozo, mas também para o sacrifício pessoal, para a fraternidade.
Examina a tua folha de serviço na esteira das oportunidades e começa enquanto é tempo.
Por mais agradáveis que sejam os prazeres do corpo, sempre deixam um ressaibo de querer-se mais.
Ninguém te deseja impedir de fruir os gozos compatíveis com as tuas aspirações.
Recorda, porém, que muitas inibições, dificuldades ora resolvidas, têm origem no abuso de ontem, que deves cuidar, evitando consequências mais graves para o futuro.
Vive, portanto, em paz de consciência e evita-lhe a anestesia, porque a verdade sempre retoma, muitas vezes em forma de culpa.
Quebra o ritmo negativo das tuas paixões e começa novas experiências iluminativas.
Pensa em termos de imortalidade, mesmo na transitoriedade carnal.
No encontro de Jesus com o moço rico que ia disputar a corrida em Cesareia, o Mestre lhe disse, enfático:  Vem hoje!
Ele pediu para postergar a entrega para após os jogos próximos e rico de juventude partiu para a desencarnação na festa do dia seguinte, havendo perdido a excelente oportunidade de O seguir naquele momento.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco,
na reunião de 31 de outubro de 2016 no
Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Aos Espíritas

Vós que buscais Jesus, sob a procela,
Toda feita de lágrimas e dores.
Deveis ser os humildes seguidores
Da luz do mundo, primorosa e bela.

Deveis ser a renúncia que revela
O grande amor de todos os amores,
Que perdoa e redime os pecadores,
Na palavra mais terna e mais singela.

Guardai Jesus no mundo de aspereza,
Dentro da mesma luz e da grandeza
Que consola e que eleva o coração...

Sede o bem, sede amor e tolerância,
Que a caridade é toda substância
Da lei que nos conduz à perfeição.



Pelo Espírito João de Deus - Do livro: Lira Imortal, Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O Pastor

O pastor aproximou-se do Divino Mestre e perguntou:

- Senhor, deste-me o rebanho para guardar... Que farei da ovelha doente, quando não possa seguir-nos?

- Carregarás a ovelha doente, junto de teu próprio coração, poupando-lhe esforço.

- E se a ovelha foge? Como proceder, quando vejo alguma a transviar-se, correndo para os matagais, como se nos detestasse o caminho? Devo deixar o rebanho, a fim de buscá-la?

- Não te aflijas, respondeu-lhe o Senhor: Confia na Divina Providência. Se alguma ovelha fugir, não abandones o rebanho no intuito de procurá-la. Segue com paciência para diante, porque Deus já te concedeu o servidor que a trará de volta.

- Quem, Senhor? Quem fará isto por mim?

O Mestre endereçou a todo o rebanho um sorriso de bênção e rematou:

- Não te esqueças de agradecer a tarefa que Deus reservou ao teu cão.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Recados do Além, Médium: Francisco Cândido Xavier

sábado, 26 de novembro de 2016

A Afabilidade e a Doçura

I – A Afabilidade e a Doçura

LÁZARO
Paris, 1861

            6 – A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.
            A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.
            Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus. 
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Por ALLAN KARDEC

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Muralha do Tempo

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta que conduz à perdição.” – Jesus (Mateus, 7: 13)

Em nos referindo a semelhante afirmativa do Mestre, não nos esqueçamos de que toda porta constitui passagem incrustada em qualquer construção, a separar dois lugares, facultando livre curso entre eles.

Porta, desse modo, é peça arquitetônica encontradiça em paredes, muralhas e veículos, permitindo, em todos os casos, franco passadouro.

E as portas referidas por Jesus, a que estrutura se entrosam?

Sem dúvida, a porta estreita e a porta larga pertencem à muralha do tempo, situada à frente de todos nós.

A porta estreita revela o acerto espiritual que nos permite marchar na senda evolutiva, com o justo aproveitamento das horas.

A porta larga expressa-nos o desequilíbrio interior, com que somos forçados à dor da reparação, com lastimáveis perdas de tempo.

Aquém da muralha, o passado e o presente.

Além da muralha, o futuro e a eternidade.

De cá, a sementeira do “hoje”.

De lá, a colheita do “amanhã”.

A travessia de uma das portas é ação compulsória para todas as criaturas.

Porta larga – entrada na ilusão – saída pelo reajuste...

Porta estreita – saída do erro – entrada na renovação...

O momento atual é de escolha da porta, estreita ou larga.

Os minutos apresentam valores particulares, conforme atravessemos a muralha, pela porta do serviço e da dificuldade ou através da porta dos caprichos enganadores.

Examina, por tua vez, qual a passagem que eleges por teus atos comuns, na existência que se desenrola, momento a momento.

Por milênios, temos sido viajores do tempo a ir e vir pela porta larga, nos círculos de viciação que forjamos para nós mesmos, engodados na autoridade transitória e na posse amoedada, na beleza física e na egolatria aviltante.

Renovemo-nos, pois, em Cristo, seguindo-o, nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos da marcha, conservando alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas da Felicidade Maior.



Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: O Espírito da Verdade, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Do Outro Lado

No consultório, o homem muito doente perguntou ao médico:

Doutor, o que existe do outro lado da vida?

O médico olhou seu paciente nos olhos, repousou a caneta sobre a mesa, cruzou os braços e respondeu calmamente:

Eu não sei!

Como não sabe? – Falou exasperado o paciente. Eu vou morrer, não sei o que existe do outro lado e o senhor me fala com esta tranquilidade?

Neste momento, ganidos se fizeram ouvir do lado de fora da porta. Logo em seguida, arranhões na madeira.

O médico se levantou, foi até a porta e a abriu. Um belo cão saltou feliz, nos braços do dono.

Agitava a cauda, lambia o médico, manifestando a sua alegria.

Então, o profissional atencioso olhou para o homem desolado e lhe disse:

Você viu o que fez este cão? Ele nunca estivera aqui, antes. No entanto, ele entrou na sala confiante, alegre, tão logo lhe foi aberta a porta.

E sabe por quê? Porque ele sabia que nesta sala estava seu dono.

Eu também. Não sei o que existe do outro lado da vida. Mas de uma coisa eu tenho certeza: o meu Senhor estará lá! Então, não há o que temer.

* * *

Ao longo das eras, o homem tem se indagado o que existe para além da tumba, como será a outra vida.

Em torno disso, teólogos e religiosos se têm posto a pensar e têm até estabelecido discussões acerca das ideias que fazem do que seja essa outra vida para onde todos iremos.

No século XIX, na França, um pedagogo francês indagou dos imortais a respeito e o véu começou a ser levantado, revelando um mundo cheio de vida.

Vida abundante como falou o Mestre de Nazaré.

Livros foram escritos dizendo de como essa vida prossegue para os Espíritos imortais que somos todos nós.

Mas nem todos creem nos Espíritos, nessas vozes dos céus. Nem todos creem na mediunidade e nos fenômenos da comunicação dos chamados mortos.

Contudo, todos os que nos dizemos cristãos, com certeza recordamos das palavras do Mestre Jesus, em Seu discurso de despedida, naquela noite de quinta-feira, precedendo a Sua prisão:

Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus. Crede também em mim.

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito. Eu vou para vos preparar o lugar.

Portanto, tem razão o médico. Se nosso Senhor estará lá, se disse que iria à frente para nos preparar o lugar, é que nos aguarda.

Dessa forma, não importa o que mais exista lá. Não importa se temos ideias mais nítidas ou não do que exista para além da vida física.

Uma certeza temos: Jesus estará lá. Ele nos aguarda, Pastor de todas as ovelhas deste planeta e, como bom Pastor, nos receberá.

Pensemos nisso!



PorRedação do Momento Espírita, com base em texto que circula pela Internet, sem título e sem autoria e dos versículos 1 a 3 do cap. XIV do Evangelho de João. Disponível no CD Momento Espírita, v. 17, Imortalidade e no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4953&stat=0 .

domingo, 20 de novembro de 2016

Ante a Lição

"Considera  o  que  te  digo,  porque  o  Senhor  te  dará  entendimento em tudo." 
Paulo (II Timóteo, 2:7)  

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes. 
Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-­lo, não enxerga as estrelas; 
e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-­lhe a acústica da alma, 
não lhe percebe as notas divinas. Debalde escutarás a palavra inspirada de
 pregadores ardentes, se não  descerrares o coração para que o teu  sentimento 
mergulhe na claridade bendita daquela. Inúmeros seguidores do Evangelho 
se queixam da incapacidade de retenção  dos ensinos da Boa Nova, 
afirmando-­se ineptos à frente das novas revelações, e isto  porque não
 dispensam maior trato à lição  ouvida, demorando-­se longo tempo na 
província da distração e da leviandade. Quando a câmara permanece sombria, 
somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite. 
Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá 
com as suas graças. O apóstolo dos gentios é claro na observação.
 "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."  Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar. 
Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos 
do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa­-vontade, 
dar-­nos-­á entendimento em tudo.

Pelo espírito Emmanuel
do Livro Fonte Viva - FEB

Socorro

Socorro

Noite escura.Em local isolado, um rapaz de moto, errando na direção, precipitou-se nas águas de enorme represa.
Alguns populares correram até à casa grande em que morava um negociante que possuía, ali mesmo, um barco magnificamente equipado.
No entanto, ao pedido de socorro, ei-lo que responde secamente:
- Jovens de moto? Estou cansado... Gente louca não tem jeito...
Os amigos anônimos se voltaram no rumo de um pardieiro próximo, ocupado unicamente por uma senhora paralítica.
A doente não vacilou.
Emprestou-lhes pequena lanterna, acesa a querosene.
Alguns instantes mais e o rapaz foi visto, boiando à longa distância.
Dois homens se atiraram às águas e trouxeram-no desmaiado para a terra.
O comerciante, porém, - aquele mesmo que se negara a cooperação,- viera até a orla do lago, simplesmente para ver.
Mas, inclinando-se para o jovem que respirava, a salvo, no socorro improvisado que recebia, começou a gritar em desespero:
- É meu filho!... Ah! meu filho, meu filho!...
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
CEU, 1981.

Educandário de Luz

Educandário de Luz

Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos frequentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.
Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.
Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.
Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.
Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.
E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.
Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.
Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.
Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus.
*  *  *
                                                                                       Emmanuel
Mensagem retirada do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 19 de novembro de 2016

O Divino Convite

“Vinde a Mim, vós que sofreis!...”.
E a palavra do Senhor,
tocando nações e leis,
ressoa, cheia de amor.

Herdeiros tristes da cruz,
que seguis de alma ferida,
encontrareis em Jesus
Caminho, verdade e vida.

Famintos de paz e abrigo,
que lutais no mundo incréu,
achareis no Eterno Amigo
o Pão que desceu do Céu.

Almas sedentas de pouso,
que à sombra chorais cativas,
tereis no Mestre Amoroso
a fonte das Águas Vivas.

Venham, irmãos, a Jesus Cristo,
o Guia que nos conduz!
vosso caso está previsto
em suas lições de luz.



Pelo Espírito Casimiro Cunha - Do livro: Antologia Mediúnica do Natal, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

REEQUILÍBRIO

A palavra tratamento, numa de suas mais justas acepções, significa processo de cura.

E existem tratamentos de vários modos.

Quando sofremos, por exemplo, os prejuízos da ignorância, buscamos o apoio da escola para que a instrução nos felicite com a luz do discernimento.

No dia da enfermidade, é forçoso recorrer á ciência médica, que se expressará em teu favor, através de medidas socorristas diversas.

Na solução de necessidades primárias da vida orgânica, quanto mais alto o gabarito da educação, mais imperioso se torna o concurso especializado, Daí os quadros crescentes de higienistas, odontólogos, enfermeiros e assistentes sociais.

Ocorre o mesmo no reino do espírito, quanto á cura da alma.

Antes da reencarnação, a criatura que se vê defrontada por obrigações de resgate e reajuste, é levada espontaneamente ou não a renascer, junto dos companheiros de antigas faltas, a fim de granjear os recursos indispensáveis á própria quitação diante da Lei.

Por essa razão, verificarás que não é difícil amar a humanidade em seu conjunto, mas nunca fácil harmonizar-se na organização doméstica, onde a vida nos transforma, transitoriamente, em instrutores particularizados uns dos outros. É que o lar ou grupo de serviço, nas teias da consangüinidade ou da vivência, se erigem como sendo escolas de emenda, institutos de reabilitação ou pequenos sanatórios do sentimento - pontos-chaves do processo para cada um de nós - portanto, em casa ou no círculo íntimo, encontramos o lugar certo para o encontro exato com os parceiros difíceis de outros tempos, junto dos quais, durante o período da reencarnação, adquiriremos o tratamento espiritual que nos é indispensável á conquista do amor, a única força capaz de assegurar-nos a ascensão para a vida eterna.



Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Paz e Renovação, Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O Cooperador

Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.
Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura.
Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace.
Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música.
Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.
* * *
Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.
Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.
Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.
Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
* * *
Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.
* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
10a edição. Araras, SP: IDE, 1996.

Benevolência

Traduzindo benevolência por fator de equilíbrio, nas relações humanas, vale confrontar as atitudes infelizes como os obstáculos pesados que afligem o espírito, na caminhada terrestre.

Aprendamos a sinonímia de ordem moral, no dicionário simples da natureza:
Crítica destrutiva - labareda.
Azedume - estrada barrenta.
Irritação - atoleiro comprido.
Indiferença - garoa gelada.
Cólera - desastre à vista.
Calúnia - estocada mortal.
Sarcasmo - pedrada a esmo.
Injúria - espinho infecto.
Queixa repetida - tiririca renitente.
Conversa desnecessária - vento inútil.
Preconceito - fruto bichado.
Gabolice - poeira grossa.
Lisonja - veneno doce.
Engrossamento - armadilha pronta.
Aspereza - casca espinhosa.
Pornografia - pântano aberto.
Despeito - serpente oculta.
Melindre - verme dourado.
Inveja - larva em penca.
Pessimismo - chuva de fel.

Espiritualmente, somos filtros do que somos.

Cada pessoa recebe aquilo que distribui.

Se esperamos pela indulgência alheia, consignemos as manifestações que nos pareçam indesejáveis e, evitando-as com segurança, saberemos cultivar a benevolência, no trato com o próximo, para que a benevolência nos seja auxílio incessante, através dos outros.



pelo Espírito Emmanuel. Do livro: Opinião Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sábado, 12 de novembro de 2016

Repartindo o Pão

O animal foi abandonado num ferro-velho. Logo foi adotado pela senhora, que ali reside e trabalha. E foi juntar-se aos demais cães, gato e galinha, igualmente adotados, um a um.
Os filhotes que nasceram foram doados. Mesmo assim, a fome logo visitou Lilica, a recém adotada.
O coração daquela senhora era bem maior do que as suas condições financeiras e, com parcos recursos, difícil ter alimento para tantas bocas famintas.
Então, começou a peregrinação da cadela esperta. No cair da tarde, início da noite, ela começou a sair de casa em busca de alimento. Seu destino: a cidade próxima, cerca de dois quilômetros de distância.
Vendo-a a revolver o lixo, próximo à sua casa, a professora Laura resolveu oferecer alimento para Lilica.
Espantada, observou o estranho comportamento da cadela que, apesar de aparentar ter muita fome, comeu um pouco, depois abocanhou a sacola plástica, onde estava a comida e foi embora.
No dia seguinte e no outro, a cena se repetiu. Então, Laura passou a ficar sentada, esperando Lilica comer. Quando percebia que ela estava satisfeita, fechava a sacola, para que a comida não caísse pelo caminho.
Curiosa, depois de algum tempo, resolveu seguir o animal. Para onde iria? Para quem estaria levando a comida?
Surpresa, viu a cadela adentrar o ferro-velho e deixar cair a sacola, para que os cães, o gato e a galinha igualmente se alimentassem.
*   *   *
Um animal. Um gesto de solidariedade. Um exemplo para muitos de nós que deixamos de pensar no outro, que não nos preocupamos com a necessidade alheia.
É de nos perguntarmos quando foi que deixamos de comer um tanto mais a fim de oferecer a quem tem fome.
Quando foi que nos privamos de algo para oferecer a quem sofre alguma carência.
Quando foi que, tendo o alimento no prato, pensamos em quem padece fome e nos propusemos a saciá-la.
A atitude de Lilica nos leva a reflexionar. Se um animal faz isso, quanto mais nós, humanos, podemos e devemos fazer pelos nossos irmãos.
Das anotações do Evangelista Mateus, colhemos as palavras do Mestre Jesus: Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me acolhestes; estava nu e me vestistes; estava enfermo e me visitastes; estava na prisão e me fostes ver.
E finaliza, asseverando: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Com certeza, em reconhecendo Jesus em um transeunte, O iríamos atender, plenos de compaixão, porque somos apaixonados por Aquela figura ímpar, todo amor e bondade.
Contudo, o que necessitamos aprender é ter olhos de ver. Ver em cada necessitado o próprio Cristo. Exatamente como escreveu a poetisa Auta de Souza, encontrar o Cristo soberano em cada ser que chora.
Pensemos nisso. Coloquemos nosso coração em ação, através das nossas operosas mãos.
Tracemos um roteiro de auxílio a quem padece. Aprendamos a ver a necessidade onde ela se esconde. Atendamos ao nosso irmão a fim de que, neste abençoado milênio em que nos encontramos sobre a Terra, espanquemos a miséria, a dor, a fome.
Juntos, conseguiremos. Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base em fato,
 ocorrido na cidade de São Carlos, SP, veiculado pela
 TV Globo e com citações de versículos do cap. 25, do
 
Evangelho de Mateus.
Em 10.11.2016.

Separações Afetivas

Separações Afetivas

Aumenta, consideravelmente, em nossa cultura, a separação conjugal, a desunião matrimonial, a indiferença no relacionamento afetivo.
A solidão toma conta das criaturas tornando-as fantasmas atormentados.
Os sonhos de uma afetividade repleta de bênçãos, constituindo uma família harmônica, cedem lugar a verdadeiros combates domésticos, que culminam em separações lamentáveis.
As facilidades de relacionamentos sexuais descomprometidos, a ausência de pudor que predomina em quase todas as esferas sociais, tornaram o amor descartável, de breve duração e sem maturidade para suportar os desafios existenciais. É surpreendente a ocorrência, quando sucede em uniões aparentemente seguras e estáveis, com existência de longo prazo, apresentando-se comofalta de amor, desaparecimento da empatia e do interesse afetivo na comunhão conjugal.
Dilaceram-se famílias, criam-se traumas de difícil solução em filhos imaturos que não compreendem os problemas dos pais, nem são devidamente informados, muitas vezes lançados pela imprevidência de um deles contra o outro. E passam a conviver com pessoas estranhas, que substituem provisoriamente aqueles que eram o sustentáculo da sua vida, o amor das primeiras horas, o anjo abençoado dos seus dias.
É certo que uma separação pacífica é muito melhor do que uma convivência litigiosa. A verdade, porém, é outra... As separações nascem, quase sempre, de falsa necessidade de novos parceiros, de prazeres fáceis e ligeiros, de fazer-se parte das redes sociais...
A decadência moral que se avoluma, assustadora, prognostica um futuro sem família, filhos órfãos de pais vivos, desinteressados, uma sociedade sem raízes afetivas, assinalada pelos transtornos afetivos e desajustes emocionais.
Um pouco mais de maturidade psicológica e de amor real poderiam modificar esse comportamento, quando as criaturas se dispam do egoísmo, do direito de posse sobre o outro, dando-lhe o direito de ser humano e agir como tal.
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no Jornal A Tarde,
 na coluna Opinião, de 3.11.2016.
Em 9.11.2016.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Bem-Aventurados os Pobres de Espírito...

Bem-Aventurados os Pobres de Espírito... 

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus”, disse Jesus (Mateus, 5:3), iniciando o Sermão da Montanha. Situou, assim, a humildade espiritual em primeiro lugar, entre as virtudes que precisamos adquirir para merecermos a glória das almas redimidas. Exegetas do Evangelho, adulterando por completo o sentido dessa máxima, pretendem que ela proclame bem-aventurados os apoucados de inteligência, os retardados mentais, os idiotas e imbecis. Tal interpretação, todavia, é insustentável, pois, a ser verdadeira, não haveria lugar nos Céus para os ricos de espírito, e o próprio Mestre, o expoente máximo da riqueza espiritual que a Terra já conheceu, ficaria de fora. Por pobres de espírito, na acepção em que Jesus empregou essas palavras, devem-se entender aqueles que, aspirando à perfeição, e comparando com o ideal a ser atingido o pequenino grau de adiantamento a que chegaram, reconhecem quanto ainda são carentes de espiritualidade. São bem-aventurados porque a noção que têm de suas fraquezas e mazelas fá-los lutar por aquilo que lhes falta, e esse redobrar de esforços leva-os realmente a conseguirem maior progresso espiritual. 
Já aqueles que se acomodam a ínfimos padrões de moralidade, ou se mostram satisfeitos com seu estado, considerando-se suficientemente bons, ao contrário dos primeiros, não se incluem entre os bem-aventurados porque, seja por ignorância, seja por orgulho, permanecem estacionários, quando a vida espiritual, assim como tudo na natureza, rege-se por um impulso constante para a frente e para o alto! Igualmente, os que entendem não ser preciso cultivar um caráter nobre e reto, porque (segundo julgam) “o sangue do Cristo foi derramado para remir os pecados da humanidade”, também não são incluídos entre aqueles cuja atitude de espírito foi exaltada pelo Nazareno. Malgrado a respeitabilidade de seus princípios religiosos, só vislumbrarão o reino celestial quando venham a reconhecer a pobreza de suas virtudes, e se empenhem com afinco para conquistá-las, pois todo aquele a quem o Cristo haja redimido, de fato, terá de deixar as más obras, para “apresentar-se santo, imaculado e irrepreensível diante dele”. (Colossenses, 1:22.) A colocação da humildade de espírito, como a primeira das beatitudes, parece-nos, pois, não ser meramente fortuita, mas sim proposital, visto que a felicidade futura de cada indivíduo depende muito do conceito que ele faça de si mesmo. Quem se imagina com perfeita saúde não se preocupa com ela, nem procura um médico para tratá-la. Também aquele que se presume sem defeitos, ou já se considera salvo, descuida da higidez de sua alma, e, quando menos espere, a morte o surpreenderá sem que tenha avançado pelo menos um passo no sentido da realização espiritual. 

Extraído do Livro SERMÃO DA MONTANHA
por Rodolfo Calligaris - Ed. FEB

Bem-Aventurados os Pobres de Espírito...

Bem-Aventurados os Pobres de Espírito... 

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus”, disse Jesus (Mateus, 5:3), iniciando o Sermão da Montanha. Situou, assim, a humildade espiritual em primeiro lugar, entre as virtudes que precisamos adquirir para merecermos a glória das almas redimidas. Exegetas do Evangelho, adulterando por completo o sentido dessa máxima, pretendem que ela proclame bem-aventurados os apoucados de inteligência, os retardados mentais, os idiotas e imbecis. Tal interpretação, todavia, é insustentável, pois, a ser verdadeira, não haveria lugar nos Céus para os ricos de espírito, e o próprio Mestre, o expoente máximo da riqueza espiritual que a Terra já conheceu, ficaria de fora. Por pobres de espírito, na acepção em que Jesus empregou essas palavras, devem-se entender aqueles que, aspirando à perfeição, e comparando com o ideal a ser atingido o pequenino grau de adiantamento a que chegaram, reconhecem quanto ainda são carentes de espiritualidade. São bem-aventurados porque a noção que têm de suas fraquezas e mazelas fá-los lutar por aquilo que lhes falta, e esse redobrar de esforços leva-os realmente a conseguirem maior progresso espiritual. 
Já aqueles que se acomodam a ínfimos padrões de moralidade, ou se mostram satisfeitos com seu estado, considerando-se suficientemente bons, ao contrário dos primeiros, não se incluem entre os bem-aventurados porque, seja por ignorância, seja por orgulho, permanecem estacionários, quando a vida espiritual, assim como tudo na natureza, rege-se por um impulso constante para a frente e para o alto! Igualmente, os que entendem não ser preciso cultivar um caráter nobre e reto, porque (segundo julgam) “o sangue do Cristo foi derramado para remir os pecados da humanidade”, também não são incluídos entre aqueles cuja atitude de espírito foi exaltada pelo Nazareno. Malgrado a respeitabilidade de seus princípios religiosos, só vislumbrarão o reino celestial quando venham a reconhecer a pobreza de suas virtudes, e se empenhem com afinco para conquistá-las, pois todo aquele a quem o Cristo haja redimido, de fato, terá de deixar as más obras, para “apresentar-se santo, imaculado e irrepreensível diante dele”. (Colossenses, 1:22.) A colocação da humildade de espírito, como a primeira das beatitudes, parece-nos, pois, não ser meramente fortuita, mas sim proposital, visto que a felicidade futura de cada indivíduo depende muito do conceito que ele faça de si mesmo. Quem se imagina com perfeita saúde não se preocupa com ela, nem procura um médico para tratá-la. Também aquele que se presume sem defeitos, ou já se considera salvo, descuida da higidez de sua alma, e, quando menos espere, a morte o surpreenderá sem que tenha avançado pelo menos um passo no sentido da realização espiritual. 

Extraído do Livro SERMÃO DA MONTANHA
por Rodolfo Calligaris - Ed. FEB

Fraternidade

Fraternidade é árvore bendita,
Cujas flores e ramos de esperança
Buscam a luz eterna que se agita,
Rumo ao país ditoso da bonança.

É a fonte cristalina em que descansa
A alma humana fraca, errante e aflita;
É a luminosa bem-aventurança
Da mensagem de Deus, pura e infinita!...

Vós que chorais ao coro das procelas,
Vinde, irmãos! Desdobrai as vossas velas!...
Não vos sufoque o horror da tempestade.

Fraternidade é o derradeiro porto,
A terra da união e do conforto,
Que habitaremos na Imortalidade.



Pelo Espírito João de Deus - Do livro: Parnaso de Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Esquecimento do Passado

11 – É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento da experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que isso deve ser útil. Com efeito, a lembrança do passado traria inconvenientes muito graves. Em certos casos, poderia humilhar-nos estranhamente, ou então exaltar o nosso orgulho, e por isso mesmo dificultar o exercício do nosso livre arbítrio. De qualquer maneira, traria perturbações inevitáveis às relações sociais.
            O Espírito renasce freqüentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.
            Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos.
            O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se estiver sendo punido, é porque fez o mal, e suas más tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, que o adverte do bem e do mal e lhe dá a força de resistir às más tentações.
            De resto, esse esquecimento só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado. Trata-se, portanto, apenas de uma interrupção momentânea, como a que temos na própria vida terrena, durante o sono, e que não nos impede de lembrar, no outro dia, o que fizemos na véspera e nos dias anteriores.
            Da mesma maneira, não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que ele nunca a perde, pois a experiência prova que, encarnado, durante o sono do corpo, ele goza de certa liberdade e tem consciência de seus atos anteriores. Então, ele sabe por que sofre, e que sofre justamente. A lembrança só se apaga durante a vida exterior de relação. A falta de uma lembrança precisa, que poderia ser-lhe penosa e prejudicial às suas relações sociais, permite-lhe haurir novas forças nesses momentos de emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Por ALLAN KARDEC

sábado, 5 de novembro de 2016

Extinção do Mal

Extinção do Mal

Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância: com a instrução;
o ódio: com o amor;
a necessidade: com o socorro;
o desequilíbrio: com o reajuste;
a ferida: com o bálsamo;
a dor: com o sedativo;
a doença: com o remédio;
a sombra: com a luz;
a fome: com o alimento;
o fogo: com a água;
a ofensa: com o perdão;
o desânimo: com a esperança;
a maldição: com a benção.
Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.
O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
* * *
Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz.
Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes.
4a edição. Araras, SP: IDE, 1996.

Segurança em DEUS

Segurança em Deus

A existência terrestre é uma formosa concessão do Pai Celeste, a fim de que se desenvolvam os valores adormecidos no cerne do Espírito, desse modo, sofrendo alterações imprevisíveis e ocorrências perturbadoras durante o processo de evolução.
Por mais se anele por tranquilidade, o mecanismo a que está submetido é dinâmico, sujeito a variações de cada constituição. Num momento, tudo se encontra em ordem, funciona com equilíbrio, logo depois, alterações significativas modificam o quadro e se estabelecem distúrbios variados que necessitam de atenção e de correspondentes cuidados especiais.
Por esta razão, não desanimes na jornada, quando incidentes desagradáveis te surpreenderem em qualquer área do comportamento, da saúde ou de outro qualquer que se te apresente.
Mantém-te firme,  no enfrentamento das dificuldades e dores, das quais sairás mais forte e enriquecido de sabedoria.
O vendaval fortalece as ramagens das plantas que se lhe submetem. Depois que passa a tempestade, recompõem-se com vigor.
Nunca ter permitas a dúvida sobre a vitória final, enquanto transitas na divina oportunidade da reencarnação.
Quem teme a luta ou desiste, ou se entrega à autocompaixão, compromete-se mais, sem dar-se conta, com os códigos da Vida.
A história de todo triunfador é feita com a perseverança no bom combate, mediante a repetição da aprendizagem, sem nunca deixar de insistir e de tentar.
Todavia, esse triunfo tem origem no comportamento íntimo, quando o lutador vence as paixões servis que o atormentam.,..
À medida que o aparente insucesso ocorre, a viagem para dentro do ser através da reflexão e da irrestrita confiança em Deus impulsiona-o para novas tentativas das quais resultará o êxito.
Vigia as nascentes do coração, de onde brotam os bons como os maus sentimentos, e fortalece-te na fixação das metas que pretendes alcançar.
Não te importem os efeitos exteriores, os comentários em torno dos prejuízos, o ridículo dos frívolos ou qualquer outro fator que produz inquietação.
Persiste na ideia do bem que vieste vivenciar e esparzir, tornando a tua existência uma jornada prazerosa, mesmo quando o sol da alegria esteja encoberto por nuvens carregadas de aflição.
Sabes que, além delas, o astro-rei permanece inalterável.
Estás convidado à execução do programa de amor e de revitalização da prosperidade moral e espiritual das criaturas e do planeta que habitas.
Iludido, corres em desespero, na busca do gozo que o consumismo proporciona, sem o menor conhecimento da realidade de imortal que és.
Acende no teu íntimo a luz do discernimento para que te libertes da ignorância, a fim de que te permitas o correto direcionamento existencial.
Certamente enfrentarás dificuldades, entre as quais a fragilidade orgânica, efeito natural das tuas ações transatas, que se apresentam como provas e sofrimentos.
Não as valorizes demasiadamente, detendo-te nelas sem coragem para seguir adiante.
*
O modelo irretocável a seguir é sempre Jesus.
Na modesta região da Galileia, que padecia sob o guante de muitos preconceitos, Ele optou pelos pobres e oprimidos, elegeu os mais degradados, a fim de reabilitá-los e lhes proporcionar os meios de sonhar e conseguir a felicidade que lhes era madrasta perversa.
Incompreendido, Ele descia aos abismos morais em que se compraziam e os erguia ao planalto da esperança no qual fruíam paz.
Sem qualquer receio, dedicou-se a atender a mulher aturdida, às situações deploráveis em que se encontrava, sem receber a mínima consideração.
Adúltera ou obsidiada, dEle recebeu a inefável ternura que a dignificou, demonstrou quando era digna da oportunidade de soerguimento. Enquanto do todos se voltavam contra os seus equívocos, Ele a socorreu, por saber que ela era vítima das circunstâncias opressoras e do desprezo que experimentava.
Desse modo, foi o libertador da escravidão feminina, que soube corresponder ao Seu afeto, porquanto algumas delas O acompanharam na via dolorosa, na cruz, e uma, que fora vítima da perversidade da treva implacável e dEle recebeu amparo, tornou-se portadora do mérito de lhe anunciar a ressurreição.
A partir dEle, a mulher começou a sair do cárcere dos preconceitos para alcançar na atualidade a governança de nações e povos.
Busca imitá-lO.
Elege os abandonados, os tristes e sofridos, aqueles que perderam praticamente tudo, menos o direito de receber o amor e a luz da caridade. São nossos irmãos do carreiro da agonia, que desconhecem a ventura da dignidade e do respeito, extraviados do caminho redentor que proporciona a conquista da sabedoria.
Amargurados, nunca experimentaram o prazer de receber afeição ou apoio, normalmente são açoitados pela ventania das incompreensões e empurrados para os pântanos do desespero onde se encontram.
***
Permanece, portanto, na segurança em Deus e nEle confia, deixando-te conduzir.
Ele sempre estará ao teu lado, mesmo quando não O buscares. Embora ignorado, Ele é o hálito da Vida em tua vida.
Se, no entanto, no momento te encontras em combalimento, sob os fórceps dos testemunhos, deixa-te conduzir por Ele, que é a meta sublime em cuja direção rumas no fatalismo da evolução. 

Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão de 11 de maio de 2015,
no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 31.10.2016.

Desafios à FÉ

Desafios à Fé - Joanna de Ângelis

Agora, quando despertas do letargo em que te encontravas entre alternativas de fé e de prazer, de crenças e de luxúrias, preparando-te para realmente seres feliz, seguindo Jesus, alguns desafios se te apresentam ameaçadores e temes tombar nos mesmos desvãos ilusórios que te assinalam a existência.
Antes o mundo te atraía, como ainda prossegue de certo modo, ao favorecer-te gozos imediatos e inebriantes, que encharcam a alma e ao mesmo tempo atormentam-na em falsa realidade a respeito da vida, e acreditavas, em conflito íntimo, que algo maior e mais plenificador deveria existir que te preenchesse o vazio existencial.
Acabas de defrontá-lo, está diante de ti.
Naqueles momentos, recebias carinhosa inspiração que te convidava a reflexões mais profundas e mais duradouras.
No passado, acreditavas que o júbilo decorrente das fugas psicológicas seria, talvez, a única maneira de fazer-te feliz. Embora não te assinalassem a ganância nem a mesquinhez, tinhas a ambição de conseguir os valores que propiciam o encantamento e compram, no jogo das paixões, as mais diversas falsas alegrias.
À medida que a existência te dizia sem rebuços que o sentido de viver era de natureza transcendente, passaste a anelar sem muita convicção pelas emoções relevantes de natureza interior e a buscar a paz em forma de ingênua alegria nos refolhos da alma. Não estavas acostumado, porém, às suaves expressões da vida, mas às sensações fortes, mesmo que momentâneas e desgastantes.
Os velhos e doentios hábitos empurravam-te para a repetição dos dislates que te distraíam, ao tempo em que te amarguravam de maneira peculiar, impondo-te mais amplas e variadas necessidades...
Sorrias e choravas entre triunfos e insucessos que te assustavam, perdido na multidão que exploravas e atormentava-te, enquanto experimentavas melancolia e dor de incompletude.
Esse é o prêmio da ilusão festiva e embriagadora, que sempre deixa um travo de amargor nos que a fruem.
Oravas, vez que outra, pedindo socorro no palco asfixiante das fugas emocionais, disfarçadas como conquistas de pequenas vanglórias.
Por fim, a dor dilacerante da recusa que te foi imposta mais de uma vez abriu-te uma ferida no orgulho d'alma, a qual trazias do pretérito, e estás optando por Jesus.
Tiveste momentos de sofrimento que pareciam intérminos e algumas ideias de que a vida sem determinadas satisfações não tinha qualquer sentido. Sentias-te diferente, por mais que desejasses querer ser igual à multidão, ou melhor, na usança dos seus fenômenos, apelando, então, para o pranto refrescante sobre a ardência das frustrações. E, de certo modo, ainda sentes, porque não te encontras realmente integrado em o novo programa que ora abraças.
A solidão era tua parceira, aliás, de maus pendores, produzindo-te agonias.
...E foste ouvido, atendido com tesouros iluminativos e oportunidades únicas de sublimação e paz.
Resolveste investir a existência na conquista da ordem nova de valores: Jesus!
Os teus guias espirituais atenderam-te além do corpo, reapresentando-te afetos de outras existências, ricos de ternura e também com sede de amor, tarefas suaves e encantadoras, convites ao treinamento da renúncia e a mudanças de comportamento.
O homem velho, conforme o conceito do Evangelho deverá dar lugar ao novo, que se te desenha para o futuro.
Ninguém que esteja na Terra, que se encontre em plenitude como pensavas. Todos estão em conserto, com as sublimes exceções, porém, assinalados pelas dores próprias do processo da evolução.
Querias exemplos que te auxiliassem as forças ainda cambaleantes e despertaste onde a placidez do amor diminui o incêndio da loucura.
Nem todos, porém, logram, como tu, fazer o melhor, mas estão tentando.
Alinha-te com aqueles que são exemplos, mesmo sofrendo, e serás infinitamente ditoso.
*   *   *
Há inúmeros desafios à fé na atualidade, como em todos os tempos de alguma forma aconteceram.
Uma cultura, como a atual, que despreza a ética e transforma o amor em prazer atormentado e insaciado, exige mudança de hábitos mentais.
No pensamento estão as matrizes da liberdade como as da prisão sem grades.
Enquanto a concupiscência é parceira contínua das experiências humanas e se apresenta na condição de meta a ser alcançada e mantida, o amor fraterno se apresenta com força para diluir o vício pela ternura e bondade.
As ambições do poder para ter e desfrutar serão substituídas pelo ser e socorrer.
Preencher os espaços mentais com as informações da imortalidade constitui outro convite para a conquista e preservação da felicidade.
Amar indistintamente sem posse, sem dúvida, é diretriz de segurança.
Nunca temas, pois, o amanhã nem a solidão, porque o Senhor da Vida cuidará de providenciar o indispensável para que vivas em alegria com ternura no coração.
As dificuldades de agora, transforma-as em ensejos de aprimoramento interior e sincero com manifestações festivas.
O amor cantará junto ao teu coração, alma querida, sendo-te sustentação de todos os momentos.
Terás, sim, os elementos necessários a uma existência ditosa e receberás recursos inesperados para que te desincumbas dos compromissos da fé. Mas que darás ao Senhor de ti mesmo, como recíproca de amor? Não seria ideal que te desses qual Ele o fez por ti? Isso não implica abandonares outros nobres ideais.
Tens diante de ti tudo quanto poderias desejar e em algum momento do passado querias, que agora te chega de surpresa e encantamento. Mas não te esqueças que é investimento do Mundo Maior.
O teu destino, escreve-o, agora, nas estrelas, e avança aureolado de luz.
Tudo que pediste está sendo-te concedido.
Chegará o momento de devolveres, de prestares conta, qual ocorreu na Parábola dos talentos.
Alma querida!
Não tergiverses e deixa-te arrastar pela correnteza de luz e melodia à Nova Úmbria, onde alcançarás o estado numinoso.
Os desafios à fé apresentam-se também sutilmente: melancolia, saudade das ilusões, solidão nos momentos de reflexão, sonhos e desejos dos prazeres que exaurem ...
Evita-os, não lhes dando campo, a fim de que, na condição de parasitas perversos, não dominem o teu coração alegre e jovial, nele enraizando-se...
O hino do amor é uma imolação pessoal, sem palavras, é doação de vidas à Vida.
Segue, pois, que o Senhor te espera no termo da jornada.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na noite de 28 de março de 2016,
na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 20.10.2016

O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...