quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Carta de Tio Nilson

Carta de tio Nilson

Corações afetuosos e queridos:
Esteja em nós a paz do Senhor!
Retorno ao convívio amigo, evocando os dias do passado impregnados no cerne do meu modesto ser.
Há 64 anos, sonhando, iniciamos, ou reiniciamos? uma jornada de amor que se deverá prolongar pelos longes do amanhã. Éramos inexperientes mas arrebatados pela fé espírita compreendemos que o sentido da nossa existência estava contido na obra de educação das novas gerações, especialmente daquelas socialmente abandonadas.
A luz da caridade brilhava em nossos sentimentos enquanto as sombras do passado tentavam impedir-nos o avanço.
A Espiritualidade superior convocara-nos a seguir Jesus, recuperando-nos de graves cometimentos que necessitavam de regularização.
Hediondos crimes que permaneciam desconhecidos impunham a felicidade das vítimas e a reparação dos algozes. Não havia outra alternativa, senão amar-sofrendo e sofrer-servindo.
Surgiu a Mansão do Caminho, evocando a Casa de Pedro, Tiago e João na estrada que levava de Jerusalém a Jope.
Ali a dor encontrava lenitivo, o abandono recebia amparo, o ódio era lenido pela compaixão.
A esforços inauditos, Deus e Mamom, mundo e Jesus, descalçamos os pés e distendemos as mãos na direção do serviço.
Não mais descanso, nem ilusões. Sol a chuva, estio a tempestade, com um grupo de consoladores iniciamos o trabalho da vivência cristã e começamos a semear esperança. Vimos surgir as plântulas frágeis que cresceram e favoreceram com fronde, flores e frutos, sorrindo também de incontida alegria.
Quase todos aqueles que se dedicaram ao amor retornaram ao Grande Lar e aqui estão conosco cantando hosanas com lágrimas que aljofram os nossos olhos enquanto agradecem ao Senhor.
Sucederam-se gerações, novos lidadores chegaram e deram continuidade à tarefa.
Os tempos mudaram, os hábitos se alteraram, a cultura se ampliou, a ciência e a tecnologia aumentaram os horizontes da humanidade e o nosso bastião de amor permanece inexpugnável a serviço do Amor não amado.
Embora as glórias destes dias, nunca houve tanta dor esperando por socorro, tanta solidão como agora.
Multiplicaram-se os crimes de todo jaez e o ser humano permanece estúrdio, agitado ou deprimido necessitado de amor.
As suas vozes e as suas ações mantêm a esperança e agem em nome dEle.
Que nunca lhes tome o cansaço de amar e de servir, nem se permitam o luxo de desertar ou estacionar nos compromissos libertadores.
Permaneçam unidos na fé raciocinada, não descansando sob falsas justificações.
Continuem o trabalho sem enfado e ajudem-se reciprocamente.
O Senhor tem providenciado continuadores que já se encontram em ação, para que as características de nossa Casa fiel à doutrina espírita permaneça incorruptível e aberta ao sofrimento de qualquer matiz.
Que todos nos alegremos na consciência do dever cumprido e a executar, tornando-nos trabalhadores da última hora, mas devotados e felizes.
Abraçando-os ternamente, o velho amigo e devotado servidor,

Tio NilsonPágina psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,
 na reunião mediúnica da noite de 15 de agosto de 2016,
data de aniversário da Mansão do Caminho, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 19.8.2016.

Além

Além da sepultura, a nova aurora
luminosa e divina se levanta!...
Lá palpita a beleza, onde a alma canta
a luz do amor que vibra e resplendora!

Ó corações que a lágrima devora,
prisioneiros da dor que fere e espanta
tende na vossa fé a bíblia santa,
e em vossa luta o bem de cada hora.

Além da morte, a vida tumultuada.
O trabalho divino continua...
Vida e Morte – Exultai ao bendizê-las!

Esperai nos pesares mais profundos,
que a este mundo sucedem-se outros mundos,
e às estrelas sucedem-se as estrelas!



Pelo Espírito João de Deus - Do livro: Taça de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier

Autoavaliação

AUTOAVALIAÇÃO


Com tantas dificuldades em nossas vidas na Terra, muito nos equivocamos.

É comum, ao não conseguirmos alcançar os resultados desejados, colocarmos nos outros a culpa pelos nossos fracassos.

Sem reais fundamentos, nos entregamos a reclamações.

Embora nossos olhos estejam estrategicamente posicionados para olhar para fora, devemos aprender a olhar para dentro de nós mesmos.

E dessa forma, quando um fracasso acontecer, quando a decepção nos alcançar ou a indignação alheia nos ferir, é o momento exato de nos questionarmos:
Onde foi que eu falhei? Em que ponto necessito agir melhor?
Meu esforço e dedicação ao objetivo desejado têm sido suficientes?

Muitos acreditamos que o sucesso deva cair em nossas mãos milagrosamente, mas, na verdade, sua concretização só se torna possível quando nos esforçamos para conquistá-lo.

Para isso é necessário ter muito claro em nós o que realmente queremos, qual a meta que buscamos alcançar.

E, quando surgirem as dificuldades, não devemos desistir ou adiar nossos projetos, mas enfrentá-las corajosamente para superá-las, por mais desafiadoras nos pareçam.

Dar o primeiro passo para essa mudança pode parecer difícil, mas é imprescindível para possibilitar que qualquer empreendimento possa ser bem sucedido.

Os que já alcançaram o sucesso, na busca de seus interesses, com certeza, deram esse passo.

Precisamos planejar nossa sonhada realização, estudar os possíveis desafios, conhecer o percurso, caminhar no rumo certo.

Dificuldades no trabalho podem ser apenas a indicação de que estamos necessitando de reciclagem.

Complicações nos relacionamentos pessoais podem significar que precisamos rever nossa maneira de tratar as demais pessoas.

Descrença, desânimo, depressão, muitas vezes estão a pedir um exame criterioso para avaliarmos nossos reais interesses e nossa maneira de viver.

Da mesma forma que um acadêmico passa por avaliações no seu desempenho escolar, precisamos de avaliações nas práticas diárias da vida.

Por vezes nos deixamos levar pelo automatismo, sem avaliar se nossas atitudes são as mais adequadas.

Estudar, atualizar-se, aprender sempre mais, nos fará sentir maior segurança, crescer intelectual e moralmente.

Por outro lado, não devemos esquecer da nossa realidade espiritual, pois somos Espíritos imortais, estagiando na Terra para progredir.

Pensamentos positivos e otimistas nos clareiam o caminho.

Leituras esclarecedoras nos proporcionam novas ideias.

Músicas elevadas harmonizam e enobrecem nosso clima interior.

Conversas construtivas e edificantes nos enriquecem interiormente e descortinam novos horizontes, novas possibilidades.

Meditações nos permitem identificar nossos pontos frágeis, e nos inspiram melhores formas de agir.

Orações de louvor e agradecimento - sempre temos algo a agradecer - nos permitem a sintonia com o Pai Criador, com as esferas elevadas, através das quais haurimos as benesses divinas...

Autoavaliação, autoanálise e autoaprimoramento são ferramentas imprescindíveis à nossa evolução.

O mundo pode estar um caos, a vida um redemoinho, mas nós devemos lutar por permanecermos firmes.



por Redação do Momento Espírita. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4904&stat=0

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Nossos Filhos - Homens do Mundo

Grandes dificuldades que atravessa nossa sociedade poderiam ser solucionadas a partir da orientação, da educação consciente, no lar.

Além do despreparo e, até possível descuido, por parte dos genitores, atualmente observamos também que, com algumas interpretações nem sempre corretas de determinadas técnicas educacionais, muitos pais bem intencionados acabam por cair em equívocos.

É preciso, acima de tudo, ter em mente que nossos filhos são Espíritos. Filhos de Deus, que aguardam de nós a segura educação, que os auxilie no aperfeiçoamento moral e na consequente evolução espiritual.

Entendendo moral como a regra de bem proceder, esta deve ser trabalhada desde que o bebê anuncia sua vinda ao mundo.

Ainda no ventre materno, enquanto Espírito, ele percebe o que acontece em seu entorno. Pode, com os ouvidos da alma, captar os pensamentos e sentimentos que lhe endereçam os pais.

E as vibrações emanadas desses pensamentos e sentimentos sendo de acolhimento, de harmonia, de amor, lhe falam da agradável expectativa pela sua chegada. Em decorrência, o tranquilizam, o alimentam e lhe fazem muito bem.

Assim unido aos pais, absorvendo as vibrações de um e de outro, inicia-se o processo de educação daquele que ainda nem nasceu para a vida.

Daquele que é alguém sem certidão de nascimento, mas com direitos, como todos nós.

Daquele que nos ouve, que capta nossos pensamentos, que observa as ações que praticamos todos os dias, dentro ou fora dos quadros morais.

E será essa educação, recebida no lar, desde agora e com a posterior convivência, através das lições faladas, exemplificadas e ensinadas, através dos direitos e deveres ali praticados, que alicerçará sua futura conduta.

Exemplo disso é aquela mãe de família que recebera orientação segura na infância, e tinha um filho tetraplégico com quarenta e seis anos.

Tentou conseguir fraldas descartáveis, com razoável desconto.

Ao apresentar a receita emitida pelo médico, na farmácia, foi-lhe esclarecido que o desconto somente era permitido para maiores de sessenta anos.

A atendente a orientou para solicitar ao médico que a receita fosse refeita e em seu próprio nome para conseguir o que desejava.

No entanto, atendendo seu dever de consciência, ela descartou essa possibilidade, não desejando agir de forma incorreta.

Quando aceitamos o Cristo Jesus como Modelo e Guia de nossas vidas, não mais nos permitimos desvios de comportamento.

O verdadeiro cristão é aquele que edifica a si mesmo e à sua família nos alicerces do Evangelho de Jesus.

Busca visualizar o seu eu imortal, vence a si mesmo e as suas imperfeições, tornando-se simples, íntegro e verdadeiro.

E vê nos filhos os seres imortais que Deus lhe envia para que os conduza, nos caminhos do dever, crescendo para a luz.

Seres que primeiramente se aninham em seu lar, como aves buscando apoio e que se vão, depois, para conquistar o mundo, enquanto espalham, com as suas presenças, as benesses recebidas através da educação, fazendo a diferença, onde quer que se encontrem.



Por Redação do Momento Espírita. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4898&stat=0

Como Não?

Espíritas generosos visitavam a grande colônia de alienados mentais, em tarefa de assistência.

Manhã fria, muito fria.

Aqui, era alguém distribuindo cobertores.

Adiante, senhoras entregavam agasalhos.

Avelino Penedo, velho pregador dos princípios kardequianos, muito ligado aos aperitivos, entra na pequena farmácia do instituto, retira certa quantidade de conhaque de alcatrão e, esfregando os dedos, volta à intimidade dos companheiros.

- Minha gente! – diz ele – a casa parece sorvete! Quem quer uma talagada?

Todos os circunstantes agradecem e recusam.

Percebendo-se só, diante do cálice já servido, Avelino, sem graça, aproxima-se de um dos internados e indaga:

- Você quer, meu irmão?

- Como não? – responde o enfermo.

E estendendo a mão ossuda na direção do copo, acentuou, sorrindo, de modo estranho:

- Todo louco bebe.



pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier

Tragédias do Cotidiano

Tragédias do Cotidiano

Prosseguem na sua faina interminável as tragédias do cotidiano, ceifando vidas de maneira perversa e descontrolada. No Mar Mediterrâneo continuam a ser abandonadas as vítimas dos países dilacerados pelas guerras cruéis, como recentemente mais de mil e quinhentas foram resgatadas pela Itália, quando buscavam oportunidade nova de vida na Europa exausta e com excesso de população.
Em toda parte avolumam-se os atos de violência e de desespero em que existências louçãs ou não experimentam o gume que lhes ceifam a oportunidade de desenvolvimento.
 E por mais se apresentem excruciantes, sempre surgem formas novas de extinção da vida, de maneira hedionda. Foi a ocorrência fatídica na Barra da Tijuca, conforme noticiou angustiada a Imprensa do país há poucos dias. Referimo-nos à família que foi destroçada, crê-se que pelo chefe do clã, cavalheiro honrado, desfrutando de respeitável posição socioeconômica, com esposa bela e filhos lindos. A senhora, possivelmente dormindo, foi assassinada a faca, e as duas crianças, seus filhos, foram atirados da janela do alto edifício com o próprio genitor. Apesar de acostumados com os dramas trágicos, essa calamidade surpreendeu, não apenas aos amigos, familiares e moradores do bairro, bem como toda a sociedade que lhe tomou conhecimento.
 Que estado de desespero ou de consciência alterada leva alguém a cometer tantos e tão hediondos crimes? Quais as razões, se é que existem razões para ações de tal porte, que induzem a criatura humana a matar de maneira quase inconcebível?
 Por mais que se encontrem fatores psicológicos, sociológicos, econômicos ou de outro porte, vale  pensar que a criatura moderna perdeu o endereço de Deus e, em consequência, perdeu o próprio também. A falta de fé na imortalidade reduz a vida na Terra a uma experiência sem sentido nem significado.
 Torna-se necessário que se volte a Deus e à fé religiosa, seja qual for, para evitar-se tragédias de tal magnitude. 
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no Jornal A Tarde,
na coluna Opinião, de 8.9.2016.
Em 12.9.2016.

A Porta Estreita

A Porta Estreita

            3 – Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e quão poucos são os que acertam com ela! (Mateus, VII: 13-14).
            4 – E perguntou-lhe alguém: Senhor, são poucos, então, os que se salvam? E ele lhes disse: Porfiai por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não o poderão. E quando o pai de família tiver entrado, e fechado à porta, vós estareis de fora, e começareis a bater à porta, dizendo: Abre-nos, Senhor! E ele vos responderá, dizendo: Não sei de onde sois. Então começareis a dizer: Nós somos aqueles que, em tua presença, comemos e bebemos, a quem ensinaste nas nossas praças. E ele vos responderá: Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos os que obrais a iniqüidade. Ali será o choro e o ranger de dentes, quando virdes que Abrão, e Isaac e Jacó, e todos os profetas, estão no Reino de Deus, e que vós ficais fora dele, excluídos. E virão do oriente e do ocidente, e do setentrião e do meio-dia, muitos que se assentarão à mesa do Reino de Deus. E então os que são últimos serão os primeiros,e os que são os primeiros serão os últimos. (Lucas, XII: 23-30).
            5 – A porta da perdição é larga, porque as más paixões são numerosas e o caminho do mal é o mais freqüentado. A da salvação é estreita porque o homem que deseja transpô-la deve fazer grandes esforços para vencer as suas más tendências, e poucos se resignam a isso. Completa-se a máxima: São muitos os chamados e poucos os escolhidos.
            Esse é o estado atual da humanidade terrena, porque, sendo a Terra um mundo de expiações, nela predomina o mal. Quando estiver transformada, o caminho do bem será o mais freqüentado. Devemos entender essas palavras, portanto, em sentido relativo e não absoluto. Se esse tivesse de ser o estado normal da humanidade, Deus teria voluntariamente condenado à perdição a imensa maioria das criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e todo bondade.
            Mas quais as faltas de que esta humanidade seria culpada, para merecer uma sorte tão triste, no presente e no futuro, se toda ela estivesse na Terra e a alma não tivesse outras experiências? Por que tantos escolhos semeados no seu caminho? Por que essa porta tão estreita,que apenas a um pequeno número é dado transpor, se a sorte da alma está definitivamente fixada, após a morte? É assim que, com a unicidade da existência, estamos incessantemente em contradição com nós mesmos e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga, iluminam se os pontos mais obscuros da fé, o presente e o futuro se mostram solidários com o passado, e somente assim podemos compreender toda a profundidade, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

Isto é da Lei de DEUS

ISTO  É  A  LEI  DE  DEUS
Emmanuel
Tolera, construindo
Todo o bem que puderes.
Não exijas dos outros
Dons que ainda te faltam.
Erros nos companheiros
Poderiam ser nossos.
Aceita as provações
Por exames de fé.
Trarás contigo a paz
Que fizeres nos outros.
Temos sempre o que damos.
Isso é da Lei de Deus.

Livro "Tocando o Barco" - Psicografia Francisco Candido Xavier - Espírito Emmanuel

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Paz

Se provações te afligem,
Deus te concede Paz.

Se o cansaço te pesa,
Deus te sustenta a paz.

Se te falta a esperança,
Deus te acrescente a paz.

Se alguém te ofende ou fere,
Deus te renove em paz.

Sobre as trevas da noite,
O Céu fulgura em paz.

Ama, serve e confia.
Deus te mantém a paz.



Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Recanto de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier

DOAÇÃO

Doação com Jesus, alma querida e boa,
Não é somente o apoio que transmites
Em socorro à penúria, tantas vezes,
Sob duros limites! ...

É muito além do verbo que a define
Doação com Jesus é o Céu que se condensa
Na fé que se transforma em reconforto,
Sem cogitar de recompensa.

Está no olhar que enxerga as erosões e os charcos
No caminho em que avança,
Mas em vez de acusar a terra desprezada
Nela semeia flores de esperança...

Mora no ouvido compassivo e calmo
Que a bondade alicerça,
E do mal faz o bem, sem alarde e sem queixa,
Na luz da compreensão que sublima a conversa!

Brilha nas mãos que servem no silêncio,
Seja amparando alguém que a sombra desvirtua,
Lavando um prato humilde, afagando um doente
Ou removendo um seixo em recanto da rua! ...

Vibra na voz que aceita os dias tristes,
Falando no esplendor dos dias que virão,
A extinguir em carinho e tolerância
A ira, o desespero, a irritação...

Faz-se doce clarão na atitude sincera
De quem se acolhe ao bem, por norma definida,
Desculpando e servindo, ajudando e aprendendo,
Edificando em paz e abençoando a vida! ...

Doação com Jesus é tudo quanto eleva,
Venha de onde vier e seja com quem for,
Algo do coração que confia e se entrega
Para estender no mundo a vitória do Amor.



Pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Recanto de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier

Fichário de Trabalho

No bem é sempre bom ser voluntário,
Dispondo o próprio espírito a servir,
E um novo tempo vindo a construir,
Logrando a paz como o melhor salário.

Quem vive o bem, no bem logra saúde,
E foge à dor que o mau conduzimento
Da liberdade impõe ao pensamento,
Conforme sempre a sã Doutrina alude.

A enfermidade avança, asperamente.
É a lepra, é o câncer, e as tuberculoses,
O pênfigo e as diversas dermatoses,
Que expiações exprimem tão somente.

Assim, na vida, doa-te vibrante.
Ouve a mensagem que ao bem nos conduz
E tem no amor teu celeiro de luz.
Vibrando com Jesus a cada instante.

Jamais deixes que o mal te encharque a vida.
Mantém-te esperançoso, dia a dia.
Busca pensar como o Cristo faria
Ante os tropeços surgidos na lida.

Faze do teu viver um campo aberto
De ação feliz, em nobre cirurgia,
A renovar a tua fisionomia,
Sempre a trilhar pelo caminho certo.

Busca não mais pesar sobre os afetos,
Mas oferece o teu concurso amigo,
No afeto que se torna o vero abrigo,
Mesmo que lerdos ou se irrequietos.

Sabes que o lar é bênção sem medida,
A merecer cuidados e atenção
Que partam do imo do teu coração,
Ajuntando alegrias em tua vida.

Todos que agora vivem a tua volta
Não surgiram de eventos de um acaso,
A exigir tua dedicação sem prazo,
E sem complicadores da revolta.

Não é preciso recordar o antanho,
Evocando passadas trajetórias,
Para entender complexas histórias
De relacionamento escuso, estranho.

Trabalha com fiel devotamento,
Sem aguardar milagres sem ação,
Sem os esforços da transformação,
Sem as mudanças de comportamento.

Somente assim terás teu céu interno,
Conquistando a tua santificação
Nos caminhos de luta e redenção,
Riscando d´alma horrores de um inferno.

E, desse modo participo, ufano,
Desse encontro de sã fraternidade,
Que o Atualpa plasmou na Cidade
Para os trabalhadores, neste ano.

Oro ao Senhor da Vida, emocionado,
Ante os temas abertos como um leque,
A filtrar os ensinos de Kardec
E com Jesus seguir bem lado a lado.



Pelo Espírito Sebastião Lasneau. Psicografia de Raul Teixeira, em 14.6.2001, no Encontro de Trabalhadores e Frequentadores do Grêmio Espírita Atualpa, em Brasília, DF. Do site: http://www.raulteixeira.com.br/mensagens.php?not=341

Vida e Posse

"Não é a vida mais que o alimento?" – Jesus – (Mateus, 6:25.)

Aconselha-te com a prudência para que teu passo não ceda à loucura.

Há milhares de pessoas que efetuam a ramagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência.

Senhoreiam terras que não cultivam.

Acumulam ouro sem proveito.

Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade.

Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram.

Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.

E imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias, até que a morte lhes reclama a devolução do próprio corpo.

Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo, e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da grande vida.

Vale-te dos bens passageiros para estender o bem eterno.

Aproveita os obstáculos para incorporar a riqueza da experiência Não retenhas recursos externos de que não careças.

Não desprezes lição alguma.

Começa a luta de cada dia, com o deslumbramento de quem observa a beleza pela primeira vez e agradece a paz da noite como quem se despede do mundo para transferir-se de residência.

Ama pela glória de amar.

Serve sem prender-te.

Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de DEUS, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres amealhado em ti próprio, no campo da educação e das boas obras.



pelo Espírito Emmanuel. Do livro: Palavras de Vida Eterna, Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 18 de setembro de 2016

Ansiedade

As mãos suam, o corpo treme, a respiração fica ofegante, uma sensação de náusea e aquela palpitação inegável no coração.
Todos estes são sinais de um dos males modernos: a ansiedade.
A vida, nos dias de hoje, é repleta de cobranças: no trabalho, na família, nas relações sociais.
A cada dia estamos mais cheios de tarefas, compromissos, pendências. Uma lista enorme de coisas a fazer. E nem sempre o tempo é suficiente.
Vem então a sensação desagradável de ter de fazer mais coisas do que damos conta.
É comum ouvirmos as pessoas se queixando: Tenho tanto a fazer e gostaria apenas de dormir.De ficar com minha família, de assistir a um bom filme, de brincar com meus animais de estimação...
Por outro lado, as exigências da vida moderna nos obrigam a fazer cursos, aperfeiçoar os conhecimentos. É a era da informação.
Como conciliar tudo isso com o natural desejo de se instruir, melhorar de vida, aproveitar oportunidades, evoluir?
O caminho do equilíbrio é a solução.
É natural desejar o progresso e o aperfeiçoamento, tanto nos campos ético-moral, como intelectual.
É da natureza humana estar em permanente aprendizado, adquirindo conhecimento e agregando valor à sua bagagem cultural.
Mas o grande problema de nossos dias é a ausência de limites. Estamos cada vez mais comandados pelas pressões externas, subjugados pelas imposições dos diversos grupos sociais.
Raras vezes pensamos por nós. Não costumamos refletir sobre o que realmente nos interessa.
Em geral, tomamos decisões sob extrema pressão. Resultado: desejamos fazer de tudo um pouco. Queremos ler tudo, não desejamos a pecha de desinformado.
E a consequência imediata é o stress. O corpo não suporta tanta pressão: adoece.
Nossa reação a esse mundo globalizado deveria ser serena: Vou aprender o que puder, quando puder e no meu ritmo, sem forçar minha natureza.
Vou trabalhar no limite de minhas forças, fazendo o melhor que puder, mas sem a obrigação de provar coisas a chefes e colegas de trabalho.
A tradução disso tudo? Estar no comando da própria vida.
Uma frase de Jesus é bastante significativa para os nossos dias: Não vos preocupeis com o que haveis de comer ou de beber. Não é o corpo mais que a veste?
* * *
Se você acredita em Deus, tenha em mente que você jamais estará desamparado.
Todas as coisas estarão bem se você estiver em paz. Pois a paz vai gerar saúde do corpo. Com isso, você poderá trabalhar, sustentar a família, adquirir os bens que deseja.
Apenas seja cauteloso: não se deixe envolver a tal ponto no turbilhão do mundo, de maneira que o mundo o arraste para o olho desse furacão de stress.
Vigie suas reações. Monitore seus planos de vida. Pergunte-se: Para que, realmente, quero isso?
Faça a diferença entre o supérfluo e o necessário e verifique se a sua opção não está contaminada pelos excessos.
No final, você verá que, em um processo inteiramente natural, a ansiedade irá, aos poucos, desaparecer.
Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Solidariedade

O ser humano, em geral, é muito resistente a mudanças.
O adulto tenta ser natural, embora sempre com um pezinho atrás.
O adolescente, quando não descontraído, é quem mais se encolhe.
As crianças, de modo geral, aceitam melhor e se adaptam.
Enfim, a grande maioria de nós, sempre que levados a determinadas mudanças de rumo, nos sentimos como quem fica sem chão.
Hábitos, costumes, pessoas e situações diferenciadas nos deixam arredios e desconfiados.
Isso não deveria acontecer com tanta frequência, porque somos seres sociais.
No entanto, ao chegarmos a novo bairro, cidade, Estado ou país, nos sentimos verdadeiros ETs.
Elegemos uma espécie de solidão, um escudo invisível para evitarmos aproximações.
Quase nunca nos questionamos sobre essa situação, não buscamos o porquê da tal sensação.
Medo? Insegurança? O que move nosso interior?
*   *   *
Recentemente, nos encontrávamos em um grupo de vinte pessoas, quando se aproximou uma jovem senhora, bastante retraída, a princípio.
Participávamos de estudo evangélico, que deveria se iniciar em poucos minutos.
Fomos ao seu encontro, demos-lhe as boas vindas, e a convidamos a sentar-se.
Ela olhou para todas, timidamente, cumprimentando com a cabeça e, baixando os olhos, sentou-se ao nosso lado.
Estava ainda silenciosa quando lhe perguntamos o nome e a apresentamos.
Falou pouco durante o tempo em que ali estivemos, mas buscamos familiarizá-la ao ambiente.
Ficou feliz, e disse que não se adaptara ainda à cidade.
Havia sido transferida por motivo profissional, há poucos dias. Passando em frente ao local, fora atraída por alguns painéis, resolvendo entrar.
Nos dias seguintes, continuou a vir e as amizades foram se concretizando.
Com o tempo, tornou-se excelente companheira de estudos e de voluntariado.
Foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu constatar a importância de sermos solidários com quem se sente solitário.
*   *   *
Neste mundo, podemos escolher entre nos afundarmos em solidão ou nos aproximarmos das pessoas para convivermos.
Não esquecer que fomos feitos para viver em sociedade.
A nossa realidade, nos mais variados ramos da vida, nos faz totalmente dependentes uns dos outros, o que favorece a aproximação.
Embora a timidez nos leve a determinadas situações, busquemos vencê-la e sejamos os primeiros a procurar o outro.
Não esperemos ser notados para obtermos um pouco de atenção, e termos alguém interessado em nos ouvir.
É muito fácil e importante perceber que se desejamos que as pessoas se aproximem, nós devemos tentar o passo inicial.
Quando aprendemos a olhar o mundo com certa abertura de espírito e compreendemos o valor da solidariedade, tudo muda ao nosso redor.
Busquemos confraternizar, nos aproximar dos que nos cercam, oferecendo nossa presença, nossa amizade.
Jesus nos ama sem limites, e prossegue, como sempre, de braços abertos.
Sigamos o Seu exemplo. Observemos com atenção as possíveis necessidades dos que se nos aproximam, ajudando como pudermos.
Sejamos solidários, projetando luz, paz, alegria, conquistando felicidade e progresso.
Redação do Momento Espírita.
Em 10.9.2016.

domingo, 11 de setembro de 2016

Na Obra da Salvação

Na Obra de Salvação

"Porque Deus não nos tem designado para a ira, mas para a
aquisição da salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo." - Paulo. 
(I Tessalonicenses, 5 :9).

Por que não somos compreendidos?
Por que motivo a solidão nos invade a existência?
Por que razões a dificuldade nos cerca?
Por que tanta sombra e tanta aspereza, em torno de nossos passos!
E a cada pergunta, feita de nós para nós mesmos, seguem-se,
comumente, o desespero e a inconformação, reclamando, sob os raios mortíferos da cólera, as vantagens de que nos sentimos credores.
Declaramo-nos decepcionados com a nossa família, desamparados
por nossos amigos, incompreendidos pelos companheiros e até
mesmo perseguidos por nossos irmãos.
A intemperança mental carreia para nosso íntimo os espinhos do
desencanto e os desequilíbrios orgânicos inabordáveis, transformando-nos
a existência num rosário de queixas preguiçosas e enfermiças.
Isso, porém, acontece porque não fomos designados pelo Senhor
para o despenhadeiro escuro da ira e sim para a obra de salvação.
Ninguém restaura um serviço sob as trevas da desordem.
Ninguém auxilia ferindo sistematicamente, pelo simples prazer de dilacerar.
Ninguém abençoará as tarefas de cada dia, amaldiçoando-as, 
ao mesmo tempo.
Ninguém pode ser simultaneamente amigo e verdugo.
Se tens notícia do Evangelho, no mundo de tua alma, prepara-te para
ajudar, infinitamente...
A Terra é a nossa escola e a nossa oficina.
A Humanidade é a nossa família.
Cada dia é o ensejo bendito de aprender e auxiliar.
Por mais aflitiva seja a tua situação, ampara, sempre, e estará agindo
no abençoado serviço de salvação a que o Senhor nos chamou.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier
Livro Fonte Viva - FEB


Pede Ajudando


Pede ardentemente o Amparo Celestial, 
mas não olvides o socorro a quem te sente compelido no caminho terrestre.
O Anjo ouve o Homem na medida que o Homem ouve os próprios irmãos.
Esperas jubilosas segurança para os que nasceram em tua equipe doméstica, 
no entanto, consagra essa ou aquela migalha de teu próprio conforto aos que se reúnem desalentados, na furna do sofrimento.
Contas com o agasalho justo em favor daqueles que te merecem carinho, 
contudo, estende alguma peça desnecessária ao companheiro relegado à intempérie.
Rejubilas-te com o pão farto, 
entretanto, divide alguma fatia disponível à mesa com aqueles que trazem o estômago flagelado no corpo desnutrido.
Agradece, ditoso, os talentos da provisória tranqüilidade que te enriquecem os dias, 
mas aplica alguns momentos no concurso fraterno, a benefício dos que choram sem esperança. 
Regozijas-te com a fé luminosa de que te coroa perante o mundo, 
todavia, não fujas à esmola de paz aos que vagueiam nas trevas.
Alegras-te com a saúde preciosa que te assegura harmonia interior, 
no entanto, ampara o enfermo esquecido que te mostra os braços sequiosos de entendimento.
Ergues tua voz no Templo Celeste, 
entretanto, milhares de vozes, cada dia erguem-se da sombra humana, buscando-te o coração.
Aqui alguém te solicita a bênção da simpatia, adiante há quem te rogue cooperação.
Pede, pois, ajudando.
Lembra-te de que podes também auxiliar e serve quanto possas.
Pela fé subirás ao Senhor com a tua súplica, mas pela caridade o Senhor descerá ao teu encontro para que as tuas mãos se enriqueçam de amor na construção do Reino da Luz.

Emmanuel

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

As Crises e Nós

AS CRISES E NÓS


Na grande maioria das ocasiões, justificamos nossas aflições, relacionando-as com as crises que enxameiam no mundo.

Acreditamos que aí se encontram as raízes de todas as angústias e problemas da Humanidade.

Dizemos que ninguém pode se sentir realizado em um mundo como este onde vemos nações em lutas encarniçadas; crise nas finanças em nível internacional; os negócios padecendo ágios absurdos.

Onde há crise no atendimento à saúde; agressões em tudo e por quase nada; falta de trabalho para muitos, ora pela tecnologia que substitui o ser humano, ora pela própria ausência do trabalho.

Crise na compreensão dos direitos e deveres humanos; diminuição da fertilidade do solo, vida ambiental empobrecendo, poluição e ameaças de vida; crises de opiniões dividindo e disputando predominâncias; crises de ética, de amor, de confiança, de fraternidade.

Há muita crise pela frente e isso, dizemos, desanima.

Fixando esse pensamento, deixamos de tentar fazer algo diferente.

Entretanto, podemos modificar a paisagem que nos parece anárquica, em marcha para a desagregação.

Uma receita ao alcance de todos nós, pode ajudar nesse impasse cruel que vivemos: levantando o caído, em vez de acusá-lo;

cumprindo nossos deveres, não exorbitando dos nossos direitos;

procurando vencer o erro, em vez de censuraro errado;

não mensurando valores por meio de medidas exteriores, mas concedendo a todos a oportunidade de crescer;

não espalhando o pessimismo, promovendo claridade onde estejamos;

não desperdiçando o tempo na inutilidade, mas produzindo alguma coisa de positivo;

cultivando a compaixão pelos irmãos combalidos e oferecendo um pouco de nós mesmos.

Terapêutica eficiente para a crise moral que verificamos na Terra é o exercício do amor, em que o Cristo viveu.

Quanto às demais crises - as generalizadas - não nos preocupemos com elas demasiadamente.

Realizemos nossa parte.

Saiamos da crise interior em que nos debatemos sem rumo, iniciando um programa dignificante em favor de nós mesmos.

Dessa forma, perceberemos que o mundo está miniaturizado em nós.

Somos, portanto, uma célula importante do organismo universal que deverá permanecer sadia a benefício geral.

E, conforme asseverou Paulo, apeguemo-nos ao bem, sempre e invariavelmente.

Quando aprendermos a agir ao invés de reagir, veremos que tudo aquilo que nos parecia levar ao caminho de uma crise, nos conduz para uma solução agradável da situação.

Cada momento ou situação difícil é oportunidade de mostrarmos a outra face.

Isso quer dizer: mostrar outra forma de enfrentar situações, nos conduzindo para melhores soluções.

De fato, não podemos resolver todas as crises da vida, mas as que conseguirmos bem direcionar ajudarão a diminuir o montante de desespero que grassa.

Não importa que o próximo não faça a parte dele.

Façamos a nossa parte, mostrando essa nova forma de ver e de realizar o melhor.



por Redação do Momento Espírita, com base no cap. Crises e você, do livro Sementes de Vida Eterna, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. O Clarim. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4886&stat=0

Novela A Viagem - Mensagem Final

Hoje, de algum lugar longe dessas terras
Há um doce olhar só para você...
Um olhar especial
De alguém especial, de distantes origens
Um olhar de um justo coração que pulsa só a vida...
Que sorri porque ama plenamente
Sem julgamentos, preconceitos nem prisões
Hoje, como ontem, longe desses Céus
Há um encantado olhar só pra você
Nesse olhar vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar com a vida
A esperança de dias mais radiantes de paz
Hoje, de algum lugar dentro de você,
Alguém que já o amou muito e ainda o ama
Diz para você que valeu a pena ter estado nessas Terras...
Sob estes Céus...
Falando de união, paz, amor e perdão
Poder sentir a força que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar iniciou pra você
Tudo isso, só para você saber,
que A VIDA CONTINUA...
E A MORTE É UMA VIAGEM.

Mensagem do último capítulo da novela A Viagem, da Rede Globo, exibida em 1994 e reprisada em 1997 e em 2006.
Autor: Paulo Kronemberger

Oração de Madre Teresa de Calcutá

Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. 
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. 
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. 
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. 
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. 
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. 
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.


Madre Teresa de Cálcuta

Raio de Sol

Ninguém totalmente só neste planeta. Mesmo os que não constituímos família, os que não casamos, nem temos filhos.
Não estamos sós. Há sempre uma alma querida que Deus coloca em nosso caminho para nos amar, para nos dizer que Ele não nos esqueceu.
Que Ele sabe das nossas lutas, do plano de progresso que estabelecemos na Espiritualidade, antes de nascer.
E que, para o concretizar em totalidade, necessitamos de uma mão que nos acaricie, um ombro que se nos ofereça como apoio nos dias de desânimo, braços que nos envolvam, uma voz que diga: Siga em frente! Estou contigo!
Por vezes, é um amigo esse amor que se doa e nos sustenta. Basta nos perceba o cansaço, e ele vem para nos insuflar novo ânimo.
E, mesmo que não pronunciemos palavras, ele parece descobrir o de que necessitamos, chegando a prover recursos materiais de que carecemos para que não sucumbamos ante o peso das lutas.
É esse amigo que se faz presente no dia do nosso aniversário e nos envia uma mensagem, um cartão, uma flor. Algo do mais profundo da sua alma.
E, com isso, plenifica de alegria a data.
De outras vezes, é um colega de trabalho, alguém do nosso âmbito profissional. É o que nos incentiva a ir em frente, a não nos entregarmos ao desalento.
Ele nos ajuda em tarefas mais difíceis, nos orienta em caminhos que ainda não percorremos e sua experiência já palmilhou.
Enfim, ele sempre surge, na manhã nublada, com sua presença irradiante e seu estímulo revigorante.
Assim é ela. Uma jovem que nem chegou aos vinte anos. Quando chega, é como um raio de sol entrando pela casa.
Ela sorri e parece que ilumina o ambiente. Ela abraça e a fortaleza dos seus braços tem o dom de nos passar segurança.
Possivelmente, ela nem saiba o quanto sua presença significa.
Tem tal respeito pelos sentimentos alheios que, admiradora de rock e outras músicas barulhentas da atualidade, quando nos leva em seu carro, desliga o som.
Sei que você não gosta desse tipo de música! – Confessa. E, também, sei que você gosta de conversar, de contar as coisas do seu dia a dia.
E, como boa ouvinte, escuta e argumenta, faz perguntas. Depois, por sua vez, conta as suas peripécias: a prova difícil na faculdade, os desajustes com um dos professores, ações que acredita injustas.
Atenciosa, telefona para saber notícias, antes que a soma dos dias resulte em uma semana.
Companheira de sessões de cinema, de espetáculos de ballet, agenda tudo, de forma impecável, para que não percamos a estreia.
Disposta a nos acompanhar ao mercado, ao banco, onde queiramos ir.
E, com um quase orgulho, sentencia: Eu sou a sua motorista. Não vou lhe deixar sem carona. Conte comigo.
Raio de sol. Não é filha da nossa carne. Mas, alguém que Deus mandou para iluminar os nossos dias, tornar mais suave nossa jornada.
Todos temos esses anjos, vestidos de amigos, colegas, parentes.
Chegam de mansinho como quem nada quer. Mas assinalam sua presença com uma aura de paz e tranquilidade.
Espancam a solidão, enriquecem nossos dias.
Anjos de guarda revestidos de corpos humanos.
Guardiães humanos que se transformam em pilares de sustentação de nossos dias.
Raios de sol.
Redação do Momento Espírita.
Em 5.9.2016.

domingo, 4 de setembro de 2016

Você Nasceu para Ser Vencedor

Incessantemente, busque a sua identidade real, isto é, descubra-se, para o seu próprio bem. Em qualquer circunstância, mantenha-se você mesmo.
Não se apresente superior ao que é, nem se subestime, a ponto de parecer o que não seja. Ser autêntico é forma de adquirir dignidade.
Quem hoje triunfa, começou a batalha antes.
Quem está combatendo, alcançará a vitória logo mais.
Você nasceu para ser vencedor.
Um vencedor é sempre parte da resposta.
Um perdedor é sempre parte de um problema.
Um vencedor sempre tem um programa.
Um perdedor sempre tem uma desculpa.
Um vencedor diz: Deixe-me ajudá-lo.
Um perdedor diz: Não é minha obrigação!
Um vencedor enxerga uma resposta para cada problema.
Um perdedor enxerga um problema para cada resposta.
Um vencedor diz: Pode ser difícil, mas é possível.
Um perdedor diz: Pode ser possível, mas é difícil.
Rudyard Kipling, criador do personagem Mogli, escreveu com grande lucidez, o seguinte poema:
Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando e para esses, no entanto, achares uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou, enganado, não mentir ao mentiroso;
Ou, sendo odiado, sempre do ódio te esquivares;
E não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a derrota e o triunfo, conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que dissestes, e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada tudo quanto ganhaste em toda a tua vida e perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida;
Se és capaz de, entre a plebe não te corromperes; entre reis, não perder a naturalidade, e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes;
Se a todos podes ser de alguma utilidade; e se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo teu valor e brilho;
Tua é a Terra com tudo que existe no mundo, e – o que ainda é muito mais – és um homem, meu filho!
*   *   *
Seja amigo da verdade, sem a transformar numa arma de destruição ou de ofensa.
Guie-se sempre pela decisão que produza menor soma de prejuízos a você mesmo e ao seu próximo.
Você não é um observador distante da vida.
Você está na condição de membro do organismo universal, investido de tarefas e responsabilidades, de cujo desempenho resultarão a ordem e o sucesso de muitas coisas.
Considere-se pessoa valiosa no conjunto da Criação, tornando-se cada dia mais atuante na obra do Pai e fazendo-a melhor conhecida e mais considerada.
Você é herdeiro de Deus, e o Universo, de alguma forma, também lhe pertence.
Cada dia vencido são vinte e quatro horas que você ganhou.

Redação do Momento Espírita, com transcrição do poemaSe..., de Rudyard Kipling, tradução de Guilherme de Almeida,
do livro 
Um presente especial, de Roger Patrón Luján,
ed. Aquariana.
Em 29.8.2016.

O Juiz Reto

Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendi...