Não raro deitamos a culpa de nossos fracassos e aflições sobre os outros, todavia, acautelemo-nos contra semelhante atitude.
Fixemo-nos, ao revés disso, em nossas infinitas possibilidades de ação e renovação. Provavelmente, em nossas fraquezas, teremos sido alguma vez defrontados pela tentação de acusar amigos ou adversários, quanto aos acontecimentos desagradáveis que nos ocorrem, no entanto, basta investigar o intimo para reconhecermos que as nossas falhas e erros pertencem às opiniões e decisões que formamos por nós próprios. Todos estamos entrosados uns com os outros, através de vastas cadeias de relações e reações, no intercâmbio espiritual e as experiências que nos são necessárias decorrem de nossa vinculação com o próximo. Urge, porém, reconhecer que, seja endereçando sugestões a alguém ou recolhendo as sugestões de alguém, responderemos por nossas resoluções. Na oferta ou no aceite de idéias e emoções, formulamos compromissos, porquanto, os princípios de causa e efeito funcionam igualmente nos domínios da palavra empenhada. Abstenhamo-nos de atirar culpas e reprovações nos ombros alheios, quando se faz inarredável nossa quota pessoal de débitos na conta dos obstáculos e dificuldades que nos povoem a vida. Cada qual de nós rodeia inelutavelmente pelos resultados das próprias obras. Verifiquemos a nossa parte de responsabilidade nas atribulações do caminho e, Abraçando com resignação e serenidade as conseqüências de nossos gestos menos felizes, refaçamos escolhas e diretrizes sem necessidade de apontar as possíveis faltas alheias. Pacifiquemos e aperfeiçoemos a nossa área de ação e estejamos convencidos de que se dermos o melhor de nós, realizando o melhor que se nos faça acessível ao esforço individual, no campo da vida, o senhor complementar-nos-á o trabalho, fazendo o resto. |
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Mãos Unidas, Médium: Francisco Cândido Xavier
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terça-feira, 28 de julho de 2015
No Balanço das Provas
Tentação e Remédio
Tentação e Remédio
Reunião pública de 12-1-1959
Questão nº 712
Qual acontece com a árvore, a equilibrar-se sobre as
próprias raízes, guardamos o coração na tela do presente, respirando o influxo
do passado. É assim que o problema da tentação, antes que nascido de objetos ou
paisagens exteriores, surge fundamentalmente de nós — na trama de sombra em que
se nos enovelam os pensamentos... Acresce, ainda, que essas mesmas ondas de
força experimentam a atuação dos amigos desenfaixados da carne que deixamos à
distância da esfera física, motivo por que, muitas vezes, os debuxos mentais
que nos incomodam levemente, de início, no campo dessa ou daquela ideia
infeliz, gradualmente se fazem quadros enormes e inquietantes em que se nos aprisionam
os sentimentos, que passam, muita vez, ao domínio da obsessão manifesta.
Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação propelindo-nos a
entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o
assédio de toda influência perniciosa.
É o trabalho, por essa forma, o antídoto
adequado, capaz de anular toda enquistação tóxica do mundo íntimo,
impulsionando-nos o espírito a novos tipos de sugestão, nos quais venhamos a
assimilar o socorro dos Emissários da Luz, cujos braços de amor nos arrebatam
ao nevoeiro dos próprios enganos.
Assim, pois, se aspiras à vitória sobre o
visco da treva que nos arrasta para os despenhadeiros da loucura ou do crime,
ergue no serviço à felicidade dos semelhantes o altar dos teus interesses de
cada dia, porquanto, ainda mesmo o delinquente confesso, em se decidindo a ser
o apoio do bem na Terra, transforma-se, pouco a pouco, em mensageiro do Céu.
Emmanuel (Livro Religião dos Espíritos - Chico Xavier)
Estudos e dissertações em torno
da substância religiosa de
O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec,
pelo Espírito Emmanuel (FEB - Federação Espírita Brasileira)
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Nos Caminhos da Fé
NOS CAMINHOS DA FÉ
“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos Céus”. – Jesus (Mateus, 10:32)
No mundo, de modo geral, habituamo-nos a julgar que os testemunhos de fé prevalecem tão só nos momentos de angústia superlativa, quando o sofrimento nos transforma em alvo de atenções públicas.
Evidentemente, na Terra, as crises de aflição alcançam a todos, cada qual no tempo devido, segundo as lutas regeneradoras que se nos façam necessárias, no curso das quais estamos impelidos a entregar todas as energias de nosso espírito nos atos de fé. Entretanto, é preciso ponderar que somos incessantemente chamados a prestar o depoimento de confiança em Jesus, através de reduzidas parcelas de bondade e tolerância, compreensão e paciência diante das ocorrências desagradáveis do cotidiano, tais quais sejam:
a referência desprimorosa;
o olhar de suspeição;
o pedido justo recusado;
o beliscão da crítica;
a desatenção e o desrespeito;
o desajuste orgânico;
o prejuízo inesperado;
a transação infeliz;
o desafio da discórdia.
Impõe-se-nos a obrigação de confessar-nos seguidores do Cristo, por intermédio de definições verbais claras e sinceras, mas somos igualmente convidados a fazê-lo, na superação dos aborrecimentos comuns, porquanto só atravessando as diminutas contrariedades do dia-a-dia, como grandes ocasiões de revelar confiança em Jesus, é que aprenderemos a suportar as grandes provações como se fossem pequenas.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me)
sábado, 25 de julho de 2015
Paciência Antes da Crise
O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.
De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.
A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.
A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...
Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbriosque a paciência pode evitar.
Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.
Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.
Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.
* * *
Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.
Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.
Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.
Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.
A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.
O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.
É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.
* * *
Você já se propôs a ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida, alguma vez?
É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.
Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.
Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém, a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.
Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 10,
do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.7.2015.
do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.7.2015.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Servir Sempre
Saber-se útil é essencial para um viver equilibrado.
Por isso, convém desenvolver o hábito de servir.
Não apenas em dias de arrependimento ou reparação.
Em todas as circunstâncias, o serviço é o antídoto do mal.
Talvez você tenha caído na trama de terríveis enganos e sonhe em se reabilitar.
Sendo assim, não desperdice a riqueza das horas, em inúteis lamentações.
Levante-se e sirva nos próprios lugares onde espalhou a sombra do erro.
Com essa atitude humilde, granjeará apoio infalível ao reajuste.
Quem sabe você enfrente duros problemas em sua vida particular.
Nessa hipótese, livre-se do fardo inútil da aflição sem proveito.
Reanime-se e sirva, no quadro de provações e dificuldades em que se situa.
A diligência e o labor funcionarão como preciosas tutoras, abrindo a senda ao concurso fraterno.
Quiçá você padeça obscura posição no edifício social.
Nessa situação, convém se prevenir do micróbio da inveja.
Movimente-se e sirva no anonimato.
A conduta digna e o devotamento funcionarão como luminosa escada rumo ao Alto.
É provável que você sofra o assalto de ferozes calúnias.
Esqueça a vingança, que seria aviltamento e baixeza.
Silencie e sirva, olvidando ofensas.
Ao eleger o perdão e a atividade no bem como estandartes, você forjará um invencível escudo contra os dardos da injúria.
Quem o vir trabalhador e nobre não conseguirá acreditar na maledicência.
Pode ser que você suporte o assédio de Espíritos inferiores.
Antigos desafetos de outras vidas podem estar a persegui-lo, no desejo de vê-lo recair em velhos vícios.
Abstenha-se da queixa sem utilidade.
Resista e sirva, dedicando-se ao socorro dos que choram em dificuldades maiores.
A dedicação à beneficência terminará por conquistar a simpatia de seus próprios adversários.
Ao vê-lo incansável no serviço ao próximo, eles se envergonharão de desejar seu mal.
A preguiça é ópio das trevas.
Os que não trabalham transformam-se facilmente em focos de tédio e ociosidade, revolta e desespero.
Tornam-se desequilibrados, pessimistas e ressentidos.
Como prestam muita atenção nos próprios problemas, acham-se os mais desafortunados do mundo.
Também estão sempre dispostos a fiscalizar o comportamento alheio e a apontar falhas.
Ao contrário, quem se dispõe a amparar raramente encontra tempo para criticar.
Assim, servir é um imperativo de saúde física e espiritual.
Para ser feliz e equilibrado, impõe-se adquirir esse saudável hábito.
Quem busca sinceramente servir nunca encontra motivos para se arrepender.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. LXXI,
do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 23.7.2015
do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 23.7.2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
VII - A Verdadeira Desgraça
VII – A Verdadeira Desgraça
DELPHINE DE GIRARDIN
Paris, 1861
24 – Todos falam da desgraça, todos a experimentaram e julgam conhecer o seu caráter múltiplo. Venho dizer-vos, porém, que quase todos se enganam, pois a verdadeira desgraça não é, de maneira alguma, aquilo que os homens, ou seja, os desgraçados, supõem. Eles a vêem na miséria, na lareira sem fogo, no credor impaciente, no berço vazio do anjo que antes sorria, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e coração partido, na angústia da traição, na privação do orgulhoso que desejava vestir-se de púrpura e esconde sua nudez nos farrapos da vaidade. Tudo isso, e muitas outras coisas ainda, chamam-se desgraça, na linguagem humana. Sim, realmente são a desgraça, para aqueles que nada vêem além do presente. Mas a verdadeira desgraça está mais nas conseqüências de uma coisa do que na própria coisa.
Dizei-me se o mais feliz acontecimento do momento, que traz funestas conseqüências, não é, na realidade, mais desgraçado que aquele inicialmente aborrecido, que acaba por produzir o bem? Dizei-me se a tempestade, que despedaça as árvores, mas purifica a atmosfera, dissipando os miasmas insalubres que poderiam causar a morte, não é antes uma felicidade que uma desgraça?
Para julgar uma coisa, é necessário, portanto, ver-lhe as conseqüências. É assim que, para julgar o que é realmente feliz ou desgraçado para o homem, é necessário transportar-se para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se manifestam. Ora, tudo aquilo que ele chama desgraça, de acordo com a sua visão, cessa com a vida e tem sua compensação na vida futura.
Vou revelar-vos a desgraça sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais, com todas as forças de vossas almas iludidas. A desgraça é a alegria, o prazer, a fama, a fútil inquietação, a louca satisfação da vaidade, que asfixiam a consciência, oprimem o pensamento, confundem o homem quanto ao seu futuro. A desgraça enfim, é o ópio do esquecimento, que buscais com o mais ardente desejo.
Tendes esperanças, vós que chorais! Tremei, vós que rides, porque tendes o corpo satisfeito! Não se pode enganar a Deus: ninguém escapa ao destino. As provas, credoras, mais impiedosas que a malta que vos acossa na miséria, espreitam o vosso repouso ilusório, para vos mergulhar de súbito na agonia da verdadeira desgraça, daquela que surpreende a alma enlanguescida pela indiferença e o egoísmo.
Que o Espiritismo vos esclareça, portanto, e restabeleça sob a verdadeira luz da verdade e o erro, tão estranhamente desfigurados pela vossa cegueira. Então, agireis como bravos soldados que, longe de fugir ao perigo, preferem a luta nos combates arriscados, à paz que não oferece nem glória nem progresso. Que importa ao soldado perder as armas, o equipamento e a farda na refrega, contanto que saia vitorioso e coberto de glória? Que importa, àquele que tem fé no porvir, deixar a vida no campo de batalha, sua fortuna e sua veste carnal, contanto que sua alma possa entrar, radiosa, no reino celeste?
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Aos Pequenos Companheiros
Deus fez da vida um jardim,
Fez do mundo o nosso lar, Onde aprendemos a amar, Sua grandeza sem fim. Em todas as direções, Nas cidades, nos caminhos, No campo, no mar, nos ninhos, Há sempre grandes lições. No prazer, no sofrimento, Na noite longa e sombria, Na claridade do dia, Tudo é flor de ensinamento. Colhamos bênçãos de luz, Nas lutas que a vida encerra ... O jardim é toda a Terra, O jardineiro é JESUS. |
Pelo Espírito João de Deus - Do livro: Antologia da Criança, Médium: Francisco Cândido Xavier
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terça-feira, 21 de julho de 2015
Orar
Pedi e obtereis – ensinou o Mestre Divino.
Semelhante lição, todavia, abrange todos os setores da vida, tanto no que se refira ao bem, quanto ao mal. Qualquer propósito é oração. A prece nasce das fontes da alma, na feição de simples desejo, que emerge do sentimento para o cérebro, transformando-se em pensamento que é a força de atração. Nesse sentido, todo anseio recebe resposta. Há orações que são atendidas, de imediato enquanto que outras, à maneira de sementes raras, reclamam largo tempo para a germinação, florescimento e frutificação. Necessário, portanto, vigiar sobre o manancial de nossas aspirações. As rogativas do bem se elevam às Esferas Superiores, ao passo que os anelos do mal descem às zonas de purgação, das trevas indefiníveis. Anjos existem, habilitados a satisfazer aos bons, da mesma forma que entidades da sombra se acham a postos, a fim de colaborarem com os maus. Forneçamos os temas elogiáveis ou infelizes de nossas cogitações mais íntimas e os executores invisíveis se manifestarão ativos, contribuindo na realização de nossos projetos, de conformidade com a natureza de nossas intenções. Reconhecendo que ainda não sabemos pedir, de vez que, na maioria das vezes, ignoramos a essência de nossas próprias necessidades, imitemos o Divino amigo, na oração dominical, quando nos ensina a endereças as nossas súplicas ao Pai Todo-Misericordioso, na base da confiança perfeita: - “Faça-se a Tua Vontade justa e soberana, na Terra e em toda parte”. O ensinamento do Cristo guarda absoluta atualidade, nas menores características do nosso tempo, entendendo-se que desejar é função de todos, enquanto que orar com proveito é serviço que raros corações sabem fazer. |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Taça de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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segunda-feira, 20 de julho de 2015
Dissertação Inacabada
Depois de certa pregação de Jesus, em Cafarnaum, encontrou o Mestre, em casa de Pedro, quatro cavalheiros de luzente aspecto, a lhe aguardarem a palavra.
Vinham de longe, explicaram atenciosos. Judeus prestigiosos da Fenícia, moravam em Sidon. Já haviam bebido a cultura egípcia e grega, tanto quanto a filosofia dos persas e babilônios. O anúncio da Boa Nova chegara-lhes aos ouvidos. Desejavam servir nas fileiras do Novo Reino, combatendo a licenciosidade dos costumes, na avareza dos ricos e na revolta dos pobres. Aceitavam o Deus único e pretendia, consagrar-lhe a vida. De quando em quando, os recém-chegados retificavam as dobras das irrepreensíveis túnicas de linho alvo ou acentuavam, de leve, o apuro das sandálias. O Senhor ouviu-lhes as informações com admirável benevolência. Cada qual falou, por sua vez, comentando as angústias do problema social na poderosa cidade de que provinham e, após encarecerem a necessidade de transformações políticas no cenário do mundo, esperaram, curiosos, a palavra do Cristo, que lhes afirmou, bondoso: - Está escrito: - Amarás o Senhor, Nosso Deus e Nosso Pai, de todo o coração, e não farás dEle imagens abomináveis; eu, porém, acrescento – fugi igualmente à idolatria de vossos próprios desejos, aniquilai o exclusivismo e não vos entronizeis na mentira, porque estaríeis lesando a Sublime Divindade. Recomenda Moises: - Não tomarás o nome do Todo-Poderoso em vão; esclareço-vos, contudo, que ninguém deve menoscabar o nome do próximo na maledicência, na calúnia, no verbo inútil ou desleal. Determina o Decálogo: - Santificarás o dia de sábado; exorto-vos, entretanto, a não converterdes semelhante artigo em escora da ociosidade sistemática. Respeitando a pauta necessária da natureza, não a transformeis em hosanas à preguiça dissolvente. Manda o texto antigo: - Venera teu pai e tua mãe nos laços consangüíneos; todavia, é imperioso reconhecer a necessidade de respeito a todos os homens dignos, onde estiverem, olvidando-se no bem geral as fronteiras de raça, família, cor e religião, compreendendo-se que acima dos limites impostos pelo sangue, na Terra, prevalecem os imperativos sagrados da Família Universal. Reza a lei do passado: - Não matarás; eu, porém, vos digo que não se deve matar em circunstância alguma e que se faz indispensável a vigilância sobre os nossos impulsos de oprimir os seres inferiores da Natureza, porque, um dia, responderemos à Justiça do Criador Supremo pelas vidas que consumimos. Pede o venerável testamento: - Não cometerás adultério; asseguro-vos, no entanto, que o adultério não atinge somente o corpo de nossas irmãs em Humanidade, mas também a carne e a alma de todos os homens que se esqueceram de caminhar retamente. Aconselha o grande legislador: - Não furtarás; digo-vos, contudo que não se deve roubar, não somente objetos valiosos e valores em dinheiro, mas também não nos cabe furtar o tempo do Senhor, nem distrair os minutos dos servos aplicados de suas obras. Consta na velha aliança: - Não dirás falso testemunho conta o teu próximo; declaro-vos, porém, que é imprescindível guardar boa-vontade e amor no coração, irradiando-os em pensamento. Assinala a revelação antiga: - Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem desejarás a sua mulher, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento; eu, porém, vos afianço que nos compete a obrigação de procurar a luz, o bem e felicidade, trabalhando sem desânimo e servindo a todos sem descanso,inacessíveis à peçonha do ódio, da inveja, do ciúme, do despeito e da discórdia, portadores que são de veneno e treva para o Espírito. Fez o Mestre pequeno intervalo na prelação, reparando que os visitantes da Fenícia se mantinham pálidos e confundidos. Nesse ínterim, a sogra de Pedro reclamou-lhe a presença num quarto próximo: e Jesus, rogando ligeira licença, prometeu prosseguir nos ensinamentos novos, por mais alguns instantes; todavia, em voltando pressuroso aos ouvintes, debalde procurou os consulentes, movimentado os olhos ternos e lúcidos. Na sala silenciosa não havia ninguém... |
pelo Espírito Irmão X - Do livro: Pontos e Contos, Médium: Francisco Cândido Xavier
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domingo, 19 de julho de 2015
Aos Fracos de Vontade
Homem, levanta o véu do teu futuro,
Troca o prazer sensualista e obscuro Pelo conhecimento da Verdade. Foge do escuro ergástulo do mundo E abandona o Desejo moribundo Pelo poder da tua divindade. Teu corpo é todo um orbe grande e vasto: Livra-o do mal unífero, nefasto, Com a espada resplendente da virtude; Que o sol da tua mente, eterno, esplenda, Dando a teu mundo a mágica oferenda Da alegria em divina plenitude. Deixa o conjunto de ancestralidades Da carne – o eterno símbolo do Hades – Onde o espírito clama, sofre e chora; Deixa que as tuas glândulas do pranto Te salvem do cadinho sacrossanto Da lágrima pungente e redentora. Mas, sobretudo, observa o pensamento, Fonte da força e altíssimo elemento, Em que toda molécula se cria: Da existência ele faz sepulcro abjeto Ou jardim luminoso e predileto, De arcangélicas flores de Harmonia. Ouve-te sempre a ronda do mistério, Mas faze de tua alma um grande império De beleza, de paz e de saúde: Que as tuas agregações moleculares Vivam livres de todos os pesares, Com os tônicos sagrados da Virtude. Tua vontade esclarecida e forte Triunfará das angústias e da morte Além dos planos tristes da matéria, Mas a tua vontade enfraquecida É a meretriz no báratro da vida, Amarrada no catre da miséria! |
Pelo Espírito Augusto dos Anjos - Do livro: Parnaso de Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier
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sábado, 18 de julho de 2015
Benefícios do Autoconhecimento
O autoconhecimento é importante em nossas vidas para nos entendermos melhor.
Muitas vezes, ignoramos o real significado de algumas sensações que vivenciamos no nosso cotidiano, por não nos conhecermos profundamente.
Pensamos estar doentes. Buscamos o parecer médico e o resultado nos frustra, porque nada é constatado, em nível físico.
Quantas vezes nos sentimos debilitados, como que enfraquecidos, com sensações desagradáveis a nos invadir? Ou irritados, sem saber a causa?
Quantos são os dias em que acordamos sem vontade de nada, até mesmo, de sair da cama?
E quando nos perguntam o que está acontecendo conosco, nossa resposta é: Nada.
Mas continuamos sem vontade de coisa alguma.
* * *
Importante seria que tivéssemos em mente que, além da realidade física e social, temos, atuante em nós, a realidade espiritual.
Muitos não aprendemos ainda, mas à noite, quando dormimos, nos libertamos parcialmente do corpo e, dessa forma, participamos da vida espiritual.
Esses momentos são importantes para nossa realidade espiritual, pois permitem que mantenhamos contato com amigos, amores e mesmo inimigos e desamores do passado de nossas vidas.
Ao acordarmos, no corpo físico, trazemos gravadas no subconsciente as lembranças, acompanhadas de seus efeitos, que se refletem em nosso corpo.
Pode acontecer que algumas dessas sensações interfiram em nosso estado de ânimo, parecendo-nos estar doentes, desanimados. Conscientemente, não sabemos explicar o porquê desse mal estar.
Assim também, os momentos de alegria e disposição especiais, ao acordarmos, dão-nos a certeza de que vivemos bons momentos durante o sono do corpo.
O sono físico é a porta pela qual Deus nos permite também, manter contato com nosso anjo da guarda, que nos aconselha e nos orienta.
Grandes sábios da Humanidade tiveram o seu momento de glória nas suas invenções, depois de terem um sono ou mesmo um cochilo, em que visitaram certos locais espirituais ou receberam determinadas informações da Espiritualidade.
Ou, ainda, sintonizaram com outras mentes criativas que os inspiraram a encontrar a solução para o que planejavam criar, inventar.
Por isso tão importante é o uso de uma boa leitura e a oração sincera, antes de nos entregarmos ao sono, todas as noites.
Essa atitude nos garantirá a presença de amigos espirituais, cujo contato nos haverá de beneficiar.
* * *
Nosso corpo funciona retratando o estado de ânimo do Espírito que o habita.
As sensações, que nos parecem estranhas ou sem causa, podem estar ocorrendo em nível espiritual, refletindo-se no corpo físico.
Na busca do autoconhecimento, bom que identifiquemos quem somos, espiritualmente falando, e como vivenciamos essa realidade.
Ou seja: qual a qualidade dos nossos pensamentos e sentimentos, quais as emoções que predominam em nós, quais desejos alimentamos, pois essas são manifestações da alma que nos identificam com almas afins e nos permitem sensações agradáveis ou não.
Com tal estudo, decifraremos muitas questões que nos parecem inexplicáveis e poderemos corrigir imperfeições que nos criam sintonias indesejáveis.
Apliquemo-nos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 17.7.2015.
O Verdadeiro Espírita
O verdadeiro espírita
Jamil Salomão
“O espírita é reconhecido pelo esforço que faz para sua transformação moral e para vencer suas tendências para o mal.” – Allan Kardec
O verdadeiro espírita é aquele que aceita os princípios básicos da Doutrina Espírita. Quando se pergunta ao praticante: Você é espírita? Comumente ele responde: “Estou tentando”. Na verdade, a resposta deveria ser sem hesitação: Sou espírita!!! Quanto ao fato de ser perfeito ou qualquer qualificação moral é outro assunto, que não exime o profitente de ser incisivo na sua resposta. Nesse ponto, o praticante não tem que hesitar na sua definição, porquanto Allan Kardec foi claro no seu esclarecimento ao afirmar que se reconhece o espírita pelo seu esforço, pela sua transformação, e não pelas suas virtudes ou pretensas qualidades, raras nos habitantes deste Planeta.
O que acontece com freqüência, seja iniciante ou mesmo com os mais antigos, é que, será mais cômodo não assumir uma postura mais responsável ou permanecer com um pé na canoa e outro na terra. Admite-se até, em determinadas ocasiões que se queira dar uma demonstração de modéstia, mas, que não se justifica sob o ponto de vista de definição pessoal.
A propósito, lembro-me de ter ouvido em uma emissora de rádio da Capital um pronunciamento de um padre católico, ao referir-se aos católicos, que frequentam os Centros Espíritas para os habituais Passes e a “aguinha fluidificada” e passam a vida sem ter a mínima noção do que representa o Passe e a água. Para esses meio-cá-meio-lá, o mencionado reverendo denominou-se de “catóritas”. Engraçado, não!?
Como chamar os espíritas que se dedicam aos trabalhos nos Centros Espíritas, mas que continuam batizando os filhos, sob o pretexto de que quando maiores escolherão sua própria religião, casam os filhos na Igreja com as pompas e as cerimônias habituais, fazem a Primeira Comunhão com as tradições da Igreja Católica, etc?
Quando os Centros Espíritas se organizarem verdadeiramente, proporcionando aos seus frequentadores, além do Passe e da Água Fluidificada, a orientação doutrinária, para maior compreensão dos princípios básicos que devem nortear o aprendiz e os trabalhadores na Seara Espírita, certamente, o verdadeiro espírita terá uma nova postura na sociedade, mais convincente, porque passará a distinguir o que é ser espírita, segundo a analogia explicitada por Allan Kardec nas obras básicas organizadas pelo codificador sob a orientação dos Benfeitores Espirituais.
“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” – Bezerra de Menezes
(Publicado no Jornal A Voz do Espírito - Edição 92: Dezembro de 1998)
Autógrafo de Deus
Autógrafo é a assinatura original, de próprio punho, do autor de alguma obra.
Assinam seus quadros os pintores. No entanto, melhor do que a sua assinatura, o que diz se o quadro é verdadeiramente daquele pintor é o seu estilo.
Quem quer que se aprofunde pelo conhecimento da arte, poderá, ao admirar uma tela, afirmar do seu autor. E identificar, inclusive, se for o caso, a que período da vida artística daquele pintor corresponde.
Quem escreve um livro, define-se por uma forma de escrever e, a partir daí passará a ser conhecido. Naturalmente, coloca seu nome na obra.
Mas, mais do que isso, identifica-se pelo estilo e a forma com que desenvolve o seu pensamento, ao transpô-lo para o papel.
Cada artista tem sua maneira peculiar de se identificar no seu trabalho.
E é assim que ele é conhecido e admiradas as suas produções, através dos tempos.
Quando nossos olhos se extasiam ante a prodigalidade da natureza; quando nossos ouvidos se deliciam com os sons dos rios cantantes, com o murmúrio da fonte minúscula, com as águas que descem pelas encostas, despejando-se ruidosamente de alturas; quando o vento flauteia uma canção entre os ramos ou agita com violência o arvoredo; quando o sol se pinta de ouro e tudo enche de luz por onde se espraia; quando o céu se faz de tonalidades mil, indefiníveis, num amanhecer indescritível; quando tudo isso acontece, todo dia, a cada dia... procuramos o autor. E a assinatura.
O inacreditável do grandioso e das coisas minúsculas, tudo obedecendo a idêntico esmero, diz-nos da qualidade do artista.
A diversidade de tons, de sons nos fala de um Alguém superlativamente criativo, pois que há bilhões de anos não reprisa um pôr de sol, nem o cristal da gota de orvalho, nem a combinação dos gorjeios da passarada.
Cada dia tudo é diferente. O sol retorna, as nuvens se espreguiçam, a pradaria se estende, alongando sua colcha de retalhos de cores diversas, bordadas cá e lá de flores miúdas... Mas nada é igual.
As folhas nas árvores estão em número maior ou menor, a sinfonia das águas acabou de ser composta, os pássaros balançam-se em outras ramagens.
Sim, o artista responsável pelo concerto do dia e da noite é extraordinário.
Os homens afirmam que jamais O viram. Mas todos podem admirar Sua obra. Mesmo aqueles que Lhe negam a existência.
Esse artista inigualável assina a delicadeza das manhãs com o pincel da madrugada.
Podemos descobrir Seu autógrafo na tela do firmamento, no brilho das estrelas.
Podemos descobrir Sua escrita nas flores dos campos, dos jardins, das montanhas.
Ele é tão grande que a tela onde cria as Suas maravilhas vive em expansão.
Mas onde esse artista coloca Sua mais especial assinatura é na essência de cada um dos filhos que criou.
Ela está em cada um de nós e se chama Imortalidade.
Pense nisso. Você é o mais especial autógrafo de Deus.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 16
e no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP.
Em 15.7.2015.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 16
e no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP.
Em 15.7.2015.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
PERMUTA INCESSANTE
Embora nem sempre se reconheça isto, de maneira consciente, no mundo, estamos constantemente trocando valores que a existência nos confere por elementos que nos ajudam ou desajudam, enriquecendo a vida ou empobrecendo-a por nossa conta.
Poder, fortuna, inteligência, força, cultura ou habilidade são recursos que a Divina Providência nos situa nas mãos. Tudo o que a Terra possui, em matéria de bem ou de mal, luz ou treva é resultado de permuta efetuada pelos homens, no curso do tempo, na utilização dos meios que Deus lhes confia. Em virtude disso, temos no plano físico, os negócios materiais alicerçados em mercado terrestre e negócios da alma envolvendo interesses do espírito imperecível. Uma casa, na essência, é fruto de uma transação. Aqueles que levantaram deram trabalho e suor ao tempo e o tempo lhes retribui com a esperada realização. Um plano concretizado é a justa equação de um convênio perfeito. A criatura insiste com os próprios anseios, junto às Leis do Universo, e as Leis do Universo lhe atendem aos anelos, dando-lhe forma aos pensamentos. Observa o que fazes de ti, em que te trocas. Ainda que o não reconheçamos, de pronto, cada um de nós se dá por aquilo que busca. Basta raciocines quanto à responsabilidade de viver e perceberás que a tua própria existência é um ajuste incessante entre as escolhas que eleges e os agentes imponderáveis da natureza que respondem às decisões. Por isso mesmo, estamos hoje naquilo em que nos demos ontem e, naquilo em que nos traçamos hoje, estaremos fatalmente amanhã. |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Mãos Unidas, Médium: Francisco Cândido Xavier
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A FÉ E O DEVER
A FÉ E O DEVER
A fé em Deus é imensamente comum.
Embora sob distintas denominações e formas, a imensa maioria dos homens afirma crer na Divindade.
Contudo, seu agir e seu sentir nem sempre espelham essa crença.
Deus é a suprema e soberana inteligência, ilimitado em Seus poderes e virtudes.
Ele é infinitamente poderoso, sábio, justo e bondoso.
Saber que a Divindade está no controle de tudo possui o condão de modificar a percepção de prioridades das criaturas.
Como a justiça Divina é perfeita e impera no Universo, cada qual vive o que necessita e merece.
Assim, não é necessário passar a existência na intransigente defesa do próprio espaço.
Sem dúvida, não é viável ser ingênuo ou preguiçoso e deixar de cuidar de si.
Apenas não é necessário angustiar-se pelas contingências da vida.
Quem crê em Deus tem condições de desenvolver tranquilidade interior.
Afinal, é convicto de que o Soberano poder impõe ordem no Universo.
Deposita fé na bondade e na justiça Divinas e sabe que sem a permissão celeste nada ocorre.
Justamente por isso, a atenção do crente deixa de estar em seus direitos para residir em seus deveres.
Por saber que o mérito preside os destinos das criaturas, cuida de ser o melhor possível.
Tem fé no futuro, razão pela qual coloca os bens espirituais acima dos materiais.
Sabe que as vicissitudes da vida são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do ideal da fraternidade, faz o bem sem esperar recompensas.
Encontra satisfação em ser útil e bondoso, em fazer ditosos os outros.
É benevolente para com todos, independentemente de credo, cor ou raça, pois sabe que todos os homens são filhos de Deus e Seus irmãos.
Respeita as convicções sinceras dos semelhantes e não condena quem pensa diferente.
Quando ofendido, procura perdoar por compreender as dificuldades dos irmãos de jornada.
Jamais se vinga, ciente de que toda justiça repousa nas mãos do Criador.
É indulgente para as fraquezas alheias, por saber que também necessita de indulgência.
Não se ocupa dos defeitos alheios, mas dos seus.
Estuda as próprias imperfeições, a fim de se melhorar.
Consciente do olhar de Deus sobre si, cuida de ser digno em todos os momentos de sua vida, mesmo os mais íntimos.
Usa, mas não abusa, de seus bens, por ser consciente de que são apenas empréstimo da Divindade.
Utiliza seu tempo livre em atividades úteis, fazendo-se um agente do progresso no mundo.
Talvez esses deveres pareçam excessivos, mas não representam um peso para quem realmente acredita em Deus.
Constituem consequência natural da certeza da existência de um ente superior, pleno de bondade, justiça e poder.
Pense nisso.
por Redação do Momento Espírita, com base no item 3, do cap. XVII, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. FEB. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4511&stat=0.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Tarefas
As grandes almas, às vezes, renascem para desempenhar na Terra missões gloriosas.
Seus feitos encantam e servem de inspiração para todos.
Semeiam a paz e amparam os desgraçados, em larga escala.
Contudo, por imperfeito que ainda se apresente, todo homem tem uma função pessoal e intransferível nas engrenagens do mundo.
Assim, não se afirme à margem da vida e nem se considere inútil.
Também evite alegar impedimento para desertar da atividade que a vida lhe reservou.
Antes de protestar sua pouca importância, repare nas lições que vertem, silenciosas, do livro da natureza.
Imagine se os vermes parassem de trabalhar, por se reconhecerem insignificantes.
O solo ficaria ressecado e perderia a fecundidade, tornando-se incapaz de solucionar os problemas humanos.
Cogite se as sementes invejassem a posição das árvores maduras e generosas que lhes presidem a espécie.
Caso elas desistissem de seu esforço obscuro na germinação e no crescimento, em pouco tempo a esterilidade anularia os recursos da terra.
Suponha que as papoulas deixassem de produzir em atitude de revolta contra aqueles que lhes deturpam a essência nos mercados do ópio.
Deixaria de haver alívio para as dores de incontáveis enfermos desesperados.
Pense se as fontes singelas fugissem de sustentar os grandes rios e as formidáveis represas, a pretexto de serem humildes em excesso.
Haveria prejuízo geral, com falta de preciosa energia com que a Humanidade conta.
Com a mente nessas lúdicas imagens, reflita seriamente sobre a sua posição no mundo.
Honre o posto de ação em que foi localizado, por singelo que ele lhe pareça.
Diante da lei Divina, não há ocupação útil aviltante.
As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras que preparam a mesa.
Os braços que conduzem arados são apoios dos que movem máquinas poderosas.
O suor na indústria verte para sustento e conforto de todos.
O asseio na rua é proteção à comunidade.
Por gloriosa que pareça a posição de determinado homem, ele necessita do apoio de incontáveis outros, mais humildes.
O bem é sempre resultado do esforço geral.
O relevante é saber se tornar útil, com os recursos que se possui.
Não compensa invejar as facilidades alheias e com isso tombar na ociosidade.
Por pequenos que pareçam seus talentos, movimente-os no bem.
Se suas tarefas se afiguram singelas, honre-as ainda assim.
Não se ocupe em colecionar rótulos passageiros, sem utilização proveitosa e digna.
Também não se atrapalhe ao assumir muitos compromissos ao mesmo tempo.
Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. LXXVIII
do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 9.7.2015.
do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 9.7.2015.
Em Ti Próprio
"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". PAULO. (Romanos, 14:12.)
Escutarás muita gente a falar de compreensão e talvez que, sob o reflexo condicionado, repetirás os belos conceitos que ouviste, através de preleções que te angariarão simpatia e respeito. Entretanto, se não colocares o assunto nas entranhas da alma, situando-te no lugar daqueles que precisam de entendimento, quase nada saberás de compreensão, além da certeza de que temos nela preciosa virtude. Falarás de paciência e assinalarás muitas vozes, em torno de ti, referindo-se, no entanto, se no imo do próprio ser não tens necessidade de sofrer por algum entre amado, muito pouco perceberás acerca de calma e tolerância. Exaltarás o amor, a bondade, a paz e a união, mas se nas profundezas do espírito não sentires, algum dia, o sofrimento a ensinar-te o valor da nota de consolação sobre a dor de que te lamentas; a significação da migalha de socorro que outrem te estenda em teus dias de carência material; a importância da desculpa de alguém a essa ou àquela falta que cometeste e o poder do gesto de pacificação da parte de algum amigo que te restituiu a harmonia, em tuas próprias vivências, ignorarás realmente o que sejam entendimento e generosidade, perdão e segurança íntima. Seja qual a dificuldade em que te vejas, abstém de carregar o fardo das aflições e das perguntas sem remédio. Penetra no silêncio da própria alma, escuta os pensamentos que te nascem do próprio ser e reconhecerás que a solução da vida surgirá de ti mesmo. |
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Ceifa de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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